Epah oh daniel… já nem consigo responder-te
Défice orçamental português em percentagem do PIB, 1977-2010
Balança comercial portuguesa em percentagem do PIB, 1910-2010
Dívidas das empresas em percentagem do PIB, 1996-2009
Gráfico _ Dívida das famílias em % do PIB e do rendimento disponível, 1997-2009
Gráfico 1 _ Dívida externa líquida em percentagem do PIB, 1990-2010
Balança de Transacções correntes em percentagem do PIB, 1990-2010
Consumo privado em % do PIB, 1993-2010
Número de trabalhadores no Sector Empresarial do Estado, 2005-2009
Despesas com pessoal do Estado em % do PIB, 1995-2010
Remessas dos emigrantes portugueses em percentagem do PIB nacional, 1930-2009
Gráfico _ Dívidas das empresas públicas em percentagem do PIB
Gastos orçamentais anuais com tribunais, euros por habitante
http://viladobisponoseumelhor.blogspot.com/2011/04/universidade-catolica-graficos.html
http://desmitos.blogspot.com/2011/03/top-da-divida-externa.html
http://desmitos.blogspot.com/2011/04/os-verdadeiros-factos-da-campanha.html
Viva ao graficos da wikipedia Não estão em coimbra?
Angel Lion,
desonestidade intelectual? Não me digas que parte, uma que seja tida e conta como de dimensão considerável, dos exorbitantes 80 e tal mil milhões de euros se devem a pagamento de dívida pública contraída pré-2005? Mais: não só é José Sócrates responsável por uma fatia gigantesca da dívida pública de Portugal, só ele, como é também responsável pela expansão de mais de 50% de todas as PPP celebradas até hoje, e também de conscientemente obrigar Portugal a ir aos mercados com juros acima dos 5%. E fê-lo porquê? Porque lhe era politicamente caro admitir que Portugal precisava de ajuda externa. Atrasou, atrasou, até ao momento em que Portugal pouco ou nada pôde exigir no dia em que foi chamado à mesa de negociações.
Não existe aqui uma centelha de desonestidade intelectual. Que existem causas que precedem José Sócrates? Claro. Ele não foi eleito num período económico particularmente produtivo, bem pelo contrário, e tem inclusive o mérito, apenas à custa da receita (à boa moda portuguesa, ou seja, indo sempre ao bolso do contribuinte), de ter conseguido reduzir o défice para aproximadamente 2,5%. No entanto, o défice que Santana deixou não foi também ele provocado pelo desvario orçamental, que não ocorreu na era de Cavaco Silva, da era de Guterres, principalmente através da contratação de cerca de 100.000 funcionários públicos?
Lisbon,
a “produção nacional” deve ser um termo e modo de fazer negócio como o que impera nos Estaleiros de Viana, não? Como? Prejuízo! Paguem vocês o prejuízo dessa empresa! Ou reestrutura e se torna financeiramente viável, ou fecha portas, ponto final.
Já agora, uma pergunta: a que sector é que essa empresa recorre quando o ano fiscal termina, isto é, quando alguém tem de meter a guita que falta? Qual é o sector que permite que a empresa continue a existir? Pois, é melhor não tocar nesse assunto, eu entendo.
Como na CP…
Como na REFER…
Onde é que está “provado” (como tanto gostas de dizer) que os Governos de Guterres são responsáveis por 50% do défice público existente? A serem verdadeiros esses números, o que se pode dizer é que o défice público duplicou durante os Governos de Sócrates. Mas parece que a tendência ascendente vem de trás, e não dizes uma palavra em relação ao “efeito de espiral” que referi.
Se formos mexer mais fundo na política governamental com impacto no sector produtivo, uma das razões fundamentais para que o País seja obrigado a financiar-se externamente em cada vez maior escala é a perda de competitividade, a quebra nas exportações e o aumento das importações. Em que é que os 10 anos de cavaquismo globalmente contribuiram para contrariar a perda de competitividade? Que alterações estruturais e estruturantes na Economia foram promovidas? Não queiras atribuir tudo ao peso do sector público e à ineficiência deste. As razões mais profundas do crescimento do défice estão na incapacidade de produzir serviços de elevado valor acrescentado na medida do que fazem os nossos parceiros comerciais.
