O efeito Mirko Jozic

Julgo que o Sporting, nos últimos vinte anos, tem sofrido de um erro cíclico - os dirigentes não sabem escolher treinadores.

Dois exemplos claros: 1º Bobby Robson é despedido, contrata-se Carlos Queiroz. 2º Mirko Jozic é dispensado, contrata-se Materazzi.

Bobby Robson era um grande treinador. Queiroz é um bom adjunto. Mirko Jozic é um treinador tacticamente excelente. Materazzi é um treinador defensivo e limitado.

O Sporting deveria ter um olheiro especializado para contratar treinadores, de modo a não repetir erros do passado que, infelizmente, são uma das razões para o clube não dominar o futebol nacional, como deveria dominar. O Sporting teve uma oportunidade histórica no inicio desta década, para relegar de vez o Porto para trás. E não a aproveitou, porque em vez de contratar um treinador na linha do Mourinho e acabar de vez com a hegemonia portista, com as receitas do clube nortenho na Liga dos campeões, asfixiando-o financeiramente, o Sporting foi contratar o Boloni, um treinador limitadíssimo que desaproveitou um plantel bastante forte ao nível europeu.

Os titulos europeus que o Porto ganhou, deviam ter sido ganhos pelo Sporting. E podiam ter sido. Assim como nos anos 90, houve ali um momento em que esteve quase a dar-se uma viragem. Mas de repente, dá um amoque ao Sousa Cintra e contrata-se o bluff Queiroz. Infelizmente, usa-se a linguagem do podia ter sido, do devia ter sido, do quase. Mas esta linguagem usa-se porque o Sporting repete sempre os mesmos erros. Em momentos históricos, os dirigentes tomam as decisões erradas e contratam os treinadores errados.

Com Jozic e um plantel repleto de Krpans e Gil Baianos, o Sporting jogava muito. Foi afastado do título pelos árbitros, em quatro, cinco jogos seguidos, em Janeiro de 99, se bem me lembro. E tinha muitas limitações a nível ofensivo, porque o Acosta tinha chegado recentemente, o Krpan só sabia correr, o Leandro e o Gimenez queriam era ir para a borga. Se Jozic fosse um pouco melhor ao nível disciplinar, teria sido um dos melhores treinadores europeus. Mas num clube estes ses podem ser atenuados, basta contratar adjuntos na linha do Octávio Machado.

O Jozic era um treinador que apostava no pressing alto e na rápida circulação de bola, misto de futebol latino e de leste. Não sei o que o Paulo Bento faz nos treinos, mas de certeza que não desenvolve estas variáveis. O que o Sporting precisa é de um treinador que traga este efeito Mirko Jozic. E precisa ainda mais de um olheiro que perceba o quanto vale um treinador. Durante estes últimos vinte anos, esse olheiro não tem existido, ou anda zarolho.

que é feito do boloni? gostava desse

outro péssimo treinador foi o fernado santos esse é mesmo a maior nulidade de sempre, pena o terem posto fora do benfica, com ele lá nunca ganhariam nada

Boloni? Só fez merda no segundo ano, e deve o fez, o que ganhou ao Jardel. O Peseiro, esse, merece o nosso respeito. Com o Fernando Santos, o Sporting teve na rota do título, sendo miseravelmente afastado do 2º lugar pelos bastidores do futebol português, mais uma vez.

Uma coisa é certa qdo o Josic veio para o Sporting dispensou meia equipa. Honestamente é isso que falta. Para mim precisavamos de um Co Adrianse, o gajo tem contas a ajustar c o Porto.

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Com Co Adrianse jogadores como Postiga, Abel, Caneira, Grimi já não estavam em Alvaladehá muito…

Para mim precisamos de um treinador da escola holandesa. Co Adriaanse era óptimo. Metade do plantel ia à vida.

Se calhar o Postiga não só estava, como o Adriaanse ainda o colocaria a jogar a nº 10… tal como fez quando estava no fcp, embora alguns já não se recordem…

E nesse estranho/subjectivo pararelismo e jogo de adivinhação, talvez quem acabaria por sair era o… Matias Fernandez (já que o Adriaanse foi o mesmo que definitivamente desperdiçou, por exemplo, o Diego… actualmente na Juventus).

Ganhou. Como o fcp já ganhava antes dele, e hoje continua a ganhar (enquanto o dito Co, actualmente ninguém sabe muito bem por onde anda, e nada votou a conquistar…). Mas na altura ele lá acabou empurrado para fora pelos próprios jogadores, que já não o podiam ver à frente (deja vu anyone?).

