Baltazar Pinto: «Vamos ver os processos»
Vai analisar os processos impostos aos membros do anterior Conselho Diretivo com "isenção e transparência"
O novo presidente do Conselho Fiscal e Disciplinar, Joaquim Baltazar Pinto, poucos minutos depois de ter sido empossado, revelou vontade de lançar mãos à obra e não deixou de garantir que irá analisar os processos impostos aos membros do anterior Conselho Diretivo com “isenção e transparência”. “Sou juiz conselheiro há 40 anos e o meu trabalho é julgar pessoas. Vamos analisar os processos um a um e logo vamos ver a penas adequadas consoante o que fizeram”, afirmou o novo responsável leonino que, em declarações à Sporting TV, ainda assegurou que as decisões serão tomadas “doa a quem doer”.
Recorde-se que na passada sexta-feira a Comissão de Fiscalização, além de ter anunciado as expulsões de Elsa Judas e Trindade Barros, ainda sugeriu “vivamente” as mesmas penas para Bruno de Carvalho e Alexandre Godinho.
Parece que foi escolhido a dedo para tratar dos casos pendentes, o órgão chama-se Conselho Fiscal e Disciplinar mas 95 por cento da acção passa pela fiscalização das contas e este senhor é especialista na parte Disciplinar e percebe perto de zero da parte fiscal.
Contam-se pelos dedos das mãos os casos de ordem disciplinar ao longo de um mandato contra sócios, neste caso específico o Presidente para este órgão do João Benedito era muito mais capaz 25 anos de experiência como auditor sénior nas melhores empresas da especialidade.
Mas isso já tem que ver com as alterações estatutárias que impuseram o voto na lista completa.
Eu votei Varandas e provavelmente não teria votado na MAG de Rogério Alves.
Vamos analisar os processos um a um e logo vamos ver a penas adequadas consoante o que fizeram.
Ou seja, já sabemos a priori que são culpados, só desconhecemos por enquanto as penas a aplicar. Sim senhor, um bom princípio este de tratar os processos como se os factos relatados tivessem já sido julgados e provados como ilegais à luz dos regulamentos do clube e civis. O batalhão de fuzilamento só mudou de nomes, a missão é e será a mesma.
Todos os opinion markers ontem o diziam na televisão “oficial” do clube. Todos sabemos que a CMTV sabe bem mais do clube que muitos dos que andam por lá.
A imparcialidade é um conceito muito cinzento quando o mesmo é escolhido por um candidato aos órgãos sociais, agora pressupõe-se que depois de ser eleito seja o mais imparcial possível e que ajuíze todos os sócios à luz dos regulamentos, sem que haja promiscuidade entre órgãos sociais. O passar a vida a julgar pessoas em tribunal dá-lhe experiência, alguma sapiência a interpretar regulamentos e uma melhor gestão democrática dos processos, em minha opinião nenhum juiz consegue ser imparcial na plenitude do conceito, há sempre pressupostos que influenciam as decisões (ideologias, cultura, valores, entre outros).
Tenho poucas dúvidas que há uma intenção generalizada de expulsar o sócio Bruno de Carvalho. Espero que essa decisão seja levada à Assembleia Geral e que sejam os sócios a decidir o destino final, nunca um órgão colegial que deve somente emitir pareceres e levar os assuntos às Assembleias, defendendo a sua posição / opinião.
Decisão de sócios em AG = pelotão de fuzilamento.
Custa-me muito constatar isto, mas confiar no poder de decisão dos sócios mais influenciáveis do planeta é difícil.
Eu percebo a volatilidade que é colocar uma decisão destas nas mãos dos sócios, é assim no associativismo e é preferível depender decisões desta magnitude dos sócios, que deixar quatro / cinco elementos decidirem por si. Querem um clube com base no associativismo, então têm que saber viver de acordo com a maioria.