Essa idéia de que o Sócrates deveria ter apelado à ajuda externa muito mais cedo é peregrina. Bem sei que o actual Governo tem o nada invejável ónus de aumentar a carga fiscal e cortar despesas - aquilo que criticas nos Governos de Sócrates, não dá para perceber se não devia ter feito ou se devia ter feito mais. Todavia dificilmente a maior parte dessas medidas terão o efeito de obrigar os Portugueses a fazer mais e melhor, para além de consumir menos. Da parte do Governo isso passa por reformas essencialmente do sistema laboral, judicial e educativo. Tudo o que nenhum dos Governos anteriores desde o cavaquismo encetou em larga escala - e aí o primeiro Governo de Sócrates, juntamente com o Governo minoritáio de Cavaco, até foram dos mais reformistas. Espero ver se na primeira metade da Legislatura há coragem para aplicar verdadeiras reformas e não medidas para fogo de vista. Se forem implementadas, cá estarei para aplaudir.
Como disso (e até de Macroeconomia e Finanças Públicas em geral) percebes mais do que eu, para acompanhar esse gráfico podias arranjar umas tabelas que explicassem qual a maturidade dos títulos e a evolução das taxas de financiamento ao longo dos anos. Daria para ter uma idéia mais concreta do efeito que referi.
Daniel:
os estaleiros estão no estado actual porque se deixou chegar a este estado! Portugal pelos vistos só pode ter sector terciário, sim porque aqui paga-se para se abater a frota pesqueira, toda a gente sabe que mais ninguém no mundo tem estaleiros navais, aliás os famosos submarinos devem ter nascido do nada. De resto até és capaz de aplaudir a venda ao desbarato PT, EDP, CIMPOR, TOTTA etc, tudo empresas que davam “despesa”, diz là “agora é que estão em boas mãos!”
nunca li uma palavra de desacordo tua sobre o desinvestimento na agricultura, pescas ou industria iniciado pelo cavaco. nunca vi nem uma palavra sobre a vergonha que é um país como Portugal ter de andar a importar leite ou peixe. para ti nada disto está associado a qualquer aumento de divida. a culpa é sempre do PREC, dos calões dos portugueses e dos funcionários públicos.
Se formos mexer mais fundo na política governamental com impacto no sector produtivo, uma das razões fundamentais para que o País seja obrigado a financiar-se externamente em cada vez maior escala é a perda de competitividade, a quebra nas exportações e o aumento das importaçõesbasicamente é disso que o angel lion fala!
angel lion:
O consumo baixar não é bom, é até um “desacelerador” da economia. falo claro do consumo “bom” sem recorrer às cofidis e afins.
pah reformas na legislação laboral e educação temos no mínimo 2 em 2 anos, nisso e na constituição
(se são bem feitas é outra conversa) :mrgreen:
Eu nunca referi que António Guterres é responsável por 50% da dívida pública. Referi que ele reduziu o emprego de forma artificial, contratando aproximadamente 100.000 pessoas, e penso que um gráfico que confirma essa informação se encontra disponível neste tópico ou no da Economia Portuguesa, e que essa opção política desequilibrou gravemente as finanças públicas.
A questão da maturação da dívida contraída é pertinente, mas desconheço valores concretos, seja montantes, juros associados, etc. No entanto, o plano de ajuda externa concede-nos algum sinal do seu valor e do prazo de pagamento: tratam-se de cerca de 75 mil milhões de euros, e no facto de Portugal pretender regressar aos mercados dentro de, salvo o erro, 2 anos e meio. Ou seja, a dívida que finda neste prazo está avaliada em 75 mil milhões de euros, menos milhar de milhão, mais milhar de milhão, sendo que devem ser subtraídos cerca de 20 mil milhões de euros destinados ao sector financeiro - para “os do costume”, este capital é emprestado à banca, não é doado, nem sequer o contribuinte será chamado a o financiar.
