quando ouço "Astronomy Domine" até me arrepio, imagina então ter ouvido essa como a primeira canção do tour que passou por Portugal :)
Não imagino: sei. 8) Lá estive em Alvalade (na 2ª data) com 16 aninhos. Já sou agarrado desde os 12, mais precisamente desde 15 de Julho de 89, quando a RTP transmitiu em directo o concerto na Praça de S. Marcos. Foi o meu "antes e depois" em termos musicais.
E ignorar o periodo Waters....desculpa lá, eu até percebeo o que queres dizer, que albuns como Animals, Wish You.... e Dark Side... foram fantásticos, até acho o Dark Side muito próximo do The Wall em termos de qualidade de canções e sua ligação umas às outras, mas este último é pura e simplesmente umas 20 obras de artes dentro de outra obra de arte, por sua vez enquandradas em mais algumas obras de arte, aquilo é demasiado bom para ser verdade, ok, era o Waters a flipar e a expurgar as suas paranóias mais profundas, a perda do pai e etc, mas é nessas dores e no meio das maiores trips de droga que saem aquelas coisas.
É claro que não posso ignorar The Wall. Tem alguns dos melhores temas dos Floyd, a começar pela minha canção preferida de todos os tempos: "Comfortably Numb", escrita por Gilmour, e que lhe serviu para, ao vivo, tocar alguns dos solos de guitarra mais inspirados que alguma vez sacou.
Mas se The Wall tem tudo isso, tem também muito desse lixo psicanalítico de Waters, problema que se agravou até ao insuportável em The Final Cut. Neste caso, as mesmas paranóias, misturadas com intervenção política de trazer por casa, embrulhadas num invólucro musical sem ponta de inspiração. Um álbum muito fraco, o pior de sempre, e indigno de levar o nome dos Pink Floyd.
Também vi a notícia. Faleceu no passado dia 7 julho.
E pegando numa frase do FLL uns post’s atrás, (de há um ano) o meu antes e depois musical também aconteceu a partir do dia 1 julho de 2005. Quando vi Pink Floyd ao vivo. A partir daí posso-me considerar um fã convicto da banda fundada por Syd Barrett. Simplesmente a melhor banda de sempre.
Em geral concordo contigo, mas na era Barret há coisinhas muito engraçadas... Tens também algumas canções engraçadas como o I got a bike, See Emely Play, Cirrus Minor...
Cirrus Minor, escrita por Waters, faz parte do álbum "More" de 1969, portanto já na era pós-Barrett.
Há músicas com toques muito engraçados, por exemplo uma num album que tem a meio, e acaba com uma música da claque do Liverpool, "and we will never walk alone...", tem outra nesse mesmo album em que a parte de agudos, uma espécie de guitarrada a solo, é feita pelo som de um cão a uivar.
A música onde se ouve a claque do Liverpool chama-se "Fearless".
A do cão, na verdade é uma cadela que se chama Mademoiselle Nobs, a música chama-se "Seamus". Podem ver esta cadela no DVD "Live em Pompeii", simplesmente espectacular!
Estas músicas pertencem ao álbum "Meddle", onde está incluído duas das melhores músicas dos Floyd: "One of these days" e "Echoes".
Bem, já estou a ver :)
Breathe, foi a meias, com mais um pouquinho de Gilmour, cantor tradicional desta música.
Money foi de Gilmour, só podia ser dele, o Waters foi acompanhando mas a voz de um e do outro não se comparam, se ainda se ouve em canções mais leves como "breathe", nestas mais fortes o dueto não funciona.
Momento mágico foi quando, a meio do “Money”, o realizador mandou focar uma imagem atrás do palco, 1 ou 2 kms, apesar de ser noite viu-se bem, aquela fábrica com 4 chaminés que é capa do Animals.
As músicas foram cantadas exactamente por quem canta nos álbuns originais:
Breathe - Gilmour
Money - Gilmour
Wish you were here - Gilmour e Waters
Comfortably numb - Gilmour e Waters
A fábrica em questão é a Battersea Power Station que estou inquieto para visitar quando for a Londres. Se virem o filme “Children of Men” que vai estrear a 29 de Setembro vão poder visualizar esta imagem:
