As reivindicações dos fósseis da Faculdade de Letras.
Curto o Costa. O António.
“Alunes”
Des alunes , devem ser franciús.
Depois dos chalupas da pandemia , agora temos os chalupas do clima.
A língua portuguesa apresenta esta imperfeição de só ter dois géneros e não ter um caso neutro para os casos em que o género não faz sentido. Por exemplo, o inglês não tem género definido para conceitos abstractos como “justiça” ou “dinheiro” e o pronome “they” tanto se aplica a um grupo só de homens, como só de mulheres, como um grupo misto; o alemão tem o pronome “sie” (ela), “der” (ele) e “das” (neutro).
Mas por alguma razão em português usamos o pronome masculino “eles” ou “os alunos” sempre que haja pelo menos um elemento masculino no grupo, ou quando alguém se quer referir à classe discente em geral, o que só é gramaticalmente aceitável pela força do hábito de séculos a usar os pronomes dessa forma. É uma imperfeição da nossa língua e por isso a mim não me chocava nada que se inventasse uma nova forma linguística que representasse melhor a realidade. As línguas são entidades que evoluem ao longo do tempo pelas mais variadas razões e esta podia ser uma delas.
E para ser sincero, acho que dizer “alunes”, “deputades”, etc. ou criar um novo artigo “es” além de “os” e “as” até seria uma solução elegante. Mas claro que, como em tudo na vida, tudo o que é novidade e vai contra um hábito instituído, choca.
Claro que é uma imperfeição da nossa língua, os activistas nunca seriam imperfeitos e todos os seus caprichos são para ser atendidos.
E sim seria muito elegante incluir a pronuncia jorge jesus na gramática para satisfazer activistas DA PIÇA
Eu estou a marimbar-me para os ativistas. A única coisa que eu vejo ali é um exercício de criatividade para resolver um problema formal de linguística.
Outra solução que se vê por vezes é usar a arroba em vez de “a” ou “o”, para se referir aos dois géneros em simultâneo (alun@s, deputad@s, etc.) mas isso só resolvia o problema na escrita, não na oralidade.
Nao choca, e estupido.
Se nao estao satisfeitos com a lingua portuguesa (ou derivadas do latim no geral) podem sempre mudar-se para um pais onde a lingua seja gender neutral.
Todas essas proposicoes sao uma palermice pegada
Esse argumento 'e tao brilhante para quem recusa a ideia a ser discutida.
Nesses termos tambem podemos dizer ‘Nao gostas do Varandas? Olha, muda de clube.’
Qual é a razão estrutural para criar o neutro?
Ou, qual a relevância linguística do neutro?
Já há uma malta que fala assim. Normalmente a Sul do Tejo. Sousa Cintra, Manuel Fernandes… são exemplos
É a tua opinião.
Para mim palermice ainda maior é estar a comunicar na língua que pelos vistos tanto se preza e ter de recorrer sistematicamente a estrangeirismos como “endpoint”, “bias”, etc. só porque não há engenho ou criatividade para procurar um termo correspondente na língua materna.
A agenda não binaria e trans a infiltrar-se na direita? Ai ai ai… O @anon28754295 já vem aí dar-vos tau tau.
Um problema que só o é para menos de 5% da população.
Já dei atrás um exemplo: há substantivos que correspondem a conceitos abstractos, para os quais o género não faz sentido (ex: justiça, dinheiro).
Outra vantagem linguística do neutro é que pode ser útil para evitar mal-entendidos. Por exemplo, há dias perguntei à miúda:
“quantos enfermeiros há no teu serviço?”
Resposta imediata dela: “mas quê, só homens ou no total?”
Com um género neutro não havia ambiguidade na pergunta e ela percebia logo. E uma alteração como a que foi falada acima seria tão útil e intuitiva, que logo a seguir perguntei-lhe: “quantes enfermeires há no teu serviço?” e ela percebeu a ideia e respondeu logo: “imenses”
Os snowflakes só têm de se mudar para o montijo e para o algarve que têm o problema resolvide.
Muito bem Alberto João.
Podias ter questionado quantas enfermeiras e quantos enfermeiros há ao todo no serviço. Claro e bem preciso.
Esta gente era é expulsa imediatamente da universidade. Como é que estes anormais estão na universidade de Letras e nem português sabem escrever…
Pois podia, mas com prejuízo da economia de palavras.
Além disso, se eu colocar a questão nesses termos, daria a impressão que queria saber não só a totalidade de profissionais de enfermagem, mas também a distribuição por género, o que não era o caso. E mesmo que eu perguntasse: “quantos profissionais de enfermagem há no teu serviço?”, mais uma vez estava a tornar a frase mais longa com a introdução de mais duas palavras para especificar o que queria dizer.