Tens razão…a velocidade da luz é aprox. 300.000Km/s, foi o que deu em elr a noticia à pressa e sem confirmar o valor da velocidade da luz… desta feita a diferença é realmente minima…
Bem, não, a teoria da relatividade especial ou restrita não está na base de toda a física moderna; por ex., tudo o que seja gravitação (a que se costuma chamar teoria da relatividade generalizada, que é um nome enganador porque não é uma teoria da relatividade) não tem nada a ver. E a mecânica quântica usa a teoria da relatividade mas é um jogo completamente distinto, com pressupostos muito para além.
Uma coisa é certa: a teoria da relatividade e as suas previsões não vão ser metidas no caixote do lixo. Vejam o que aconteceu com a física clássica, por ex a mecânica do Newton. Foi substituída pela mecânica quântica. E o princípio da relatividade de Galileu (a lei do movimento relativo, por ex atiras uma bola para a frente dentro de um comboio, com 10 km/h. Visto por um observador cá fora que vê que o comboio está a 100 km/h, a bola mexe-se para a frente a 100+10= 110km/h ao todo) foi substituído pelo princípio da relatividade de Einstein (imagina que estás num comboio. Atiras luz para a frente. Vês a luz a mexer-se a 300mil km/s. Agora um observador que esteja cá fora, vê que o comboio ele mesmo já estava a 100mil km/s. Qual a velocidade da luz em relação ao observador cá de fora? Será 100+300=400mil km/s? Não; é 300+100=300 mil km/s)
Mas, no mundo normal, o nosso em que nos mexemos no dia a dia, ou seja o mundo das coisas grandes e lentas, a mecânica de Newton e o princípio da relatividade de Galileu permanecem perfeitamente válidos. O que aconteceu com as novas teorias foi que passámos a saber exactamente em que condições em que são válidos: não universalmente, mas apenas para coisas “grandes e lentas”.
O mesmo terá que acontecer agora, porque há inúmeras experiências perfeitamente certas que usam a teoria da relatividade.
Uma vez perguntaram ao Einstein para explicar em termos simples o que é isso de na teoria da relatividade o tempo ser relativo. Ele para não se chatear muito, disse: “imagine que está uma hora com uma linda mulher - parece-lhe um segundo. Agora imagine que está sentado um segundo num forno acesso - parece-lhe uma hora”
Já lá vão uns anos desde que ouvi falar nesses bichos. Curiosamente acho que foi o ex-ministro da Ciência e Tecnologia, o Prof. José Mariano Gago numa cadeira de Física Experimental. Quanto ao que referes, admito que tenho um fascínio enorme por ouvir os físicos teóricos…neste momento penso que estão a passar alguns programas na televisão onde se pode admirar o que sai daquelas “cabecinhas”.
Mesmo sendo verdade, desde quando é que a Relatividade de Einstein deixa de fazer sentido?
eu muito sinceramente não o acho, pelo menos a relatividade Restrita, quanto muito reformulada…
primeiro, vocês têm que perceber no que é que consta a Relatividade Restrita e Geral de Einstein
esta relatividade tem como base 2 teoremas:
1º - Relatividade de Galileu
2º - Velocidade da Luz, e aqui nem está em causa a velocidade da mesma, o que está em causa na velocidade da luz é que esta é constante!
portante se existe alguma coisa mais rápida que a luz, basta reformular o pensamento de Eintein neste caso por um feixe de Neutrinos, desde que este tenha velocidade constante! :great:
Alguém que me explique porque em menos de um segundo depois do Big Bang a matéria estava espalhada por milhões de klms se não se podem mover a uma velocidade maior que a da luz?
Por acaso ainda não vi a explicação que dão, estou curioso.
O Big Bang que me lembre, era um Bola de Energia, ou talvez “daquilo” que a Energia e a Matéria são feitos…
e agora entrando por campos que ainda não tive oportunidade de estudar, da física quântica, é teoricamente possível viajar anos-luz de um ponto para o outro em fracções de segundo! :great:
Nao estava muito seguro sobre onde colocar este vídeo, mas pareceu-me que este tópico seria o lugar onde o vídeo viria a ser mais apreciado…Espero que resulte em uma ou duas gargalhadas.
isto não é assim! Primeiro, a relatividade de Galileu e a de Einstein são radicalmente diferentes, vê os exemplo que dei acerca do movimento de uma bola e da luz num comboio. Na relatividade de Galileu as velocidades somam-se, na de Einstein não se somam (a composição de velocidades deixa de ser linear, passa a ser uma fórmula um pouco mais complicada, entra a velocidade da luz que fica o limite).
Em segundo, não basta de forma alguma trocar a velocidade da luz pela dos neutrinos. É que, segundo a tal fórmula de composição de velocidades, a velocidade do neutrino seria o limite. Então, seria possível, lançando luz a partir de uma fonte muito rápida, ter luz a ultrapassar a velocidade da luz. Acontece que, experimentalmente, isso não acontece, é um dado experimental que a velocidade da luz é uma constante, e a teoria da relatividade restrita é baseada nesse facto (é o seu segundo pressuposto).
