Dragão dominador: o que dizem as estatísticas de FC Porto e Sporting
Equipa de Conceição apresenta superioridade nos dados estatísticos ofensivos e defensivos

FC Porto e Sporting estão a seis pontos de distância na classificação, mas será que em termos estatísticos apresentam grandes diferenças? É notório que os dragões denotam um ascendente em relação aos leões, o que também se compreende pelo lugar que ocupam.
No capítulo ofensivo, os azuis e brancos levam vantagem face à equipa liderada por Rúben Amorim. São mais rematadores e têm um aproveitamento maior, apesar de não terem uma eficácia de remates à baliza tão elevada quanto a do Sporting. Estes dados são percetíveis através da postura que ambas as equipas apresentam em campo. Se o conjunto de Sérgio Conceição se revela mais direto nas ações e procura visar a baliza adversária o mais rápido possível, a formação leonina opta por manter a posse de bola e aposta na paciência na espera pela oportunidade de rematar à baliza.
Assim, o indicador dos golos que se espera ver uma equipa marcar, em virtude das oportunidades que tem e da qualidade das mesmas (xG), aponta que o FC Porto deveria marcar uma média de 2,3 golos por jogo, verificando-se uma ligeira superioridade face aos leões (2 golos por jogo).
Para marcar, é preciso criar e, neste segmento, os dragões também se apresentam uns furos acima dos verdes e brancos, conseguindo criar 13,5 oportunidades por jogo, mais 2,7 do que o eterno rival. Porém, ambos registam 85% de eficácia ao nível do passe, um valor que tem de ser considerado bastante positivo.
Do ponto de vista defensivo, o equilíbrio volta a ser palavra de ordem. Porém, o coletivo de Rúben Amorim não tem sido tão sólida defensivamente quanto o oponente do clássico de amanhã, permitindo que os adversários rematem mais e, por consequência, tenham um xG maior. A maior permeabilidade dos leões força o guarda-redes Adán a efetuar mais defesas do que Diogo Costa. Outro ponto importante a reter é a maior verticalidade do FC Porto, traço que, porém, também o expõe a um risco: perder mais vezes a posse de bola. Nesse sentido, é natural que os dragões recuperem em média mais 2,5 bolas por jogo, o que não significa que a formação de Sérgio Conceição seja mais pressionante que o Sporting.
Cruzar é uma arma da escola Amorim
Se o equilíbrio prevalece na maioria dos parâmetros, em cruzamentos o Sporting está bem acima do FC Porto, com uma média de 17 cruzamentos por jogo – a dos azuis e brancos é de 10,7. O facto de o Sporting jogar com três centrais e dois laterais ofensivos potencia este item. Porro, Matheus Reis e Nuno Santos têm capacidade para desequilibrar no ataque e o recurso ao cruzamento é uma constante. Por outro lado, os dragões procuram chegar às zonas de finalização através de passe e combinações constantes.
Contra-golpe portista tem sido mortífero
O golo é a essência do futebol e o festejo faz palpitar as várias emoções dos adeptos, ainda para mais num clássico entre dois rivais eternos. Record debruçou-se sobre todos os remates certeiros de FC Porto e Sporting e traçou um raio-x pormenorizado.
Há um dado que salta de imediato à vista: os dragões são mortíferos em lances de contra-ataque. Fiéis escudeiros da velocidade e da verticalidade, os pupilos de Sérgio Conceição marcaram 15 golos em jogadas de contra-ataque, enquanto os leões fizeram apenas seis.
Chegados à 22ª jornada, os dragões marcaram mais golos do que o Sporting, mas também permitiram que os adversários marcassem mais. Se os azuis e brancos apresentam uma diferença de onze golos entre o pé esquerdo e o pé direito, os leões, face aos vários esquerdinos que constituem o plantel, marcaram apenas mais um golo de pé direito. Curiosamente, ambas as equipas festejaram oito golos de cabeça. De bola parada, os 13 golos dos dragões superiorizam-se aos oito do leão.
A harmonia entre os dados das duas equipas tem sido uma constante e nos golos fora de área não fugiu à regra: cinco golos para cada. Já nos golos sofridos, a formação da cidade invicta sofreu quatro golos fora da área, mais dois que o rival.