A tendência vem de há muito tempo, nomeadamente do 25 de Abril. O 25 de Abril expôs um país acorrentado politicamente, muito débil educativamente, mas robusto económica e financeiramente. Os espanhóis, apesar de agora se encontrarem também eles em situação duvidosa, souberam fazer a transição entre o Franquismo e a Democracia: sem o envolvimento de extremos, nomeadamente do extremo ideológico que combatia a ideologia vigente, a extrema-esquerda. Espanha não era muito diferente de Portugal há 35 anos atrás - e a pobreza e morte provocadas pela Guerra Civil nunca se fez de forma similar em Portugal. Vê o que é Espanha agora, apesar dos problemas agora inerentes à sua situação, e analisa Portugal.
É como a Irlanda. Quem nos dera. De forma simples, talvez até grosseiramente simplista, é assim: defrontas a crise com um salário de 2000€ mensais, enquanto que aqui recebes a crise com um salário de 900€. E a crise irlandesa deve-se principalmente ao sector bancário, o que eles podem sempre resolver, perdoem-me a expressão, mandando a banca à trampa, assim forçando a UE a adoptar outra postura (menos juros), enquanto que o problema português é de finanças públicas, e esse é um problema que não pode ser enxotado.
E existe outro aspecto muito particular: quem hoje mais se manifesta contra os mercados é quem mais precisa deles: sindicatos da função pública, de empresas públicas, de colaboradores e subsidiados do Estado. O Estado Português não está a pedir dinheiro para ajudar o trabalhador do sector privado, os muitos milhões que têm PME’s ou que trabalham por conta de terceiros.
Se não existisse em Portugal, por via de entidades nacionais ou estrangeiras, uma banca capaz de oferecer a estas empresas liquidez, os sindicatos não teriam razão de existir. E depois fala-se muito na “produção nacional”. Mas vamos produzir como, com que incentivos, e para quem? Vamos obrigar os portugueses a comprarem a produtores portugueses quando uma empresa estrangeira oferece mais barato, principalmente, e talvez melhor? E quando falamos em “produção nacional”, penso estarmos a falar de empresas de dimensão considerável. Estas, sei por causa própria, sofrem bastante com as seguintes características portuguesas: burocracia, regime fiscal e código laboral. Estas são questões que o sindicato da ignóbil oposição, a CGTP, não está interessada em discutir. Saúdo, embora muito timidamente, a maior capacidade de abertura da UGT: ela pede algo, mas sabe que terá de dar algo em troca. E isto, goste-se ou não, é a chamada “concertação social”.
Clama-se muito contra os cortes salariais na Função Pública, ou contra o eventual despedimento de 300 trabalhadores, mas ninguém se parece preocupar com o custo que estas organizações ineficientes, que portanto não têm lugar num mercado concorrencial, imputam ao contribuinte, que ainda por cima não é galardoado com um salário monetariamente interessante, bem pelo contrário.
A extrema-esquerda funciona assim: dá ferroadas no sector financeiro, mas não pensa no facto de ser este o sector que tapa os buracos dos grandes sorvedouros da esfera pública: TAP, CP, Refer, Estaleiros de Viana, e por aí fora. A dívida destas empresas supera os 25 mil milhões de euros. És formado em Economia, correcto? Sendo assim, Portugal é o perito mundial do efeito crowding-out. Ninguém se preocupa ou considera nefasto empréstimos de 600 milhões à CP, mas depois temos jovens a serem expulsos de universidades, ou nem sequer ingressando, por não conseguirem pagar uns míseros 900€ anuais. Ou reformas de 250€/300€.
Se a banca não tem sido parceira da TAP, a questão em torno desta empresa nem isso seria, pois a TAP há muito que tinha desaparecido. Seria apenas uma memória num daqueles livros de companhias de aviação defuntas. Portanto, existe “combate sindical”, uma espécie de Guerra do Vietname de sindicatos chulos, porque existe um sector bancário disposto a emprestar dinheiro à TAP: e se esta não tem aval estatal, se tem sido regida pelos critérios rigorosos que definem as relações entre empresas de mercados altamente concorrenciais do sector privado e a banca, nem a isso teria acesso.
