O Sporting e o investimento na América Latina, uma história de Sucesso?

Estava a postar no thread da hipótese do Nani regressar para o clube e enquanto me debruçava sobre a política de contratações do clube, lembrei-me de uma teoria minha que vou tendo para comigo à já um ano ou dois.

Desde miúdo que vejo os 3 grandes contratarem paletes de jogadores Latino Americanos, todos nós conhecemos e automaticamente nos lembramos dos Hulks, dos Di Marias, dos James,dos Enzos, dos Garays, dos Cervis, dos Jacksons… Mas o que é verdade é que desde que essa torneira se abriu não temos vendido nenhum jogador que tenha provindo dessa região do globo por mais de 30 milhões de Euros. Os que tiveram qualidade por cá se mantiveram, os que se foram embora, muitas vezes iam por manifesta falta de talento para jogar num clube como o Sporting ou entraram em conflito com a SAD, ou criaram atritos com o resto do plantel ou Staff.

Num rápido exercício que fiz, pesquisei as entradas de jogadores de origem Latino Americana no Sporting CP e tenho visto que tem sido na sua maioria um mercado onde muitas vezes se contrata por contratar, sem critério e onde o esbanjam os flops que custaram uma fortuna ao clube a saber:

Entre 2008 e 2010 não houve grande investimento em jogadores, era a fase da contenção financeira visto a delapidação do clube no final dos anos 90 e no início do anos 2000:

Mesmo assim em 2008/2009 gastámos 2,5 milhões de Euros no Grimi (Sim o Grimi):

Em 2009/2010 gastaríamos 3,64 milhões no Matías Fernandez, que pessoalmente ainda me divide era um jogador que marcava bem livres, bons pés, boa técnica, faltavam-lhe pulmões e só aguentava os jogos até aos 70 minutos além de ser um crónico lesionado, enfim sendo justo foi dos poucos jogadores que acrescentava aos jogadores algo de jeito. E também veio o Caicedo por empréstimo, que marcou…0 Golos. Alguns salários gastos num flop mas isso foi pouco… (Grão a Grão enche a galinha ao papo… ::))

Seguindo para 2010-2011, devido ao episódio Moutinho (yada yada Maçã Podre, lixo de pessoa), gastou-se mais que nas 2 épocas anteriores, em atletas da antiga América Ibérica gastaram-se 9,7 milhões de Euros, repartidos em 3,4 milhões de euros em Torsiglieri ( :lol: ), Valdés ( um cota que jogava na Itália ainda foi dos menos maus, mas qual foi a necessidade?) e o Evaldo (sim o Evaldo).

No ano a seguir com GL ao leme e Domingos Paciência na equipa técnica, gastámos dinheiro bom dinheiro em jogadores, uns da Europa outros do Novo Mundo, mas isso não impediu que acabássemos a época em 4º, com Sá Pinto no comando técnico e com uma final da Taça de Portugal, a saber gastámos no total 21,37 milhões de euros em jogadores vindos diretamente da América Latina ou de origem Latino-Americana (que começaram as carreiras lá e viraram flops na Europa basicamente), entre os quais Elias (8,85 milhões de euros, nunca percebi bem a vinda deste caramelo para o clube, só fez algo de bom em 2011, em 2012 não fez nada de jeito e desvalorizou no Sporting), o Jeffren (3,75 milhões por um jogador literalmente feito de cristal, de génio), Fábian Rinaudo ( 2,42 milhões de Euros, Rinaudo era o ídolo de muito boa gente naquele 1/3 de época, o que sei é que depois da lesão nunca mais foi o mesmo e verdade seja dita tudo aquilo foi um pouco hype também), Insua (1,50 milhões de euros outro ídolo rápido em Alvalade que depois se banalizou…), Alberto Rodriguez (1,24 milhões de euros, Primo Peruano do Jeffren), Boeck (1 milhão de Euros), Rubio (ainda marcou uns golitos mas depois desistiu da Ideia, nunca mais se ouviu falar no moço), Arias, Carrillo…:

