Uma coisa é nao ires a funerais, ou nao entrares em igrejas, o que seja. Outra é nao estares fisicamente lá a apoiar quem tem de ser apoiado nestas alturas.
Que eu saiba o Ronaldo nao esteve nem na igreja, nem no funeral, nem em Gondomar, nem sequer em Portugal nestee dias. Até podia ter ido dar um abraco a familia na sua casa, evitando mediatismos e confusoes no funeral. Ha muitas formas de apoiar nestas alturas. Um telefonema não me parece ser a forma mais pessoal para o fazer, muito menos de um capitao que ha 3 semanas o estava a liderar para uma vitoria internacional.
Relativamente a perdas dolorosas, todos infelizmente as tivemos. O Caneira por exemplo, tambem perdeu uma filha bebé e estava lá, e certamente qu muitos entre aquelss centenas de presencas tiveram alguma perda dolorosa.
Mas so respondi por respeito a ti, nao vou “poluir” mais este topico com est assunto.
E disto que se trata. O Cr7 passava por la e ainda vendiam farturas e metiam uns corroseis. Eu nao digo que grande parte dos tuginhas so tem merda na cabeça.
Boa fuga para a frente depois de dizeres o que disseste antes… Quem te disse a ti o teor das conversas de Ronaldo com a familia e o apoio que lhes dará fora do alcance das câmaras?
Lê o post do CACP ali atrás e talvez aprendas um pouco mais da vida.
Respeito tudo isso. Acabei até de ler no record que ele não foi ao funeral por trauma da morte do pai em 2005 aquando do jogo russia portugal em moscovo… mas em 2010 esteve no funeral da mãe do jorge mendes. Enfim, todos teremos as nossas opiniões e experiências em relação a este assunto. Convém é não tratar isto como um twitter da vida e passar a insultos porque isto é um fórum de sportinguistas.
Essa aparentemente é a parte visível, falta saber a verdade. Mas isto começa nao como uma crítica, mas com um hate gratuito por parte dos mesmos que vao para o topico do cr7. E nem se deram ao trabalho de preceber o porque.
Ps. Para completar.
Ninguém no seu juizo perfeito, acha que o CR7 faltou so porque sim. Ajuda milhares de pessoas e mesmo assim é posto em causa.
Prestou breve apoio ao Jorge Mendes mas veio embora. Isso e, foi explicado também, a questão de não querer mediatizar ainda mais a cerimónia. E é compreensível.
Ricaro “liar” o apoio nestes momentos é fisico, nao digital nem telefonico. Tenho duvidas que o Ronaldo tenha estado em Gondomar a dar um abraco àquela familia, mas tu sabes sempre mais que toda a gente.
E sim, já tive perdas dolorosas na minha familia infelizmente, algumas totalmente inesperadas de um dia para o outro e sim, lembro-me perfeitamente de todas as pessoas que me foram dar um abraço nesses dias e são essas pessoas que nunca esquecerei.
Kutuzov-clown, eu já lidei com várias perdas e duas delas no espaço temporal de poucos meses (valorizei quem apareceu, tal como valorizei bastante quem não pôde e enviou mensagens e representantes) e o luto não termina quando o caixão desce à terra… É no posterior vazio, após os holofotes se apagarem, que se vê quem realmente fica a apoiar na caminhada (neste caso, que agora começa da família sem os irmãos).
Eu percebo o Ronaldo não ter ido, ele é uma estrela dificilmente comparável a outras. Quantas pessoas entram no mesmo patamar dele? Talvez 3 ou 4, não mais.
Atendendo ao circo montado sobre a ida dele ou não ao funeral, penso que fez a escolha correta porque o Funeral é sobre o Diogo Jota, não é sobre o Ronaldo.
Eu durante muitos anos, e após o falecimento de uma pessoa muito importante para mim, não fui a mais funerais. Não porque não gostava das pessoas, mas porque todos as mortes de outras pessoas me faziam regressar ao luto da outra pessoa. Recusei-me porque sabia que não conseguia dar apoio, e era eu que precisava. Recusei-me porque via naquela tristeza a mesma impossibilidade que eu tive, e simplesmente não queria recordar-me disso. Por isso penso que ida a funerais depende de cada um, não há obrigações morais ou sociais, é uma escolha.
Depois, e assistindo por 1 hora ao evento, percebi que não era o sítio certo para o Ronaldo. Havia uma criança com uma t-shirt do Real Madrid e uma bola para serem assinadas pelo Ronaldo, havia uma ideia mórbida de evento social onde podemos assistir os nossos jogadores preferidos e havia uma população completamente desfasada da realidade. O Ronaldo não só protegeu a memória do Diogo, como a sua. O que diriam dele quando, depois de aparecer, o foco tivesse sido invertido?
Não sou o maior fã do Ronaldo pessoa, mas cada um é que sabe as escolhas que faz neste respeito.
A logica da narrativa de que o Ronaldo não apreceu para não ser o centro das atenções perde-se quando a sua ausência é o centro dos comentários.
Ronaldo tinha de ir. Ponto. É o capitão, é a figura nr.1 de Portugal. Não é questão de estados de alma.
Ronado é uma instituição. E institucionamente tinha de estar presente.
E se não conseguir atenuar? Mas tu tens noção do que escreves? Não é por teres imenso dinheiro que os traumas desaparecem…quantos exemplos não há de pessoas com muitas “posses” e acabaram por se suicidar por não conseguirem atenuar traumas?
Pensa antes de escrever, não conheces o CR7 para estares aí a dizer esses disparates
Estou a ver o concerto final da carreira do Ozzy Osbourne e dos Black Sabbath em directo, e um super grupo que inclui o Nuno Bettencourt, membros dos Anthrax, Sleep Token e banda do Ozzy, acaba de dedicar uma versão da “Changes” ao Diogo Jota, com o Nuno a vestir uma camisola do Liverpool do Diogo.
Na minha humilde opinião, enquanto ser humano e membro de uma sociedade, deveria ser totalmente proibida a transmissão pública de funerais ou velórios.
Momentos de dor e despedida pertencem à esfera mais íntima da vida. Expor esse tipo de cerimónia a câmaras ou transmissões públicas não demonstra empatia, pelo contrário, desrespeita o sofrimento das famílias e amigos que estão a lidar com a perda de alguém querido.
No caso do Diogo Jota e do André, o foco mediático não foi na homenagem à vida, mas sim numa curiosidade mórbida sobre “quem esteve presente” ou “quem não compareceu”. Que tipo de sensibilidade existe nisso? Que sociedade somos nós, se tratamos o luto como um espetáculo e o transformamos num julgamento público?
É triste perceber que há quem veja nestes momentos uma oportunidade para destacar ausências ou presenças, em vez de simplesmente respeitar a dor alheia. Precisamos urgentemente de mais empatia
, e de menos exposição