Pá… não precisamos de imaginar casos mórbidos de suicídios ou assassínios ou guerras para se falar na “qualidade do mundo”. Podemos ficar-nos pelas coisas mais simples. Há 100 anos atrás uma miúda que fosse para a sala de aulas embirrar com a professora por causa de um telemóvel (no caso seria talvez… um lápis?) levava um chapo nos dentes e ia para uma casa de correcção. Hoje? Hoje não… põe-se debaixo de protecção, e se for preciso quem paga as favas é o professor.
Isto só para te citar um exemplo ridículo de tão básico que é. E ainda me dizes tu que este mundo não está pior?
Reforço o que disse: há 200 anos atrás ninguém andava por aí a defender promiscuidade sexual.
todas as épocas viveram com os seus problemas. as mentalidades vão evoluindo (nem sempre para melhor, como exemplificou o luisito), e por isso os problemas alteram-se e o que ontem era uma coisa normalíssima, hoje é uma aberração. a propósito da homossexualidade, como se falou por aqui, hoje começa a ser uma coisa banal, há 15/20 anos era doença do foro psiquiátrico, há 2000 anos ou nem tanto era vulgar na grécia antiga.
a grande diferença na actualidade (e daí aquilo que o fransil disse) é que hoje a informação corre como o vento. é tudo visível na comunicação social e por isso as pessoas têm conhecimento mais facilmente do que tinham antigamente.
ás vezes acho piada a certos jornalistas, quando dizem que nunca se viu tal coisa, etc…
só para dar um exemplo, o 25 de abril que nas principais cidades foi uma coisa descomunal! eu lembro-me de ouvir falar velhotes lá na aldeia dos meus avós que esse foi um dia igual a tantos outros e pouco se ouviu falar.
por acaso nao sei como era na grecia mas tenho a ideia que a relacao homosexual nao era vista da mesma maneira que uma relaçao entre um homem e uma mulher…
nao que fosse mal vista mas eram diferentes nomeadamente ao nivel daquilo que se pode chamar constituiçao de familia…
e é isso que se está a fazer hoje em dia… está-se a tentar pôr as duas relacoes ao mesmo nível e isso para mim é que nao faz sentido…
Esse tipo de relações eram mais normais na adolescência e depois na idade adulta normalmente de um homem com um miudo mais novo, normalmente escravo, era mais ou menos o mesmo que ter uma concubina, não era uma relação com o mesmo grau de dignidade que com uma esposa.
Essas coisas de professor/aluno é tudo muito bonito na tv. Quem está dentro de uma sala de aula sabe que as coisas nem sempre são bem assim e essa situação foi uma palhaçada, havia outras formas de resolver aquilo (não estou a desculpar a aluna). Garanto-te que se fosse com um prof. meu aquilo não tinha acontecido. Bater ? Casa de correção ? Isso não é educação é MEDO. São duas coisas bem diferentes.
Homossexualidade ? Sempre houve (começando na grécia, passando pelos reis até aos dias de hoje). Claro que me faz confusão ver um casal homosexual, mas dai a fazer disso um mal do mundo. Que todos os males fossem esses.
A razão pela qual se luta pela igualdade tem a ver com coisas simples como o facto de um deles/as morrer ou ter uma doença grave e o outro/a ficar sem nada, quando se tem anos e anos de vida partilhados tal como qualquer outro casal. Tem tanto direito como nós. Não são aberrações, são pessoas com motivações sexuais diferentes das nossas.
Também fui educada com os pricipios cristãos e isso não altera a minha forma de pensar. Cada vez mais me tenho afastado da igreja por causa desta forma de pensar. Desde a homossexualidade até a idea RIDICULA do não uso do preservativo.
O clero sempre foi e será a hipocrisia da sociedade !
A questão do prof/aluno foi um exemplo gritante para mostrar a que ponto se faz um alarido enorme a partir do nada. Não interessa saber se estavas dentro da sala de aulas ou não: o que interessa é que há 100 anos a miúda era castigada por fazer o fez, ponto. Ou seja, nos dias que correm o pior que lhe aconteceu provavelmente foi ter sido expulsa da escola. Daqui a 10 anos acontece um caso semelhante e ainda tem que ser o professor a pedir desculpa.
Em relação aos homossexuais… onde tu te enganas é que não querem só “direitos iguais”. Querem que as relações deles sejam vistas exactamente da mesma maneira que um casamento. E aqui estraga-se tudo.
Para mim são aberrações, sim senhor. Chamem-me homófobo mas é a verdade, não posso compactuar com isso. Por mim podem andar aí aos beijinhos à vontade… desde que não queiram “CASAR”, tudo bem (o Governo que invente uma situação nova que lhes dê os mesmos direitos e lhe chame “União gay”, por mim tudo bem).
Em relação ao facto de ser cristão e de se afastar da igreja. O mal está aí. Muita gente anda aqui com a secreta esperança que a “igreja” (detesto este termo) ceda em muita coisa e se adapte aos tempos modernos. Temos que ser benevolentes. Wrong. A igreja não pode ceder nos mandamentos elementares deixados por Deus.