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Concordo com tudo a 100% (ou quase, porque não sei se na Áustria falhou, mas isso é um pintalho).
E, se bem me recordo, o homem foi condenado a indemnizar o porco pela rescisão do contrato.
Era o cúmulo dos cúmulos estarmos nós, agora, a financiar essa indemnização…

O Boloni no segundo ano so fez merda, mas o Peseiro que por acaso só fez mais 2 pontos no campeonato que o Boloni no segundo ano (e com um plantel melhor que o do Romeno) já merece respeito? Tens de me explicar isso.

no ano do peseiro, o sporting teve 9 derrotas no campeonato… :x isto ja parece o topico do grimi.

Foi campeão na Áustria…

Sim, my bad, sempre foi campeão nesse ultra mega hiper campeonato austriaco. Obrigaste-me a ter de ir (re)descobrir a sua valiosa carreira deste holandês de 62 anos, que em 25 anos de carreira ganhou um campeonato portugues e uma Taça (fcp) e um campeonato austriaco… Imprescendivel, sem dúvida… :arrow:

Não sabia dessa da indemnização… seria o cúmulo, mesmo.

Então já serve…
Em troca, também fui à pesca:
Isto é de Janeiro de 2008, pelo que não sei as evoluções (recursos, etc.)

A FIFA condenou o treinador holandês Co Adriaanse a pagar 1.150.000 euros de indemnização ao FC Porto, por ter rescindido o contrato sem justa causa, enquanto o seu adjunto, Jan Olde Riekerink, vai ter de desembolsar 146.250 euros.

O caso remonta a 9 de Agosto de 2006, quando, a 10 dias do arranque oficial da época, o treinador holandês abandonou o clube, no estágio que realizava na Holanda - na véspera de a equipa seguir para Inglaterra, para defrontar o Portsmouth - tal como os seus adjuntos: Wil Coort voltou entretanto ao clube, enquanto Chris Kronshorst não foi alvo de queixa.

Segundo o FC Porto, o Juiz Único do Comité do Estatuto do Jogador da FIFA diz que as explicações do treinador “contêm várias contradições e que este é o responsável pela quebra do contrato de trabalho, de forma unilateral”.


http://tv1.rtp.pt/noticias/?article=254270&visual=16&layout=55
Também não é assim tanto
Nem me está a apetecer ver muito mais, porque me lembro do levantamento de rancho para ele se ir embora (é sempre um bom cartão de visita para qualquer treinador) e de quase á chegada ter dito para se mostrar bacano e cúmplice do público: basta mostrarem lenços brancos que eu bazo (mostraram, quando levou na pá duns eslovacos ou eslovenos, e não bazou…)

Mas enfim, parece que uma vez durante um treino da pré-época, em frente de uma reportagem de uma televisão, cascou num tal craque (e acabado de chegar ao clube) chamado Leandro Lima… Ah e tal é duro, grita muito alto (quando não há no balnéario Rochembacks que lhe gostem de responder à letra, entenda-se)… Aspectos assim é que são bonitos e ficam na retina.

Tão bonitos, que parece que na hora das refeições com o plantel aquilo era mesmo, tu cá tu lá… E não foi ele que também teve direito a very lights no carro? Criou uma empatia quente com as claques também… Só coisas positivas.

Explico. Primeiro, não teve as oportunidades que o Boloni tinha(tempo). Segundo, não veio com declarações do estilo “Benfica é maior”. Terceiro, mesmo roubado, fizemos grandes jogos de futebol, e não ganhámos tudo porque tivemos o normal azar que nos acompanha. Quarto, não foi correctamente protegido pela Administração, conivente com os sucessivos problemas de balneário. Quinto, lançou jogadores importantes na equipa.

E deu tudo pelo Sporting, sempre com humildade e vontade de trabalhar.

O terceiro ponto, não é bem assim. Com Peseiro tiveste 13 (sim, TREZE) jogos do campeonato em que não marcaste um golo sequer. Tiveste 9 derrotas e 7 empates, e quando numa época perdes 41 pontos e so ganhas 18 jogos em 34, não podes culpar o azar pelo insucesso.

não foi nada azar! o sporting nesse ano é que nos jogos importantes dava-lhes o síndrome de jogar mal, basta ver a final da taça UEFA u.u

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bem dito! a única coisa que salvou o peseiro de ter ido para a rua mais cedo, foi a excelente campanha na uefa

Uma auto correcção, não foram 13 mas sim 11 jogos sem marcar no campeonato. O que não deixa de ser um numero enorme.