Pois eu digo-te que não sabes o que ´´e o Conselho Leonino, o que fazem as pessoas que por´lá andam há muitos anos e que revelas igualmente desconhecimento dos estatutos.
E digo-te na qualidade de conselheiro leonino.
Por isso que a conversa dos roquetteiros e dos 15 anos não levam a lado nenhum, ninguém esteve sempre de acordo com tudo e com todos. Eu Odeio o que ele fez ao SPORTING com a quota dos 11 contos.
Sou sócio há demasiados anos para desconhecer aquilo que é um dos cancros do meu clube. Quanto aos estatutos, posso não os ter de memória, mas conheço o modus operandi do Conselho há muitos anos, desde o tempo do João Rocha, para ignorar o seu papel na perpetuação de uma “elite” que tem levado o clube para a ruína financeira, para a nulidade em termos de resultados desportivos e para o afastamento dos sócios e adeptos, cada vez mais desanimados com o rumo que o clube leva.
O Conselho Leonino é um anacronismo.
Isso porque a poucas horas do jogo principiar, estava na praia dos salgados em São Martinho. Copacabana, só lá mais para a frente… quando entrarmos na fase decisiva da época
Pergunto-me se também devo incluir esta história nas tuas chamadas “teorias da conspiração”.
Seja como for, é perfeitamente irrelevante se é a influência do Conselho Leonino ou da Sociedade Secreta dos Illuminati no determinar de certos candidatos, porque se há coisa frequente é quem está no poder arranjar forma de perpetuar a sua linha, basta pensarmos na lógica partidária.
Podemos e devemos sem dúvida discutir e reflectir o porquê dos sócios apreciarem e alimentarem activamente a imagem do “Sporting Calimero”, mas não vale de nada expiar as culpas pra cima do Conselho Leonino, se eles têm mais poder do que o suposto isso é responsabilidade de quem proporcionou essa situação, ou seja, os sócios. Dêem as voltas que derem vai sempre dar ao mesmo - aos sócios.
Eu percebo a mensagem. Mas não é o orgão que está em causa. São algumas das pessoas que o compõem…e digo mais. Termine-se com o Conselho Leonino (porque ou bem que funciona nos moldes que deve ou então deveria ser extinto) e a oligarquia continua porque nada do que foi apregoado em posts é discutido no CL. Aquilo a que te referes é o polvo de amizades, ligações e interesses que existem entre diversas pessoas que depois são convidadas para integrar um orgão social do clube numa lista - tipicamente a lista vencedora. Mas se tal orgão não existir, os interesses permanecem activos e os apoios continuarão…
SL
PS: Se há coisa que não sou neste fórum é “anónimo”…quem já cá anda há uns tempos sabe bem que eu sou.
SL
Acho que assentas a tua opinião num erro de forma. O CL hoje não é o mesmo que há 30 anos, o seu poder é diferente (se algum) e o conselheiro “tipo” é também hoje diferente.
O centro de poder no clube deslocou-se da “aristocracia” antiga para a nova “oligarquia”, chegada ao poder por via da cisão que os mandatos de Sousa Cintra provocaram.
O discurso de JEB nas suas sessões de esclarecimento e mais tarde no momento da saída de técnico e elementos da SAD é revelador. Existe hoje em dia um ENORME cancro no Sporting que se chama SAD e onde se reuniu o novo poder, partindo completamente o clube em dois.
Não é preciso sequer ter muita informação para entender isto. E sim, cabe aos associados escolher o que querem exactamente, um Sporting antigo assente na evolução da qualidade de processos ou um novo sporting que escolhe a bola como único propósito, vendendo o espectáculo a publico que só interessa se é sportinguista ou não no momento de puxar pela emotividade.
Pois eu neste ponto estou com o Paracelsus: se há um culpado pela situação em que nos encontramos, são os sócios e adeptos.
Mas aqui, referindo-me em particular aos sócios, eu não faço distinção entre 90 e 10. São todos culpados. Uns, por irem na cantiga. Outros, por serem incapazes de dar a volta à situação.
Tens razão em apontar isto. Mas atenção: a aura de Bettencourt – um pouco incompreensível, diga-se – dispensou-o de uma campanha séria e valeu uns 25%-30% a mais do que seria expectável face a uma candidatura “normal” da oligarquia. [i]Não explica os 60%-65% que votariam em qualquer candidato da Situação, fosse ele quem fosse [/i]. Logo, não invalida o argumento geral sobre a estranha identificação da maioria dos sócios com uma oligarquia falhada e esgotada e a necessidade de compreender essa identificação. As AG são, aliás, um bom barómetro dessa identificação: as propostas da direcção, por mais opacas e absurdas que sejam, nunca colhem menos de 60% dos votos.
Por outro lado, se JEB é o melhor que a oligarquia tem para apresentar, tremo só de pensar em quem vai ser escolhido para lhe suceder em 2013…
A que te referes?