Quanto ao uso do preservativo… se Deus (= a Bíblia) condena relações sexuais antes do casamento, para que é que queres o preservativo? Se és virgem e o teu companheiro é virgem, casam e não precisam de preservativo para nada.
A Igreja Católica erra em muita coisa (MUITA COISA) mas não chamemos para aqui o clero nem dada do género. Este tipo de advertências SÃO BÍBLICAS!
Ao afirmar isto já me estou a preparar para ser apedrejado por muita gente aqui. Não interessa, é um ponto de vista (mais! são valores que defendo) do qual não vou abdicar.
Acho que tu já foste aluno e sabes que nem sempre é assim. Gostava que alguns de vocês vivessem à 50 anos atrás para ver se pensavam que assim se era bem castigado.
A biblia como tu dizes foi escrita por homens não por Deus. Vais ser virgem até ao casamento? Respeito é a tua fé e opinião, mas sabemos que não é assim. Tem que se modificar como tudo muda. Secalhar não há padres que não são virgens e de várias mulheres até.
Pensei que só pessoas com mais de 50 anos pensavam assim, mas é sempre bom saber isto. Portugal continua a ser um pais de “atrasados” no tempo, sem duvida!
Se tu não és crente (em Deus, entenda-se), não discuto contigo pois qualquer argumento vai ser em vão. Mas se és crente (presumo que sim, visto que pões letra grande a Deus; embora haja crentes e “crentes”), então estás redondamente enganada.
Porquê:
Se és crente e acreditas em Deus, aceitas a Bíblia como um livro sagrado. Escrito por homens, sim, mas homens inspirados por Deus. Não foram meros homens que se limitarem a pegar numa caneta e a meter coisas lá para dentro.
Se aceitas a Bíblia como um livro sagrado, então não podes pautar as tuas ideias dessa maneira.
Mas respondo-te directamente. Se vou ser virgem até ao casamento? Bem, há sempre aquela velha máxima que diz “nunca digas nunca”, mas teoricamente, sim, vou virgem até ao casamento. Falo na velha máxima porque, mesmo lutando para que não aconteça, não estou livre de cair em pecado.
Não é assim? Pois não, não é assim. A própria Bíblia nos diz que haverão (ou haveriam) de vir tempos em que as pessoas põem Deus de lado e procuram apenas satisfazer-se a elas próprias e a regerem-se pelas suas próprias regras. Aqui está, à vista. Prova disso é tu afirmares que “tem que se modificar”. O problema é esse. Pegando no ponto 2) que falei mais acima, se a Bíblia é um livro sagrado, então não podes ousar atrever-te sequer a modificar o seu conteúdo. A Lei de Deus é uma e ponto final.
Em relação aos padres, nunca ninguém disse que a igreja católica era um exemplo de cristianismo para ninguém. Aliás, esse sentimento está muito generalizado erradamente em Portugal. Para te dizer a verdade estou-me nas tintas para os padres, mas não teria mal nenhum casarem. O meu pastor (“padre” se quiseres), é casado tem 3 filhos. Nada na Bíblia diz que ele não o deve fazer. Isso das várias mulheres é que pronto…
Por fim, nem eu estou atrasado no tempo nem sou aberração nenhuma. Volto à questão do início: se não és crente, então o debate acaba aqui pois qualquer argumento será em vão. Se és crente, isto não pode ser aberração nem atraso nenhuns.
Mas fica na tua, não quero convencer ninguém.
EDIT: voltando ao ponto que focas logo no início, sim, já fui aluno, mas tens que concordar que a juventude hoje passa dos limites. Havia casos antigamente mas não tão gritantes como hoje. Até porque hoje em dia andamos numa espécie de sociedade ping-pong no que diz respeito à educação: os pais dizem que cabe às escolas e as escolas dizem que cabe aos pais. Bonito, hã?
Eu concordo no ponto em que dizes que a juventude hoje excede muitos dos limites aceitaveis. Eu também já fiz asneiras e olho para trás e não me orgulho nada mesmo.
Apenas acho que antigamente as coisas eram muito bem escondidas e havia quem fizesse coisas piores que os jovens de hoje. Só que nada vinha para a comunicação social. Até o 25 de Abril como alguém referiu em alguns sitios do pais foi um dia normal.
Hoje se houvesse uma revolução seria muito mais mediática. A CS faz “milagres” mas muitas vezes faz de uma coisa vulgar (não fala nisso) numa tempestade.
Chamei aberração não para te ofender, mas custa querer que se continue a pensar assim no que diz respeito a sexualidade.
Eu acredito em Deus e acredito que a biblia foi escrita por homens inspirados em Deus. Mas sendo homens e ao escreverem aquilo eu posso interpretá-la de forma diferente da tua. É a lei de Deus, mas essa lei não é indubitavel.