Quais são as principais críticas apontadas à Grécia? Podemos começar na principal: função pública, que tem direito a um conjunto incrível de benesses. Depois, podemos passar para os vários sectores da economia, como os transportes, autênticos monopólios que rasgam milhares de milhões todos os anos - a Grécia é obrigada a liberalizar o mercado, permitindo a entrada de novas empresas, e os sindicatos respondem com greves. Depois, a fuga fiscal. E o aspecto muito estranho, definitivamente pouco comum, de os principais sindicatos do sector privado, que na Grécia mobilizam números fantásticos, mas certamente menos interessados em atear fogo a lojas ou a manufacturar bombas artesanais, estarem contra o sector público e a forma como este trabalha.
Cavaco Silva não pagou nada a ninguém, primeiro. Segundo, quem assim o decretou foi a UE. Terceiro, os agricultores e pescadores foram obrigados a vender? Repito: alguém entrou pela casa dos pescadores e os forçou a vender? Não me parece. E o período de 1990-2000, com um ou outro ano problemático pelo meio, pautou-se por franco crescimento em todos os aspectos.
Outro aspecto: conheces algum país do mundo que possua camadas socialmente evoluídas - com classes médias robustas - numa economia predominantemente dominada pelo sector primário? Não existe. Outro dado: os 10 primeiros classificados do HDI (além de economias de característica liberal, pró-economia de mercado, sem qualquer margem de dúvida - 1 ponto para a realidade!) são economias de sector terciário. Mais uma informação: nós temos inclusive maior índice de sector primário do que parte deles, o que não abona muito a favor da teoria, que é falsa, de total abandono da agricultura. O sector primário dos 10 países mais evoluídos do mundo (e atenção que eu não estou a referir critérios de liberdade económica, mas de qualidade de vida) anda na casa dos 3%-7%, enquanto que em Portugal possui uns simpáticos 10%. A média dos três primeiros é de 4,5%.
Se queremos uma indústria competitiva, e não pretendo identificar esta ou aquela característica como de maior importância (seja o regime laboral, fiscal, judicial, etc), esta tem de ser capaz de se dinamizar, de se adaptar, principalmente para poder competir com empresas estrangeiras. Socialismo não é dinamizante, é controlador, estagnante e ineficiente.
E temos outro problema: a nossa dimensão. Embora procure simplificar a questão, como pode um produtor de leite nacional competir com um espanhol - economias de escala, principalmente - quando o empresário nacional produz leite através de 5000 vacas, e o espanhol fá-lo através de 10000? Só se o português procurar comercializar um leite diferente, de qualidade superior, e mesmo assim o espanhol pode muito bem fazer o mesmo. O mesmo é válido para qualquer outro produto.
Sobre os Estaleiros, eles estão a tentar ajustar-se, mas não podem, não os deixam. E assim o impedem porque estão habituados a ser socorridos pelo contribuinte e pela cultura ineficiente de tudo o que pertence à esfera estatal.
Daniel, (já aqui deixei esta nota mas volto a deixar)
Vejamos, então qual o contributo de Cavaco Silva para que as coisas estejam como estão e não de outra maneira:
Cavaco Silva foi ministro das finanças entre 1980 e 1981 no governo da AD.
Foi primeiro-ministro de Portugal entre 1985 e 1995 (10 anos!!!).
Cavaco Silva foi só a pessoa que mais tempo esteve na liderança do governo neste país desde o 25 de Abril.
É presidente da República desde 2005 até hoje (5 anos)
Por este histórico, logo se depreende que este senhor nada teve a ver com o estado actual do país.
Mas vejamos quais foram as marcas deixadas por Cavaco Silva nestes anos todos de andanças pelo poder:
Cavaco Silva enquanto primeiro-ministro alterou drasticamente as práticas na economia, nomeadamente reduzindo o intervencionismo do Estado, atribuindo um papel mais relevante à iniciativa privada e aos mecanismos de mercado.
Foi Cavaco Silva quem desferiu o primeiro ataque sobre o ensino “tendencialmente gratuíto”.