O desastre completo veio em 2012-13 e nesse ano contratámos o Rojo (não vou negar que o Rojo tinha qualidade, mas a maneira como foi contratado e o celeuma anual que tivemos com a Doyen foi por demais uma chatice), e o Viola. Cada um por 4 milhões de Euros…

2013-2014, com a chegada de BdC e a contenção que se fez nesse ano para o clube não fechar foi talvez o catapulto para ter sido o ano mais :mais: nesse aspecto, o Freddy Montero esteve longe de ser um flop, e o Jefferson fez um excelente primeiro ano, o Maurício, o Ivan Piris, o Magrão é que… Mas por outro lado o que se gastou em todos os flops e os que triunfaram foram uns míseros 3 milhões de euros em transferências trans-atlanticas!

Excluíndo o amortizar da dívida para com o Seattle Sounders da compra do Montero, em 2014-2015 o flop do ano veio para Jonathan Rodriguez, 2,5 milhões de euros em um jogador que nunca mostrou ter capacidade para jogar no clube e que ainda foi responsável por muitos golos sofridos, sempre me pareceu uma barata tonta. A vinda de Ewerton teve um efeito “nim” na qualidade do plantel…

Com Jesus no seu 1ºano tivemos uma pujança nunca antes vista, tivemos excelentes momentos durante a época e aquele título só não foi nosso porque… Vivemos em Portugal… :inde:

O Bryan Ruiz fez uma das épocas mais brilhantes que vi na minha vida de um jogador do Sporting, estragou um pouco a pintura com aquele golo falhado frente ao slb mas mesmo assim foi a par do João Mário e do Slimani o melhor de Alvalade nesse ano, mas o que se seguiu foi uma pálida imagem da sua primeira época nunca mais foi o mesmo. No entanto Coates, Naldo, Gutierrez e Zeegelar. O Coates era e é bom, o Gutierrez era também ele bom mas era conflituoso para c****** e protagonizou momentos embaraçosos para o clube além de ter criado feridas no balneário, o Naldo era mediano e oZeegelar era um comediante em campo. Ah e o Hérman Barcos foi só o pior substituo possível para a saída do Montero. Bruno César por muito que seja endeusado por aqui foi e sempre será um jogador mediano wherever he plays.

Na seguinte época na nossa política de mercado, contrastámos entre o belo (Bas Dost) e o horrível (Alan Ruiz), entre flops anunciados (André, Douglão, 1 milhão a cada), esperanças ainda por se reafirmarem (Bruno Paulista, 3,5 milhões ), o Alan Ruiz foi ex-libris da m****, um cagalhoto que custou 8 milhões de euros segundo o que se diz (ou 5 milhões segundo versões alternativas), mas a mim parece-me que este jogador contava com o toque de m***** - caro, sem muita qualidade, conflituoso. Para (nunca) repetir? Ainda vieram por empréstimo Campbell e o Meli, o Meli ninguém deu por ele, o Campbell foi só uma das maiores masturbações coletivas de sempre… Resultado? Nulidadade. Deve ser crónico isto.

Ps: Entretanto esqueci-me que também “re-contratámos” o Elias, já na altura se via que o Scouting e o departamento para o futebol da era BdC estavam já a mostrar sinais preocupantes…

A época que acabou de findar, começou bem, desenvolveu bem e acabou em desgraça, normalmente numa época de futebol profissional típica no clube as coisas começam mal e tardam-se a endireitar, este ano foi diferente o que aconteceu? Para além de eternos conflitos internos, e de instabilidade ao longo de 2018, a equipa viu-se num emaranhado de falta de qualidade, no verão de 2017 contratou-se Acuña que a meu ver não é um jogador por aí além, pode se dizer que é… “bonzito”. A meu ver 9,5 milhões de euros em algo… “bonzito” é escasso… :shifty:

O Battaglia (4,5M) admito que em termos de qualidade foi um plus na equipa, ainda que limitada tecnicamente, o Wendel pelo que custou (7,5 milhões de euros) tem de ter alguma coisa e tem de mostrar para o ano… Well já o Elias tinha vindo do Atl.Madrid e foi o que foi.

