Política Nacional

a moody’s perdeu 4.57% 8)

Essa Agência Americana! (hino Anti-Moody’s)

Essa tentativa de documentário sobre a Grécia é tão imparcial quanto um tipo do PNR a chefiar o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras, ou simpatizante Nazi como presidente do Holocaust Memorial Museum.

São inúmeras as verdades que o documentário deixa deslizar para o baú, começando pelo sector público grego e o modo como este funciona, assemelhando-se a uma festa daquelas que surgem no livro The Great Gatsby.

Querem verdades (o que é a verdade? é que a culpa não é de apenas um interveniente, é de todos!)?

Podem ler esta obra:

Se o nome do autor não for um problema para vós, aconselho este livro, apesar de a abordagem ser claramente mais técnica do que o livro acima mencionado:

Todos temos a nossa preferência ideológica, mas a profundidade deste problema, nomeadamente do seu muito vasto leque de causas, exige versatilidade.

Aliás, eu devo admitir aqui algo que me causa alguma consternação: a forma como se tem inocentado, talvez por motivos políticos, o papel dos bancos centrais na crise.

Ah sim, o Mira Amaral, o homem que andou na Administração da Caixa Geral de Depósitos (o tacho que lhe arranjaram na altura) e depois sai de lá passados uns meses com (mais) uma reforma de 18 000 euros mensais ou algo do género, deve ser algum resquício do comunismo/socialismo institucional e governativo, porque este tipo de absurdos nunca iriam suceder em PSD’s e cenários liberais :twisted:. Esse Mira Amaral tem cá uma legitimidade para falar em crise. :lol: Mas depois os da Moody’s é que são os mauzões.

A Europa tem que peceber que tem alguma responsabilidade também na situação, tem poder para ajudar os países em dificuldades comçando logo pela vertente política e tem até a responsabilidade de ser solidária desde que os países cumpram aquilo que acordaram dentro dos possíveis.

Se nos exigem os impossiveis será pior para todos, se nos deixam desamparados será pior para todos (claro está será pior para os países directamente atingidos).

É bom que na Europa se critique as agências de rating (mesmo que eleas estejam a fazer tudo bem e eu acredito que não estão), é bom que mostrem que ninguém está de fora e a Europa está unida, é bom que os povos europeus interiorizem que talvez exista alguma injustiça em relação aos nossos países ao contrário do sentimento geral inicial (e talvez actual). Sem isso dificilmente conseguiremos fazer seja o que for.

Se fizermos a nossa parte mesmo sacrificando-nos e se a Europa nos apoiar (mesmo que isso queira dizer + dinheiro, mesmo que isso queira dizer protecção política) todos os países ficarão melhor e nós sairemos todos desta situação. Se nos deixam desamparados a coisa dá para o torto. Espanha e Itália não são países menores…

O deputado do PS João Galamba defendeu hoje que o primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, tem de "explicar o que é que o seu executivo encontrou que a troika não foi capaz de ver" nas contas públicas portuguesas.

“Não é só o actual governo que conhece a realidade deixada pelo PS. Houve entidades internacionais, reputadíssimas, que estiveram cá um mês e meio e viram as contas todas. Portanto o primeiro-ministro tem de explicar o que é que o seu executivo encontrou que a troika não foi capaz de ver”, disse João Galamba à Agência Lusa.

O primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, afirmou na terça-feira à noite perante o Conselho Nacional do PSD que o seu Governo encontrou um “desvio colossal em relação às metas estabelecidas” para as contas públicas, de acordo com um dos elementos presentes na reunião.

“O primeiro-ministro não pode fazer declarações desta natureza sem fundamentar o que diz. Fê-lo quando anunciou o imposto extraordinário. Não justificou a alegada derrapagem orçamental. Esta é uma acusação grave que tem de ser fundamentada”, sublinhou João Galamba.

De acordo com o deputado do PS, o primeiro-ministro “tem de perceber que lançar dúvidas” sobre as contas públicas portuguesas tem eco em Portugal e no estrangeiro.

“Parece que o primeiro-ministro está a passar a ideia, errada, de que esta execução orçamental não era difícil e de repente deparou com dificuldades que não estava à espera”, sublinhou João Galamba.