Fui delegado da Lista A às mesas de voto e não detectei nenhuma irregularidade grave. Estive lá desde a abertura das urnas até por volta das 14:00. Como delegado, tem-se alguma noção do sentido geral do voto, a partir de pessoas que se enganam e pedem um novo boletim de voto, que queriam meter o boletim na urna sem o dobrar ou mal dobrado, etc. Ao final da manhã já era estatisticamente evidente que o resultado a favor de JEB ia ser esmagador.
Acredita-me: contestar o resultado esmagador daquelas eleições é auto-ilusão e tempo perdido. O apoio maciço dado pelos sócios do Sporting a JEB no dia 6 de Junho de 2009 é um facto indesmentível. Compreendê-lo – e não contestá-lo ou recriminar os sócios – é que a chave para que não volte acontecer.
Talvez sim. Mas o discurso da culpa tem geralmente um grande problema: é paralisante. Não vais conseguir que muita gente mude o sentido do seu voto através da recriminação. Geralmente, tem até o efeito contrário…
PMF Silva,
Ora bem, afinal falamos a mesma linguagem e ambos percebemos do que se está a falar quando se fala do “Conselho Leonino”.
Sei quem és. Foi apenas uma ironia, porque ser conselheiro de algo que raramente reúne ou não ser é a mesma coisa. O que conta no “Conselho Leonino” é o círculo de amizades e o que discute fora, não o que se passa dentro.
Paracelsus,
se é verdadeira a idade que tens no teu perfil, quando tu nasceste já eu era sócio do Sporting,e era um adolescente que frequentava Alvalade todos os domingos de jogo e falava com muita gente. Muitos dos vícios do Sporting actual a que os mais jovens chamam Roquettismo, são vícios mais antigos a que os jovens da minha geração chamavam Rochismo (João Rocha). Vamos deixar os Iluminatti, porque esses argumentos, são os argumentos de quem não tem argumentos e está demasiado longe para perceber realmente o que é o SCP.
Outra vez a “pilinha”? >:D Se queres o título de Sportinguista-que-sabe-mais-sobre-o-clube-que-os-outros-todos fica com ele, não precisas de insinuar que outros são ignorantes, afastados, têm visão do mundo ou da economia distorcida e por aí fora. Não me considero Velho do Restelo e não me apetece muito discutir com quem adopta essa lógica argumentativa.
[hr]
Quando me refiro a “culpa” estu a pensar em “responsabilidade” e inclui não só os acontecimentos maus como também os bons… talvez a palavra “culpa” seja mal escolhida, uma vez que lhe está associada o significado de “recriminação”, mas não era com esse sentido que a utilizei.
A parte mais interessante do teu post e que valeria a pena discutir num tópico em separado é esta a meu ver: “Logo, não invalida o argumento geral sobre a estranha identificação da maioria dos sócios com uma oligarquia falhada e esgotada e a necessidade de compreender essa identificação. As AG são, aliás, um bom barómetro dessa identificação: as propostas da direcção, por mais opacas e absurdas que sejam, nunca colhem menos de 60% dos votos.” Existem causas subjacentes a este fenómeno e que seriam bem interessantes de ser analisadas.
Pois então, terminar pura e simplesmente com o orgão não resolve a situação. É que utilizar tal terminologia dá ideia que terminando com o Conselho Leonino se resolvem todos os problemas, quando assim não é.
Este ano terminou o cocktail antes e no intervalo dos jogos…facilmente se percebe quem andou a falar nisso, até porque foi igualmente veículado na imprensa.
E se continuam a ter uma acção inócua no que ao futuro do clube diz respeito proporemos que terminem com o lugar anual que é atribuído, colocando alguma condescendência aos cinquentenários que fazem parte de tal orgão social, apenas por uma questão de respeito por quem já deu, pelo menos, cinquenta anos de vida ao clube.
SL
Aprovado plano de reestruturação financeira do Sporting
18-08-2010 11:34
Plano evita falência da Sociedade e prevê investimento na equipa de futebol. A última palavra será dada pelos sócios em assembleia geral.
Depois de meses de negociações, estão concluídas as negociações entre o Sporting e os Bancos Espírito Santo e Millenium BCP, referentes ao plano de reestruturação financeira do clube.
Está dado o primeiro passo para a recapitalização da Sociedade, embora sujeito a uma aprovação dos associados do Sporting, em Assembleia-Geral extraordinária, entretanto já marcada para o dia 9 de Setembro.
A implementação das medidas, permitirá elevar os capitais próprios da Sociedade, deixando de estar abrangida pela previsão do art. 35º do Código das Sociedades Comerciais, nomeadamente a possibilidade de os sócios ou credores requerem aos tribunais a dissolução da Sociedade, quando como era o caso, o capital social estivesse já perdido em mais de metade.
Por outro lado, este plano irá dotar a Sociedade dos meios necessários à gestão da sua actividade, neste caso, o investimento na sua equipa de futebol profissional.
Mas isto não deveria estar fechado? Mais uma Assembleia Geral? Mais uma batalha.
