Liga de novo com 18?

Também é o modelo que eu considero adequado.

Só acho que talvez tivesse que haver um “mecanismo de solidariedade” que equilibrasse as receitas da 2ª fase, em virtude da perda dos jogos com os grandes (tirando os casos em que o beifica ficasse abaixo do 6º :twisted:). E a questão da negociação dos direitos televisivos também ia ser complicada.

Este tópico dá vontade de dormir. A liga não ganhou competitividade com menos equipas, se diminuissem ainda mais passariamos a ver ainda menos futebol. A taça da liga não aquece nem arrefece, comecem a pagar mais dinheiro pelas competições portuguesas, e transmissões de Tv, e cobrem menos pelos bilhetes e camisolas. 65€ uma camisola oficial do grande SCP é para rir…é mais do que 15% do ordenado minimo em portugal…isso é mais importante do que o resto. Em espanha o real ganha mais por epoca em transmissões que provavelmente todos os clubes da bwin juntos.

Concluindo, 18 ou 16 é igual, mas se for para não pagar ordenados como alguns fazem é melhor 16, a miseria é mais pequena…

Eu acho que esse problema não se coloca, pois todas as equipas receberiam os grandes na 1ª fase, os ultimos seis não teriam era o bonus de os receberem uma segunda vez

uma coisa que não percebi nesse modelo: como seria feita a divisão das equipas na 2ª fase? Se percebi bem o post do FLL, haveria um grupo com os 6 primeiros da 1ª fase e outro grupo com os 6 últimos da 1ª fase. É isto?

Se for, realmente parece-me muito interessante e engenhoso.

Exactamente.

Eu ouvi a sugestão deste modelo pela primeira vez em 1982 pela voz do Oliveira, na altura treinador-jogador do Sporting, e sempre achei que seria extremamente atractivo

Mas repara que há uma diferença entre recebê-los apenas duas vezes na 1ª fase, e recebê-los outras duas na 2ª. Uma diferença ao nível das receitas de bilheteira e dos direitos televisivos, sendo que a incerteza quanto às receitas da 2ª fase torna a planificação da época bastante complicada.

Além disso, tendencialmente os clubes que ficariam nos primeiros 6 seriam quase sempre os mesmos. Em face do diferencial de receitas, isso provocaria um cavar do fosso que separa os primeiros dos últimos.

Daí a necessidade de haver um mecanismo de redistribuição de receitas, que de resto é mais do que vulgar em ligas altamente sofisticadas e profissionalizadas, como as norte-americanas.

É isso mesmo.

12 equipas, 2 voltas todos contra todos.

No final faz-se a separação: novamente a 2 voltas e todos contra todos, os primeiros 6 jogam para o título e as competições europeias, os últimos 6 pela fuga à despromoção.

Só tenho dúvidas na questão do eventual “transporte” de pontos da 1ª fase para a segunda, que foi coisa em que não pensei com calma.

E 3 equipas a 10 voltas? isso é que era…

12, 16, 28, 2 voltas, 4 voltas etc etc é uma conversa puramente academica mas nâo é ai que reside o fulcro do problema em Portugal, em minha opiniâo. O fulcro do problema é a quantidade de clubes professionais que existem, quando muitos deles- a maioria?- nâo tem condiçôes para o ser, nem nunca terá.
Limitem o nr. de clubes que podem participar e verâo como em media os clubes que podem participar terâo melhores meios, melhores condiçôes financeiras, mais publico etc. o que por sua vez terá como consequencia uma maior competitividade. Maior competitividade= mais dinheiro.

Mas 1o que tudo, têm que sacar o monopolio dos direitos televisivos aos oliveirinhas e arrumar com toda a mafia que existe em roda deles :twisted:
Os clubes de futebol podem estar na me rda, mas foi do futebol que ele(s) fizeram fortuna. Ha portanto dinheiro/receitas pra dividir, ta é a ser mal divido :wink:

Aleluia!!! Bingo!

FLL, não sei como se faz a repartição das receitas televisivas por isso não entrar nessa discussão, mas todos teriam a oportunidade de chegar nos primeiros seis.

O que me parece claro é que tudo o que fosse mexer nas pontuações da primeira fase seria desvirtuar a verdade desportiva.

No entanto isto tudo é muito bonito mas n~unca se tornará realidade, os homens do futebol estão preocupados com outros valores

É sem dúvida o modelo que mais me agrada, o de 12 equipas com 3/4 voltas. Porquê?

  1. Jogos de maior qualidade (menos equipas, melhores equipas)
  2. Aumento da assistência média, por aumento do número de clássicos e de confrontos entre os pequenos e os grandes
  3. O ponto 2 tem como consequência um aumento das receitas dos clubes
  4. Adequação do número de equipas ao número de habitantes do nosso país, o que tem como consequência a diminuição do número de casos de salários em atraso aos jogadores, equipas com a corda na garganta, estádios vazios…
  5. Aumento do número de jogos por época.

De referir que o modelo escocês consiste em 3 voltas (33 jornadas) e depois a tal divisão nos 6 primeiros e 6 últimos, que jogam entre si (mais 5 jogos).

