“Espero que no Sporting o aproveitem, vão ter ali um talento tremendo”
Extremo de 31 anos que é o ídolo de “um dos valores mais promissores do futebol argentino” deixa o cartão de visita de De La Vega: “Joga pela esquerda, direita, meio, é rápido e muito forte no um para um”.
Pedro De La Vega marca, por estes dias, a atualidade leonina. O extremo de 18 anos do Lanús tem Alvalade no horizonte, na reabertura do mercado de transferências em janeiro, mediante a decisiva intervenção de Jorge Mendes, conforme já demos conta, e O JOGO foi à procura de quem pudesse apresentar aos seus leitores o potencial reforço dos leões logo a abrir 2020.
Lautaro Acosta, capitão de De La Vega no Lanús, aceitou o desafio e traçou o perfil de um jogador com um “potencial incrível” e que tem o que muitos não têm e "não se compra na mercearia: atrevimento.
“O Pedro é um extremo esquerdo que também pode jogar a partir da direita. Além disso, em alguma ocasiões jogou como médio-ofensivo, a dez, atrás do José Sand e mostrou que o pode fazer com qualidade. É jovem, tem de aprender, mas sem dúvida que é um talento com um potencial incrível”, começa por referir Lautaro Acosta, antes de perspetivar: “Vão levar um dos valores mais promissores do futebol argentino se concretizarem a transferência. Vamos sentir a sua falta.”
“É um jogador rápido, muito forte no um para um e sobre a bola. Apesar da sua altura [1,72m], sabe cabecear bem e é forte no jogo aéreo, pela forma como se posiciona e aborda os lances”, prossegue Lautaro. “Estamos a ver a sua evolução, é um miúdo, esteve bastante tempo na seleção sub-20 e agora está a jogar e a somar minutos. Chegou à equipa principal com apenas 17 anos e, mesmo em situações desportivas complicadas, nunca virou a cara”, verifica o capitão do Lanús, que deseja o melhor ao seu “afilhado”: “Quando o conheci, disse-me que eu era o seu ídolo, e vejam onde ele está agora, prestes a ir para a Europa. Espero que no Sporting o aproveitem, porque vão ter ali um talento tremendo por muito tempo.”
“Na sua estreia contra o Racing, perguntaram-me por ele e disse: “Temos que ir com calma, vai afirmar-se aos poucos”. Foi o que fizemos no plantel, é um miúdo muito respeitador, com muita vontade de aprender, pergunta muito e copia, observa e coloca a sua marca pessoal”, aponta Lautaro, traçando um paralelismo consigo próprio: “Cheguei a ir para a Europa muito jovem e não vinguei por várias razões. Espero que com ele seja diferente, porque lhe desejo o melhor.” “É atrevido e isso não se compra na mercearia. Ou se tem, ou não se tem - e ele tem”, remata Lautaro.
O Jogo