Foi Cavaco Silva o pai do famoso MONSTRO com a criação de milhares de “jobs” para os “boys” do PPD/PSD e amigos. Além de ter inserido outros milhares de “boys” a recibos verdes no aparelho do Estado,
Foi no “consulado Cavaquista” que começou a destruição do aparelho produtivo português. Em troca dos subsídios diários vindos da então CEE, começou a aniquilar as Pescas, a Agricultura e alguns sectores da Indústria. Ou seja: começou exactamente com Cavaco Silva a aniquilação dos nossos recursos e capacidades.
Durante o “consulado Cavaquista”, entravam em Portugal muitos milhões de euros diáriamente como fundos estruturais da CEE. Pode-se afirmar que foram os tempos das “vacas gordas” em Portugal. Como foram aplicados esses fundos?
O que se investiu na saúde? E na educação? E na formação profissional?
Que reforma se fez na agricultura? O que foi feito para o desenvolvimento industrial?
A situação actual do país responde a tudo isto! NADA!
Mas então como foi gasto o dinheiro?
Simplesmente desbaratado sem rigor nem fiscalização pela incompetência do governo de Cavaco Silva.
Tal como eu, qualquer habitante do Vale do Tejo, minimamente atento, sabe como muitos milhões vindos da CEE foram “surripiados” com a conivência do governo “Cavaquista”.
Basta lembrar que na época, o concelho de Felgueiras era o local em Portugal com mais Ferraris por metro quadrado.
Quando acabaram os subsídios da CEE, onde estava a modernização e o investimento das empresas? Nos carros topo de gama, nas casas de praia em Cascais, Oeiras, Aroeira etc. Etc.
Quanto às empresas… Essas faliram quase todas. Os trabalhadores - as vítimas habituais destas malabarices patronais - foram para o desemprego, os “chico-espertos” que desviaram o dinheiro continuaram por aí como se nada se tivesse passado.
Quem foi o responsável? Óbviamente, Cavaco Silva e os seus ministros!
Quanto à formação profissional… Talvez ainda possamos perguntar a Torres Couto como se fartou de ganhar dinheiro durante o governo Cavaquista, porque é que teve que ir a tribunal justificar o desaparecimento de milhões de contos de subsídios para formação profissional. Talvez lhe possamos perguntar: como, porquê e para quê, Cavaco Silva lhe “ofereceu” esse dinheiro.
Foi também o primeiro-ministro Cavaco Silva que em 1989 recusou conceder ao capitão de Abril, Salgueiro Maia, quando este já se encontrava bastante doente, uma pensão por “Serviços excepcionais e relevantes prestados ao país”, isto depois do conselho Consultivo da Procuradoria Geral da República ter aprovado o parecer por unanimidade.
Mas foi o mesmo primeiro-ministro Cavaco Silva que em 1992, assinou os pedidos de reforma de 2 inspectores da polícia fascista PIDE/DGS, António Augusto Bernardo, último e derradeiro chefe da polícia política em Cabo Verde, e Óscar Cardoso, um dos agentes que se barricaram na sede António Maria Cardoso e dispararam sobre a multidão que festejava a liberdade.
Curiosamente, Cavaco Silva, premiou os assassinos fascistas com a mesma reforma que havia negado ao capitão de Abril Salgueiro Maia, ou seja: por “serviços excepcionais ou relevantes prestados ao país".
Como tenho memória, lembro-me também que Cavaco Silva e o seu “amigo” e ministro Dias Loureiro foram os responsáveis por um dos episódios mais repressivos da democracia portuguesa. Quando um movimento de cidadãos, formado de forma espontânea, se juntou na Ponte 25 de Abril, num “buzinão” de bloqueio, em protesto pelo aumento incomportável das portagens. Dias Loureiro (esse mesmo do BPN e que está agora muito confortávelmente em Cabo Verde), com a concordância do chefe, Cavaco Silva, ordenou uma despropositada e desproporcional carga policial contra os manifestantes. Nessa carga policial “irracional”, foi disparado um tiro contra um jovem, que acabou por ficar tetraplégico.