O Matheus foi o momento LOL da época, 2 milhões na nulidade só porque sim.

Para esta época já oficializamos, Raphinha e Marcelo, o Raphinha pelo que custou (6,5 milhões de euros) vai ter que mostrar bom futebol e assistências, a questão é que o Raphinha fez uma excelente primeira volta no Guimarães, uma boa metade de segunda volta e uma segunda metade em que decaiu a pique. Eu não gosto de ser pessimista, mas cada vez que o Sporting contrata jogadores que já vinham de más fases, ainda por cima por balurdios…

O que eu pergunto com este exercício é se vale a pena continuar a apostar no mercado Sul Americano, nos jogadores Latino Americanos e se vale a pena continuar a gastar balurdios de dinheiro quando o clube precisa de resultados imediatos e estes jogadores por norma pelo continente/país diferente, lingua diferente e principalmente futebol diferente precisam de muita vezes uma época para se adaptarem, passado essa época já muitos estão com o rótulo de “flop”, face a isto não seria mais prolífero contratar jogadores que joguem e que sejam nativos da Europa? Que não tenham aquele carimbo flop que aos Sportinguistas já habituaram?

Um último exercício neste tópico desde 2008/2009, gastou-se em jogadores Latino-Americanos a soma de:

:menos: 110 milhões de Euros

Ora 110 milhões de euros desde os Coates/Monteros até aos Elias e aos Alan Ruizes em 10 anos (e ainda com um mercado todo pela frente), justifica um gasto de 11 milhões de euros por mercado de verão/inverno.

Estará na hora de rever o conceito de Scouting? Estará na hora de dar dinheiro por quem faz e por quem quer fazer jogar? Ou vamos continuar a gastar dinheiro em eternas promessas e jogadores que não querem singrar?

Quero opiniões… :mais:

O problema não é o investimento na América Latina. É o investimento. Tradicionalmente, as equipas portuguesas vão buscar MUITOS jogadores ao Brasil e, mais recentemente, à Argentina. É normal. Durante muitos anos os jogadores eram mais baratos e, para além disso, tinham alguma qualidade (são países com tradição no futebol) e que, como tal, proporcionavam negócios interessantes.

Para que um negócio seja interessante não é necessário que o jogador renda uma obscenidade de euros ao clube. Por exemplo, o Luisão não rendeu nada ao Benfica e foi um negócio interessante para eles.

O Sporting CP tem um problema quando vai ao mercado que é a falta de análise do mesmo. O Sporting CP vai ao mercado de maneira reactiva e de maneira pouco ponderada. Quando alguém no clube pensa “vou contratar um jogador”, falta alguém que pergunte se não há já um jogador com qualidade semelhante no plantel.

Muito se criticou o Jesus pela contratação de entulho. Mas a verdade é que a contratação de entulho não começou com o JJ. Lembro-me perfeitamente de que no ano do LJ andávamos a contar os trocos e a determinada altura contrata-se o Salim Cissé. Para quê? Ninguém percebeu muito bem porquê, mas fomos buscar o Salim Cissé. Um puto que na altura fez meia dúzia de jogos na Académica que nem sequer foram assim tão interessantes quanto isso.

Num curto espaço de tempo vai-se buscar o Weldinho, o Piris e o Gerson Magrão. Ora, o Weldinho era conhecido pela sua incapacidade. O Piris era um reforço interessante, principalmente porque fazia as duas laterais. O Gerson Magrão fazia também a lateral-esquerda. Na equipa B existia um tal de Ricardo Esgaio a despontar e que já se equacionava (bastante) a possibilidade de fazer dele lateral-direito.

Uma vez mais, ficámos com o Weldinho para animar o balneário (em conjunto com o Cissé). Porquê? Porque faltou alguém a perguntar se o jogador era realmente necessário para o clube.

Não se exige - nem se pode exigir tal coisa - uma taxa de acerto de 100%. Mas exige-se que o negócio seja minimamente justificável. Eu olho para a contratação do Jatobá e não consigo perceber onde é que aquela contratação se enquadra. Um gajo que nunca se destacou em lado nenhum, que não tem propriamente 18 anos para se vir a destacar, que não tem qualquer interesse para o Sporting CP… Mas está cá. Eu olho para a contratação do Marcelo e ainda não a consegui perceber. Estamos a falar de um jogador que se tem destacado pela falta de qualidade no campeonato, que tem características físicas que são pouco recomendáveis para a posição que ocupa e que está com 28 anos. Não faz sentido contratá-lo.

Já o digo há muito tempo: é imperial renovar e investir num departamento de scouting competente, assim como num diretor desportivo perspicaz e conhecedor. Não é com a mediocridade que temos na nossa atual estrutura que vamos melhorar estes números.

Mas tens de concordar que grande parte da malta que veio com selo de qualidade da América Latina para Alvalade, no mínimo não singrou do modo que singrou um Gaitán ou um Hulk. E se tu reparares, nos outros clubes quando esses jogadores estão descontentes com o clube é quando estão a 3 ou 4 anos nele mesmo e querem ir para um tubarão Europeu. Aqui não, mesmo os que têm qualidade e são importantes para o clube conseguem desestabilizá-lo com muita facilidade, mas isto também se aplica para outros jogadores.

O que é facto é que o Sporting num todo não consegue atrair os melhores jogadores “available” financeiramente para o teto do clube, um Cervi foi para o outro lado da 2ª Circular em vez de ter vindo para aqui por exemplo.
Ou definitivamente temos um mau Scouting na América Latina ou então outros mercados terão de se abrir, nem que sejam mercados alternativos.

Já alguém olhou para uma 2.Bundesliga para uma Championship, Serie B? Ligue 2? Liga Adelante?
“Muito caro”, talvez, mas mais caro ainda são os que despontam nas Primeiras divisões Europeias. Será que mais vale gastar 10 milhões por um jogador no Verão vindo de uma época de flop num grande Europeu ou apostar no inverno num jogador que já aqui singrou, que tem qualidade, jovem e que está numa divisão abaixo e que se mostrou num nível bom na 1ª volta da temporada para colmatar alguma lacuna evidenciada no plantel do Sporting? O André Cruz era Brasileiro mas levava anos de Europa, e não tinha sido flop em todos os clubes Europeus onde tinha passado, o Jardel nem é preciso falar, o Bas Dost veio do Wolfsburgo e fez só mais golos que jogos (ou perto disso) com a camisola do clube.

Se querem ganhar algo, comecem por gastar dinheiro em jogadores que se adaptem rápido e que estejam numa boa forma.

:think:

Quem é o Jonathan Rodriguez?

Vamos lá ver. Há investimento e investimento.

Enquanto nós gastávamos 4M no Viola ou 3,5 no Torsiglieri, o porto e os lamps gastavam bem mais.
Repare-se que o Gaitan custa 9M, o Alex Sandro custa 9,6M, o Danilo custa 13M, o Hulk custa quase 10M.

Uma coisa é o Sporting ir à compras na América Latina à loja dos chineses. Outra coisa é os rivais irem às compras na Avenida da Liberdade lá dos gajos.

Cuidado, se começas a questionar alguma da política de contratações destes últimos cinco anos caem-te em cima e dizem que o Slimani veio por 300 mil e saiu por 30 milhões.
É proibido questionar porque é que vieram tantos pernetas para a A e para a B, e muito menos quem €€€ com isso…

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Ninguém admite que nestes cinco anos ficámos muito longe da tal política das ‘contratações cirúrgicas’ que foi prometida.
E este ano ia ser a política ‘belíssima’ que arrancou com um tal de Jatobá.
O Sporting precisa de uma verdadeira revolução na sua estrutura de observação de jogadores, mas para alguns isso não interessa nada.
Interessa é continuar a defender com unhas e dentes o indefensável.

