Futebol Total está de luto

Pasquim online:

Faleceu Rinus Michels, inventor do «futebol total»

Rinus Michels, antigo seleccionador da Holanda e que treinou algumas das mais famosas equipas europeias, casos do Barcelona, Ajax e Bayer Leverkusen, entre outras, faleceu esta manhã no hospital de Alost, na Bélgica, onde havia sido recentemente operado ao coração. Tinha 77 anos de idade.

Michels, o inventor do chamado «futebol total», jogou na posição de médio no Ajax na década de 50, vindo a dirigir aquela equipa holandesa em 1965, seguindo-se o Barcelona e a selecção holandesa, conquistando o título de campeão da Europa em 1988.

Rinus Michels foi o grande «maestro» de Johan Cruyff no Ajax de Amesterdão entre 1995 e 1971 e posteriormente na década de setenta no Barcelona.

Inventor do «futebol total» e mais conhecido como «o General», dirigiu a melhor geração do futebol holandês como Cruyff, Rensenbrink e Neeskens, elementos que faziam parte da «laranja mecânica» criada pelo falecido. Mais tarde, jogadores como Rijkaard, Van Basten e Gullit, passaram também pelas mãos do «mestre» que agora desaparece.


Os adeptos do bom futebol devem a este homem, juntamente com Kovacs e Cruyff, alguns dos melhores momentos da história do jogo.

Obrigado e paz à sua alma.

Eu devo-lhe.

Treinava a primeira equipa (Holanda 1988) que me fez pensar “eh pá! isto é futebol!”. ele e o Cruyff.

Obrigado.

A.A.

Idem aspas.

Antes de 88 eu achava futebol uma coisa chata e sobretudo desmoralizante, já que o meu avô só me levava a alvalade ver Sporting - Benfica dos quais vinha invariavelmente revoltado.

Foi em 88 e com a Holanda de Michels que fiquei realmente doente pela bola, mas verdade seja dita nunca mais vi a não ser muito esporadicamente futebol dessa qualidade…

É curioso como as pessoas da mesma faixa etária acabam por ter as mesmas referências.

Já gostava de futebol antes desse Euro 88, e recordo-me bem de alguns jogos, em particular de torneios de selecções e vitórias do Sporting, com o 7-1 acima de todas, mas a verdade é que só virei “doente” quando vi jogar essa equipa de Gullit, Van Basten, Koeman, Wouters, Vanenburg, Bosman, Rijkaard (jogou o torneio como jogador do Sporting :slight_smile: ) e Van Breukelen (o meu ídolo quando pensava ser guarda-redes :slight_smile: ), e treinada pelo agora falecido.

Apesar de nos ter dado essa grande equipa, o maior contributo de Michels para o avanço do jogo foi dado nos anos 70, quando treinava o Ajax e inventou o “futebol total”, que depois transplantou para a Laranja Mecânica de 74. A quem ainda não tenha tido oportunidade, recomendo que veja os jogos da Holanda nesse Mundial, em particular a meia-final com o Brasil (com o capitão Marinho Peres) e a final (perdida) com a RFA. Um verdadeiro espectáculo!

Já era nascido em 74, mas verdadeiramente só pude apreciar o trabalho desse grande homem em 1988. Uma perda para o futebol mundial, oxalá apareçam muitos da sua cepa. Paz à sua alma.

Como esquecer a lição de bola dada pela Holanda à Inglaterra no Euro 88 (três a zero com hat-trick de Marco Van Basten)? A meia final com a RFA e a final com a União Soviética foram outros jogos em que os holandeses provaram que jogavam mesmo muito à bola.

Acho que o facto da Holanda não se ter sagrado campeã do Mundo em 1974, constitui umas das maiores injustiças que já se registaram no mundo do futebol.

Que descanse em paz. [-o<

essa selecção holandesa de 88 - Um show de bola!!!

futebol atacante com grandes jogadas e grandes golos

até a camisola era um espectáculo

quem não se lembra daquelas bancadas pintadas de cor de laranja :roll:

Obrigado R. Michels. :slight_smile:

Não só em 74 Coração de Leão, tb em 1978. Apesar de não contar aí com Cruyff em 1978 dos dois finalistas presentes apenas a Holanda era digno da presença na final já que a Argentina beneficiou de um dos jogos mais escandalosos que há memória, uma vitória retumbante penso que por 6-0 não recordo contra quem, completamente “arranjada”, algo que que me foi confirmado por um adepto argentino desse tempo e que muito se envergonha desse período da história da argentina.

uma vitória retumbante penso que por 6-0 não recordo contra quem, completamente "arranjada"

Contra o Peru…

É curioso como as pessoas da mesma faixa etária acabam por ter as mesmas referências.