Era assim nos tempos do “consulado Cavaquista”, resolvia-se tudo com a repressão policial. Foi assim na ponte, foi assim com os mineiros da Marinha Grande, foi assim com os estudantes nas galerias do Parlamento…
Foi ainda no reinado do primeiro-ministro Cavaco Silva, que o governo vetou a candidatura de José Saramago a um prémio literário europeu por considerar que o seu romance “O Evangelho segundo Jesus Cristo” era um ataque ao património religioso nacional.
Este veto levou José Saramago a abandonar o país para se instalar em Lanzarote, na Espanha, onde viveu até morrer. Considerou Saramago, que não poderia viver num país com censura.
Cavaco Silva foi o Presidente da República nos últimos 5 anos. Sendo ele o dono da famosa frase: “nunca tenho dúvidas e raramente me engano”, como é que deixou Portugal chegar até à situação em que se encontra?
Mais! Diz a sabedoria popular: “diz-me com quem andas, dir-te-ei quem és.”
Bem… Alguns dos ministros, amigos, apoiantes e financiadores das suas campanhas eleitorais não abonam nada a seu favor. Embora, na minha opinião, esta gente reflete exactamente a essência do Cavaquismo.
Oliveira e Costa - Secretário de Estado dos Assuntos Fiscais do governo Cavaquista entre 1985 e 1991. Ex presidente do famoso BPN.
A história deste fulano já é mais conhecida que os tremoços, nem vale a pena escrever mais nada.
Dias Loureiro - Ministro dos governos Cavaquistas. Assuntos Parlamentares entre1987 e 1991, Administração Interna entre1991 e 1995.
Associado aos crimes financeiros do BPN, com ligações ainda não clarificadas ao traficante de armas libanês, Abdul Rahman El-Assir, de quem é grande amigo.
Foi conselheiro de estado por nomeação directa de Cavaco Silva, função que ocupou com a “bênção” de Cavaco, até já não ser possível manter-se no lugar devido às pressões políticas e judiciais.
Encontra-se actualmente, muito confortavelmente a viver em Cabo Verde.
Ferreira do Amaral - Ministro dos governos Cavaquistas. Comércio e Turismo, entre 1985 e 1990, Obras Públicas, Transportes e Comunicações entre 1990 e 1995. Foi nesta condição (ministro das obras públicas do governo Cavaquista) que assinou os contratos de construção da Ponte Vasco da Gama com a Lusoponte, e a concessão (super-vantajosa para a Lusoponte) de 40 anos sobre as portagens das duas pontes de Lisboa.
Ferreira do Amaral é actualmente presidente do conselho de administração da Lusoponte. (Apenas por mera coincidência…)
Duarte Lima - Lider da bancada do PPD/PSD durante o Cavaquismo.
Envolvido em transacções monetárias “estranhas” no caso Lúcio Tomé Feteira.
A juntar a isto tudo (e que já não é pouco!), tenho ainda a opinião de que Cavaco Silva é demasiado inculto e arrogante. O que na minha opinião são atributos dispensáveis para um Presidente da República
-
Pronto, já vimos que décadas de cavaco, não têm nada a ver com o estado actual do país. dou a mão à palmatória,realmente ele não entrou pela casa dos agricultores/pescadores a ameaçar de porrada, nem entregou pessoalmente os milhões de contos para se parar de produzir.
-
O mesmo que há não muito tempo achava a banca uns chulos, agora, se calhar graças ao chapéu do hsbc, já os acha uns “bacanos” uns verdadeiros salvadores da pátria e os defensores das MPMEs.
A banca, essa porreiraça, canaliza os seus investimentos, cerca de 84%, em cinco na habitação; actividades imobiliárias, alugueres e serviços prestados às empresas; construção; comércio por grosso e a retalho, incluindo o comércio automóvel; e consumo.
O resto é paisagem.
