Só o regime fiscal? Não estamos apenas a falar de uma mera questão de taxas fiscais, de impostos altos (que o são!), mas também do próprio funcionamento do sistema fiscal português, que é alterado anualmente! E a justiça, um pilar fundamental para o empreendedorismo? Não funciona. Uma empresa, um particular deve-te dinheiro, e ficas a arder, quanto mais consegues, mas não sem antes suares muito e despenderes uns quantos euros em advogados, recuperar o IVA. Queres investir o teu dinheiro num país que dá guarida a intrujões? Claro que não. Portanto, fazes o quê? Simples, procuras outro país cujas condições são melhores. Investes noutro país, crias emprego noutro país, pagas impostos noutro país.
Esse gráfico não quer dizer nada, pois se um país atrai investimento externo, naturalmente que os lucros terão de regressar à casa-mãe, outro país. Isto não tem que enganar, e desejo que todos os anos esse gráfico aumente os seus valores.
Mais: que tem a Esquerda para oferecer para atrair investimento externo, também ela uma característica básica das economias dos países mais evoluídos do mundo? Não tem nada para oferecer, ou então tem imensamente menos que os outros sistemas, pelo simples facto de que o pensamento económico de Esquerda favorece o sector público em detrimento do privado.
Já agora, nada têm a dizer sobre as percentagens que eu aqui coloquei relacionadas com a separação da economia por sectores? Como Portugal, o tal país que muitos diariamente apregoam ter destruído a pesca e agricultura, tem cerca de 10% da sua actividade económica nestas duas actividades, enquanto que a média dos 10 países mais evoluídos do mundo nem chega as 6%?
E alguém conhece algum país social e economicamente evoluído, com uma classe média robusta, consolidada, em crescimento todos os anos, com parte considerável da população a trabalhar no sector primário? Não existe. Não existe!
Os 10 países mais evoluídos do mundo - HDI - têm as suas economias quase todas centradas no sector terciário. E agora, como é?
Sobre o sector dos transportes, a cena é até muito fácil de debater. Não devem existir monopólios, ponto final. E “serviço público”, um modelo de gestão que em Portugal está mais do que falido, subsistindo apenas porque existem entidades dispostas a emprestar-lhes dinheiro (qualquer entrevista com um qualquer administrador de uma empresa deste sector é tão evidente que até dói), na minha humilde opinião, não é anualmente apresentar milhares de milhões de euros em prejuízos. Não estamos a falar de 50, 100 milhões de euros por ano. Estamos a a falar de, de acordo com o último exercício das três principais empresas do sector, 3 mil milhões de euros! Ou seja, aproximadamente três vezes o sacrifício exigido agora aos portugueses - em especial à classe média - em função da retenção de parte do seu subsídio de Natal.
Para o lixo, ainda por cima! Não é para criar novas empresas, financiar cursos, construir universidades, remodelar bairros decadentes, mas dinheiro somente utilizado para tapar buracos e permitir que os mamões que por lá andam se possam apresentar no dia seguinte.
Uma rápida visualização de uma tabela que contém os 10 países, num ranking que inclui uma soma de 179 nações, mais economicamente livres do mundo, ou seja, em oposição total às características-chave do socialismo; economias liberais, portanto:

Agora, os 10 primeiros do HDI:

É preciso continuar? 5 países, ou 50% da lista, encontram-se em ambas as listas. Uma ligação que não é coincidência. Se quiserem ver os restantes países de ambos os rankings, a ligação directa entre economia livre e qualidade de vida continua. O único país que destoa, e é de facto o único, é a França. A Suécia, excelentemente classificada em alguns parâmetros, peca em outros.
Mas há quem queira vender a ideia de que uma economia planificada, com ainda mais Estado, é que é bom. Deve ser um modelo alternativo. E há quem também adore afirmar que estamos perante uma economia ultra-liberal. A economia portuguesa, que está no vergonhoso lugar número 69, a poucos lugares de um país tão “evoluído” e “próspero” como o Ruanda. A Grécia está na posição 88.
10 códigos-laborais mais livres (para os cépticos, este ranking inclui não só facilidade de despedir, como facilidade de contratar, mas entende-se que esta última vertente seja recorrentemente negligenciada):

Ui, só ditaduras, só regabofes ultra-liberais. Dinamarca, Austrália, Canadá, Nova Zelândia, Irlanda. Tudo paraísos de exploração capitalista. Salários muito baixos… Classe média nem existe… E nem existe qualquer semelhança com os países com melhor notação no HDI :whistle: :whistle:
Direitos de Propriedade, uma questão que muitas vezes distingue uma democracia de uma falsa-democracia (estou a mentir, já agora?):

Pois. :whistle:
Freedom of Corruption, os 10 primeiros:

De novo, não existe qualquer parecença entre economias livres e ausência de corrupção. :whistle: :whistle:
Agora, os paraísos da extrema-esquerda, incluindo o local de férias predilecto do norte-coreano Bernardino Soares, do PCP:

Todos os valores aqui colocados podem ser consultados aqui:
http://www.heritage.org/index/explore
http://en.wikipedia.org/wiki/Human_Development_Index
Para quem também gosta muito de falar dos ganhos sociais resultantes das políticas do ditador, criminoso e corrupto Chávez, o tal que tem como passatempo formar milícias que aterrorizam os venezuelanos, cortar o financiamento a localidades em que a oposição venceu as eleições, e colocar familiares e cubanos em postos-chave do país, aqui um gráfico provocador (atenção ao ano em que se inicia a disparidade):

http://mjperry.blogspot.com/2011_06_01_archive.html
Só que como eu sei o que Pinochet fez durante todo o processo, nunca elogiei o Milagre Económico Chileno. E, penso que no tópico da Economia Portuguesa, expus o chamado grupo de Chicago.
Concluindo, na Venezuela é que se está bem. E economias livres são más. :lol: