A corrida aos terrenos da Academia e aos contratos detidos pela Sporting Comércio e Serviços há muito que começou.
Não é de estranhar assim estas movimentações :
Consta que ele foi apertado pelo fisco, na Nova Expressão.
Ele deverá ter os seus propósitos para enterrar o dinheiro no Sporting. O único retorno que vejo é alguma notoriedade, estatuto e ser um potencial mini Abramovich português.
Não vejo nenhuma vantagem em ter uma participação minoritária na SAD. Sociedade que não distribui dividendos.
Não sei a quem comprou estas acções. Se não foi ao Sporting, vai por terra a injecção de capital. Seria interessante saber a evolução da sua participação no capital e como.
Alguém sabe qual é o tipo de acções do Sporting, nominativas, tituladas?
Não lhe passo nenhum atestado de estupidez, concerteza que é mais brilhante do que eu…
Eu ainda não consegui juntar o meu primeiro milhão :mrgreen:
Eu não sou especialista nestes assuntos, muito longe disso, mas quando alguém afirma que “injecta” dinheiro numa sociedade o que me vem à cabeça é um investimento directo com possibilidade de retorno também directo, sendo atingidos os objectivos.
Se a NE tivesse colocado 5M para reforço do plantel, assumindo um ganho X no final de 1/2 épocas, dependendo dos resultados desportivos, aí sim entenderia o velho esforço do ex presidente para “tratar bem” os accionistas, agora quando o “investimento” destes senhores é comprar participação e não os vejo participarem seja no investimento seja nos momentos em que a exploração é/foi deficitária, tendo sido sempre o clube a arcar com esse peso, está bem de ver que olho mais para eles como abutres, à espera de levar o resto da carne!
Há mais formas de retirar proveitos de uma participação social do que os dividendos . . . neste fórum já foram referidas por diversas vezes as ligações perigosas Baltazar-Oliveiras, seguindo os bons exemplos dados por Roquette-M.Conde . . .
Não sei a quem comprou estas acções. Se não foi ao Sporting, vai por terra a injecção de capital. Seria interessante saber a evolução da sua participação no capital e como.
Ao Sporting, em princípio, não foi. As acções da SAD são património do clube, logo para serem vendidas seria necessária pré-aprovação em AG. Digo 'em princípio' porque julgo que já foram vendidas algumas acções sem essa aprovação. :naughty:
Provavelmente o facto de a SCP, SGPS deter acções da SAD permite contornar esse requisito estatutário de pré-aprovação em AG. :think:
Futuros dividendos da venda dos terrenos das Academia e renegociação dos contratos detidos pela SCS (quem vende é o mesmo que compra), só como exemplo.
E depois fala-se sempre que os accionistas só têm no máximo 10% dos votos mas esquecem-se, ou querem que os outros se esqueçam, que as parcerias garantem uma percentagem muito maior.
É precisamente isso que preocupa, que andem a brincar aos clubes.
Quando alguém (ou uma empresa) compra acções de uma empresa, tem sempre como objectivo ganhos futuros.
Esses ganhos podem ser sob as formas mais óbvias, que são o recebimento de dividendos e as mais valias resultantes da capitalização em bolsa.
Outra forma mais indirecta tem a ver com a capacidade de influenciar a gestão da empresa da qual foram adquiridas as acções, de forma a que outras empresas também participadas possam ter ganhos. Neste caso não ganhas directamente pelo investimento que fizeste na empresa, mas ganhas através de outras empresas que detens, que obtêm ganhos que não existiriam se não fosse a tua participação.
Nada do que eu descrevi é ilegal ou menos ético! Isto passa-se todos os dias nos mercados de capitais.
Se o Baltazar (por iniciativa própria ou como testa-de-ferro) está a reforçar a posição na SAD (a preço de saldo, já que as acções em bolsa andam perto dos mínimos históricos) é porque tem a expectativa de valorização futura!
Como é que se pode dar essa valorização?
Expectativa da valorização das acções após o negócio das VMOCs.
Reforço da capacidade de intervenção na administração da SAD, num momento em que se perspectiva a passagem para esta dos direitos de transmissão televisiva. Estando para breve a revisão dos contratos, é previsível que Baltazar e Oliveira se movam no sentido de reforçar a capacidade de influenciar esta negociação.
Expectativa da venda dos passes de alguns jogadores, motivada pela excelente valorização dos mesmos protagonizada pelo PB.
Segundo vocês Baltazar apenas pretende retirar uma fatia do património do Sporting, ou vender novamente quando as acções por algum pretexto se valorizarem. Aqui ninguém acha que poderá querer ser um novo Dietmar Hopp português?
Eu acrescentaria a passagem de Património para dentro da SAD, o que também a irá valorizar. Para além das VMOCs a Academia, e eventualmente o Estádio, poderão seguir para a SAD também. Isso já tem sido aqui muito falado nas alturas das AG propostas por FSF para vender Património a granel do Clube para a SAD. Caso o Património passe, a SAD pode valorizar. Assim sendo, é normal que haja quem queira investir em reforçar a percentagem da Sporting, SAD que tem.
Pois eu acho que esse é um “erro” em que caem muitos sportinguistas. É logo preocupante a partir do momento em que deixamos entrar na intimidade de uma área tão importante como é a do futebol, gente estranha ao clube e provavelmente sem nenhuma ligação ao mesmo, e que ainda por cima, mesmo tendo alguma ligação, estão a representar interesses próprios.
