Isto deve-se, penso eu, ao facto de em Itália não haver “Clubs” mas sim “Societá”, substantivo feminino. Assim se explica o feminino da Udinese, da Salernitana, da Sampdoria que resulta da fusão de dois clubes em 1946, um dos quais era anteriormente a societá “Sampierdarenese”. Já o Milan, fundado por Ingleses com nome inglês, adoptou o masculino.
Basicamente, a regra parece ser sempre a mesma :
Nomes de cidades : masculino (em português, espanhol e alemão (o Patrick que confirme, não tenho a certeza) ou neutro (masculino sem artigo em francês, com adjectivos masculinos a seguir ; eventualmente com “the” em inglês). Em Itália, é variável consoante o nome do clube, mas também existe o caso do Napoli que deveria ser feminino (Societá Sportiva Calcio Napoli).
Nomes provenientes do futebol inglês : Athletic mas também Atlético, FC, CF, Racing, Sporting, Olympique : masculino, e muitas vezes associado ao nome da cidade : il Bologna FC, il Genoa CFC…
Siglos e substantivos femininos : AS (Associazione Sportiva di Roma ou Association Sportive Nancy-Lorraine), União, Real Unión (IIB em Espanha), Sociedad (Real Sociedad) etc. : feminino
Variabilidade : certos clubes podem aparecer como masculinos ou femininos consoante o uso do siglo : “Auxerre a été battu” mas “l’AJ Auxerre a été battue” (AS Monaco, AS St-Etienne, AJ Auxerre são os 3 casos da Ligue 1)
Nomes dos habitantes das cidades : este tipo de nomes é quase inexistente em França ou então só mesmo com o nome completo : ninguém diz “o Lyonnais”, diz-se “Lyon” ou “Olympique Lyonnais”. Em Itália, é sempre a (societá) Udinese, Triestina, Salernitana… Em Portugal, é o (clube ou grupo desportivo) Trofense, Feirense, o (futebol clube) Tirsense, o Portimonense (Sporting Clube)
Miguel, 'tou esmagado pela tua explicação. Merecias um “chocho”. :mrgreen:
Eu lancei a pergunta porque, por exemplo, não sabia qual a diferença para dizerem o Inter e depois dizerem a Udinese, a Samp, a Juve… Por exemplo, ontem toda a imprensa se referiu ao Napoli (Società Sportiva Calcio Napoli) como “o Napoli” [mal] e disseram ainda que o Marc Zoro passou pelo Messina (Football Club Messina Peloro) [bem], mas disseram que tinha jogado também no Salernitana (Salernitana Calcio 1919) [segundo a explicação do Miguel, mal].
Até há bem pouco tempo, porque assumi-o na minha cabeça, pensava que era a Olhanense (Sporting Clube Olhanense ^-^ ), talvez pela ser “familiar” falar na Ovarense (Associação Desportiva Ovarense).
Tb já tinha reparado, na região de Aveiro, a assimilação Olhanense/Ovarense, os comentadores da Rádio Terra Nova que costumam fazer o relato dos jogos do Beira-Mar fazem o mesmo. Eu próprio costumava dizer a Olhanense até que alguém me disse que era mesmo masculino, ao contrário do clube vizinho do meu Concelho.
Desculpem o desenterranço, mas tinha uma pergunta sobre os graus académicos portugueses, isso tudo parece-me uma confusão.
Dr. / Doutor : diferença ? Como licenciado e mestre, já me chamaram Doutor (ou Dr.) Miguel quando participei num congresso aí em Lisboa. Mas há alguma diferença com alguém que realizou o doutoramento ?
Professor : o que permite que alguém seja assim designado ? Um (nível de) diploma específico ?
Afinal, um gajo que faz um doutoramento acaba por ser Doutor (nesse caso não vejo como se distingue do licenciado) ou Professor ou Professor Doutor ?
São usos um pouco estranhos. Mas há pior em França : aqui Doutor tb é usado mas só para médicos, como se restantes doutorados fossem uns merdosos em relação aos médicos. Uma coisa estúpida, quando desigual, é ainda mais estúpida.
Em Portugal, onde se dá muita importância ao título da pessoa em questão, a regra costuma ser a seguinte para interpelar as pessoas:
Licenciado: Dr. (a não ser que seja da área das Engenharias, nesse caso será Eng.)
Doutorado: Doutor (por extenso)
Professor: costuma-se chamar ao indivíduo que possui grau de Doutor e lecciona numa Universidade e nesse caso costuma-se escrever Prof. Doutor.
Depois há os catedráticos, os jubilados e o camandro. Aqui nos EUA é muito simples: toda a gente se trata pelo primeiro nome (excepto os médicos, que esses sim, são chamados de Doctor).
Há coisa de 4-5 anos, tanto quanto me recordo, as legendas dos filmes que passavam no cinema tinham uma espécie de sombreado preto, tal como na televisão. Agora não, essas legendas aparecem só “em branco”, tornando a leitura algo difícil em alguns contextos.
Alguém me sabe dizer quem foram as mentes brilhantes por detrás desta mudança e porquê?
Alguém que se queixou que não conseguia ver as imagens por trás das legendas por causa do sombreado preto? :mrgreen:
Há sempre quem veja o copo meio vazio :mrgreen:
Tá bem, mas a menos que esse alguém sejam 700’000 pessoas, duvido que os senhores da Lusomundo lhe dessem crédito. Ah, é verdade, ultimamente só tenho ido a cinemas Lusomundo, por isso não sei como é que se passa noutros cinemas.
