tens aí muito bom livro. o Mulheres do Bukowski é fantástico! e, obviamente, o Evangelho do Saramago é outra maravilha.
Foi agora um raide que fiz quando fui visitar a casa dos meus pais e aproveitei para explorar a biblioteca que temos lá.
Do Bukowski nunca li nada, mas sempre quis ler. Pelo teu Nick, presumo que sejas ávido fã Qual o próximo dele que recomendas, caso aprecie o “Mulheres”?
O Evangelho , do Saramago, é um livro que já aqui há uns anos comecei a ler e confesso que não me estava a cativar nas primeiras 100-150 páginas das 400 e tal e acabei por perder o fio à meada e não acabei. Já li por aí que fui burro e desisti mesmo antes de ficar bom. Entretanto também já li muito mais da obra do Saramago e sinto que estou pronto para suportar esse começo mais lento porque sei que terá sempre “payoff” à frente. Recentemente também li o “Levantado do chão” e tive uma reação semelhante, mas insisti e acabei a chorar a morte do João Mau-Tempo e o livro acabou por ser dos meus favoritos do autor. Por isso , penso mesmo que o problema há uns anos fui eu e não o livro e que tenho mesmo de lhe dar uma 2a oportunidade.
De resto, estou agora a terminar “Os cus de Judas” do António Lobo Antunes. Há uns 6 meses li 10 páginas, cheio de trabalho na faculdade, e achei aquele estilo um fastio. Quase como se fosse uma tortura ler aquilo depois de horas a fio a estudar, em vez de uma pausa . Entretanto, peguei no livro no sábado passado e tenho estado a adorar. É um estilo que primeiro custou-me e achei demasiado estranho e poético, mas que aprendi a adorar. E depois há também o facto dele escrever de forma quase poética, mas que ao mesmo tempo, talvez também por termos a mesma formação, me parece tão médica e familiar. Adoro a forma como ele escreve sobre a fragilidade humana e o desespero perante a doença/morte. É algo que ressoa muito em situações que já vivi, dando obviamente o devido desconto a que ele as viveu em enfermarias improvisadas em tempo de guerra, não propriamente a enfermaria comum.
Em breve devo conseguir ter o livro “Jorge Vieira e o futebol do seu tempo”. Pelo que me apercebi, é uma raridade.
Estou expectativa sobre o mesmo, pois é um livro sobre uma das grandes figuras do Clube e de um tempo em que havia “puro” futebol.
Para os entendidos na matéria, o que têm a dizer.
Estou agora a ler o segundo livro desta triologia de thrillers
Recomendo vivamente para quem gosta de thrillers de investigações policiais de crimes macabros e sinistros. Ao estilo de True Detective, embora estes não tenham a pitada de sobrenatural.
Comecei a ler os livros dos targaryen do jorge martins e não estou a achar muita piada, aquilo é sempre só descrição, não tem praticamente diálogos.
Depois de ter visto a série e como tal já conhecer a história não estou com muita vontade de continuar os livros.
Acabei o “mulheres” do Bukowski, que tinha começado no sábado.
“O jogador” do Dostoiévski é a minha próxima leitura.
Bom livro, embora pertença à “secção de livros datados”.
Ilustrado com 18 páginas de fotogravuras extratexto. Estudo sobre a importância desempenhada por Fátima, Tomar e Ladeira do Pinheiro na construção do «Triângulo Místico Português». Dedicando um capítulo a cada um destes pontos geográficos, o autor aponta as semelhanças que se estabelecem entre os três, propondo ainda várias teses sobre o «Destino de Portugal».
[“…e o insólito do caso português é este: ao contrário do que se passa no chamado «triângulo das Bermudas», cenário de inúmeros desaparecimentos, existe em Portugal um triângulo das aparições — «o triângulo místico português»: Fátima — Tomar — Ladeira do Pinheiro. Entre estes três vértices acontece tudo o que é importante para Portugal… e talvez para o Mundo inteiro..”]