Apesar de nos ter dado essa grande equipa, o maior contributo de Michels para o avanço do jogo foi dado nos anos 70, quando treinava o Ajax e inventou o “futebol total”, que depois transplantou para a Laranja Mecânica de 74.

Tirando o Sporting, houve 3 equipas que me aumentaram exponencialmente o gosto pelo futebol: a laranja de 88), o milão com os 3 gomos da laranja (mais o Baresi, Maldini, Donadoni, Ancelloti, Massaro, etc.), e o Barcelona de Cruyff (e Romário, Laudrup, Stoichkov, Koeman, Guardiola, Bakero, etc.). Todas com um dedo holandês. Daí o facto de esta ser a minha segunda selecção nas competições internacionais.

A.A.

o milão com os 3 gomos da laranja (mais o Baresi, Maldini, Donadoni, Ancelloti, Massaro, etc.), e o Barcelona de Cruyff (e Romário, Laudrup, Stoichkov, Koeman, Guardiola, Bakero, etc.)
Eu dessas duas segui mais o Milan. Recordo-me muito bem da final da Taça dos Campeões em que arrumaram o Steaua com uma exibição de outro mundo, e melhor ainda da final de 91, em que festejei o golo do Rijkaard como se ele fosse do Sporting (com 14 anos já tinha adquirido sólidos princípios morais :lol: ). Tinham de facto uma grande equipa, principalmente quanto lá estava o Sacchi e jogavam à zona. Depois veio o Capello e perdeu-se o encanto, apesar de continuarem a ganhar tudo (até despacharam com 4 o Dream Team do Barça).

No caso, o meu gosto pelo futebol corporizou-se mais em jogadores do que em equipas, com um acima de todos: Roberto Baggio, o meu favorito de todos os tempos e para mim o último artista da história do futebol.

(Não gostava do Maradona por ele ser um palerma. Em 86 torci pela Alemanha. Devido a esta loucura de juventude, “Maradona” é uma das buscas mais frequentes do meu eMule… :oops: )

[quote=“FLL”]No caso, o meu gosto pelo futebol corporizou-se mais em jogadores do que em equipas, com um acima de todos: Roberto Baggio, o meu favorito de todos os tempos e para mim o último artista da história do futebol.quote]

Apesar de ainda não acompanhar o futebol nesse tempo, naturalmente :wink:, conheço a história e é sempre triste e/ou nostálgico ver partir alguém que tão grande contributo deu ao futebol, nomeadamente ao holandês.

Engraçado falares com tanta admiração do Roberto Baggio, não conheço muita gente que fale dele com tal entusiamo! Infelizmente só acompanhei a parte final da sua carreira nos clubes de Milão, no Bologna e, por fim, no Brescia. No entanto, sempre gostei imenso dele, da sua qualidade e também da sua atitude, pois com 37 anos ainda demonstrava prazer em jogar futebol e dava ainda muito prazer e entusiamo também a quem o via, realizando vários golos e exibições de grande nível. Corressem todos o que ele corria ainda com essa idade!! Já se sabe que tudo tem um fim, mais ainda assim foi com muita pena que o vi terminar a carreira no verão passado. :frowning: Deixa saudades… :frowning:

Apesar de nos ter dado essa grande equipa, o maior contributo de Michels para o avanço do jogo foi dado nos anos 70, quando treinava o Ajax e inventou o "futebol total", que depois transplantou para a Laranja Mecânica de 74. A quem ainda não tenha tido oportunidade, recomendo que veja os jogos da Holanda nesse Mundial, [b]em particular a meia-final com o Brasil [/b](com o capitão Marinho Peres) e a final (perdida) com a RFA. Um verdadeiro espectáculo!

Recordo-me perfeitamente desse jogo.
O Brasil foi literalmente trucidado. Deve ter sido a 1.ª vez em que defrontaram uma equipa que sabia explorar o “fora de jogo” do adversário. Esse pormenor, aliás, e se a memória não me falha, deixou o defesa central do Brasil (Luíz Pereira) tão irritado, mas tão irritado, que o mesmo acabou por ser expulso.

