Segundo os pasquins Peseiro está no Brasil “à procura” de jogadores para o Sporting, nomeadamente alas. Dois comentários breves:
1 - Prossegue a “brasilização” do Sporting - Já este ano tivemos os resultados negativos que se viram (e que mtos avisaram) dessa política em termos de balneário. Aliás a política é potencialmente errada seja qual for a nacionalidade, pois ao existirem grandes grupos de nacionalidades surgem naturalmente as divisões dentro do plantel, enquanto que quando existem pequenos grupos de jogadores divididos por culturas, raças ou nacionalidades é mais fácil a união e o esbatimento de grupos gerados por esses critérios. Isto é óbvio em todo o lado, menos lá está… no Sporting.
2 - O método à pequeno - Esta notícia faz-me lembrar o que eu lia até hoje sempre sobre os clubes pequenos nesta fase da pré-epoca. Clubes com pouca ou nenhuma capacidade em manter uma carteira de interesses devidamente catalogada e acompanhada e que lá enviavam o treinador no mês de junho ao Brasil “ver o que se arranjava”. Agora o Sporting já entrou pelos vistos por este caminho… arriscado, amador e essencialmente… triste.
Mauras, antecipaste-te a mim. Era minha intencao falar sobre este mesmo assunto. De facto, por este andamento vamos ser como o Nacional de ha poucos anos (tinha um plantel quase todo brasileiro). Eu nada tenho contra brasileiros mas sou de opiniao de que esta politica reflete o mau estado das coisas. Sporting esta mal entregue…e pena!
atenção que o que digo não invalida que, à imagem do que aconteceu com o “método Freitas”*, a equipa não venha a beneficiar aqui e ali de bons reforços. A questão é mais abrangente:
1 - Muita gente de uma nacionalidade dá porcaria no balneário. Sempre. A não ser que sejam monges do dalai lama.
2 - Estes reforços observados segundo o método “treinador no país X em Junho” tanto podem ser grandes descobertas como, infelizmente mais frequentemente, grandes barracas pois escolher jogadores por uma ou duas observações numa dada altura do ano pode resultar em tiro pela culatra em termos de qualidade, como tantas vezes acontece aos pequenos clubes que seguem este método.
No entanto o princípio geral não é surpreendente. Só quem não quer é que não vê que desportivamente já somos pequenos há 3 anos, e não falo de resultados mas sim de trabalho e ambição.
sentar no escritório e aguardar que os 2,3 empresários “amigos” enviem os negócios com melhores comissões e com garantia de mínimo retorno disfarçante.
O Brasil tem os melhores jogadores do mundo. O brasil tem os jogadores em termos de qualidade/preço mais acessíveis.
Tem o Sporting dinheiro para investir no mercado Europeu? Não tem.
Em relação ao método, pior seria comprar um jogador por catálogo. Acho que a observação pelo próprio treinador não tem nada de mal. Estou seguro que nenhum jogador será contratado assim por uma simples observação e pelo desempenho de apenas um jogo.
Eu também não percebo esta dependência em relação ao Brasil. Parece que não há jogadores de jeito em mais parte nenhuma do mundo. Explorem o mercado argentino (o fcp contratou recentemente 2 e não foram assim tão caros!), o mercado africano, de leste e também, claro está, o mercado nacional.
A analogia com o Nacional de há poucos anos atrás é óbvia. Também nessa altura a prática era o Peseiro ou o Mior passarem umas férias activas no Brasil, acompanhados do gabiru Rui Alves, e voltarem de lá com um camião de brasileiros, uns jeitosos, outros nem tanto.
Quanto aos malefícios da concentração de jogadores de uma só nacionalidade subscrevo o que já foi dito. São evidentes e especialmente graves quando se trata de brasileiros.
É verdade que o mercado brasileiro apresenta rácios de custo/qualidade interessantes e que o Sporting não terá como investir em mercados mais fortes. O que não percebo é este foco obsessivo sobre o Brasil em detrimento de outros mercados periféricos onde os clubes portugueses também já tiveram sucesso, como a Argentina, os países africanos (não só PALOPs) e a Europa de leste.
O Brasil tem os melhores jogadores do mundo. O brasil tem os jogadores em termos de qualidade/preço mais acessíveis.