Do ÍNDICE:
- OS TRÊS PONTOS DO TRIÂNGULO MÍSTICO;
- TOMAR - Dos Templários à Ordem de Cristo;
(A Nova Cavalaria - A Herança de S. Bernardo - Fundação de Tomar - A Missão de D. Dinis - A Cavalaria do Mar - A Mística dos Descobrimentos - Terra de Judeus - O Culto do Espírito Santo) - FÁTIMA - O Anjo e a Virgem escolhem Portugal
(Um lugar marcado pelo destino - O Anjo de Portugal - “Uma senhora perfeita em tudo” - O Bailado do Sol - O Milagre de Fátima - Duas versões das mensagens - O Segredo de Fátima - Abafar o Escândalo - “A Aparição da Virgem” - “Milagres” - “Foi Fátima que se impôs à Igreja” - Antecedentes e semelhanças - Interpretações - Teologia da Luz) - LADEIRA DO PINHEIRO - Renovação dos Tabernáculos do Mundo
(O que diz a imprensa - Condenada pela Igreja Romana - Irmã Maria - Os Êxtases - Sinais e Aparições - A Comunhão do Anjo -Viagens ao Céu - Fenómenos - Hóstias Sangrentas - As Perseguições - Continuação de Fátima) - CONCLUSÃO - O Enigma Português.
Vou sensivelmente a meio, porque dizes isso?
É uma forma de expressão, são livros que na época foram muito importantes, mas depois com o passar do tempo vão perdendo a relevância. Incluo nesse rol muitos russos e franceses.
Ah, percebo-te agora e compreendo. Dá mesmo essa impressão de ser “datado” nas convenções sociais, etc. Sinceramente, é o meu primeiro “russo” que leio.
Outro que também achei “datado”, mas é bem mais recente, foi o Deus das Moscas. Se bem que estou a achar este mais interessante.
Eu acho que não perdem a importância.
Até como complementos à História dos historiadores, que muitas vezes é, digamos, pouco emocional…
Penso que ambos têm razão. São claramente datados, mas permitem-nos compreender melhor as épocas e as respetivas formas de pensar.
Eu confesso que escolhi ler este agora porque li que tocava na temática do jogo (como está logo no título) e o vício no jogo. Numa época em que tudo está repleto de publicidade a Betanos,casinos online etc e o jogo está apenas a uns toques no ecrã de um telemóvel, achei que seria interessante visitar este tema e a sua abordagem numa peça de literatura de há 160 anos.
Boa analogia.
Em termos de análise psicológica e desenvolvimento das personagens, creio que o livro se mantém bastante actual.
Acabei o livro e concordo contigo que o “sumo” do livro continua atual e as relações entre as personagens continuam no seu cerne atuais e achei a forma como ele caracteriza o vício do jogo bem realista e atual ainda hoje em dia.
Mas tem as suas coisas datadas. A forma dramática e teatral como são vividas alguma interações, a forma como aparentemente toda a gente antigamente tinha crises psiquiátricas/psicóticas ao mínimo obstáculo financeiro ou nas relações interpessoais.
No geral, achei um livro interessante, mas que acaba por se apresentar na forma de “esqueleto”. Merecia ter sido mais trabalhado, porque havia de facto algo aqui para contar mais (ora não tivesse o Dostoievski parado de escrever “crime e castigo” e tivesse ditado este livro à mulher dactilógrafa num aperto devido a prazos editoriais).
“O homem do castelo alto” é o próximo. Espero exatamente aquilo que o Philip K. Dick faz sempre : ideias e conceitos interessantes e inovadores que depois falha em desenvolver e resultam numa narrativa em última instância incoerente e que nunca consegue finalizar de forma minimamente satisfatória.
Li estes:
White Nights / Dostoyevsky - Não gostei assim tanto, mas entendi o propósito.
Notes From the Underground / Dostoyevsky - Adorei. Ainda que a escrita dele não seja muito facil de entrar ao início.
Estou agora a ler o The Idiot do mesmo autor.