Concordo com o ban nos niqabs e burks e os raios que os parta. É sobretudo preventivo já que a comunidade islâmica aqui ainda não é muito grande. O grosso da coluna tem que ser lidado de forma diferente, com outras medidas.
Quem precisa de uma lei destas como de pão para a boca é o UK.
Então porque é que vieste falar nos grupos mais vulneráveis? O que é que os grupos mais vulneráveis têm a ver com esta história?
Tu é que trouxeste isso para a discussão.
Estás, como é teu costume, a moldar a retórica da forma que te é conveniente e de forma obviamente desonesta.
Não se tratam de ataques à intolerância, porque esta lei é tudo menso intolerante.
É generalizada, serve para todos, e não discrimina absolutamente ninguém.
Se estamos a discutir esta lei, e tu estás todo incomodado porque foi o Chega a propor, mesmo concordando com a lei, queres que te chame o quê? Eu até diria que secalhar o intolerante és tu.
Tás preocupado com motivações quando isso não interessa para absolutamente nada.
Ou melhor, estás é a tentar arranjar pretextos para estar indignado com alguma coisa quando não há nada para ficar indignado, o que lá está, coincide perfeitamente com o MO da esquerdalhada woke.
As cativacoes sao uma coisa, mas isto e uma conversa diferente.
Existe muito essa conversa do ‘desinvestimento’. E e um facto que em Portugal nao se investiu nos servicos publicos como deve ser. E atencao… investimento nos servicos publicos nao e sinonimo de aumentos dos funcionarios como os sindicatos fazem parecer. Agora, dai a ‘desinvestir’ vai uma distancia gritante.
Em numeros: na saude e educacao, o estado gastou mais 9% em 2024 vs 2023. Quase 8% a mais nos servicos gerais. Isto sao aumentos brutais da despesa, acima da inflacao + crescimento do PIB.
O problema e que as necessidades de servicos estao a crescer a um ritmo superior ao da capacidade do estado, seja de execucao seja financeira.
Nao concordo de todo com essa visao.
Um dos motivos pelos quais muita gente fica chocada pela votacao expressiva do Chega por parte da nossa emigracao e porque nao percebe que a imigracao e um privilegio, nao um direito. No teu exemplo, tu pagas por alguma coisa. No caso da imigracao sao muito poucos os que pagam. A grande maioria esta ca a dar despesa.
Que tambem faz parte, pois a imigracao nao e apenas um penso rapido demografico, mas uma forma de fazer certos equilibrios. E ha algum discurso que e factual. Ha trabalhos que os portugueses ‘nao querem fazer’ e para os quais e necessario complementar com mao de obra imigrante, pagando a sociedade o ‘preco’ disso. A diferenca e que isto nao sao 300 ou 400 mil por ano. Este volume e apenas para fazer dumping salarial e perpetuar atividades sem qualquer valor acrescentado. Assim como sustentar empresas zombie.
Nao ha nada a fazer com os que ja ca estao legalmente, ai concordo com a questao do ‘bilhete’. Depois de entrarem ca legalmente e cumprirem as leis, nao os podemos expulsar. Mas e necessario fazer 2 coisas:
reconhecer que a politica migratoria seguida ate agora foi ruinosa
tomar as medidas necessarias para limitar ao maximo as entradas nos proximos 2 a 3 anos para conseguirmos organizar a casa, alterar aquilo que queremos para a nacionalidade e depois implementar uma politica migratoria que seja uma relacao de win-win e nao uma relacao onde o imigrante “ganha” sempre porque pior do que aquilo que estava nao fica, mas nos perdemos sempre.
Em Portugal, por discursos como o teu, ainda continuamos parados na discussao do ponto 1) o que leva a que nunca se faca nada de jeito relativamente ao ponto 2).
Nao comecou, mas essa e a logica do ‘o que e um cagalhao para quem ja deixou sair uma bufa?’
Ha problemas que passaram a ser extremamente dificeis se nao impossiveis de resolver no curto prazo devido a imigracao.
Tinhas serviços públicos débeis e tinhas problemas nos serviços públicos. Sempre tiveste. Ficaram incomparavelmente piores nos últimos 7 ou 8 anos (e não nos últimos 3 ou 4 onde ainda ficaram piores).
É evidente que o problema se mantém nos serviços públicos. Os serviços públicos são, regra geral, pouco atrativos e dados a chamar para si os incompetentes - não quer dizer que não existam excepções. Portanto, sim, os problemas de base mantêm-se.
Eu creio que estamos genericamente de acordo. Principalmente no que diz respeito ao segundo parágrafo. Sendo que no que diz respeito ao primeiro parágrafo… Também. Nem tenho paciência para quem diz que os imigrantes salvaram a SS, nem tenho paciência para quem diz que isto é uma merda por causa dos imigrantes. O problema evidentemente que é prévio.
Isso, no limite, é votante do CH. Eu percebo que haja pessoal que culpa o imigrante, mas regra geral, esse pessoal é desmontado em dois tempos.
Eu confesso que sou admirador profundo dessas tuas preocupações seletivas.
Nunca te vi aqui preocupado com intenções da esquerdalha caviar.
Quais serão as intenções dos apanhados do clima que bloqueiam estradas?
E as intenções dos que atiram tinta para cima de pessoas ou de obras de arte?
Qual será a intenção dos que hoje andaram a chamar ao IRA milícia de extrema direita?
Não te costumo ver por aqui com grandes preocupações para além das tuas preocupações crónicas com política americana…
De repente a preocupação é as intenções do Chega com uma lei pouco impactante.
Não há nada mais relevante para andar preocupado?
