Política Nacional - Parte 4

A mudança mais radical foi o fim do Absolutismo e a vitória final do Liberalismo em 1834. O país mudou mais nessa época que em 1910 ou 1974. Foi uma desvio muito grande até com a Igreja e a alta/média Nobreza tradicional da época que foi toda arredada dos seus títulos e/ou exilada.

O Estado Novo tinha mais vícios que virtudes. A economia portuguesa começou a ser restruturada de volta a uma economia de mercado não muito tempo depois de 1975.

No fim dos anos 80 com a revisão constitucional de 1989, parece que venceu claramente o lado capitalista. Teres estagnado depois tem outras razões. Como a queda do muro de Berlim, que nos prejudicou mais do que nos beneficiou.

A Espanha é uma monarquia e está dividida não só entre direita ou esquerda como em regionalismos, o mesmo para o Reino Unido. O resto desconheço a realidade desses países, mas não me parece que por exemplo a Bélgica seja exemplo para alguma coisa.

Com a integração na UE da forma como foi, para beneficiar o eixo franco-alemão, Portugal deixou de ter praticamente alguma soberania. Nem moeda tens e como a economia está estruturada se deixássemos a UE regrediríamos para uma espécie de Argentina da Europa. Portugal não tem saída a não ser que se faça um pacto entre partidos ou um projeto económico para os próximos 20 anos unânime entre os partidos do arco da governação, algo que deixou de existir para aí desde o Guterres ou o Sócrates.

Quando falei nos portugueses serem uma merda, tem mais a ver com a mentalidade e com o chico espertismo que por aqui impera. Muitas pessoas que criticam a classe politica-empresária também não são os maiores exemplos em termos de idoneidade e cumprimento da lei.

Lá está… Algo que não era bem assim há 50 anos…

Num país normal tipo nenhum… Espanha, Itália, Alemanha, Japão etc não tiveram ex-integrantes dos regimes fascistas/autoritários posteriormente presentes em cargos importantes de governos eleitos democraticamente. O Japão nem manteve o Imperador nem nada. :zany_face:

E estamos a falar de um tipo que nem era, nem nunca foi membro da União Nacional ou que tivesse tido cargos dentro do EN.

O que ele escreveu é complacência com o regime.

Finge-te de desentendido, finge.
Mas não é surpreendente considerando os tempos que correm, onde o povão e os políticos obedecem em avanço para não chatear os poderes vigentse.
Como o outro diz, é deixa andar. Quem leva no lombo são vocês.

Sabes lá tu e o outro o que é que ele foi.
O que se sabe, é o que ali está naquele papel. A complacência com o regime vigente.
Uma vergonha este país ter eleito aquela merda seca umas cinco vezes. Mas já se sabe, também se elegeu o Salazar como o mais popular.

O mesmo País que elegeu Sócrates e António Costa, que deu um chuto no rabo no teu ídolo Pedro Nuno. É a vida. Tanta azia.

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Mas o Socas e o Costa têm a ver com alguma coisa com o regime do Salazar? :rofl:

Claro que não. O que tu queres é arranjar confusão aqui no fórum. O que se passou no tópico do elevador não te satisfez as medidas.

Dizes que tenho azia, mas quem anda aqui a arranjar confusões sobre tudo e nada és mesmo tu.

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Diz um votante do PS…

Não acho que o problema esteja nas revoluções.

Também não acho que esteja aqui o problema.

Acho que isto é relevante.

Isto também.

Eu acho que o principal problema de Portugal são os portugueses. Impera um espírito individualista e laxista que procura que o “eu” esteja menos mal do que o “tu”, mas, em simultâneo, que não possa colocar em causa o “tu”.

O tuga, mesmo na vida em sociedade, procura maximizar o eu. A relação social é uma relação de “eu, eu, eu”, como é que vou ganhar mais e tirar partido desta relação. Esquece, muita vez, que o ganho conjunto supera o ganho individual. Isto, por sua vez, tem reflexos no ganho de curto prazo. Este sentimento individualista é palpável não só no chico-espertismo fodilhão que encontramos nas relações interpessoais e comerciais, mas também no facto de o tuga preferir o ganho imediato do que o ganho mediato.