Porque esta gente, externa ao Sporting, volto a sublinhar, pode perfeitamente, se acredita nas capacidades do clube para se impor e produzir receita, “aliar-se” ao Sporting num cenário de parceria financeira, sem ser numa opção accionista. O Sporting tem um produto (neste caso o futebol) que pode ser atractivo e gerador de receita que poderá interessar, e com isso em vista os investidores poderiam colaborar financeiramente, procurando obter no futuro a compensação devida.
Tudo isso sem a venda (porque não passa disso) pura e dura de património do clube e sem ter que se partilhar a gestão do mesmo (ou do seu futebol) com outros. Este Baltazar até parece que é sportinguista, mas imaginem que em vez dele era um administrador da Controlinveste que “comandava” uma comitiva da equipa profissional de futebol do Sporting numa deslocação externa, isso parece-vos ter alguma lógica, sobretudo quando sabemos qual é o enquadramento do futebol em Portugal?
Devemos analisar o que entendemos por gente externa ao Sporting. São as tais pessoas não notáveis, como eu e tu. Ou são os tais notáveis que dirigem e trabalham no clube.
Não conheço o Pedro Baltazar. Mas o facto de ser accionista do Sporting já revelou mais sacrifício patrimonial pelo clube, do que muita gente interna que chega ao Sporting numa democracia cooptada… Estamos a falar de um accionista minoritário que por muita ou má vontade que tenha, participa 0 em termos executivos.
A democracia eleitoral também tem esse problema… Por vezes pode ser pior uma direcção eleita… Até o momento temos um investidor que sacrificou o seu património eleitoral, sem retirar possíveis dividendos. Repito até ao momento. Veremos o que se vai passar.
O único produto atractivo e gerador de receita que tivemos foi a construção do novo estádio. Onde muita gente externa e interna ganhou com isso directa e indirectamente. Desde bancos, construtoras, arquitectos, etc…
O futebol directamente enriquece jogadores e empresários. Não vemos distribuições de lucros entre os accionistas. Não conheço (a existirem devem ser raros) accionistas de uma SAD que distribuam dividendos. Nomeadamente na realidade portuguesa.
Pior que ser accionista minoritário numa empresa que não distribui dividendos, é juntarmos o facto da mesma estar em falência técnica.
Tenho MUITO mais receio de um administrador executivo, que de um accionista minoritário.
Tenho sérias reservas que assim seja (o sublinhado), tanto assim que na deslocação à Holanda chefiava a comitiva, na qualidade de Administrador, o que em si só já é revelador. Depois e que mais não seja pelos mecanismos da própria SAD, pode intervir DIRECTAMENTE na assumpção da politica do clube para o seu futebol, já para não falar do acesso que tem a tudo o que é estratégia da empresa.
Já o sacrifício patrimonial é muito relativo. Cada um de nós gasta o que pode no clube, como desconheço a sua fortuna pessoal e os seus rendimentos anuais, não posso fazer uma comparação. Agora sou sincero, e apesar de ser apenas uma opinião pessoal, que não posso sustentar, duvido que o seu interesse seja inocente.
E nem sequer estamos a comentar a participação da Controlinveste, que andará muito próximo da da NE, e que participa não só no Sporting mas também nos rivais, e nesse sentido volto a perguntar-me que lógica terá, neste nosso futebol, com a organização podre que temos, que uma empresa apenas seja accionista dos três grandes clubes (na óptica do Sporting, claro, porque percebo bem demais porque razão eles actuam desta forma).
Eu quando me referi ao ‘negócio das VMOCs’ estava-me obviamente a referir à passagem de património do clube para a SAD, já que as VMOCs não têm razão de ser sem essa passagem.
Preocupante para mim, é que essa tua opinião esteja generalizada junto dos sócios!
Primeiro porque é assumido por todos (FSF, Nobre Guedes, Dias Ferreira . . .) que pretendem a perda da maioria!
No Congresso houve uma grande discussão entre dois sócios que apresentaram uma recomendação que aconselhava que o clube nunca perdesse a maioria da SAD.
Foi a recomendação mais discutida! Havia sócios que exigiam que a recomendação fosse retirada e nem sequer votada! Dias Ferreira fez um discurso de fazer chorar as pedras da calçada, argumentando que o associativismo acabou, e a única solução para os problemas do passivo é vender, vender, vender . . . (sob a capa de 'abrir a SAD a capitais externos).
Portanto não acredites que não é preocupante enquando a o clube detiver a maioria da SAD, porque eles próprios afirmam que não vão ficar por aqui!
Segundo: imagina que o projecto é aprovado e os principais activos do clube passam para a SAD, mantendo contudo o clube a maioria da SAD.
Passados uns anos, as autoridades (CMVM) obrigam a SAD a um aumento de capital, em virtude dos capitais próprios da SAD estarem demasiado baixos, em consequência de perdas acumuladas.
Para o clube manter a % das acções, tem que entrar proporcionalmente nesse aumento de capital. Mas com que recursos, já que o clube ficou entretanto desprovido de património? O clube vai ter que admitir ou a entrada de novos accionistas ou o aumento do peso relativo de accionistas existentes, correndo o risco de perder, em qualquer caso, a maioria da SAD.
E aqui nem poderemos argumentar que essa perda terá que ser aprovada em AG, já que não se tratará de uma alienação de activos, mas de uma incapacidade de ‘ir a jogo’!