SL

Joseph Stiglitz, Prémio Nobel da Economia em 2001 e professor na Universidade de Columbia numa das suas últimas reflexões analisou a crise nos EUA começada pelo reaganismo e a entronização dos famosos «mercados» especulativos, mas também falou da Europa:

A Grécia e outros países enfrentam crises e o tratamento em voga consiste simplesmente em pacotes de austeridade e privatização já desacreditados pelo tempo, os quais deixam, simplesmente, os países que os adoptam mais pobres e vulneráveis. Este “tratamento” fracassou no Leste da Ásia, na América Latina e noutros lugares, e fracassará também na Europa. De resto, já fracassou na Irlanda, Letónia e Grécia(...) Lamentavelmente, os mercados financeiros e os economistas de direita têm visto o problema exactamente ao contrário: eles crêem que a austeridade produz confiança e que a confiança produz crescimento. Porém, a austeridade socava o crescimento, piorando a situação fiscal do governo. Depois socava-se a confiança e põe-se em marcha uma espiral descendente.

já agora digo que está longe de ser um «perigoso» revolucionário marxista-leninista ou, sequer, expender cumprimentos ao socialismo :mrgreen:

SL

Seria bom ter uma citacao primaria do que Stiglitz disse, mesmo que fosse em Ingles. Uma traducao de uma citacao com o termo “economistas de direita”, e para desconfiar.

Fórum Empresas lançam fundo de 100 milhões para investir no mar Miguel Costa Nunes 16/07/11 13:26

Bruno Bobone acredita no investimento público no fundo porque se “só ensinamos o burro a deixar de comer, ele morre”.

Fórum vai captar capital público e privado para projectos de produção de peixe, armamento e turismo náutico.

O conjunto de empresas públicas e privadas que integra o Fórum Empresarial da Economia do Mar decidiu constituir um fundo de investimento que, numa primeira fase, terá um limitede 100 milhões de euros. O objectivo é angariar fundos que
financiem os projectos empresariais para desenvolver a economia do mar defendidos pelo estudo coordenado pelo economista Ernâni Lopes.

O presidente do Fórum do Mar, Bruno Bobone, explicou ao Diário Económico que, “alémde procurarmos investidores para os diversos projectos, decidimos que, na próxima semana, iremos constituir um fundo de investimento até 100 milhões de
euros, que irão sendo angariados à medida que forem apresentados os diversos projectos”.

“Vamos chamando o capital à medida que os projectos forem avançando”, revela Bruno Bobone. Este responsável acrescenta que, paralelamente, os empresários do Fórum do Mar vão iniciar já os passos burocráticos necessários para a constituição do fundo de investimento junto da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

O mesmo responsável adiantou ainda que de entre as dezenas de projectos empresarias de investimento defendidos no estudo de Ernâni Lopes sobre o designado ‘hipercluster’ do mar emPortugal, o fundo de investimento dará prioridade a três: um na área da produção de peixe; outro no segmento do turismo náutico, associado a diversas entidades autárquicas; e um terceiro no sector do armamento.

“Tendo em conta que alguns destes projectos são estratégicos para a economia de Portugal, não está vedada a subscrição do fundo a empresas e entidades públicas, antes pelo contrário, pelo que é normal que considerem ter alguma participação neste fundo. Até porque o corte de custos tem de ser acompanhado por estímulos à economia, senão ensinamos o burro a deixar de comer e ele morre”, defende Bruno Bobone.

Este responsável admite que o valor de 100 milhões de euros inicialmente pensado para o arranque do fundo poderá ser aumentado.

"Tudo depende da adesão ao fundo. Mas omais importante nesta medida que tomámos é que estamos a pôr em prática todo o trabalho que encomendámos, de forma a que não se fique só pelo custo do estudo e pelo documento bonito que apresentámos.

Este é um sinal positivo para a economia portuguesa", acredita Bruno Bobone.