O que, muitas vezes, acaba por ser estranho porque o tuga tem também um espírito laxista. Temos um ditado popular que nunca cumprimos que é o “não deixes para amanhã o que podes fazer hoje”. O tuga deixa para amanhã o que pode fazer hoje. Aliás, até deixa para daqui a uma semana e até deixa para daqui a um mês. O espírito tuga não se compadece com o cumprimento atempado de prazos. O espírito tuga se tiver um prazo para entrega de uma determinada coisa, quer saber quando é o último dia do prazo e entregará às 23:59 no último dia do prazo. Sendo que, no dia anterior, ainda vai ver se é possível prorrogar. Então, empurra constantemente para amanhã o que devia ter feito hoje.

Dizem: “o tuga é um povo desenrascado…”. Dá vontade de responder: “pudera…”. É um povo que vive no constante sofrimento de protelar, de querer fazer amanhã, daqui a um mês, nunca, aquilo que pode e deve fazer hoje ou devia fazer ontem. É uma espécie de necessidade de sofrimento continuo, injustificado e que, depois, se traduz no minorar o sofrimento com as “pequenas coisas” e no tentar ■■■■■ o próximo.

Mas este espírito individualista e laxista culmina com a falta de vontade em colocar em causa o “tu”. O tuga não gosta de dizer que não. O tuga guarda ressentimento, mas no dia-a-dia gosta de dizer: “pá, vamos ver se é possível” - mas já sabe que não é; ou “vou ver o que posso fazer” - não vai ver nada.

Isto gera um povo que para além de ser chico-esperto, está também a viver com subterfúgios, constrói muros para os vizinhos não verem o que se passa dentro de casa, pinta-os todos engraçados, mas depois não tem condições em casa… Compra um BMW, mas depois dorme no chão.

Obviamente que isto é um exagero (mais ou menos), mas explica a mentalidade portuguesa e o Estado de coisas que temos e os políticos que encontramos (que são o reflexo da nação). Andamos a discutir merdas de esquerda e de direita, sem relevância absolutamente nenhuma para a sociedade, porque ninguém quer resolver já e atempadamente o problema. Vamos resolvê-lo? Sim, quando for inultrapassável. Vamos ficar pior nessa altura? Vamos, mas aí vai ser como o prazo, em que estamos no último dia, e não dá para adiar mais. Nessa altura, já fomos ver que dá para adiar. Já fomos tentar fazer de tudo. Mas chegámos à conclusão que agora é que vai ter de ser. Então, entregamos uma merda qualquer para não dizerem que não entregámos.

Os políticos que temos são iguais.

Eu gostava de viver num país responsável, nórdico ou tipo a Suíça, com organização, sentido comunitário, em que as pessoas até podem ter um aspecto mal humorado, mas que, na verdade, têm um pragmatismo associado à vida e que, no final, não têm de olhar por cima do ombro continuamente e não andam permanentemente desconfiadas no relacionamento. Mas depois lembro-me que estou em Portugal e percebo que… Com os animais que cá estão, a única coisa que resulta é… sentido de responsabilidade. Querem individualismo? Foda-se! Tenham-no! Sejam responsáveis por aquilo que fazem, dizem e querem. Queimem esta merda toda.

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Agora fizeste-me lembrar o Bruno Nogueira que, no último podcast, contou que se esqueceu do Kindle no avião, tendo feito escala no Dubai, e só se apercebeu quando estava no segundo avião. Disseram-lhe que tinha de preencher um formulário, e ele panicou, porque está habituado a perder imenso tempo com esse tipo de coisas, que depois não dão em nada. Quando regressou ao Dubai, chegou ao Perdidos e Achados, e o Kindle estava lá, guardado e embrulhadinho, à espera dele.

Em Lisboa? Provavelmente nunca mais aparecia, e era leiloado naquelas vendas de bagagem não reclamada. Isto se ninguém o ‘desviasse’ sem ninguém ver, porque ‘achado não é roubado’.

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Foi ministro do Salazar. :clown_face:

Estavas a falar do Cavaco..

Entendo a tua azia, também se tivesse metido as fichas todas no Pedro Nuno estaria chateado. Vai passar, aguenta a dor.

Não sabia que “dirigir” era provocar discussão, mandar bocas foleiras.
Sempre a aprender.

Tens de ir analisar o histórico do utilizador em causa para teres um juízo de valor ajustado. E desde quando afirmar que está com azia é provocar discussão? É que foram meses e meses a elogiar, a defender, a colocar num pedestal o dirigente socialista. Então é normal estar com azia, tanto que se nota pelo tom da escrita. E mesmo a ser provocações, em nenhum ponto ofendi ou desrespeitei. Como me parece óbvio.