Política Nacional - Parte 4

Tens que abrir os teus horizontes. Claro que o SMN não pode ser igual ao dos países do centro da Europa, nem sequer igual ao de Espanha, mas tem margem e deve subir. É proporcionalmente bastante inferior ao de Espanha, como já aqui coloquei.

Este gajo é um caso de estudo psiquiátrico!

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Mas tem margem e deve subir com base em que?

Com base no actual custo de vida e na mais que capacidade da economia para o fazer.

O custo de vida é uma variável social logo fica de fora. Quanto à capacidade da economia em fazê-lo, tenho dúvidas pois estamos a gerar pouco valor acrescentado e tudo fica pior nas pequenas e micro empresas, que são a maioria do nosso tecido empresarial. Eu tenho mesmo muitas dúvidas sobre a capacidade de subir o SMN acima da inflação, para os 95% do nosso tecido empresarial, claro.

É uma questão de ir avaliando no futuro, claro que muitos empresários se vão queixar, mas por estes ainda andávamos com 485€ de SMN. A avaliação deve ser distanciada de opiniões e baseada nos resultados práticos. Se não há falências, a situação económica continua a evoluir minimamente bem, e o desemprego se mantém estável, é porque há condições, caso contrário tem de se rever.

Um exemplo extremo. Se os EU continuassem com a escravatura muito mais tempo não iam desenvolver tão rapidamente uma economia tão inovadora e dinâmica. No Brasil a continuação da escravatura por demasiado tempo prejudicou o seu desenvolvimento industrial e econômico.
Miséria só gera mais miséria, a necessidade promove inovação. Claro que não é uma fórmula mágica, tem de ser doseado.

Como sempre para a Esquerda são apenas sensações.

Uma vergonha.

É que mesmo aceitando o argumento do idiota do pésse de que é residual, isso significa que não se devem punir os casos que existem por serem residuais?
Se houverem poucos casos é ignorar? É que é isso que aquele André Idiota disse.

Passo a citar:

O socialista André Rijo indicou que a estatística criminal “não apresenta dados relevantes” deste fenómeno e considerou que a ocupação ilegal de habitações “é residual”, pelo que não há razão para o “agravamento excessivo” das penas.

É este o nível de deputado que o pésse apresenta.
Ao nível de um qualquer grunho do Chega.

Hajam muitos ou poucos casos, há uma lacuna na lei que deve ser corrigida.

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De facto não interessa se é residual. Se é ainda bem, porém isso não é relevante para as penas a aplicar. Outra questão é que toda esta discussão provavelmente só existe devido à idiotice do BE, que a colocou na agenda ao dar a entender a legitimidade dos ocupas.

Eu sou um defensor convicto que o maior direito que podemos dar ao trabalhador e um direito de mandar o patrao a merda quando bem quiser e lhe apetecer. Proteger o emprego, nao o posto de trabalho.

Infelizmente em Portugal predomina muito este pensamento de que o posto de trabalho e para a vida e que a ‘luta’ e por melhorar as condicoes dentro do posto de trabalho. O que tambem ajuda a perpetuar os baixos salarios, pois os maiores aumentos acontecem quando se troca de trabalho…

Mas ja vem ai o @Viridis_Leo dizer que isto e conversa ‘neo-liberal’.

Uma economia em crescimento e com um nivel de inflacao saudavel conseguem sempre suportar aumentos do SMN. A pergunta e sempre… a custa de que? E que em Portugal nos ultimos anos o SMN tornou-se o principio e o fim da discussao salarial.
Muito mais importante que aumentos do SMN e perceber que economia queremos ter. E o proprio SMN devia ser ‘regionalizado’. Nao faz sentido o SMN ser o mesmo em Miranda do Douro e em Lisboa.
Estas discussoes da merda de mais 30 ou 40e por mes no SMN e um bom motivo pelo qual nao saimos da cepa torta.