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E qual e o papel do JJ nisto tudo? vai passar entre os pingos da chuva como de costume ::slight_smile:

Da maneira que o texto começa…e está bastante minucioso, admito…até parece que o Sporting é useiro e vezeiro em vendas acima dos 30M€…
Quantas fizemos ao longo de 112 anos de história? 2 ou 3…
Quanto ao resto, concordo plenamente com o que acima já foi dito.
Primeiro temos de saber criar um departamento de scouting apropriado e até direi mais, inteligentes são aqueles que sabem copiar o que outros fazem de bem e, infelizmente, mesmo ao lado de nossa casa há uma colectividade que tem um departamento de scouting com muita qualidade, quando comparado com o nosso.
Vejam como se faz…e copiem e posteriormente melhorem.

Pessoalmente acho que não tem nada a haver a nacionalidade dos jogadores.

Como o user [member=20531]gstv10 disse. Enquanto nós compramos na Zara, os rivais compram na Armani.
Não podemos esperar ter o mesmo resultado que eles quando compramos jogadores de qualidade duvidosa.

Fazendo um pequeno exercício como o que foi feito neste tópico, vemos que:

No ano em que dizes que gastámos 2,5M no flop Grimi. Gastamos também 2,5M no Postiga. Não sendo um flop, não era também um jogador de topo.

No ano em que gastámos 3,6M no Matias. Gastamos também 6.5M no Pongole. Quem foi o maior flop? Nacionalidades?

No ano em que gastámos 3,4M no Torsiglieri. Gastámos também 3M no Evaldo e 2M no Zapater.

Etc Etc Etc.

Não podemos julgar contratações falhadas e flops mais que anunciados apenas pala nacionalidade do jogador.

Como se costuma dizer… A qualidade pagá-se!

Mas a questão é: veio malta para o Sporting CP da América Latina com selo de qualidade que não singrou por cá? Na temporada passada vieram dois jogadores com selo de qualidade. O Acuña que, no mínimo, acabou por confirmar as expectativas e o Wendel que nada confirmou porque… não lhe deram essa oportunidade.

De resto, não estamos a falar de jogadores que tenham provindo da América Latina, nem estamos a falar de jogadores com selo de qualidade.

Dos jogadores que seleccionaste na última temporada ainda acrescentas o Battaglia que é argentino, mas não proveio da Argentina: o Battaglia estava no Braga. De qualquer maneira, o Battaglia superou as expectativas (com as limitações óbvias e já conhecidas).

O Mattheus e o Leonardo Ruiz que também não vieram da América Latina (já cá estavam em Portugal) e estavam MUITO longe de ser jogadores com selo de qualidade. No caso do Leonardo Ruiz tivemos oportunidade de o observar durante um ano. No caso do Mattheus, não faltaram críticas aquando da sua contratação.

Continuo a dizer: o problema não é ir à América Latina buscar jogadores. O problema são os jogadores que se trazem da América Latina. Da mesma maneira que existe esse problema quando vamos contratar a África, ao Japão, a Inglaterra ou à Holanda ou a qualquer outro país.

A questão não passa, apenas e só, por gastar dinheiro e contratar um jogador que se adapte rápido. A questão passa pela análise prévia do mercado e do jogador. Uma pessoa que olhe para o Alan Ruiz não dúvida das qualidades técnicas do jogador. Mas, se calhar, duvida das qualidades físicas e psicológicas do mesmo. Quem diz o Alan Ruiz diz uma carrada de outros jogadores.