Os empréstimos à indústria transformadora, no conjunto do total do crédito concedido, não ultrapassou os cerca de 8%. Uma vergonha maior diz respeito ao crédito concedido à agricultura e às pescas: menos de 1%!!
já sei já sei vais me dizer que " tendo sido apresentado algum projecto realista e tal a banca teria emprestado mais dinheiro" o que explica que só se canalize para o consumo e construção. :great:
A banca, onde incluo a CGD (colonizada pelos boys psd e ps),pela sua política de crédito:
– retrai a produção interna, com graves consequências no emprego em Portugal;
– fomenta as importações, garantindo, assim, o emprego nos países que nos vendem aquilo que não produzimos;
– potencia o aumento da dívida externa.
conheces algum país do mundo que possua camadas socialmente evoluídas - com classes médias robustas - numa economia predominantemente dominada pelo sector primário?acho que não leste o que escrevi, isso ou apeteceu-te escrever, por dá cá aquela palha, sobre como é mau ter uma economia dominada pelo sector primário. :inde:
Se queremos uma indústria competitiva, e não pretendo identificar esta ou aquela característica como de maior importância (seja o regime laboral, fiscal, judicial, etc), esta tem de ser capaz de se dinamizar, de se adaptar, principalmente para poder competir com empresas estrangeiras. Socialismo não é dinamizante, é controlador, estagnante e ineficiente.E temos outro problema: a nossa dimensão. Embora procure simplificar a questão, como pode um produtor de leite nacional competir com um espanhol - economias de escala, principalmente - quando o empresário nacional produz leite através de 5000 vacas, e o espanhol fá-lo através de 10000? Só se o português procurar comercializar um leite diferente, de qualidade superior, e mesmo assim o espanhol pode muito bem fazer o mesmo. O mesmo é válido para qualquer outro produto.
vamos dar graças a deus termos sido governados por pessoas que pensam como tu, e por termos um modelo dinamizante e eficiente. já se viu que estamos no caminho certo.
BTW
foi bonito o elogio à UGT, curiosamente é a mesma que ajudou a dar uma machadada na contratação colectiva.sindicatos mais mansos e que vão contra os interesses das pessoas quem representam, merecem sempre um elogio da tua parte.
BTW vai passar hoje, na sic noticias, um documentário chamado dividocracia. alguém conhece/já viu?
Não mas vou ver, é as 23h na Sic Noticias
Presumo que seja este:
[youtube]DEBTOCRACY (FULL - ENG Subs)[/youtube]
é esse mesmo Dunadan :great:
Deixo um gráfico interessante sobre a saída de lucros e rendimentos para o exterior
(...)[b]dívida externa é consequência entre outros factores, da liquidação do aparelho produtivo e da venda ao estrangeiro de activos de grandes empresas e empresas estratégicas, que pertenciam ao sector empresarial do Estado e que foram privatizadas.[/b] Os resultados estão hoje à vista de todos (...) saem todos os anos do País, em lucros e dividendos resultantes das aplicações do capital estrangeiro na economia portuguesa, uns largos milhares de milhões de euros. Razão, também, porque é cada vez mais divergente o Produto Nacional Bruto(PNB) e o Produto Interno Bruto (PIB).
:offtopic:
Arranjo links por PM desse documentário + legendas PT.
:offtopic:
Para quem não sabe, foi organizado um “ataque” à moodys no facebook, com data marcada para hoje. O objetivo é toda a gente aceder ao site deles ao mesmo tempo e mandar o site abaixo.
http://www.facebook.com/event.php?eid=214459695264048
Isto começou às 15h00. O site da moodys já não abre (quem estiver fora de portugal que teste para ver se é do ip ou não) e, coincidência ou não, a modys já está a perder 2.06% em bolsa (que era o objetivo principal do “ataque”. Ver aqui a cotação http://www.google.com/finance?q=NYSE%3AMCO).
Vamos lá ver como é que isto vai ficar ao fim do dia… :mrgreen:
Error Message
No response from the “www.moodys.com” website.
através de um proxy na alemanha
A moodys já está a perder 3.60% em bolsa. E o site continua a não abrir :victory:
Oops! Google Chrome could not connect to www.moodys.com
Try reloading: www.moodys.com
Other users are also experiencing difficulties connecting to this site, so you may have to wait a few minutes.
Fora de Portugal já está acessível.