Achar que a produtividade ou motivacao aumentam quando o salario tambem aumenta e das maiores falacias que a esquerda vende. Aumentos salariais regra geral da ali um aumento de motivacao de 2 ou 3 meses e passado 4 ou 5 regressa a insatisfacao ou o marasmo geral. Como se ve por exemplo na funcao publica… Alem de que a maioria dos trabalhos nao esta indexado ao valor que se paga. Um medico nao faz melhores diagnosticos por receber mais 100e ao final do mes por exemplo.

Se fosse uma medida social a discussao devia ser muito mais profunda. Devia ser regionalizado e nao devia ser discutido na concertacao social mas definido por decreto, com aumentos constantes anuais ao nivel da inflacao.

Tudo sinais muito negativos.

Cuidado que nessas comparacoes e preciso anualizar o nosso SMN que e pago em 14 meses e nao 12.

E uma forma de olhar para isso, mas nao esquecer da parte mais pragmatica. Isso provavelmente ia gerar uma onda enorme de falencias, uma espiral inflacionista ou ambos em simultaneo.

Agora vamos ver se para a direita tambem nao e so ‘publicitacoes’.
E que a nacionalidade foi empurrada para Setembro. Como basicamente tudo o resto, excepto o IRS que e popular.
Enfim… espero que isto seja o PSD a guardar todos os ‘trunfos’ para o orcamento porque para ja e de ficar de pe atras.

Por acaso até concordo com isso, mas como alguém que defende o pragmatismo deves entender que não só os trabalhadores mas também as nossas empresas não estão preparadas para isso. É uma alteração significativa do modelo que temos enraizado e deve ser introduzido com muita moderação.

As comparações têm isso em conta.

Tenho sérias dúvidas que sejam os beneficiários do salário mínimo a contribuir para espirais de inflação.

Volto a dizer: a economia consegue suportar o aumento do SMN. A produtividade nada tem que ver com o SMN.

Na verdade, não é essa a realidade com que temos que viver. É essa a realidade com que os portugueses têm escolhido viver. Esse é, aliás, um dos problemas da nossa economia.

O aumento do SMN não é apto a gerar qualquer aumento de motivação e consequente produtividade no trabalhador. O aumento do SMN sendo algo transversal a toda a gente, é contrário à meritocracia.

Naturalmente. Tecido empresarial constituído por pequenas empresas, com pouca formação e conhecimento de processos de gestão relevantes.

Não creio que o aumento do SMN seja uma estratégia de fomento económico. O aumento do SMN visa colocar Portugal em linha com alguns países da UE. Em termos económicos, tenho sérias duvidas que tenha algum impacto negativo. Aliás, o impacto que tem o aumento do SMN é o queixume dos empresários, que vêm para as TV queixarem-se desse mesmo aumento. O equivalente, por exemplo, às queixas quando se anunciam medidas restritivas da imigração.

Ir ao bolso do pequeno empresário tuga? Upa upa.

De acordo. Baixa fiscalidade com elevada fiscalização, desburocratização, rápido acesso à justiça, etc. Tudo coisas que tardam em ser implementadas em Portugal e sempre que se tentam implementar gozam de forte resistência.

De acordo.

Não fica nada. Tanto assim é que tens assistido a sucessivos aumentos do SMN e as PME não estão a ser asfixiadas por esse sucessivo aumento do SMN. A maioria das empresas não tem problema em pagar aumentar o salário dos trabalhadores em 40 ou 50€ por mês. Muito mal está uma empresa se não conseguir lidar com um aumento de salários na ordem dos 40 ou 50€ anuais a cada um dos trabalhadores.

Coisa que, aliás, a estatística demonstra continuamente. Infelizmente, em PT existe essa enorme resistência.

À custa de nada. O aumento do SMN não devia ser uma conquista. É um mal necessário. A economia que se pretende deveria ter uma quantidade ínfima de trabalhadores a receberem o SMN. Não é o que acontece em PT.

De acordo.

Eu não acho que a produtividade ou motivação aumentem quando o salário também aumenta. Mas acho que a produtividade ou a motivação aumentam quando há expectativa de que uma maior produtividade ou motivação possam vir a corresponder a um aumento salarial. Isto não é transversal a todos os trabalhadores, mas é transversal à maioria. O problema acaba por estar na ausência de meritocracia e na referida inexistência de tensão nas relações.

