MUNDIAIS: DIA DO TRIPLO SALTO
Patrícia Mamona e Susana Costa entram na luta pelas medalhas; Nelson faz a qualificação
Corações ao alto para os portugueses. Hoje é um dia muito especial no Campeonato do Mundo de Londres, virado para o triplo salto. Nelson Évora, o nosso campeão olímpico das disciplinas técnicas (ouro nos Jogos Olímpicos de Pequim, em 2008), inicia às 18h35 a fase de qualificação, no Grupo A, e às 20h25 Patrícia Mamona e Susana Costa iniciam a final do triplo, repetindo o feito alcançado nos Jogos no Rio de Janeiro em 2016, onde a sportinguista foi 6ª e a benfiquista 9ª.
Depois dos resultados convincentes na qualificação, especialmente para Susana Costa, que foi terceira com recorde de 14,35 metros (Patrícia fez 14,29 metros), é de esperar algo positivo.
Será difícil vaticinar uma medalha para as portuguesas, mas não é de todo impossível. É certo que tanto a cazaque Olga Rypakova (campeã olímpica em Londres e bronze no Rio) como a colombiana Caterine Ibarguën (ouro no Rio e campeã mundial em 2013 e 2015) ou a venezuelana Yulimar Rojas (prata no Rio) são quase intocáveis, mas basta haver um ou dois ensaios nulos para a confiança não ser a mesma e dessa forma, tanto Patrícia como Susana podem espreitar uma oportunidade de subirem ao pódio.
Boas indicações
Em termos técnicos, as duas portuguesas deram boas indicações e competem em Londres num ambiente que lhes é favorável sem a eterna pressão das medalhas.
O sexto lugar com recorde nacional (14,65 metros) nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro conferiu uma maior estabilidade à pupila de José Uva. E João Ganço, técnico de Susana Costa, também tem feito um excelente trabalho. Esta ida à final é o melhor exemplo dos progressos da benfiquista.
Évora com Taylor
Quando Mamona e Susana pisarem o Estádio Olímpico, Nelson Évora já terá concluído a fase de apuramento para a final do triplo, que será na próxima quinta-feira às 20h20.
O mínimo de qualificação é de 17 metros e isso está perfeitamente ao alcance do sportinguista, que foi este ano campeão europeu de pista coberta em Belgrado com 17,20 metros.
Évora, que foi campeão mundial em 2007 em Osaka (Japão), vai ter a companhia do líder mundial deste ano, o norte-americano Christian Taylor, o único que esta temporada logrou um resultado acima dos 18 metros (18,11).
É de esperar que o recordista nacional possa ter uma qualificação tranquila. Em Londres preferiu não prestar declarações antes de entrar em prova, mas antes de embarcar para o Mundial, Nelson revelou os objetivos à sua assessoria de imprensa. “Estou no meu pico de forma físico e psíquico. Vou para Londres focado em passar à final e bater o meu recorde pessoal. E passo a passo chegar o mais longe”, frisou.
Concentração máxima para o português que passou a ser orientado pelo cubano Ivan Pedroso – antigo campeão mundial no comprimento –, a seguir aos Jogos Olímpicos no Rio de Janeiro em 2016, onde foi 6º na final, terminando assim uma relação de 25 anos com o seu técnico João Ganço.
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