O Jonathan Silva quando veio da Argentina veio com “selo de qualidade”. Toda a gente sabia que o Jonathan Silva era um puto, toda a gente sabia que o Jonathan Silva vinha da Argentina. Toda a gente sabia que o Jonathan Silva necessitaria de um processo de adaptação ao futebol europeu. Vejamos, então, a gestão do Jonathan Silva. É contratado (presumivelmente para suplente do Jefferson) e tem uma estreia de sonho (marcou ao Porto). Vai continuando por cá, na sombra, até que é emprestado. Empréstimo esse que seria justificável numa perspectiva de adaptação. Só que o Jonathan Silva é emprestado para a Argentina. Porquê? Para o Sporting CP contratar o fantástico Marvin Zeegelaar. Ora, o Zeegelaar como lateral esquerdo, à data, era por si só uma adaptação. Precisava de tempo. Não tinha qualidade. Era uma incógnita no salto. Faz algum sentido a troca? A meu ver não. Mas alguém achou que sim.

Exemplos destes não faltam e não são exclusivos das últimas temporadas. O Sporting CP, tendencialmente, contrata mal. Contrata mal porque não pensa e não pesa os diversos factores.

Disse tudo!

Sou exactamente da mesmo opinião. Não podemos pedir milagres a um jogador de qualidade duvidosa. Seja ele Argentino, Brasileiro ou de um qualquer pais Europeu.

Pongole; Bojinov; Labyad; Gelson Fernandes; Heldon; Vitor Silva; Petrovic; Castagnios; Oriol Rossel; Zeegelaar; Tanaka; Naby Sarr; Joãozinho; Slavchev… Etc!

[Ironi on] Tudo jogadores de top mundial e todos da América Latina…

As contratações não são todas para meter no mesmo saco. A contratação do Labyad, no papel, fez todo o sentido (não nos moldes em que foi feita, mas fez todo o sentido). A contratação do Slavchev fez todo o sentido no papel (não fez sentido foi não terem explicado ao jogador que ele não era um Lampard e que deveria começar a pensar em jogar mais atrás). Mesmo a contratação do Vitor Silva e do Tanaka são contratações justificadas. A do Tanaka porque foi positiva a do Vitor Silva porque vinha de uma temporada extraordinária.

Sim. Foram contratações a mais.

Nomeadamente na era JJ porque o primeiro ano do LJ e do Marco Silva as contratações foram mais objectivas e se calhar mais cirúrgicas.

Aproveito o tema para referir também que as “contratações cirúrgicas” no mercado América latina nas duas décadas antes desta última direcção também foram duma qualidade exemplar. :whistle:

O Sporting por norma contrata mal,e isso é ponto assente.

Contrata mal porque nunca tivemos ninguém competente para negociar e aliado a isso durante anos não tivemos o fulgor financeiro que outros tiveram.

Por exemplo, o Paulo Bento quando saiu deu uma entrevista já não me lembro a que canal foi e foi abordado precisamente esse tema das contratações, ao que Paulo Bento respondeu:" O problema não está na prospecção de jogadores, está na negociação e aquisição dos mesmos, por exemplo: O Sporting identificou o Lucho Gonzalez e o Lisandro Lopez ainda na Argentina, iniciou as negociações por eles, mas chegou o Porto e comprou-os, o Sporting sempre foi ultrapassado pelos rivais nisso".
Isto são palavras de quem estava por dentro, e as coisas não alteraram muito.

Depois lá está, uma coisa é temos 10M€ para contratar 1 jogador, outra é termos 10M€ para contratar 5, e obviamente que um jogador de 2M€ não tem a qualidade de um de 10M€.
Poderá acontecer mas é muito raro, como é raro aparecerem Slimanis.

E isto aplica-se a jogadores que vêm de todos os continentes, não exclusivamente da América do Sul.

Mais, para mim há um mercado muito pouco explorado por nós e muito bem aproveitado pelos franceses que é o mercado Africano.

Epá depois flops todos os clubes têm, nós temos imensos mas também os nossos rivais.
A diferença é que os rivais por norma vendem 2 ou 3 jogadores por verbas altas e nós não, só o começamos a fazer a quando da antiga direcção.