Eu não acho que um médico faça melhores diagnósticos por receber mais 100€ no final do mês. Mas a minha experiência diz-me que um médico despacha mais utentes por receber uma comissão por cada utente que despacha. Tanto assim é que em várias unidades de saúde privadas é daí que vem uma parte substancial do salário/remuneração de alguns médicos.

A tendência é para que saia daqui uma mão cheia de nada. O ano passado, por esta altura, no que diz respeito à imigração, também saíram aí uns projectos de decreto-lei que iam fazer isto e aquilo. Depois vieram os empresários queixar-se que não iam ter trabalhadores. Resultado: voltou-se atrás, norma transitória para aqui, excepção para acolá. Agora vai acontecer a mesma merda. Já estão a aparecer aí as notícias: é a recomendação que a falta de imigrantes vai fazer não sei o quê à economia; é a notícia de que as nacionalidades concedidas foram maioritariamente no âmbito dos judeus sefarditas; é a notícia de que as alterações são inconstitucionais. A teia está montada.

Não concordo. Acho que não pode existir qualquer moderação nisso. Aliás, o problema é continuarem a insistir em transições moderadas para um problema que tem de ser asfixiado. A economia portuguesa precisa de duas coisas: entidades empregadoras a precisarem de pagar mais a trabalhadores e a terem de andar a disputar os trabalhadores; trabalhadores a terem de dar ao pedal e a trabalhar decentemente.

Mete na cabeça a um trabalhador de meia idade que sempre trabalhou na mesma empresa que maior mobilidade é vantajoso para o seu rendimento. Ou pede a um empresário menos de dois meses à casa se fores trabalhar para uma empresa do mesmo ramo e ele não te acompanhar a oferta.
Eu concordo totalmente com o @Reavstone que os maiores aumentos acontecem quando mudas ou pretendes mudar de trabalho, mas compreendo que as gerações mais velhas ou com menos formação e menos experiências, resistam a essa ideia.

Não discordo, mas a minha experiência de vida (maioritariamente profissional) leva-me a concluir que na maior parte das vezes falta o exemplo. Tenho acompanhado muitos casos desses em que a empresa tem um conjunto de trabalhadores que é estável. Em grande parte, todos se queixam das condições de trabalho e acham que dão muito mais à empresa do que aquilo que recebem. Quando questionados do motivo pelo qual não se vão embora, não há respostas concretas. Curiosamente, em vários casos desses também assisti a outras coisas: é que basta sair um… Quando sai um e os outros vêem que a pessoa conseguiu condições melhores noutro lado e que a vida melhorou… É a debandada durante uns meses.

Sendo que, curiosamente, esse pessoal da “estabilidade” rapidamente se esquece da estabilidade. Mudança de trabalho, só custa a primeira.

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Um bom artigo a analisar o porquê do Chega estar a crescer especificamente nos sítios onde a esquerda é mais forte. É um artigo grátis para quem quiser ler.

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Entretanto, vi a notícia de que o governo só pretende vender 44,4% da TAP a investidores. Péssima solução, assim é fácil privatizar como disso o @Reavstone há algum tempo. Era necessário ser 100% privada em vez de estarmos em soluções populistas que tentam agradar a todos mas não ajudam ninguém na realidade.

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Pois, mas aqui o problema e que quem governa nao pode andar a pensar na geracao mais velha. Tem de governar a pensar naquilo que vao ser os proximos 20 anos, nao o que foram os ultimos 20.
A geracao mais velha tem que se adaptar como nos tambem nos adaptamos. E obviamente protegida, ha sempre forma de o fazer com regimes transitorios.

Eu espero sinceramente que nao avancem com essa solucao de merda que nos vai rebentar outra vez nos bolsos quando chegar a altura de ‘nacionalizar’ prejuizos… nao se aprende nada neste Pais.

bem, nem sei como e que a economia sobrevive sem esses 0.06% de crescimento!