Finalmente :wink:

Tens os estaleiros de Viana do Castelo que podiam ter o Estado como cliente na construção de navios para patrulha, seja para a Armada, seja para uma Guarda Costeira como propõe o MPT… Mas nesta altura do campeonato, não há dinheiro dos contribuintes nem para mandar cantar um cego. Também tiveste os estaleiros da Lisnave em tempos, como outras empresas que poderiam ter evoluído e dado o salto na internacionalização como aconteceu mais tarde com a PT ou a EDP (os CTT neste aspecto falharam e agora dificilmente são capazes de crescer), mas infelizmente morreram nas mãos daqueles que tomaram “conta” delas após as nacionalizações conduzidas pelos governos de inspiração comunista. Mas na altura não se esperava também que muitos anos mais tarde a procura por navios de carga fosse tão grande como o começou a ser há uns quantos anos atrás. Ainda assim, uma Coreia-do-Sul começou a investir nesse negócio quando Portugal começou a sair dele… ::slight_smile:

O que fizeram a essa empresa…
Era “apenas”, sabendo a dimensão do país, uma das mais importantes e reconhecidas. Quem a tomou de assalto destruiu-a.

O PSD que tanto criticou o encerramento de escolas, vai agora fechar 226 :great:

SL

Portugal falido, mas porquê tamanha heresia? O Estado gasta demasiado dinheiro? O sector público preenche uma fatia excessiva do PIB?

http://www.ionline.pt/conteudo/137202-funcionarios-do-estado-ganham-mais-500-euros-que-media-nacional

Portugal meritocrático, exigente?

http://www.ionline.pt/conteudo/137222-universidades-e-possivel-entrar-com-menos-10-em-40-cursos

O sector empresarial do Estado é útil, administrado criteriosamente?

http://www.ionline.pt/conteudo/131690-divida-das-empresas-publicas-disparou-18-no-primeiro-trimestre

O esforço que se exigirá aos portugueses de retirar parte do subsídio de Natal totalizará aproximadamente mil milhões de euros. Só três empresas do Estado aumentaram, apenas num ano, o seu passivo em 3 mil milhões. 3!!

E uns têm o descaramento de referir o BPN, cuja opção de nacionalizar é meramente política.

http://www.ionline.pt/conteudo/131694-tribunal-contas-detecta-quase-3-mil-milhoes-despesa-publica-irregular

Ou seja, num ano contamos 6 mil milhões de euros directamente para o caixote do lixo.

Ah, e pensemos num cenário que não inclua os mercados financeiros a emprestarem o capital em falta. A culpa é das Agências de Rating.

Vi há pouco a conversa do ministro das finanças, Vitor Gaspar, a falar sobre a cena do “desvio colossal” e confesso que aquele tipo de conversa aliada à figura do homem me fez imediamente lembrar os sketchs do Gato Fedorento executados pelo Miguel Góis…

Se calhar é uma questão de escolha eficaz de adjectivos, mas o Expresso informa-nos de um desvio interessante.

Oki, está na altura de nos elucidarem sobre tal desvio.

Sinceramente gostava de saber o que andaram por cá a fazer essas instancias todas internacionais que vasculharam as nossas contas publicas de alto a baixo durante um mes…

SL

Viva à chulice!

http://www.dn.pt/inicio/portugal/interior.aspx?content_id=1912057

O contribuinte paga!

Dada a crescente problemática em torno do que as agências de rating consideram em relação às diferentes dívidas soberanas, aqui fica um contributo válido e alternativo:

http://www.weissratings.com/news/articles/weiss-sovereign-debt-ratings/
http://weissratings.com/news/archives/debt/110428.aspx

Ou seja, e para sintetizar o que tratam os links acima colocados, os mesmos abordam uma metodologia diferente de abordagem à capacidade de pagamento de um dado país e, com base nos resultados proporcionados por essa nova metodologia, que surgem como resposta à que predominantemente é utilizada pelas restantes agências de rating, incluindo a portuguesa, oferece-nos um escalão de rating para cada um dos países.

Vale a pena, mesmo para quem não domina a temática económica.

Eu vejo semelhanças entre o nosso país e os impérios gregos e romanos; escravidão à parte claro. Ou seja, uma sociedade que se rege muito pelas aparências, com corrupção, etc, etc. E então porque essas sociedade clássicas prosperaram e nós não? Porque a política e os seus líderes eram eficazes, coisa que hoje aqui não acontece.

EDIT: Esqueçam a parte de não existir escravidão hoje em dia. Com a precariedade e salários baixos vigentes até se pode considerar que tal existe, com o devido exagero claro.