A propósito da carta aberta de Soares Franco a Frederico Varandas e, já agora, no surfar da onda de Bruno Prata ( com fortes ligações a Jorge Mendes )…
Para os mais esquecidos, Soares Franco foi o presidente para o qual, o Sporting devia ser isto… e cito:
“Quero um clube só de futebol, sem sócios mas com adeptos que não se intrometam na gestão nem tenham voto nas eleições dos corpos sociais”
Para este senhor ( “os sócios são uma chatice” e “dedico apenas 2 horas por dia ao clube” ), o Sporting de Varandas reencontrou principios e valores e não podemos levar a mal Soares Franco, nós que não os reconhecemos e precisamente “atacamos” estes Órgãos Sociais pela falta deles, pois falamos de principios e valores manifestamente diferentes dos de muitos sócios do Sporting Clube de Portugal.
A valorização do papel e importância do sócio, não é um dos principios e valores de Soares Franco. Como não o são o ecletismo, a transparência e a verdade na comunicação aos adeptos do clube. Serão outros principios e valores. Quais? Não sei. Afinal, o mesmo para Frederico Varandas que “não negligencia valores” e aquilo que aponto a Soares Franco, aponto e muito mais a Frederico Varandas, que tem revelado profundo desprezo por boa parte da massa associativa e revela uma postura divisionista e revisionista que muitos sportinguistas dificilmente perdoarão.
Além de confessar a minha ignorância quanto aos principios e valores de Soares Franco, confesso-a ainda em maior medida, relativamente à “Nova Academia” que fala. Sim, é um soundbite generalizado, mas dito por um ex presidente, talvez esperasse algo mais que uma narrativa pouco perceptivel pelos sportinguistas. Falamos dos colchões, de umas pinturas, de máquinas do ginásio, de um relvado?
Não falamos certamente dos jovens que a propaganda vende que aparecem na equipa principal por geração espontânea ou por e cito “modelos de crescomento acelerados”, certamente. Isto após Renan, Rosier, Borja, Ilori, Neto, Doumbia, Jesé, Bolasie, Fernando, Vietto, Sporar, Camacho, etc., que resultaram em muitas dezenas de milhões deitados ao lixo e na época com o maior número de derrotas da história, apesar do efeito desportivamente positivo da contratação de Amorim em Março de 2020, após encostar o camião de flops e apostar nos jovens da formação que supostamente, não havia.
Pois, lembro e outra citação: “a formação esteve ao abandono, durante 5 anos”.
Autor? Frederico Varandas, imagine-se, ingressado no Sporting por mão de Godinho Lopes, que despediu dezenas de pessoas ligadas ao recrutamento e prospecção e aos que ficaram, não lhes pagava. Portanto o sr Varandas deveria ter conhecimento de causa. E tem. Mas são estes os seus “principios e valores”.
O sr Bruno Prata, repito, com fortes ligações a Jorge Mendes, o grande mentor das rescisões e um dos maiores beneficiários da mudança politica gerada em Alvalade por causa de Alcochete e suas consequências ( com o tal dedo fundamental do empresário ), veio recentemente usar esta carta aberta de Soares Franco, para mais um episódio, o enésimo, da “Herança Pesada do Brunismo” e das diabruras da “Seita Brunista”, esta supostamente agora sem argumentos, pelo sucesso da equipa de futebol.
Lembro ao sr Prata, que Bruno de Carvalho saiu há quase 3 anos. Que despedimentos colectivos justificados pelas “depauperadas finanças que deixou”, deveria ser soundbite afogado pelo tempo, já que os factos pouco importam ao sr Prata.
“Que os custos anuais triplicados”, totalizaram em 5 anos, 350M em salários e contratações ( 130M dos quais nos primeiros 3 anos ) que comparam com 300M nos 3 anos de Frederico Varandas, tendo em conta o orçamento actual e isto quando metade do tempo decorrido foi em plena Pandemia. Para já não falar da questão dos Capitais Próprios. 120M negativos em 2013, positivos em Setembro de 2018, actualmente e segundo o último Relatório de Contas, novamente negativos.
Diz também o sr Prata que se está a alocar todo o mérito a Rubem Amorim de forma a que o trabalho de Varandas e Viana não seja valorizado.
Pois é. Mas ninguém tem culpa que a contratação de Amorim ( e pela enésima vez também, atribuam-se os créditos ao presidente do clube, sem qualquer problema ) tenha significado uma brutal viragem na gestão do futebol.
E, mesmo assim, com um plantel com claras insuficiências onde o único avançado capaz era um miudo de 18 anos.
Os méritos de Amorim digo eu, não devem é ser desvalorizados. Porque se os dois últimos mercados foram positivos, no deve e haver do mandato de Varandas, a qualidade individual desceu ( retirando os recursos da formação da equação ). E voltarei a afirmá-lo mesmo com o título no bolso ( do qual estou convicto ).
Porque considero o lote Acuna, Mathieu, Bruno Fernandes, Wendel, Raphinha, Nani, Montero, Dost, etc… superior a Pote, Santos, Fedal, Adan, Porro, Antunes, João Mário, etc…
Com todo o respeito pelos actuais jogadores do Sporting, também os mencionados. Que têm sido uns verdadeiros Leões e fazem parte da equipa com o comportamento colectivo mais brihante vs qualidade individual que tenho memória.
Sim, sr Prata. Se a qualidade desceu e o rendimento subiu… é ao treinador que bato palmas. Para que não haja vestes rasgadas, bato palmas a Varandas, pelo treinador. Não chorem.