Em plano ofensivo, quase entre os centrais, para tentar minimizar o desequilíbrio provocado pela subida dos laterais (e ficarmos menos expostos a uma situação de contra-ataque, no caso de perda da bola).
Na verdade, seria entre ele e o William, aquele que tiver menor capacidade para construir e fazer a bola rodar rapidamente… fica atrás.
Se reparares, em plano defensivo, claro que não é para ficar a central.
A minha maior dúvida é se os nossos laterais têm pedal para um sistema destes.
Do que tenho visto do Adrien, a médio-centro, mais perto da área, não. Aquela não será a sua posição porque precisa de tempo, é indeciso e ali pede-se alguém que pense rápido, que execute rápido, o Adrien tem mostrado que não é assim.
A movimentação do André, como disse o sotnas, está muito dependente do Adrien. E, até ao momento, temos visto um Adrien hesitante em chegar-se à área, fica no entre meio, algo que poderá acontecer para dar equilíbrio à equipa caso perda de bola. Ou então é o Adrien que não arrisca porque vimos o Slavchev em zonas mais avançadas e jogaram na mesma posição. Dou preferência ao equilíbrio, isto é, saber atacar e saber posicionar-se para defender caso perda de bola, praticamente em simultâneo. Ora, aqui a posição do Adrien é essencial, mas quero-o mais à frente, a chegar-se à área e criar situações de remate, a ganhar as segundas, permitir assim que o André vá para dentro da área.
Bem, mas isto em perda de bola cria logo algum desequilíbrio, se tivermos dois médios bem adiantados, se ainda juntarmos um lateral, ficará uma situação de 4 jogadores a defender. Por outro lado, colocaremos três na área, no mínimo e alguém para ganhar a segunda bola à entrada na área. O lateral tem que estar atento, o que não está no ataque, ajudando a fechar no meio e assim protegendo a equipa, quando o outro lateral está subido. Algo que se viu contra o fifica, principalmente na segunda parte, onde Cédric (também por desgaste físico) ficou mais atrás, não atacou tanto.
Atacar com Adrien e André bem subidos e ainda Cédric e Jefferson, vai colocar a equipa em problemas se perderem a bola. Acredito que isto não acontecerá ou acontecendo será muito ocasional.
Bem, isto tudo para dar mais apoio ao Montero / Slimani. Não podemos ter um avançado demasiado sozinho na área, sem linhas de passe, sem poder ser móvel e a cair demasiado na marcação dos centrais. O André tem mostrado que pode ser essencial nisto, mas o rapaz não pode andar em todo o lado ao mesmo tempo, se está no lado direito a criar o 3x2 ou 2x1, o extremo do lado contrário tem que entrar na área, tem que se juntar ao Montero, com Adrien ocupar uma zona intermédia. Com a bola do lado esquerdo, podemos ter o Adrien a fazer o trabalho do André, com este já na área ou na intermédia, com o extremo do lado direito no interior; no mínimo sempre dois jogadores no interior da área. Isto analisando os movimentos que temos visto, agora se o André tiver liberdade de ir aos flancos, aos dois e não apenas ao direito, isto obrigará a que Adrien cresça a nível táctico na ofensiva (procurando sempre ocupar o espaço vazio do André) e a ter extremos que joguem bem pelo interior (algo que temos tido problemas!).
Novamente, o mais importante é existir equilíbrio , nenhum jogador poderá estar desacompanhado, sem linhas de passe, temos que ter um futebol apoiado, com duas linhas de passe, jogadores mais juntos para evitar esticões, para evitar os passes mais longos que têm probabilidade de falhar. Jogar com paciência, com serenidade e saber quando acelerar e saber quando temporizar. Isto demora, mas acredito que a equipa chegará lá. Temos jogadores que a nível táctico e de passe são fortes, é agora aproveitar essas características da melhor forma.
Concordo com praticamente tudo, mas deixar só uma “achega” em relação ao bold: o Montero é o protótipo perfeito de avançado para o nosso sistema, por ele consegue contrariar isso na perfeição. Ainda no jogo com o Benfica viu-se o Montero que todos queremos que seja durante a época no Sporting. A procurar espaços, a aparecer entre-linhas, a vir buscar a bola fora da grande área. A única coisa que falta, na minha opinião, é termos extremos que saibam conciliar o jogo exterior com o jogo interior, para poderem aproveitar as movimentações do Montero, e aparecerem nas costas da defesa adversária. É mais por aqui que eu acho que o Capel não serve, porque ele em 90% das situações procura o espaço exterior, o corredor, a linha de fundo. Quando está um Slimani na área, pode resultar. Quando temos Montero, é francamente desnecessário. O Carrillo parece-me ser o que tem melhores condições para explorar esse espaço. Do pouco que vi do Shika, é um jogador que só tem na cabeça terrenos interiores, a partir da direita. O próprio Iuri, são jogadores que gostam de desequilibrar nesse espaço.
Espero que me tenha feito entender, mas com a parte do Adrien, totalmente de acordo. Ele é o equilíbrio que a equipa necessita. Agora, não vejo necessidade de o André jogar tão adiantado como costuma jogar, quase como 2º avançado. Para mim, era duplo-pivot com Adrien-William, e com o André a organizar à frente deles. Se o Gauld mostrar argumentos, acho que o escocês tem mais capacidade para jogar adiantado do que o André.
mas o bold é o que acho que faz grandes equipas… um bom meio-campo é fundamental, basta olhar para as melhores equipas do mundo…
acredito que o João Mário pode ser um jogador muito influente nesta filosofia de jogo… o que mais me agrada nele é que se “dá” ao jogo e com classe :drool: da sempre linha de passe e espera sempre pelos colegas, tenho a certeza que ele ganhará um lugar no onze mais cedo ou mais tarde
Citei-te a ti porque reparei no onze que fizeste. Com Tanaka já no onze, tática muito diferente da que usámos, não vi Adrien, nem A.Martins, apenas estranhei e questionei-te.
Mas claro, cada um tem direito à sua opinião. :great:
Nada de mais. Se não fosse para isto também não valia a pena vir a esta thread, era só pôr a táctica e os jogadores que o treinador escolhesse.
Era apenas a forma como gostava de ver a equipa jogar. Não acho que nem o Adrien nem o André se adequem à mesma até porque, neste caso, o jogador chave é o João Mário.