Repor as perdas? Como repor as perdas? O dinheiro que acumulas para a tua reforma entra num fundo de acções/obrigações/etc. Se tiver perdas então tem perdas, sobra menos dinheiro para a reforma, é assim que funciona nas aplicações bancárias ligadas a fundos e etc.
Serve sempre. Mas a minha leitura da situação é que isto devia ser um não assunto e qualquer pessoa que não ande a dormir na política sabe porque é que este assunto veio à baila.
Estaríamos a falar de parte da reforma e dessa parte possibilidade de cada um escolher diferentes opcões… claro que tem risco associado, mas se houver a tal comissão às valorizacões até os privados terão todo o interesse em gerir esses fundos da melhor maneira. Eu fazia-o e quebrava desde já a componente deficitária do orcamento de estado.
Em alguns casos a oferta pública de educação está demasiado afastada e havendo oferta privada de educação muito mais perto, faz sentido que haja um contrato de associação. Os contratos de associação que foram revogados são aqueles onde há oferta pública de educação, em muitos casos lado a lado. Afirmou o Governo que foi por uma questão financeira, tudo bem, agora o problema é que há casos onde um aluno num estabelecimento de ensino privado sai mais barato ao Estado, ao invés de estar na escola pública.
Depois, todos sabemos o investimento que foi feito no parque escolar, muito desse investimento sem qualquer lógica, que agora é preciso ocupar com alunos. Há também por outro lado o Sindicato dos Professores que sempre esteve contra os estabelecimentos de ensino privado, aproveitou para pressionar este Governo a rever contratos de associação, a retirar os alunos do privado, passar para os públicos e aumentar os quadros de docentes do público.
Isto, no fundo, é uma guerra ideológica parola. Onde se usa o argumento financeiro para revogar os contratos, onde em muitos casos simplesmente é um argumento contraditório à estratégia do Governo. Diz o Primeiro Ministro que o direito à educação está consagrado na Constituição, por isso, há que investir na escola pública, que ficando sem alunos, é preciso ir buscar onde os há e esse local é o ensino privado.
Seria interessante entender como é que duas escolas, uma pública e outra privada, lado a lado, uma está cheia de alunos e outra está vazia. Isto porque vão obrigar os alunos a frequentar a escola pública, seria de bom tom subir a qualidade do ensino, que em muitos casos é superior no privado. Muito superior.
Ok thanks :great: Se realmente o Governo avançar, é de esperar então que a poupança a verificar com os términos dos contratos seja desde logo direccionada para o ensino público da mesma região
Curioso que o pessoal critique os cortes e os apelide de “guerra ideológica”. Estamos a falar das verdadeiras gorduras de estado, das verdadeiras " porcarias" a ser cortadas.
Acho muito engraçado como malta com conhecimentos macroeconómicos ache que cortar 30M / ano seja pouco. Se a mesma poupança fosse feita em 10 serviços seriam 300M / ano.
Se há mais a fazer? Muito mais, claro. Ainda temos que cortar com as lesivas PPP’s onde o estado assume todo o prejuízo e não recebe nada em troca, acabar com as reformas milionárias, reduzir o numero de ministérios e, mais importante, numero de secretários, acessores, motoristas, subvenções, etc. Só aqui dá para perceber que poderíamos olhar para uma poupanca bem superior a mil milhões de euros anuais.
Se o actual governo o vao fazer? Não creio. Tratarão de uns pozinhos aqui e ali mas nada de mais.
É guerra ideológica porque na minha leitura não vejo as pessoas que querem acabar com esses contratos tão preocupadas em reduzir despesa como isso. Querem reduzir despesa nos contratos de associação mas na maioria dos assuntos querem que o contribuinte entre com mais dinheiro, segundo uma agenda ideológica. Por exemplo o BE defende que o Estado não subcontrate colégios para oferecer ensino, mas segundo uma proposta recente, se for preciso subcontratar uma clínica ou hospital privado para uma mudança de género já é tranquilo.
Eu não sou contra acabar com contratos de associação, desde que seja feito de forma coerente e se tenha consideração pelas crianças. Sou é contra a hipocrisia.
Guerra ideológica no sentido que tens alunos que no ensino privado ficam mais baratos que no ensino público. Já aqui coloquei esse estudo, feito pelo Tribunal de Contas. Eu concordo que se vá cortando na despesa, agora retirar de um lado e ir investir no outro, não é corte, é transferência de fundos. E ainda por cima há que aumentar o investimento.
E repara que querem fazer com a Saúde. Acabar com os contratos que existem com o sector privado e investir esse dinheiro nos estabelecimentos de saúde públicos, cujas as listas de espera são enormes, onde se não existisse esses acordos, os estabelecimentos estariam ainda mais sobrelotados.
Este Governo tem dois parceiros que são alérgicos à iniciativa privada. Se determinado serviço privado, que tem contrato com o Estado, desempenha bem o seu serviço e contribui para a qualidade de vida do cidadão, que sentido faz terminar e em alguns casos só acabará por piorar a oferta? É preciso analisar cuidadosamente cada caso, com estudos sérios e não entrar aqui em guerras ideológicas sem sentido.
@Airstrike, curioso que o bloco quer levar para o OE2017 o fim das parcerias com os hospitais privados no que concerne a cirurgias. Creio que a noticia é de hoje. Mas mais vale falar de cor.
Já agora, o corte dos contratos de associação foi feito da melhor forma possivel: nao se quebram contratos de alunos a meio de um ciclo, cancelam-se apenas novos contratos. São afectadas 39 escolas das 80 com contrato. Todos os alunos dessas 39 escolas têm serviço publico e já pago “ao lado”.
Falar de cor? Não deves ter lido a notícia da proposta deles em relação às mudanças de género. Queriam reduzir a idade necessária para fazer a cirurgia sem autorização dos pais para os 16 anos e queriam que fosse gratuita mesmo que tivesse de ser feita em clínica ou hospital privado.