Para isto tudo, tanto faz que haja partículas a mais 100% ou a mais 0.00001%, é o princípio que conta. Vejam bem, a mecânica de Newton foi abandonada devido a um problema aparentemente ridículo, o chamado problema do corpo negro:
Imaginem uma caixa oca, com paredes muito espessas. Há um buraquinho fininho pelo qual pode entrar luz. Pergunta: qual a temperatura no interior da caixa? Este problema, aparentemente trivial, levou à reformulação total e completa da física.
:eh: Não não são! Aliás, a relatividade de Einstein é a reformulação da de Galileu (por isso que disse que foi um dos teoremas da sua teoria)…
eu sei perfeitamente no que é que consiste a relatividade de Einstein, explica-la e aplica-la na teoria! (Fisica 12º sempre teve de servir para alguma coisa) já agora até te deixo as fórmulas da relatividade!
t = t0 / raiz(1 - v/c) ; d = d0/ raiz(1 - v/c)…
ou seja, imagina que a velocidade dos neutrinos tem como referência velocidade constante, basta trocar ali aquele “c” (velocidade da luz), por uma letra que o substitua pela velocidade constante dos neutrinos!
vá lá chuck_Norris, olha que o chamado argumento da autoridade “eu estudei isto e aquilo portanto eu é que sei” em ciência não vale nada, pelo contrário, desqualifica quem o usa… e essas fórmulas que aí meteste não são “as” fórmulas da relatividade, são coisas que se derivam a partir dos princípios básicos, que eu já meti num post por cima.
Eu expliquei com argumentos (a chamada experiência conceptual) a diferença entre Galileu e Einstein; se tens algum contra-argumento, diz, caso contrário, podes ter ganho o prémio Nobel da Física que não interessa nada.
Para mais, um “teorema” nunca pode ser um “princípio”; um teorema é algo que se prova a partir de primeiros princípios. Uma teoria funciona assim:
A. Primeiros princípios, chamados postulados. Definem-se e aceitam-se sem provas. Em geral são ou princípios filosóficos gerais (na relatividade de Einstein, que todos os observadores inerciais são equivalentes), ou decorrem de observações experimentais (a velocidade da luz é uma constante)
B. Consequências, chamados teoremas na matemática. A partir dos postulados, deduz-se o que há a deduzir, conclui-se o que há a concluir. Por um lado, as deduções devem permitir explicar resultados experimentais conhecidos.
C. Precisões. Por outro lado, em geral dedizem-se coisas que ainda não são conhecidas, ou seja, fazem-se previsões. É então o trabalho dos experimentalistas de fazer experiências que confirmem ou desmintam as previsões. Por ex., o que marcam relógios atómicos que se movam a grandes velocidades, deverão respeitar essa primeira equação que meteste. Por ex., que nada pode andar mais depressa do que a luz.
Se uma única previsão é provada errada, então a teoria cai por terra e tem-se que rever os pressupostos. O que disseste “basta meter a velocidade do neutrino em vez de c na fórmula” não serve, e já disse acima uma razão porquê - porque isso levaria a poderes ter luz a velocidade acima da velocidade da luz, coisa que vai contra as observações experimentais que existem.
Que forma poderá ter uma nova teoria não faço ideia, até porque estes novos resultados terão que ser confirmados e re-confirmados. Uma coisa é gira, é que a velocidade da luz se calahr não é uma constante; um cientista português chamado João Magueijo apresentou uma teoria em que no início do universo a velocidade da luz seria maior, o que poderia explicar uma série de coisas. No entanto, essa teoria por enquanto é especulação físico-matemática, porque não tem confirmação experimental suficiente.
De resto, por favor argumenta mas sem certificados de habilitações, isso não acrescenta nada à discussão acho eu! :great:
Não li tudo, mas só uma achega. Einstein previa que existissem partículas a viajar mais rápido que a luz. Já se diz que a sua teoria cai por terra, e não sei quê, mas há que ver se não se tratam dessas partículas. Muito resumidamente, é possível viajar a uma velocidade superior/inferior à da luz. Só não é possível atingir a velocidade da luz, porque necessitaríamos de energia infinita e ficaríamos com massa infinita. Agora, quem diz que não há partículas a viajar mais rápido que a luz sem que a atinjam?
bem, onde é que ele previu isso, em que teoria? De repente não me lembro de nenhuma. Mas há muito que se fala de taquiões, que seriam as tais partículas masi rápidas que a luz - são no entanto especulação sem base experimental (até agora) nem teórica, ou seja, não são previsão nenhuma.
Chuck_Norris, a teoria da relatividade generalizada não é uma generalização da relatividade restrita, é uma coisa completamente diferente; é uma teoria da gravitação, ou seja, tentar compreender o universo na presença de massa. Aí, a curvatura do espaço-tempo muda de ponto para ponto dependendo das massas em presença, e cada problema depende antes de mais de compreender a geometria do problema - em termos matemáticos, a relatividade geral é uma teoria geométrica, e para a aprender é preciso estudar geometria. A sério!
Isto não põe em causa a relatividade geral, continua a ser válida!
A relatividade geral de modo simples é:
imaginem uma cama elástica (o espaço), colocam nela varias esferas muito pesadas (estrelas), o suficiente para deformar a cama.
Agora atiram uns berlindes (particulas de luz) dum lado ao outro da cama e observam que estes são desviados em torno das esferas pesadas, devido a curvatura da cama elástica!
Ou seja a gravidade “dobra a luz”