Quanto ao primeiro ponto, de facto concordo contigo, hoje temos muito mais acesso a tudo o que se passa no mundo. Mesmo assim continuo a acreditar que o mundo está pior actualmente. E para afirmar isso podemos meter no mesmo saco vários problemas e flagelos que têm assolado o planeta, dos mais pequenos e insignificantes aos maiores.
Em relação ao segundo ponto… epá… há certas coisas na Bíblia que dão espaço a “alguma” (reforço isto) interpretação. Há outras que pura e simplesmente não. Quando a Bíblia nos diz que o homem deve olhar para o casamento como algo sagrado, que deve sair de sua casa para se juntar “à sua” mulher, e que não deve adulterar… para mim não há lugar a interpretações.
Entrando no tema dos textos sagrados acho que uma opnião muito lúcida pode ser encontrada num dos textos do Swami Vivekananda.
Ele aponta, e com razão na minha optica, que todos os textos sagrados têm duas partes ou ensinamentos, uma parte é de cariz espiritual e por isso não é sujeita à mudança dos tempos mantendo-se sempre verdadeira e outra parte de cariz mais social com regras de comportamento social que vão mudando com os tempos e deve ser actualizada.
Ora pois bem… então era uma alegria. Se a Bíblia nos diz que o homem foi feito para a mulher e vice-versa, isso era válido há 1500 anos atrás mas já não é hoje porque temos que acompanhar a evolução da sociedade e consequentemente devemos aceitar relações homossexuais?
Desculpa, mas não alinho mesmo nada por essa bitola. :arrow:
Primeiro sou de certo modo contra os casamentos entre homossexuais, ou seja, sou contra que se chame casamento, não contra a união entre eles em si. Segundo acredito em Deus. Terceiro sou Cristão.
A Biblia diz… é sempre um tema que eu gosto :twisted:
Não neste tema em concreto mas no geral a Biblia diz o que quem fez a Biblia quis! Sim porque todos sabemos que a Biblia como a conhecemos hoje não apareceu do nada, foi “feita” pela Igreja Católica, que decidiu quais eram os textos que entravam e quais não faziam parte. E também não nos podemos esquecer das celebres (não pelos melhores motivos) discussões entre as várias Igrejas Cristãs sobre temas tão interessantes como se Cristo era divino ou não, que ensinamentos eram correctos ou não… e isto tudo nos primeiros seculos de Cristianismo.
Ou seja, o que temos hoje como Cristianismo só por muita sorte coincide com os ensinamentos originais de Cristo.
Sou do principio que sim devemos ler os texto sagrados e só os seguir se estes passarem o nosso julgamento critico, para mim acreditar em algo (mesmo que por fé) sem primeiro inquirir com nós proprios se é certo ou não, é ser cego e trilhar um caminho perigoso.
Em relação ao comentario do então era mesmo uma alegria deixa-me por esta questão, concerteza sabes do relato da vida de Jaco certo? Ele é tido como um homem justo, bom, etc. certo? Achas que hoje em dia se algum cristão levasse a vida dele era visto da mesma maneira?
As sociedades mudam, as tecnologias evoluem, o que nos leva para situações nunca antes pensadas. Sendo as autoridades religiosas nomalmente o garante dos valores morais das sociedades não achas que elas têm que evoluir?
O problema é que a sociedade está a evoluir por um caminho que põe completamente Deus de parte. Logo aí já temos um problema e é mais uma bitola pela qual não posso alinhar.
Depois, a Bíblia que temos em mãos foi “feita” pelos católicos? Então porque é que os livros apócrifos como Tobias, Macabeus, ou Judite, não fazem parte da minha Bíblia e de praticamente todas as edições publicadas pelas Sociedades Bíblicas? Lembro que os livros deuterocanónicos (ou apócrifos) fazem parte da suposta Bíblia católica mas não foram considerados “válidos” por terem sido escritos num período de tempo em que não havia revelação divina. Logo, não poderiam ser inspirados por Deus. Ao contrário do resto da Bíblia.
De resto, hei-de arranjar-te um documento que tenho em casa que nos diz exactamente porque é que a Bíblia é constituída pelos livros que contém.
Quanto ao seguir o que a Bíblia nos diz… na minha opinião este mundo pensa que tem autonomia a mais, mas isso já são contas de outro rosário.
Concordo que a sociedade está a evoluir para caminhos perigosos. Mais uma vez eu no inicio disse que os textos têm duas partes, a parte espiritual não pode ser mudada ou sobreposta.
Não conhecia essa explicação sou sincero. Mas para mim é dificil imaginar tempo sem relação divina… pelo menos como eu entendo Deus.
Aconcelho-te a ler alguns textos cristãos gnósticos para veres que o cristianismo no seu principio não era entendido por todos como nós o entendemos agora.
A minhas crenças aproximam-se muito do cristianismo gnóstico, mas quanto mais aprendo sobre o hinduismo mais penso que sou hindu…