Sim, lembro-me dessa manif, que foi bem mais multitudinária e violenta que estas do MR. Até porque toca num “ponto sensível” do governo: as FA. Neste contexto, apenas se poderá equacionar uma hipótese de mudança social e política quando os diversos sectores de descontentes se conseguirem unir em torno de uma estratégia (os partidos políticos da oposição não são alternativa). Mas a meu ver isso é impossível a curto prazo, e a acontecer haverá muito sangue derramado e muito mártir.
Ao contrário de outros países como a Nigéria, Angola de facto foi capaz de “reter” os benefícios dos seus (abundantes) recursos naturais. Isto explica o seu crescimento extraordinário nos últimos anos. A questão é para onde são canalizadas essas riquezas. Por exemplo, há anos que se fala na eliminação dos musseques e na construção de casas para o “povo”, mas depois vemos aqueles mega-empreendimentos como o Kilamba (autênticas cidades construídas de raiz em meses pelas companhias chinesas), aos quais apenas acedem funcionários públicos com empréstimos do próprio estado através da Sonangol (com tudo o que isto implica em termos de “compromisso com a causa”).
E agora, após 11 anos de paz, já não há a desculpa da guerra nem da escassez de recursos para dotar as cidades (principalmente Luanda) das condições básicas. Penso que em parte esse descontentamento também vem por aqui.
Relativamente aos chineses, entendo essa visão. A maioria vai para Angola por períodos relativamente curtos, com o único objetivo de ganhar dinheiro, sem qualquer vontade de olharem para o que está para além da obra onde trabalham. Mas por outro lado, o seu comportamento “físico”, que não é agressivo, permite-lhes andar por lá de forma mais ou menos pacífica. Quanto aos portugueses, não sei se concordarás, o que eu noto também é que muitos também vêm numa postura quase neo-colonialista, sem vontade de se “misturar” e apenas circulando com chofer entre a Ilha e os seus locais de trabalho/residência. Apenas conectam com as elites locais, que também conseguem ser mais desprezadoras do povo do que os próprios estrangeiros. E depois há os cubanos, os brasileiros…
Parece que vem aí mais novidades … na capa do Record falam de prendas de Angola, e creio que falam dum novo autocarro de luxo, de última geração ou cena assim …. ainda não consegui abrir a capa, só a miniatura.
Imagino que tenha dedo da Holdimo …
Edit: Já abri … é autocarro de luxo, e relvado de última geração … e refere-se mesmo à Holdimo.
Achas que um autocarro e um relvado são coisas muito caras para os rostos (ou o rosto) da Holdimo ?
Olha que não… olha que não. São trocos.
E agora que têm praticamente um quarto da SAD, percebo que tenham intenção de poder melhorar as condições dessa mesma SAD, ou da sua equipa de futebol neste caso.
A ser verdade a minha única questão é se efetivamente se fazia falta um autocarro novo e se o valor investido no mesmo não seria melhor aplicado noutro lado.
E preciso tambem saber se foi algo que a Hodilmo propos ou algo que foi pedido. Se foi proposto por eles, e obviamente dependendo das contrapartidas, podera ser ou nao um bom negocio.
Isto sim deveria ser o próximo passo da parceria! Mas também se percebe visto que um autocarro novo (segundo o valor avançado) e um relvado novo irão rondar 1 Milhão€, enquanto que o pavilhão seria pelo menos 10M€ (baseando-me nos valores falados)
Estão a valorizar algo do qual 20% lhes pertence, obviamente que se essa historia for verdade os moldes serão apresentados aos sócios de forma clara, como tem sido apanágio desta direcção.
Temos que ir por fases, primeiro a da estabilização financeira e logo teremos uma segunda fase de investimento no futebol e no clube…mas tudo com muita calma e ponderação.
O relvado é algo essencial e o autocarro…porque não? Temos que valorizar a marca Sporting, coisa que nos últimos 17 anos não foi feita, recuperar a nossa identidade e ADN, valorizar e reconstruir a marca será vantajoso para a Holdimo, que detém uma fatia considerável do Bolo.
Já pagaram para terem essa posição na SAD. Não me parece que vão estar a pagar mais pelo mesmo. Se vão pagar o autocarro e o relvado certamente vão querer alguma coisa em troca, aliás espero que queiram algo em troca. O contrário é que era estranho.
A contrapartida pode muito bem ser publicidade. Até quase que aposto que vão estar envolvidos na questão do naming.
Pode também ser solução para o pavilhão com a venda do naming e publicidade á cabeça.
estão a investir numa sociedade onde têm 20% das acções, qual é a duvida?
quanto melhores condições o clube tiver para trabalhar mais depressa têm retorno dos investimentos, portanto não tem necessariamente de haver quaisquer contrapartidas
Bem eu como já não acredito no Pai Natal e como sei que não há almoços grátis essa justificação do estão a investir numa sociedade onde têm 20% do capital não me convence.
Se querem acreditar nisso tudo bem, eu não acredito. Espero que existam contrapartidas e que estas sejam explicadas aos sócios, da mesma forma transparente que se tem trabalhado até agora. Isso é o que eu espero.
O que me parece é que a Holdimo ficará com o direito de publicidade do autocarro e de alguma zona do relvado ou do estádio, tal como parece que vai acontecer em Alcochete.