Garanto-te que se as coisas correrem muito mal no futebol nesta época e a partir do momento em que JEB perceber que não tem mais condições para continuar como presidente e apresentar a sua demissão, o “Conselho Leonino” deixará de ter a tal acção inócua de que falas e em breve verás o polvo de amizades, ligações e interesses que existem entre diversas pessoas (palavras tuas) a mobilizar-se, com medo que o poder possa cair na rua e o futuro do clube possa ser decidido em eleições pela “ralé” associativa. Para eles eleições, só com “lista oficial” e o povo bem doutrinado. É para isto que serve o Conselho Leonino, uma aberração, segundo creio criada nos anos 60. Curiosamente os anos em que começou o declínio do Sporting. Será coincidência?
Isso e tudo muito bonito mas nao ha volta a dar! Os socios do Sporting sao na sua maioria uns borregos! Tao borregos como os borregos do vizinho. Depois ha as elites… E ai a conversa e um pouco diferente, mas basicamente a nos tocou-nos a pior de todas; a de colarinho branco! A pandilha de vigaros intocavel!
E portanto, essa conversa do somos diferentes nao e tanga, e mesmo verdade. Como? Os outros sao mais ranhosos e grunhos? Sao de facto. Os outros sao mais acefalos? Sem duvida! Mas e dificil reconhecer nos outros esta aptencia sportinguista de levar na padiola over and over and over… E pelos vistos gostar. E ainda pediram mais! Esmagadoramente.
Portanto, a explicacao simplista da imagem imaculada nao pode ser a unica explicacao, infelizmente e mais profunda e tem a ver com a massa associativa do Sporting!
E pior, e que se deixamos passar muito tempo, comeca a ser difici passar os ideais do Clube seja a quem for, ate aos filhos!
E vao ficando os velhos senis e malta acomodada e os croquettes qie qualquer dia transformam aquilo num social club.
Aproveito a resposta do Paracelsus para esclarecer a minha. O Petrovich tem razão em que não é com recriminações que a coisa vai lá. E o Paracelsus tem razão em que de facto, antes de culpa, deve-se falar em “responsabilidade” e “responsabilização”.
Eu acredito, continuo a acreditar (talvez ingenuamente, partir da minha filosofia), na máxima de que “o Sporting é aquilo que os sócios quiserem”. A “massa” de que é feita o clube são ainda os sócios e adeptos (e aqui faço distinção entre sócios e adeptos na medida em que os primeiros têm o instrumento para decidir, ou seja, o voto). Por muito que haja regulamentos, constituições, códigos comerciais, SADs, condições bancárias, etc., o clube, como disse recentemente o Del Bosque, continua a ser um “foco de sentimentos” e não uma mera empresa (que também é). O que está a acontecer no MU, por exemplo, comprova-o.
Portanto, se nos encontramos numa situação de divórcio entre clube e adeptos, de aburguesamento do adepto/consumidor e desencantamento do adepto “da velha guarda”, de confusão de prioridades (assobiar o Rui Patrício, aplaudir o Ruben Micael, etc.) e estádios vazios, é porque não existe neste momento, no universo leonino, massa cinzenta para mudar a situação.
Temos por um lado uma oligarquia que se perpetua no poder através da cooptação e leva o clube para um caminho triste e incerto, mas com um apoio massivo de sócios, que acredita piamente que o mesmo é o único possível. Depois, temos alternativas que são incapazes de fazer frente. E por “fazer frente” refiro-me a fazer oposição, contestar, convencer os sócios de que o status quo não é bom e que é possível mudar esse status quo. A candidatura do Ser Sporting foi, pela primeira vez em muitos anos, uma alternativa com ideias e uma visão alternativa para o clube. Mas foi, por razões endógenas e exógenas, incapaz de dar a volta. Uma coisa é certa, não é com conversas sobre corjas e vassouradas no fórum que se resolve seja lá o que for.
Mas mesmo assim não acho que seja razão para perder a esperança, até porque acho que há uma questão geracional aqui envolvida (os velhos com a concentração dos votos, e o tal “polvo” CL). Para mim, o Ser Sporting, na medida em que também representa uma nova geração de sportinguistas, é uma alternativa válida para dar luta, desde que persista e consiga resolver o seu problema de liderança.
Mas o pior de tudo é que a maioria das pessoas que vê que estamos mal, onde estamos mal e que é preciso mudar quem lá está e essencialmente mudar mentalidades, não é sócio.
Deixa essa decisão nas mãos de outros. Quem quer faz quem não quer manda. Façam-se sócios, juntem-se à luta (tendo direito de voto pelo menos).
O Carlos10Almeida é o mais ferveroso defendor da “obrigação” de ser sócio e é largamente criticado aqui por isso, mas se são os sócios que decidem ( e são, mais ou menos “coagidos” ou influenciados) então se discordamos façamo-nos sócios e tentemos inverter a situação.
PS - Já foi aqui mostrado que naõ são os sócios cinquentenários que decidem, as percentagens foram mais ou menos semelhantes em todos os escalões de voto.