Agora a sério, alguma razão válida para essa mudança?
Acho que isso se prende mais com a qualidade do filme do que qualquer outra coisa. Antes, creio que as legendas eram inseridas à posteriori, agora creio que vêm já directamente na película, e como a qualidade aumentou substancialmente, com o digital, as legendas “foram atrás”, o que as torna mais suaves, menos chocantes. Até porque, em termos meramente visuais, focar a vista nas legendas como se fazia (mesmo inconscientemente) por estarem tão sobressaídas pode causar problemas de vista. Assim, com elas mais suaves, é-se suposto ler-las quase inconscientemente enquanto se vê o filme.
E já agora, sempre é A inter ou O Inter? É que eu sempre pensei que era o.
E sim, não é só Itália, temos cá as nossas Uniões (leiria) e associações (académica). E quem também não se lembra da velhinha CUF…
Não acredito minimamente que focar a vista nas legendas cause problemas de visão. Pelo menos no cinema. Pode ter realmente a ver com uma vontade em tornar as legendas mais discretas, eventualmente, mas aí lixam muita gente que não consegue apanhar tudo. Não me convenceu. >:( ;D
Sobre isso dos clubes serem “masculinos” ou “femininos”, isso já foi aqui falado. Se não foi neste tópico foi noutro sítio qualquer no fórum.
alguem me sabe dizer que figura geometrica se forma a partir da intersecçao de tres curvas?
imaginem um triangulo e que em cima de cada lado está uma curva (arco de circunferencia de diametros diferentes)… a figura formada é o quê?.. eu sei que é uma superficie deformada mas pode ser parte da superficie de algum solido conhecido?..
ja experimentei tudo e nao ha nada que encaixe lá…
Foi neste, eu n cheguei foi a perceber se é um ou outro.
E quanto às legendas, é visualizares um pouco. se tens a visão focada a uma determinada distância, ou área, o resto fica difuso.
para alternares entre legendas e acção, causas mais cansaço à vista. Não é muito, mas é qualquer coisa. Se for um filme muito intenso visualmente, como movimento, efeitos, explosões, etc, já basta estares a tentar acompanhar a acção toda, quanto mais ainda as legendas. Se elas são menos berrantes, não as “vês” tanto, digamos que as subentendes. Concordo que, para pessoas com problemas de vista, é mais dificil, mas nesse caso é preciso é melhores oculos, porque a diferença até nem é muita.
Existe uma falsa questão, que muita gente tende a cair: os jogadores de ‘antigamente’ não tem que ser, melhores do que os ‘actuais’.
É certo que no ‘antigamente’, os jogadores não possuíam materiais de última geração, como as chuteiras que ajudam a direccionar o remate, as luvas com maior poder de adesão à bola, as camisolas ultra-leves e com capacidade de absorção do suor, relvados tratados ao último pormenor (apesar de haver alguns bem caóticos), etc.
Também não possuíam infraestruturas como os actuais ginásios, centros de treino, etc, muito menos tinham a evolução da ciência do seu lado, como existe hoje.
No entanto, ninguém garante que um Pelé conseguisse mostrar, no actual futebol europeu, se seria realmente o melhor de sempre. Aliás, nem na altura isso foi possível descortinar, sendo apenas estrela no Brasil, quer em clubes quer pela Selecção.
Alguns já apanharam algumas exigências tácticas, mas nada comparado ao futebol ultra-mega-táctico da actualidade. Se antigamente dava para jogar com 5 avançados e apanhar uns quantos gajos à frente sem grandes preocupações do terreno onde pisam e onde a intenção é apenas e só ir à bola, hoje, já não teriam essa ‘liberdade’.
Sim, o Messi consegue fintar meia equipa adversária, mas as condições hoje são diferentes.
Também temos que ver que hoje, as equipas estão mais bem preparadas do que antigamente. Qualquer equipa profissional, tem um sistema de treino minimamente aceitável, o que permite, em determinados factores, equiparar-se a outras equipas.
Por alguma razão, hoje em dia, a média de golos num jogo ande a rondar os 2 golos e antigamente, goleadas eram fim de semana sim, fim de semana sim.
Hoje os clubes são empresas e como tal, existe um maior profissionalismo (e isto nem sempre é um elogio) à sua volta. E como é sabido, onde à empresas à interesses financeiros e onde existem interesses financeiros, existe outros interesses obscuros.
Com o passar das décadas, o futebol passou de um desporto a um negócio. E o amor com que muitos brindavam a bola, passou a um amor que a bola agora permite: dinheiro.
Portanto, ninguém hoje em dia, tem condições para dizer o que fariam Pelé, Maradona, Peyroteo, etc no futebol actual e muito menos dizer quanto custariam. Da mesma forma, ninguém garante que os actuais melhores do Mundo, da actualidade, pudessem render tanto num estilo de futebol bem diferente do actual.
Só para se ter ideia, dessa questão, basta darmos o exemplo do futebol actual. Vou só dar um exemplo conhecido de toda a gente, mas que é interessante, até porque é um caso recorrente da actualidade.
Roberto Carlos não conseguiu vingar num estilo de futebol mais fechado, como o italiano, mas conseguiu ser dos melhores do Mundo num campeonato mais aberto, como o espanhol.
Se mesmo perante países diferentes, pode haver casos destes, imagina como não seria mudanças de gerações…