(...) e melhor ainda da final de 91, em que festejei o golo do Rijkaard como se ele fosse do Sporting (com 14 anos já tinha adquirido sólidos princípios morais :lol: )

FLL, só uma pequena correcção. Essa final a que aludes foi em 1990. A de 91 foi entre o Estrela Vermelha e o Marselha.

Esse jogo que o FLL refere, da Holanda contra o Brasil é referido por alguns como o melhor jogo de sempre em termos de beleza que o futebol pode oferecer, e já o vi à venda em VHS por essa internet :).

É engraçado ler o que dizem e confirmar o que disseram, a partilha de referências… tb eu papava esse Milan dos holandeses como uma segunda equipa, era como se fosse casado com o Sporting e tivesse uma amante chamada AC Milan, que seguia religiosamente, recordo que na ausência de Sport TV esperava ansiosamente pelo domingo desportivo para ver os resumos de italia (sempre no fim, a altas horas) e até comprava a gazetta dello sport para acompanhar as notícias do trio holandês.

Essa final do Steua… ainda me lembro do cabelinho do lacatus, o Milan equipou de branco… Grande Gullit talvez o meu preferido dos três embora o Van Basten fosse o maior, objectivamente.

Quanto ao Baggio nunca fui muito seguidor pq sempre jogou nos adversários, talvez por isso, na Juventus (o benfica de itália, mais títulos, estádio vazio e como se vê agora um passado vergonhoso :)) e o Inter de Milão.

No caso, o meu gosto pelo futebol corporizou-se mais em jogadores do que em equipas, com um acima de todos: Roberto Baggio, o meu favorito de todos os tempos e para mim o último artista da história do futebol.

(Não gostava do Maradona por ele ser um palerma. Em 86 torci pela Alemanha. Devido a esta loucura de juventude, “Maradona” é uma das buscas mais frequentes do meu eMule… :oops: )

Desgraçado. Tinhas de borrar a pintura. Como é que se idolatra um jogador italiano?

Van Basten foi o meu maior ídolo não sportinguista. O primeiro a fazer um poker na Liga dos campeões, autor do segundo melhor golo da história do futebol (o primeiro é do lateral direito do Brasil em 1970), um senhor, um anti-vedeta.

Em 86 torcia também contra a Argentina, e Rummenige era o nome da esperança. Dinamarca era a minha preferida. Em 90, esperei que o trio alemão do Inter acabasse com os argentinos, mas apenas depois de terem eliminado os holandeses.

Em 92, apesar da simpatia pela dinamarca, voltei a torcer ferozmente pela Holanda já com o jovem bergkamp.

Da Argentina só comecei a gostar depois de Maradona ter saído da linha :wink: .

A.A.

Eu não gostava do Maradona, até que há um ano vi um filme em divx, que entretanto tive que descobrir em DVD, que mostra coisas nunca vistas e um nível de futebol acima dos mortais, muita coisa que nunca vimos, dos tempos em que do campeonato italiano só viamos resumos de golos…

…e aí percebi que o Maradona não era deste mundo e que de facto foi feito ou por Deus ou pelo demónio… ainda não consegui perceber bem.

nasci em 65. vi a final do mundial de 74,Alemanha-Holanda, puto e a torcer pelos holandeses. depois, em 78, chorei quando a maravilhosa Holanda foi vencida pelo regime fascista argentino. mas, meus caros, mantenho: a melhor equipa que vi foi a do Brasil-82: arte, arte pura…

Meus caros, tive o privilégio de ver o pelé jogar ao vivo.
Notava-se a diferença em relação aos restantes quando ele estava com a bola nos pés… dois corpos sólidos que pareciam só um.

Pelé, quando cabeceava, era com a cabeça mesmo (e não com a mão de Deus) 8).

Maradona nunca chegou aos pés do Pelé, ainda teria de comer muita batata para lá chegar, mas… a coca não deixou…

Maradona foi um génio caro Arqux, Pelé era fantástico, mas faltava-lhe aquele toque de imprevisibilidade que Maradona tinha, como por exemplo usar a bandeirola de canto para fazer uma tabela e fintar um adversário, é a velha discussão e são gostos, mas Maradona foi em minha opinião muito superior…