Tem o Sporting dinheiro para investir no mercado Europeu? Não tem.
Isso são verdades de senso comum que por serem tantas vezes repetidas se transformam em dado adquirido mas que não são bem assim:
1 - O Brazil tem os melhores jogadores do mundo? Tem certamente uma maior quantidade de bons jogadores, derivado não só da quantidade e implantação do futebol face à dimensão do país mas também devido à mistura de culturas e à mentalidade da nação. Tem todos ou os únicos jogadores bons do mundo? Obviamente não. Terá todos os mais baratos? Também é óbvio que não.
Outra hipótese:
Eu por exemplo tenho a certeza absoluta que um dos mercados menos aproveitados por toda a europa possivelmente devido a algum preconceito são os EUA. Com tanto jovem a jogar à bola e tanta infraestrutura e qualidade de trabalho duvido que não surjam aqui e ali bons valores capazes de dar o salto para a europa, sobretudo com tantos descendentes de povos europeus já com meio caminho andado para a fácil adaptação pelas suas raízes culturais. Por outro lado com a forte presença de portugueses nos EUA Portugal tem pessoas que podem servir de ponte, de ligação e de observação. Mal aproveitado na minha opinião, não só por nós mas por todos.
2 - Qualidade/Preço acessível? Muito relativo. É outra verdade do senso comum que me custa compreender. Por um lado pq os bons jogadores brasileiros não são assim tão baratos (ou já foram mais. Liedson por exemplo, o único brasileiro que é nosso e que tem classe para jogar em qualquer equipa custou bastante caro, ainda assim barato para o que vale). Por outro o jogador brasileiro acaba por sair bastante caro em termos salariais. Até pode chegar a ganhar pouco mas rapidamente exige mais e mais como estamos agora a ver e como é pasto entre a brasileirada. É uma questão de mentalidade. Não existem jogadores baratos noutros países? Porque razão existem alguns jogadores asiáticos de grande qualidade e certamente menos “gazeteiros” na mentalidade que nunca chegaram a Portugal mas são aproveitados noutros países com menos ligações que nós à Ásia? Porque razão é o norte da europa apenas sondado pela Inglaterra e Alemanha e não temos nós forma de identificar bons valores enquanto ainda são novos e baratos? beats me.
3 - O dinheiro - O sporting não tem dinheiro para investir em lado nenhum, seja no Brasil, China ou Cazaquistão. Jogadores “baratos e bons” existem em todo o lado, mais nuns sítios que noutros mas o barato pode sair caro quando o contexto não é acautelado (por contexto entenda-se por exemplo esta questão de não se evitar ter dúzias de brasileiros).
PS - recordem-me os mais veteranos mas lembro-me de ser miúdo e esta questão do excesso de brasileiros já ter sido problema discutido entre sportinguistas, com reflexos negativos na equipa e resultados. Parece que não aprendemos com os erros.
Explorem o mercado argentino (o fcp contratou recentemente 2 e não foram assim tão caros!), o mercado africano, de leste e também, claro está, o mercado nacional.
O mercado nacional é talvez aquele em que o Sporting tem mais desculpa para evitar investir, já que os tentáculos dos nossos concorrentes limitam bastante os movimentos e modificam os preços por factores estranhos (convinha combater isto em vez de fazer alianças mas isso é outra oração).
No entanto o exemplo africano que vocês referem é outro que me escandaliza, a juntar ao asiático. Vejo um país que foi daqueles que teve maior presença em África simplesmente não aproveitar essa ligação enquanto que outros países europeus com pouca ou nenhuma ligação pescam em Àfrica como gente grande, encontrando jogadores úteis, baratos (mais barato deve ser difícil no mundo inteiro, infelizmente para África) e que posteriormente se tornam (alguns) grandes estrelas.
Explorem o mercado argentino (o fcp contratou recentemente 2 e não foram assim tão caros!), o mercado africano, de leste e também, claro está, o mercado nacional.
Peseiro, isto não custa nada. Estás no Rio Grande do Sul, certo? Rumas mais a sul e atravessas o Uruguai que até é um país pequeno. Em Montevideo apanhas o barco, atravessas o Rio da Prata e desembarcas em Buenos Aires. Aí sim, demora-te um bocadinho e vai ver alguns jogos.
