Leonel Pontes

[b]Experiência verdadeiramente fantástica! [/b]

Depois de Eduardinho ter coadjuvado José Peseiro, o Sporting decidiu promover a ascensão de mais um técnico madeirense, com a particularidade de ter largos anos de ligação à colectividade. Leonel Pontes, adjunto de Paulo Bento, faz parte dos quadros técnicos da turma de Alvalade há mais de dez anos, período que tem aproveitado para assimilar conhecimentos e durante o qual contribuiu para a ascensão de talentos como Cristiano Ronaldo, Quaresma, entre outros, que agora caminham no estrelato.

Com contrato firmado até 2007, este “jovem” de 33 anos, natural do Porto da Cruz, auspicia continuar no clube, pelo menos, até ao final do seu vínculo, ambicionando um sucesso semelhante ao alcançado nos escalões de formação. Ser campeão nacional é, portanto, desde 22 de Outubro de 2005, dia em que assumiu funções na equipa principal, o propósito que se segue para um técnico com larga margem de progressão. Em conversa com o JM, Leonel Pontes acedeu a comentar as incidências do pretérito derbi na Luz, bem como as pretensões individuais e colectivas que se propõe cumprir.

JORNAL da MADEIRA — A categórica vitória do Sporting na Luz é um tema incontornável. Foi um jogo de raiva, como que uma resposta aos críticos da equipa que auguravam um triunfo fácil dos “encarnados”?

Leonel Pontes — Quando entramos para um jogo, seja ele qual for, não pensamos que iremos responder às críticas que nos são dirigidas. Agora, não é menos verdade que essas mesmas críticas, muitas vezes, nos tornam mais fortes, mais coesos. Quanto mais se critica, mais se quer provar que as pessoas estão erradas em dizer mal. Aliás, jogar bem ou mal é relevante, claro, mas não demasiado, desde que a equipa ganhe. Ninguém tem dúvidas de que são os resultados que ficam para a história e amanhã ninguém se lembrará se foram conseguidos jogando bem ou mal, neste ou naquele encontro.

JM — Considera que esta foi a melhor exibição da equipa desde que você e demais elementos da equipa técnica assumiram o controlo?

LP — Este foi, realmente, o melhor Sporting. Foi o mais consistente, o mais realista, que revelou grande qualidade colectiva, suportada, como é natural, por alguns rasgos individuais.

Benfica não estava tão bem
quanto apregoavam

JM — Esperava mais do Benfica ou a pálida exibição dos “encarnados” resultou de um estudo prévio efectuado por vocês?

LP — Sabíamos, nós, equipa técnica, que o Benfica não estava tão bem como apregoavam. É verdade que vinham de sete vitórias consecutivas, mas tínhamos a noção de que tinham grandes lacunas que poderíamos explorar caso conseguíssemos colocá-los sob pressão. Foi isso que fizemos, aproveitámos alguns erros defensivos que tínhamos detectado, em suma, os jogadores interpretaram bem aquilo que queríamos.

JM — E como é que analisa a prestação do Sporting desde que entraram na equipa?

LP — Não podemos estar satisfeitos com os resultados até ao momento. Perdemos alguns pontos que não devíamos e temos de estar apreensivos por isso, mas verificamos agora uma melhoria significativa, quer nos aspectos defensivos, nomeadamente nas bolas paradas que nos tiravam o sono, quer nas situações ofensivas, processos que gradualmente serão ainda melhorados.

JM — Considera que o Sporting que jogou frente ao Benfica é o melhor possível ou ainda existe margem para progredir?

LP — Sabemos que ainda não retirámos o total dividendo do plantel. Nestes últimos jogos apresentámos um nível bem melhor, mas dispomos de capacidade e historial para estar muito melhor classificados, e é para isso que estamos a direccionar o nosso esforço, para atingir o topo da tabela classificativa.

JM — Como é que analisa esta sua experiência na primeira equipa de um dos candidatos ao título?

LP — Tem sido uma experiência extraordinária, verdadeiramente fantástica, que é uma novidade para mim, pois estava acostumado a trabalhar na formação.

Ser treinador principal
não é propósito a breve trecho

JM — E quanto à possibilidade de assumir o cargo de treinador principal, é uma meta que está no seu horizonte?

LP — Para já, não penso muito nisso. Integro uma equipa técnica e tenho como único objectivo ajudar o Sporting a ser campeão e lutar, também, pela conquista da Taça de Portugal. São essas as premissas por que me rejo, então, mais tarde, fruto da experiência acumulada, poderei pensar em seguir outro rumo. Mas volto a dizer que não penso nisso agora, até porque é uma situção que está distante ainda.

JM — Coloca a hipótese de voltar à Madeira para exercer a profissão de treinador, ou acha que seria um retrocesso?

LP — Não acho que fosse um retrocesso, nada disso. Voltar à Região é uma possibilidade que nunca está colocada de parte. Antes de ingressar no Sporting, existiu essa hipótese, mas o convite do clube fez-me ficar aqui em Lisboa. Enfim, agora estou num dos melhores clubes portugueses e, neste momento, o único cenário que idealizo é lutar pela Taça de Portugal e pelo campeonato. Depois, quero cumprir o meu contrato e, quem sabe, renová-lo.

JM — Assim sendo, a sua saída do Sporting nos próximos tempos dificilmente acontecerá, se depender da sua vontade…

LP — Sim, é difícil, se for esse o caso. São dez anos de experiências e não posso deitar tudo fora, pois é uma casa que conheço bem, ou seja, o meu vínculo com este clube extravasa já o âmbito profissional, e é mesmo emocional.

Nacional tem de nos respeitar

O próximo compromisso do Sporting é contra o Nacional, conjunto que, surpreendentemente, está mais bem classificado do que os homens de Alvalade, volvidas que estão vinte rondas na Liga. Por isso mesmo, Leonel Pontes faz questão de elogiar o adversário. «O Nacional é uma equipa muito bem orientada, que tem vindo a efectuar um campeonato extraordinário, fruto também da maturidade da equipa, pois possui, de facto, jogadores maduros com muita experiência no futebol português. Mas é um facto que tem um técnico astuto que prepara bem os jogos», acrescentou.

Qualidades realçadas que não signficam cautelas em demasia, tendo em conta a dimensão de ambos os clubes, conforme realçou o adjunto “leonino”. «Vamos encarar o encontro como se tratasse de apenas mais um, ou seja, é mais um jogo onde entraremos com ambição de vencer. Claro que tem de haver respeito pelo adversário, como temos com todos os outros, mas o Nacional também terá de nos respeitar, pois o Sporting é um clube com cem anos de história, que luta sempre pelo primeiro lugar e não para o terceiro, quarto ou quinto», aproveitou para elucidar.

Acto contínuo da aprendizagem

Ao cabo de onze anos como treinador do Sporting, Leonel Pontes considera que tem ainda muito para aprender sobre o meio futebolístico, embora já possua conhecimentos suficientes para se considerar um técnico com bases sustentadas. Por força do trabalho em Alcochete, nunca conseguiu atingir o nível técnico que auspicia, mostrando-se agora mentalizado para o efeito. «Tenho o curso de treinador de II nível, mas já estou prestes a tirar o curso de III nível na próxima oportunidade. Por força da minha ligação ao Sporting, não tenho conseguido conciliar o trabalho com as alturas em que a Federação tem surgido com os cursos, algo que julgo poder fazer agora, até porque já me inscrevi para tal», complementou.

Treinou Ronaldo, Quaresma…

Passados dez anos a trabalhar nos diferentes escalões do futebol juvenil do clube, Leonel Pontes foi um dos que contribuíram para o lapidar das diversas “pedras preciosas” que têm despontado da Academia de Alcochete, entre as quais o conterrâneo Cristiano Ronaldo. Desiderato que não disfarça guardar com «orgulho», embora relembre que nem só de vedetas se faz o fenómeno desportivo… «Qualquer treinador se sente realizado por ter contribuído para o sucesso de diversos atletas, como o Cristiano Ronaldo, o Quaresma, o Viana, entre outros, mas não nos podemos esquecer de outros tantos jogadores pelos quais também tivemos responsabilidade para o eventual insucesso por que passam. Mas claro que temos orgulho em verificar que conseguem atingir o estrelato, porém é bom que se diga que quem consegue lá chegar é por mérito próprio, nós tentamos apenas ensinar-lhes alguns conceitos básicos e prepará-los para as vicissitudes que surgirão no futuro», adverte.
Nesse contexto, tenta acompanhar o mais possível o trajecto dos seus pupilos, admitindo que consegue despender maior atenção àqueles que não têm a felicidade de se projectar ao mais alto nível, até porque são esses que necessitam de maior acompanhamento. «Às vezes tenho, inclusive, maiores laços de afinidade com esses jogadores que não têm tanta sorte nas suas carreiras. Dou comigo a telefonar-lhes para me inteirar do que passam, pois estar desempregado acresce grandes dificuldades a diversos níveis», vinca. Então por qu é que jovens de igual valia conseguem seguir rumos tão diferentes como o do sucesso e insucesso? Essa é uma questão que Leonel Pontes consegue responder de forma múltipla, analisando-a, claro, de forma diferenciada… «Não conseguiram por vários motivos, uns porque não tiveram a sorte de ser opção em alturas cruciais dos seus percurso, outros porque foram tapados por jogadores melhores, enfim, cada caso é um caso e todos têm algum peso para as repercussões negativas que daí advêm», argumenta. Instado a nomear os melhores elementos que já passaram pelas suas mãos, Leonel Pontes optou por recusar tal exercício mental, justificando: «Tenho grandes dificuldades em escolher os melhores, até porque alguns estão ainda a aparecer e é sempre complicado efectuar distinções desse tipo».

in Jornal da Madeira de 31-1-06

Tópico dedicado ao treinador interino do Sporting, Leonel Pontes.

nao muda nada. continuaremos a jogar no mesmo molde. os jogadores ganharam mais pressao , o paulo saiu , tudo indicará que ja irao jogar a bola .

