Presidenciais 2021: qual o teu candidato?

Oi? Não estou a perceber a lógica disso…

Que moral tem AV para dizer à Ana Gomes que não é bem vinda a Portugal?

É ridículo.

Mentalidade daqueles que fizeram o mesmo ao SOS racismo.

What? Eu citei-te num post sobre o Tino…

"O Tino queixou se de ninguém lhe dar atenção
Mas para ter mais tempo de antena, já estava disponível

Acho que não precisa disso."

Nenhum foi agora reclamar desta situacao tirando o proprio, ou seja, este foi aquele onde a maxima pimenta no cu dos outros para mim e refresco mais se aplicou

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As condições devem ser = para todos.

Para mim o Tino é um candidato como os outros

Problema meu de interpretação então :slightly_smiling_face:

Leia, quem quiser perder esse bocadinho, e que depois veja se vale a pena continuar a reclamar com o “comuna”.

Notem que o post é de 28 de Dezembro. Está aí demonstrado que o João Ferreira se manifestou contra a exclusão inicial do Tino dos debates.

Porque politica e’ para doutores.
Ciganos, comunas, feministas, racismo e insultos…os verdadeiros problemas de Portugal
'E nisto que o comum tuga se reve? Nao admira que estejam na cauda da europa

É nisto que alguns portugueses votam, incluído alguns sportinguistas :joy:

É muito importante não deixar este caso passar em branco. Acompanhem-nos no revisitar desta cronologia, para termos a certeza que estamos todos no mesmo plano:

A 25 de dezembro, saem notícias que dão conta de que “as televisões (RTP, SIC e TVI) não vão mudar o alinhamento dos seus frente-a-frente para as presidenciais só porque entretanto se confirmou a candidatura de “Tino” de Rans.” (título do DN).

Este comportamento absolutamente antidemocrático deu origem a uma grande revolta nas redes sociais, a que esta página deu voz.

Originou também a entrada em cena do Porto Canal, que convidou todos os candidatos para debater com Tino, tendo logo nos dias seguintes (dias 26 e 27) anunciado que todos tinham aceitado o repto, e que os debates decorreriam depois do dia 10 de janeiro.

No dia 29 de dezembro - já os debates do Porto Canal estavam marcados -, a RTP, que dias antes se tinha conluiado com SIC e TVI para excluir só um dos candidatos dos debates televisivos, cede à pressão popular e anuncia a intenção de levar Tino aos debates, que acabaram por passar todos na RTP3 (foi o único candidato a não ter frente-a-frentes numa estação generalista), e todos às 22h45, sempre depois dos outros.

Isto gerou, obviamente, uma situação de desigualdade formal caricata: Tino, inicialmente excluído dos debates, acabava por ser o único a ter direito a uma segunda ronda com todos os outros candidatos.

Entra em cena a candidatura de João Ferreira. Fazendo tábua rasa do desenrolar dos acontecimentos, o candidato comunista, que criticou publicamente a RTP, SIC e TVI por excluírem Tino dos debates, apresenta uma queixa junto da Comissão Nacional de Eleições contra… o Porto Canal, por entender que este estava a privilegiar uma candidatura em detrimento das outras.

No dia 11 de janeiro, a CNE - sem nunca fazer qualquer menção à exclusão inicial de Tino - notifica o Porto Canal de que recebeu uma queixa de João Ferreira e que, após análise, concluiu que “os factos participados indiciam a assunção de uma linha editorial que privilegia, em exclusivo, uma das candidaturas em comparação com as restantes.”.

Como tal, pede à ERC que impeça os referidos debates.

A ERC, que não é famosa por ser diligente, vem decidir logo dois dias depois, a 13 de janeiro, determinando que o Porto Canal se preparava para violar o princípio de igualdade de tratamento e de não discriminação, privilegiando um dos candidatos sobre os demais.

A decisão do regulador público da comunicação social portuguesa foi - e aqui leiam comigo, devagarinho - proibir o Porto Canal de realizar os debates - e agora aqui leiam ainda mais devagar, por favor - sem sequer ouvir os seus responsáveis, isto é, dispensando a audiência de interessados. Fica a liberdade de imprensa suspensa num par de dias, sem que o órgão seja sequer ouvido.

Vamos ao sumário: um candidato é tratado de forma discriminatória pelos grandes canais; um canal local entra em cena e supre, tanto quanto possível, essa discriminação, reservando tempo de antena, espaço na grelha, acertando datas e horas com os candidatos, e dedicando recursos humanos na preparação dos debates e materiais na sua divulgação.

Entretanto, um dos grandes canais recua na decisão inicial e faz o que lhe compete, apesar de o candidato em causa continuar a merecer um tratamento menor.

