Ainda não li os artigos da SÁBADO nem do CM, não tive tempo (é tanta merda), mas encontrei isto no site do ONOJO (suponho que venha desses artigos). Portanto peço desculpa se me estou a repetir.
Pode estar aí, nas classificações entregues pelo presidente da FPF aos investigadores, em julho de 2017, a implicação mais grave a nível futebolístico de todo o vendaval que se abateu sobre o Benfica. Tanto a Federação como José Fontelas Gomes tinham suspeitas de anomalias no processo de apuramento das notas de cada árbitro e havia alguns nomes sublinhados a vermelho. [Ferreira Nunes, Jorge Ferreira, Júlio Loureiro] (…) Ninguém na arbitragem acredita, ou assume acreditar, em corrupção de árbitros, mas reconhecem a existência de condicionamentos a partir do momento em que fica subentendido contra quem fica mais caro errar.
Ferreira Nunes, uma escolha pessoal de Vítor Pereira para o CA que também consta dos emails. A correspondência trocada prova que o Benfica, através de Paulo Gonçalves, apoiava a candidatura do ex-vice-presidente do CA à Associação de Futebol de Coimbra e há a suspeita de que um parecer jurídico utilizado nessa corrida eleitoral tenha mesmo sido pago pelo clube da Luz. Para além disso, O JOGO avançou depois que, sob o mesmo pseudónimo utilizado nas conversas com Paulo Gonçalves, Ferreira Nunes enviava emails desestabilizadores aos árbitros. Mas como se operava o eventual condicionamento? Elementos do anterior Conselho de Arbitragem, eleito sob o método de Hondt (que mistura elementos de listas concorrentes no mesmo órgão), pensam ter reconhecido um padrão, baseado nos recursos que iam sendo levantados pelos árbitros às notas menos boas que lhes eram dadas. Esse método, que está a ser verificado pela PJ, acabaria por entregar, na prática, ao próprio Ferreira Nunes a capacidade de atribuir melhores ou piores classificações e, em consequência, manter ou excluir árbitros da primeira categoria. O caso mais notório foi o de Marco Ferreira, cuja despromoção vários especialistas em arbitragem receberam com perplexidade, incluindo Vítor Pereira, então presidente do CA, que o nomeou para a final da Taça de Portugal. Acrescente-se que esta influência era conhecida nos bastidores, de forma eventualmente até propositada.
Jorge Ferreira, despromovido no final da primeira época com o novo CA. Uma das linhas de investigação que estão a ser seguidas pelo Departamento de Investigação e Ação Penal de Lisboa é o eventual apoio, jurídico e não só, que o Benfica terá prestado a Jorge Ferreira, quando este recorreu da despromoção à segunda categoria no último verão.
Júlio Loureiro, cujo benfiquismo e falta de isenção eram considerados notórios.