Só espero que consiga fazer melhor, mas não posso exigir.

JEBardo tem de procurar no Football Manager um treinador a sério.

O que esperam do trabalho que o Leonel Pontes poderá vir a fazer enquanto estiver à frente da equipa do Sporting?
Poderá vir a ser uma aposta de futuro?

É capaz de levar o Sporting a vencer o Rio Ave, acredito.
E será interessante ver em quem aposta ele dentro do figurino táctico, para se perceber até que ponto discordaria ele do P.Bento em algumas escolhas…

Vamos dar o beneficio da duvida. Alguém que o conheça devidamente sabe como ele gosta de colocar os jogadores? Só o facto de acabar com o Losango é uma lufada de ar fresco. Será o Vuk a extremo/avançado, Pereirinha a lateral?

É mais que obvio que vai continuar com o LOLosangolo do Burrento… :wall: :wall: :wall:

No site d’A Bola:

[i]Leonel Pontes ficou acima de Paulo Bento no curso de Nível-4
Por Redacção

Leonel Pontes, que acaba de ser indigitado como treinador provisório do Sporting, concluiu o curso de treinadores UEFA Pro-Nível 4, da responsabilidade da FPF, com a nota mais alta. O treinador adjunto do Sporting recebeu nota de 17,5 valores, um pouco mais do que Paulo Bento, aprovado com 17.

Leonel Pontes, de 37 anos, foi responsável pela educação de Cristiano Ronaldo na Academia do Sporting e é um elemento com fortíssima ligação ao futebol jovem de Alvalade. Integrava já a equipa técnica de Paulo Bento [/i]

http://www.abola.pt/nnh/ver.aspx?id=181899

Palpita-me que vamos ser enchovalhados como deve ser no Domingo, e é aí que vem o resto da casa a baixo. É pena, só aprendem assim… :inde:

Isso muda tudo… :wall: :wall: É mesmo daquelas noticias que só servem para encher o saco…

Boa sorte ao Leonel. Esperemos que consiga resultados melhores até à chegada do novo treinador.

Para mim não deixa de ser estranho que o treinador interino seja Leonel Pontes, uma vez que era sempre o Carlos Pereira a substituir o Paulo Bento, quando este estava castigado.

A não ser que hoje também seja fim de linha para Carlos Pereira.

Mas quando o Paulo estava castigado não era o Carlos Pereira que assumia o comando? Não tenho nenhuma preferência pois não conheço bem as competências de cada um, no entanto acho que não faz muito sentido. Se antes era o Carlos Pereira que assumia o comando quando necessário, porque motivo desta vez será diferente? :inde:

Parece me que vai ficar tudo na mesma por agora…n acredito que o leonel pontes, sabendo que é um treinador de transiçao, va revolucionar a tactica e inovar as posiçoes e bla bla bla. Vai ser um deixa andar até que alguém assuma definitivamente o leme e dê uma volta valente àquilo!

Talvez aí possamos ter Stoj na baliza de novo, Vuk a ponta de lança ao lado de liedson, pereirinha a lateral, matigol a marcar livres, etc etc

neste momento nao tendo extremos no plantel , nao percebo a insistençia no 4x3x3

Leonel vai por tudo na mesma, não pode mudar nada em 2 dias.

E como disse noutro tópico, as possibilidades de ganharnos em Vila do Conde diminuiram porque se os jogadores já não tinham atitude perante o treinador, muito menos vão ter perante um treinador de transição.

A única maneira de evitar isto é JEB avisar seriamente a navegação.

Mas o losango também deve ser carta fora do baralho. Já não chegou uma meia dúzia de anos com os últimos dois de autentico martírio? Além de jogar em losango é um atentado à formação do Sporting que tantos e bons extremos produziu. Numa forma lenta e progressiva deve se implementar o 4-3-3, e claro no mercado contratar 2 extremos e cair Postiga.

Mais do mesmo. Se valesse alguma coisa como bom adjunto que era tinha dito ao seu superior para mudar o losango suicida.

Eu conheço o Leonel ele é da madeira mais precisamente do porto da cruz pertence a cidade onde vivo .
Espero que desempenhe um bom papel enquanto treinador interino.
Não haja duvidas que percebe muito de futebol. :mais: :mais: :mais:
Uma curiosidade ele costuma levar miúdos de cá para fazer testes na academia .