Digam o que disserem do aventura, a verdade é que ele entalou a esquerda com esta proposta da proibição da burca em espaços públicos, os únicos partidos de esquerda inteligentes foram mesmo o PAN e o JPP que se abstiveram, todos os outros deram um enorme tiro no pé ao reprovarem a medida, pois a direita iria sempre aprovar e a esquerda demonstraria ser um grande grupo de hipócritas.
Não cheguei a comentar aqui ainda, mas o Chega até teve um resultado bastante fraco nas eleições autárquicas de 2025, apesar de ter ganho muitos mais vereadores e as suas primeiras 3 câmaras, pois ainda assim foi abaixo do esperado. O PCP até teve bem melhores resultados por todo o país. Dito isto, o PCP estar a pedir uma nova recontagem (a 3ª) dos votos para as eleições na câmara de Lisboa é só patético. De resto, vitória clara da AD nas mesmas, e a esquerda woke do BE a voltar a provar que não passam de um meme com que apenas malucos concordam.
Portanto o caro tem problemas em que eu ataque as motivações do Chega.
É bem.
E é verdade q normalmente não comento politica nacional.
Em primeiro lugar, não discuto política partidária qual discussão futeboleira nem caio em dicotomias esquerda/direita como se uma ou outra me definisse.
Em segundo, as poucas vezes em que comento aqui, sim, é para atacar a cópia mal amanhada do populismo xenófobo que vai grassando lá fora, que é o partido do Ventura.
E é o que continuarei a fazer, se me apetecer.
A mesma coisa para a política americana onde tipos como Ventura replicam soundbites.
que tamanha inocência( ou não) achar que o partido chega formulou o projeto de lei por preocupações com a segurança; quando não há um estudo ou evidência empírica de criminalidade associada a mulheres com burka. da mesma maneira que se o problema fosse o anonimato para questões de identificação não seriam excluídos do âmbito da lei, como aliás o caro forista já partilhou, basicamente todos os âmbitos que não sejam o religioso.
o partido chega não esconde propriamente a sua intenção: é um partido que desconhece as garantias constitucionais de liberdade religiosa e de estado laico. na cabeça do partido chega Portugal é um pais exclusivamente branco e católico. defende políticas e práticas inconstitucionais, contra a carta dos direitos humanos e inventa frequentemente pseudo dados sobre esta comunidade.
o próprio deputado que já mentiu inúmeras vezes com dados fantasiosos sobre o número de refugiados muçulmanos canta vitória generalizando a outros símbolos muçulmanos; revelando no fundo a intenção que é óbvia mas que o cidadão sombra, que nunca poupa na qualificação dos outros como limitados, unidimensionais, burros, ainda não tinha apanhado da onda de partidos “dos valores cristãos”.
concordando que é conversa de chacha que não interessa a ninguém escusa-se de fazer os outros de parvos ou de dar intenções nobres a quem não esconde quão sujas são
Certamente que nunca me viste afirmar isso.
Viste-me afirmar que não me interessa minimamente as motivações do partido Chega, porque os efeitos práticos da lei são exatamente os mesmos, seja quais forem as motivações.
E acho que não é novidade para ninguém aqui que não nutro qualquer simpatia pelo partido em questão.
isso era giro se vivêssemos numa sociedade onde a vivência era ditada exclusivamente pela lei e não pela envolvência cultural e social. se as intenções do partido chega são nefastas e se fazem utilizar de uma lei que a maior parte dos portugueses considera justa( apesar de terem um impacto mais do que micro na vida de basicamente toda a população) para avançar a sua intenção não me parece propriamente motivo de celebração. o âmbito da lei não existe num vácuo onde apenas o desfecho importa.
receio que o montenegro, não por esta questão que é mínima mas no geral, a médio prazo deixe o legado de líder da direita que foi normalizando o chega, dando-lhe plataforma e validação, até que acaba canibalizado.
O Montenegro tem de fazer pela vida.
Não pode ficar dependente exclusivamente do PS para governar porque no dia em que isso acontecer começa o PS a fazer chantagem, tal qual fez o PNS após o “não é não”.
E dar uma vitória deste tipo ao Chega é clarmaente um mal menor.
Atirar-lhes um osso para eles roerem todos contentes que na prática significa muito pouco.
ou depende exclusivamente do PS ou do chega. escolher o segundo é um bocado revelador da sua estratégia política. mas este fenómeno onde o partido de direita tradicional vai normalizando o partido de extrema direita pode ser giro agora, onde a esquerda está morta e tem 30%, mas a médio prazo corre sério risco de canibalização. e se um dia as coisas virarem demasiado à direita, coisa que parece questão de tempo, vão deixar o centro vazio para o partido tradicional de esquerda.
é como eu digo, esta questão é irrelevante. é isso mesmo um osso para roerem.
mas não deixa de ser, no grande esquema das coisas e se estas iniciativas se multiplicarem, meter o chega na mesa dos adultos. se virarem a mesa ao contrário depois não se podem queixar
Não é isso que tem acontecido… Até têm conseguido gerir a situação, até porque foram legitimados por umas segundas eleições onde quem foi gravemente penalizado foi o partido que decidiu bloquear o governo, por isso é normal que as oposições neste momento estejam mais dispostas a colaborar.
O Chega é um partido populista, mas não é bem de extrema direita. Não é um PNR desta vida.
Tem, até, algumas posições mais à esquerda do PSD.
Não é isto que se tem visto… Até porque o “partido tradicional de esquerda” decidiu abdicar da zona centro há algum tempo, e encostar cada vez mais à esquerda.
Quem tem feito isso é quem vota neles.
Não se pode ignorar o elefante na sala.
Ou um dia destes o elefante é maior que os outros todos.