A CNE e a ERC, silenciosas perante a discriminação original pelos fortes, são expeditas em acusar de favorecimento o canal mais fraco, ignorando propositadamente o desenrolar dos acontecimentos, e resultando, efetivamente, numa proibição estadual à realização de certos debates políticos. A isto chama-se censura.

A cereja no topo do bolo está a chegar: o Porto Canal, quando convidou os candidatos a debater com Tino - o que todos aceitaram de imediato - disponibiliza-se também para acolher outros debates, entre todos, para além daqueles que já estavam agendados - repto ao qual nenhum respondeu, porque naturalmente não tiveram interesse em repetir todos os debates.

Ou seja: não há uma segunda ronda de debates com todos porque os candidatos (e estão no seu direito) não quiseram. Há com Tino porque todos quiseram: aceitaram o convite do Porto Canal e da RTP.

João Ferreira, que aceitou o debate com Tino no Porto Canal antes de saber que ia debater com ele na RTP (tendo feito depender da sua decisão apenas e só a validação da candidatura de Tino pelo Tribunal Constitucional), aceita ir à RTP e, depois de fazer o debate, faz uma queixa contra o Porto Canal por privilegiar uma candidatura em detrimento da outra. Isto só visto, porque contado ninguém acredita.

A CNE, que nada diz quando as televisões e os jornais distinguem claramente entre candidatos de primeira e de segunda, que só procura a igualdade no plano formal (e mesmo aí, só mais ou menos), não tem pejo em sugerir que se cancelem debates durante umas eleições, sem sequer olhar para o contexto em que foram marcados.

A ERC, que está mais tempo calada do que em ação, proíbe debates políticos sem ouvir os interessados, sem inquirir sobre as tentativas do canal de dar a todos a mesma oportunidade, e sem fazer um só comentário sobre a forma como o princípio da igualdade de tratamento de candidaturas deve funcionar.

Não temos ilusões: este princípio de igualdade de tratamento é uma léria. Há candidatos com mais peso e relevância noticiosa que outros, e em muitos casos é impossível, para fazer uma cobertura jornalística adequada e relevante, tratar todos por igual. Da CNE e da ERC esperam-se orientações sérias sobre como manter esse equilíbrio, como respeitar materialmente essa igualdade. Em vez disso, temos estas ações de maquilhagem contra quem pode menos.

Já percebemos que ninguém pode ter mais debates que os outros. E mais entrevistas, pode? E mais tempo de antena, pode? E mais capas de jornais, pode? E mais tempo de antena de maior qualidade, em sinal aberto, em horário nobre, pode? E mais perguntas, pode? E ser mais vezes tema de conversa e de debate, pode? E ter mais minutos no telejornal, pode?

A verdade é esta: o princípio da igualdade de tratamento das candidaturas só serviu, nestas eleições, para proibir debates num canal local, que tentou estar onde os outros se recusaram, e que sai acusado de favorecer o candidato com menor apoio e poder no establishment mediático.

Só souberam ser fortes com os fracos, e fica aqui essa denúncia.

Nota: foi corrigida, 10 minutos após a publicação, a indicação de que João Ferreira não teria reagido contra a exclusão de Tino. Fê-lo em tempo, e lamentamos esse erro. Tudo o resto se mantém.

Os Truques da Imprensa Portuguesa (facebook)
Redirecting...

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:clap::clap:

É tudo isso. Não é por ser o tino. Poderia ser o próprio João Ferreira, a Marisa ou o Tiago Mayan a passar mesma situação, diria o mesmo…

O problema é só um: o Estado não consegue implementar o estado de direito em condições, pois está amarrado pelos interesses privados!

Se o estado tivesse pulso e tivesse colhones, não seria preciso fazer queixa, atuava. O problema é que o Estado está amarrado a uma teia de poderes e influências privadas, e não consegue aplicar o estado de direito como deveria ser…

Vergonha… E assim vai alegremente este país…

A culpa deve ser do João Ferreira, por ser a favor da igualdade entre candidatos.

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eheheheh isto não se inventa

O muito nobre e honrado zezito44 já veio meter o focinho na campanha.
Mais uma razão para colocar a cruzinha no lampião.
É que nem o ventura consegue ser mais nojento que aquela criatura.

#batomNapissa era um bom movimento

É isso, bora botar a cruzinha no lampião, para continuarmos a pagar os calotes do padrinho da Amélia :slight_smile:

“Voto anti-sistema” os tomates.

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Antes o “avó bebado” do que o primo coquinado, que se faz de macho mas depois adora aviar a morcela do Mombito vestido de coelho enquanto lhe dão chapadas.