Nem a questão das faltinhas, do campo inclinado, da arbitragem, pode entrar nas contas.
Ou não é sabido à dezenas de anos que, para conseguirmos vencer algo, temos de ser superiores ao adversário e ao sistema?
Fico estupefacto com quem acha que podemos bater-nos de “igual para igual” com os outros neste campeonato, com um plantel completamente desequilibrado. Estão à espera de quê? Milagres.
Ah e tal, vamos ver, pode correr bem. Eu também posso ganhar o Euromilhões. Só que a probabilidade disso acontecer é decimal.
Muito comentário por aqui a deixar por a paixão à frente de tudo isto. Paixão pelo clube é bonito, ajuda, mas é uma ínfima parte. Há quer ver as coisas como são e com olhos de ver.
Estamos a depauperar novamente o clube, há dois anos já cá escrevi: o Amorim está em estado de graça. Veremos como é que os jogadores e treinador reage quando o clima não for de “comunhão e felicidade, aí se verão as reais capacidades”. Claro que não é mago, não pode fazer muito mais com o plantel que tem.
Voltando à real questão, este só é um “balde de água fria” para quem andou mais na “vontade” do que na “realidade”.
Temo que voltemos ao cíclico do nosso clube. Ganhar, descer o nível, rebentar com as finanças, ter de vender, temos muito passe somente percentual, não vai chegar.
Soluções válidas? Não sei. Poderão existir. Agora, depois de termos entrado no carrossel depois de já ter saído, dificilmente nos deixam sair novamente.
Daqui a uns 15/17 anos, oferecem-nos outro campeonato e fica tudo normal outra vez. Grandes como os maiores da Europa, a ganhar campeonatos de 20 em 20 anos, umas taças aqui e ali e a não fazer mais do que o mínimo obrigatório na champions (e cheira-me que este ano vai ser mais um ano de vergonhas e cabazadas).
É duro. É. Mas quem quiser olhar a realidade e os factos apresentados, é o que há.
Quem quiser vir com argumentos falaciosos pode vir. Nunca encaixaram. Estava à cara podre e à vista de todos.
Uns por cartilha, outros por só poderem meter algum dinheiro ao bolso, outros cegos pela paixão, mas há muito adepto que não vê o tornado a chegar.