Claro que para um modelo destes ser conseguido, será preciso:

a) Intervenção a um nível superior da liga de clubes (estado)
b) mudança radical da forma de pensar dos dirigentes nos clubes. Seria preciso que pensassem “calma lá, estamos a caminhar lentamente para a extinção dos pequenos clubes (que já começou), se calhar é melhor que haja poucos mas bons. Da minha parte, vou fazer tudo para que o meu clube seja um dos poucos e bons”. Hmmm…não me parece…

Ah, resta-me acrescentar que a proposta do Boavista e do Beira-Mar é a maior imbecilidade dos últimos tempos…

Tenho uma opinião muito diferente da maior parte dos foristas: para mim, futebol é para grandes e pequenos. E sejamos francos: esses modelos de 10 ou 12 equipas a 4 voltas “matam” o futebol dos pequenos. E os adeptos do grandes defendem-no porque na maior parte das vezes só sabem olhar para o próprio umbigo.

Eu também não gosto de ver uma Naval ou um Beira-Mar entrarem com um “grande” derrotadas à partida, mas no estrangeiro é igual, ou quantas vezes um Nástic bate o pé a um Barcelona ou Real Madrid? É futebol. E futebol, na minha óptica, é para todos. :exclaim:

Mesmo para aquelas equipas que entram e saem na primeira divisão de ano para ano. Se lá estão, é porque desportivamente merecem lá estar.

Não percebi o teu ponto de vista. Se eu for adepto do Estrela da Amadora e tiver a) mais jogos contra os grandes e b) jogos de melhor qualidade com os outros (porque jogar contra o Belenenses é um espectáculo melhor que jogar com o Desp. Aves), porque é que hei-de ficar insatisfeito? Pelo contrário, vou é mais vezes ao futebol!
Podes explicar melhor?

Para mim também. Mas “futebol de primeira” é só para os grandes, ou pelo menos para aqueles que tenham estrutura desportiva, económica, infra-estrutural, até sócio-cultural, para competir ao mais alto nível. E em Portugal, país pequeno, pobre, com pouca população, sem grandes cidades e desequilibrado entre litoral e interior, isso significa não mais que 12 equipas.

Os pequenos que não tenham essa estrutura, não deixam de ter direito ao seu futebol, jogado contra os outros iguais a eles, e com a possibilidade de poderem crescer, alcançando patamares que lhes dêem o direito de ascender à elite.

Esta proposta do Beira-mar e do Boavista é ridicula , o campeonato beneficiaria mais até se fosse reduzido para 14 clubes.
Tirando os 3 grandes mais o Braga , Boavista que dão competitividade , os outros estão sempre a lutar para não descer , do 5º lugar para baixo a porcaria é a mesma , e ainda querem aumentar as equipas , isto é um nonsence.
Este campeonato viu-se que aumentou a competitividade , com mais duas equipas medíocres o campeonato não vai melhorar , se ainda fosse como em Inglaterra que todas as equipas jogam para ganhar , agora mais duas para meterem o autocarro na área , não. :cartao:

Está fácil de perceber. Eu se for adepto do E.Amadora posso pensar assim ser for um dos 10 ou 12 clubes que faz parte do primeiro escalão. Mas para se reduzir a Liga para esse número, saltam fora 6 emblemas desse campeonato. E pela lógica não saltam fora os clubes de grande ou média dimensão. São os “pequenos” (ou leia-se, mais pequenos). Logo, tens mais hipóteses de seres tu a saltar fora do campeonato.

Talvez esteja a expressar-me um bocado mal (o dia inteiro a estudar não ajuda a organizar as ideias em condições), mas onde eu quero chegar é que muito dificilmente os “pequenos” algum dia aprovariam esses moldes de competição. Se ao primeiro escalão só têm por norma acesso equipas de um lote restrito de 20 ou 22, com apenas 10 cadeiras disponíveis não tens lugar para te sentares…

Não estou a dizer que não viesse proporcionar maiores receitas, trazer melhores espectáculos ou levar mais povo à bola. Mas eu, se fosse dirigente de um Beira-Mar, também não voltava a favor desse modelo competitivo.

Por um lado, creio que é uma situação inevitável haver extinção de clubes: Campomaiorense, Ac. Viseu, Alverca…foram apenas os primeiros, já que existem dezenas de outros em agonia. Podem acabar em agonia, como tem acontecido, ou acabar porque há menos espaço para as competições.

Em segundo lugar, e mais importante, estás-te a esquecer dum pormenor: as competições profissionais NÃO acabam na 1ª liga. A 2ª liga também existe!! Hoje em dia, é uma liga fantasma, com assistências miseráveis e jogos de qualidade duvidosa. Mas, num modelo de 12 equipas, terias outras 12 BOAS equipas na 2ª liga.

Se pensarmos na liga a 18, um modelo 12+12 implica que 6 equipas “da 1ª liga” competem no escalão secundário. Se calhar podemos passar a ter uma boa liga e uma liga razoável em vez de termos, como hoje, uma razoável e uma má.

Ah. Sem dúvida. Falta-lhes coragem, pragmatismo e visão a médio/longo prazo. Daí se dizer que “é preciso que o dirigismo em Portugal mude”…