Vejo por aqui e por outros sítios que há uma quantidade enorme de “pequenas” perguntas, o tipo de perguntas que às vezes nos passam pela cabeça e às quais apenas uma resposta basta. O que daria muitos tópicos de apenas um ou dois posts. Isto sem contar a quantidade de perguntas estúpidas que não ousamos colocar, não tendo a disposição para criar um tópico apenas para isso.
Podem ser perguntas estúpidas, muito sérias ou ambas ao mesmo tempo. Não se quer aqui ver grandes debates, muito menos religiosos ou políticos. Quer-se sim perguntas e respostas com eventualmente alguma discussão à volta. Coisa rápida e sucinta.
E eu vou portanto começar com uma pergunta que me vai atravessando a mente:
Porque é que há tanta gente não deficiente que estaciona o carro em lugares para deficientes? É um hábito que parece ser comum, vê-se muito por aí pessoas a fazer isso. Será assim tão difícil estacionar o carro 10m mais à frente e caminhar mais dois minutos??
Assim inauguro! Bem-vindos ao Tópico de Todas as Perguntas, Ridículas, Sérias ou Existenciais!
Hum… ou seja? Os lugares para deficientes são para pessoas que têm problemas motores. Mas há muitas pessoas normais, absolutamente sem deficiência, que estacionam lá. Porquê?
Burrice? Falta de bom senso? Falta de educação? …?
(atenção que quando digo que são “pessoas normais” não estou a dizer que as pessoas com deficiência não sejam normais. Vocês perceberam-me.)
EDIT: eu sei que não há nenhuma resposta formal e concreta a isto, será estupidez de alguns, falta de bom senso de outros, etc. Coloquei esta pergunta mais no sentido de encetar a discussão.
Já tenho visto quem ponha no lugar das pessoas incapacitadas mesmo havendo outros lugares, apenas porque esta mais perto de tal sitio. Isso sim, são pessoas deficientes, que deviam levar com uma paulada nos cornos.
A resposta é não a ambas. Essas até são fáceis… no curso (que nunca tirei, mas que já tive vários relatos) apanham-se umas bem caricatas como um suplente atirar uma bota a um jogador de campo e ele estiver dentro da área que falta é que é, um jogador suplente que vá entrar e corte junto à bandeirola de canto deve ser punido como.
Aqui há uns tempos, quando era adjunto tive uma formação com este tipo de situações. Há algumas que não lembram ao mais imaginativo.
Se eu fosse deficiente motor e apanhasse alguém num lugar desses, estacionava atrás, sem dar hipótese de fuga, e ia dar uma volta de 10 horas, deixando obviamente o dístico de deficiente bem visivelk. Gostava de ver o gajo do outro carro chamar o reboque ;D
Pois o outro teria toda a legitimidade para chamar o reboque, sim. O facto dele cometer uma infracção, não justifica a tua. Provavelmente seriam os dois autuados e ainda verias a tua viatura rebocada se não estivesses no local para a retirar pelos teus próprio meios.
Há casos e casos. Pode acontecer a pessoa não se aperceber que se trata se um estacionamento reservado a deficientes. Já me aconteceu e só depois de sair do carro é que vi o raio da placa. E se não me tenho apercebido da placa? Passava a ser um abestalhado sem principios ? É por isso que no direito existe o dolo. O FLL explica
Pode ainda acontecer eu estar a transportar um deficiente, estacionar ali por 6 ou 7 minutos para ir deixá-lo numa consulta, por exemplo, e depois voltar e ir estacionar a viatura noutro local. Isto pode acontecer e apesar de não ser legal, é compreensivel que alguém actue desta forma.
É por isso que chegar e tomar logo atitudes drásticas pode constituir um problema em sí.
A resposta para mim é a total falta de civismo e educação do tuga típico, especialmente no que toca a andar de carro… os exemplos de que fala o António são uma excepção que deve acontecer muito poucas vezes.
Pegando nessa pergunta podiamos fazer mais algumas que me enervam solenemente:
Porque é que há sempre chicos espertos que passam à frente de todos e se enfiam na frente de um fila de carros que já comecou há uma data de metros atrás? Esta então passo-me dos carretos quando acontece…
Porque é que agora a berma virou faixa? È moda hoje em dia ir-se pela berma se se vai sair na saída seguinte e está transito nas outras 3 faixas, mesmo que essa saída fique ainda a 3 Km de distância… mais uma chico-espertice que chega ao cumulo do ridículo de, por exemplo no Eixo Norte-Sul, a berma ficar com tanto trânsito como as faixas. Se é necessário passar uma ambulância, não passa, ainda por cima numa das vias de acesso ao Santa Maria.
Porque é que há pessoal que estaciona em segunda fila e está-se a cagar para o gajo que está a apitar há meia hora para conseguir sair com o carro dele?
Porque é que há gajos que numa junção de filas de carros não deixam passar um de cada fila alternadamente e vão encostados a 2mm do gajo da frente só para não deixar passar ninguém? Isto para já não falar dos tristes que nem motas deixam passar nas filas de transito…
Porque é que os lugares reservados para GPL estão SEMPRE ocupados com carros não-GPL?
Acho que todas as perguntas menos a ultima, a resposta é estupidez. Quanto á ultima…porque os benfiquistas que batem na família quando o SLB perde, precisam de emprego :exclaim:
Sobre os lugares para deficientes, as razões que o António foca não podem ser justificação para a questão que eu trouxe à baila: o facto de levares uma pessoa deficiente contigo não faz de ti deficiente e não tens que estacionar ali, porque aqueles lugares são mais largos especialmente para facilitar as coisas a quem tem problemas motores. Não para quem os conduz. E a questão de teres ou não visto a placa também não é contemplada por a minha “grande dúvida”. É óbvio que até eu já estacionei em casos desses, acontece não veres a placa e pronto. Estou a falar de pessoas que em consciência enfiam lá o carro sem sequer se preocupar com as pessoas que realmente têm problemas de locomoção.
Mas enfim, a resposta está dada.
A pergunta do Restless… epá, isso aí dá pano para mangas. Eu não me meto nisso, até porque sendo cristão a minha concessão das coisas é capaz de ser diferente da maioria de vocês.
Nada disso. Eu não estou acanhado quanto à minha posição. Só não respondo porque é uma questão demasiado complexa para se responder assim sem mais nem menos.