Desculpem lá, mas o homem está de férias. São férias activas, vá lá, mas não deixam de ser férias. Se durante as férias quer ver uns “joguitos” e aproveitar para referenciar alguns nomes, qual o problema?
Agora, não vamos é dizer que o Peseiro deveria passar férias na Argentina, no Leste ou na África, ao invés de no Brasil. Ao menos deixem o homem escolher o sítio em que deseja passar as férias, ora essa…
Comparem os preços que se paga em Portugal com o que se encontra no Brasil.
Um exemplo: João Alves-Braga, excelente jogador, preço pedido por ele 5 Milhões de Euros.
Quantos Joãos Alves não haverá no brasil, a menos de metade do preço ?
É preciso é saber escolhe-los.
Se depois sabem lidar com eles no balneário ou não, isso são outros quinhentos…
A analogia com o Nacional de há poucos anos atrás é óbvia. Também nessa altura a prática era o Peseiro ou o Mior passarem umas férias activas no Brasil, acompanhados do gabiru Rui Alves, e voltarem de lá com um camião de brasileiros, uns jeitosos, outros nem tanto.
Ainda bem que alguem compreendeu aonde eu quis chegar. O paralelo e inquestionavel. Qualquer dia jogamos no campeonato do Nacional. Quem se contenta com muito pouco nunca pode cheger a ter muito.
São penta-campeoes mundiais logo isso para mim diz muito. Mas talvez seja uma verdade do senso comum.
Só assim de repente lembro-me de Roberto Carlos, Ronaldinho Gaúcho e agora Adriano na selecção do brasil. São apenas 3 jogadores que devem ser os melhores na sua posição actualmente. O deco que apesar de português é um jogador brasileiro.
O mercado brasileiro é bom, mas é preciso saber escolher bem. Nos últimos anos o sporting tem escolhido bem no mercado brasileiro.
Em relação aos problemas disciplinares que eles originam, é algo que existirá sempre num grupo de 20 a 30 pessoas, ainda para mais quando são futebolistas.
Em relação ao EUA, concordo contigo, grandes jogadores existem lá mas aqueles da selecção já estão todos em grandes clubes e os clubes americanos não libertam os jogadores por tuta e meia e além do mais já lhes pagam bem lá. Logo não precisam de vir para Europa ganhar dinheiro.
Jogadores asiáticos claramente sofrem de grandes dificuldades de adaptaçao à europa e não são a solução imedita que o sporting necessita.
As últimas compras brasileiras do Sporting foram todas feitas com rigor portanto não vejo razão para alarme. É uma coisa boa de não haver dinheiro, evitam-se disparates.
Acrescento que José Peseiro foi ao brasil ver jogadores referenciados e que foi acompanhado de um empresário Baidek que deve conhecer relativamente bem o mercado brasileiro. Entre ir um treinador ou um adminstrador, acho que é preferível para a observação a ida de um treinador.
Deixam-me dizer uma coisa sem levar no toutiço ?
se estamos em epoca de contençao porqeu é que nao usamos o que temos na academia, e ja sabemos que nao ganhamos nada durante uns tempos, mas fazemos da formaçao a nossa verdadeira arma, e dos nosso jogadores potenciais jogadores para vender a bom preço no mercado ?
É que comprar so por comprar vou ali e j avenho, e pelo que tenho lido, das cronicas dos manos, ha material suficiente na academia para sepoder trablahar para o futuro…nao era este o projecto ? nao era esta a ideia principal ?
Eu contra mim falo que gosto muito de futebol brasileiro, mas realmente ha que tentar nao embandeirar em arco. Eu iria contratar á academia e depois logo veria o que faltava.
Abraços ( é so uma opiniao, a minha, é que em epoca de poupança precisamos ser coerentes)
Ali-Hassan, Saber, Tahar, El Hadrioui, Hadjy, Tico-Tico, Misse-Misse, Outara, Paíto…
… Mokuna, Calton, Diallo… :lol: :lol:
Mas como dizes, de vez em quando aparecem os Enaks, tal como em tempos houve os Hilários, Keitas ou Naybets. Como em qualquer mercado, há que peneirar com cuidado. Mas que eles estão lá, estão.