Não acredito que haja ainda por dizer seja o que for sobre este injustíssimo resultado que vergastou fortemente a equipa do nosso clube.
O meio-campo do Sporting funcionou, mas os dois criativos da equipa, o Nani e o Carrillo, não marcaram presença.
Montero, lá à frente solitário e diante de equipas de grande nível, é um avançado visivelmente impotente, pois a dita posição em campo a que o treinador o consagra contraria brutalmente o seu estilo de jogo.
Posicionar o colombiano – que é só um dos jogadores mais técnicos e habilidosos do campeonato (é incrível o que ele consegue fazer com a bola num espaço pequeno e rodeado de defesas) – naquela posição e encarrega-lo de ser o único avançado da equipa, muito sinceramente, traduz-se em amputar as virtudes mais salientes de um jogador que é fantástico quando incumbido de preencher uma posição que se adequa às suas qualidades. Montero não é um jogador cujos olhos se virem logo para a baliza quando a bola lhe chega aos pés, ao contrário do Slimani.
Acredito que com o Slimani em campo o Sporting teria conseguido materializar o domínio e a vontade de vencer o jogo em mais oportunidades de golo.
Grande ambiente em Alvalade. Mas atenção ao seguinte: grande…mas habitual.
Em frente, Sporting! A equipa lutou, o público (as claques continuam a não saber escolher os cânticos mais apropriados a cada momento de partida…) fez a sua parte, mas o destino, há muito nosso inimigo, pregou-nos mais uma rasteira.
A malta do Sporting que entranhe o seguinte conceito de uma vez por todas: flutua sobre esta rivalidade intensa um ventinho que protege o Benfica, que o auxilia quase sempre. É como que um aspecto cultural do próprio clássico. A derrota deste aspecto cultural advirá com o tempo. O passo mais importante nesse sentido já foi dado: elegemos um Presidente com eles no sítio.
Em frente, Sporting!
Continuam activos três objectivos: o segundo lugar, a Taça de Portugal (impensável não conquistar esta taça), e uma campanha digna na Liga Europa, porventura, dependendo dos nomes que encontrarmos, lobrigar uma qualificação para a final.