Se fosse aqui a por os jogadores que me lembre de não terem qualidade nem sequer para um clube do campeonato de Portugal quanto mais para o Sporting, nunca mais saía daqui.

Não conheço em detalhe quem compõe a nossa equipa de scouting, mas parece-me que será necessário começarmos a trabalhar com grupos fora do Sporting nesta parte.
Quando falo em grupos refiro-me a pessoas que não estando directamente ligadas ao clube, mas têm conhecimento necessário para averiguar a qualidade dos jogadores, por exemplo, um blog que existe “Lateral Esquerdo” que costumam fazer análises a diversos jogadores, cada vez mais a expandir para a América do Sul. Vejo bastantes jogadores referenciados por eles no site que depois são aproveitados, em grande maioria pelo Benfica. Vale o que vale.

Outra situação que pode parecer louca e descabida, mas que na realidade não é assim tão distante da realidade, é o uso das grandes BD de futebol. Por exemplo o jogo Football Manager, é uma BD brutal de todos os jogadores existentes, com potenciais definidos dentro de parâmetros pré-estabelecidos. Pode parecer parvo, mas até pode fazer algum sentido. Os nossos rivais creio que já usam de forma ponderada isto.

Dando exemplos, para mim o mais forte será o caso de James Rodriguez, um jogador completamente desconhecido do adepto comum, menos para conhecedores e os jogadores de FM. No jogo era um jogador barato com um potencial brutal. Verdade seja dita que foi contratado e teve o sucesso que todos vemos. Mas a lista não fica por aqui, de cabeça lembro-me de:

James Rodriguez
Freddy Guarin
Falcão
Hulk (não foi barato)
Alex Sandro (não foi barato e já com algum reconhecimento)
Danilo (não foi barato e já com algum reconhecimento)
Jackson Martinez
Otamendi

Temos que rever o departamento, procurar conhecimentos no exterior e fomentar parcerias, não com fundos nem agentes, mas com pessoas que tenham conhecimento de mercados específicos e capacidade de análise.

Claro que foram… Contam-se pelos dedos de uma mão aquelas que foram reais mais-valias, como Liédson. Estou a falar de jogadores que vieram da América Latina, não dos que já estavam ou tinham passado pela Europa.
Claro que não se pode acertar tudo, mas entre milhares de contratações, e muitos milhões de investimento, a taxa de sucesso ser tão baixa deveria de dar que pensar.

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Deixa lá as provocações de lado. Acrescentam zero e só ajudam a desvirtuar os debates que queremos que sejam honestos, sérios e profícuos. Como podes ver, ninguém atacou a opinião do forista com nomes. Para sermos respeitados, temos que nos dar ao respeito e deixar de andar aqui com posturas bélicas.

Pegando no que dizes. A venda do Slimani deu cobertura financeira aos falhanços contratuais. Agora, obviamente que há o problema de termos feito demasiadas más contratações, jogadores com qualidade muito duvidosa, contratações com base em crenças. Temos que melhorar imenso na taxa de acerto. Isso passa por sermos mais competentes nas observações, sermos mais profissionais e abandonar o amadorismo. Vamos continuar a falhar, todos falham, interessa é no fim termos uma boa taxa de acerto e financeiramente todos esses falhanços estarem cobertos.

Isso de contratações cirúrgicas é apenas conversa de eleições. Ninguém o pratica.

Completamente de acordo com tudo o que escreveste, excepto na parte das contratações cirúrgicas.
Eu acredito que, fazendo uma análise efetiva aos plantéis em cada época, detectando as posições mais carenciadas, é possível uma política de contratações cirúrgicas.
E se surgir alguma contrariedade imprevista, recorre-se aos sub. 23 que é para isso que servem. Aliás, se não for assim não vale a pena ter equipa de reservas.
Podes-me dizer é que o que orienta a política de contratações não é apenas gerar mais-valias para a equipa e para o clube. Isso também tem muito que se lhe diga.

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