Futebol Feminino --nova treinadora Susana Cova

Esse Filipe Vedor era secretário técnico nos sub 14 ou sub 15 que competências tem para ser Director do Futebol Feminino, espero que isso seja uma brincadeira.

o futebol não é para meninas!*: «Um projecto à Sporting»

Na passada semana, coloquei a debate entre os tasqueiros a interrogação sobre o grau e modo de preparação do projecto do Sporting para manter a sua hegemonia no panorama do Futebol Feminino (e para ir consolidando alguma afirmação no panorama internacional). O debate, apesar de ainda limitado a poucos intervenientes, contou com alguns contributos e opiniões interessantes.

E, mantendo a boa tradição da Tasca, esses contributos e opiniões suscitaram alguma sadia polémica. Como também é tradição a Tasca voltou, então, a servir um bom petisco: “Salada de Lagosta Fingida”, em que as respostas à questão colocada, suscitaram novas questões então abordadas muito fugazmente, até porque, rapidamente, o interesse nas nossas meninas foi desviado (vá-se lá saber porquê) para as incidências do jogo de andebol que se disputava no Dragão Caixa. Mas acabei por perceber que, na origem do tal porquê de tão “desviante” desvio (passe o “pleonasmo”), não estava qualquer problema da qualidade técnica ou estética das meninas, nem qualquer afectação do gosto dos nossos tasqueiros: a “culpa” foi exclusivamente minha que “atrasei” o meu post da prevista 2ª Fª para uma 4ª Fª com noite de clássico (a meu favor, para além dos motivos do atraso, joga o facto de na dita 2ª Fª ter havido um SCBraga vs SportingCP na Pedreira).

De qualquer modo, e voltando às meninas (salvo seja), a principal polémica presente no debate então suscitado prendeu-se com a natureza “pouco física” da constituição do nosso plantel, a qual iria sendo relativamente suficiente para “consumo interno” (e cada vez menos, pois Braga e Benfica estariam a constituir planteis mais físicos que o nosso) mas que seria manifestamente insuficiente para competir externamente.

Na altura aduzi alguns contrapontos a esta teoria. Desde logo, o facto de termos dominado internamente os dois primeiros anos do nosso projecto, de tal forma clara que conquistámos os 5 troféus em disputa (nas séniores), sem uma única derrota! Isto apesar de o Braga ter investido muito mais que nós na constituição do seu plantel, com 7 estrangeiras (contra nenhuma no Sporting) e com uma média de alturas cerca de 8 cm mais alta que a da nossa equipa (e, no primeiro ano, até “perdemos” a capitã Patrícia Gouveia, uma das mais altas do plantel; na realidade, ganhámos uma leoazinha, pois a Patícia apenas “suspendeu” a sua contribuição futebolística, para levar a bom termo o seu PROJECTO MUITO MAIOR de ser Mãe)!

Depois o facto de, mesmo as 2 derrotas em 6 jogos que disputámos para a Champions (os outros 4 foram vitórias) apenas terem ocorrido nos últimos 5 minutos dos respectivos encontros, que dominámos claramente, na técnica e na velocidade.

Ou seja, a “limitação” física só o é (limitação), se não for compensada com outros argumentos e recursos, como a técnica, a velocidade, a raça, o espírito colectivo e o rigor táctico. Destes 5 recursos só tivémos desvantagem internacional no último, porque esse, a um nível de Champions, requer mais tarimba e experiência competitiva, a qual só se adquire com mais jogos internacionais.

Mas, tal como sucede com outro petisco da Tasca (“Pescadinha de Rabo na Boca”), é quase impossível nesta polémica atribuir razão a uns ou a outros argumentos. Por isso, a questão que agora coloco é: devemos abandonar, ou mesmo “apenas” “desvirtuar” o projecto do Sporting Clube de Portugal para o Futebol Feminino que assenta na Formação da Jogadora Portuguesa?

É que, ao contrário de Braga e Benfica, nós não investimos apenas na constituição de um Plantel Sénior altamente competitivo. O Sporting, logo no seu 1º ano de Futebol das Senhoras e das Meninas participou e ganhou todas as competições em todos os escalões oficiais da Modalidade em Portugal (Sub17 com um plantel com média de idades de 15 anos e em que o golo da garantia do título foi obtido por uma menina então com 13 anos; sub19 com um plantel com média de idades de 17 anos; séniores com um plantel onde havia titulares como a Joana Marchão, armas secretas como a Ana Capeta ou suplentes de luxo como a guarda redes Inês Pereira todas com idade de sub 19). No 2º ano acrescentou a esses plantéis um plantel de sub 14 que competiu no Distrital Masculino do escalão; não apenas foi a única equipa totalmente composta por meninas, como todas as outras apenas incluíram rapazes; e terminámos a meio da tabela, com resultados tão “surpreendentes” como a vitória por 8-1 ao Olivais e Moscavide; resta acrescentar que nesse nosso plantel havia meninas que iniciaram a competição ainda com 11 e 12 anos! Neste 3º ano, mantivemos todos os anteriores escalões e acrescentámos o de sub 23, a competir na 2ª divisão nacional, exactamente para dar continuidade à formação das sub17 e sub 19, que ainda não consigam entrar regularmente nas contas do plantel principal.

p.s. (continua significar post scriptum , não tendo, por isso qualquer conotação partidária): esta semana julgo não haver “argumentos” para desviar o debate para outros tópicos. A solicitação e o desafio que coloco aos tasqueiro é que acendam o rastilho da “polémica”, mas, SOBRETUDO, que participem mais no debate sobre algo que – acredito sinceramente – reflecte e valoriza na perfeição o ADN do nosso Clube: o “Futebol das Nossas Senhoras e Meninas”.

Saudações leoninas deste Tasqueiro e um abraço do Núcleo SCP da Ilha de Santa Maria.

* às segundas, o Álvaro Antunes faz-se ao Atlântico e prepara-nos um petisco temperado ao ritmo do nosso futebol feminino

A Tasca do Cherba

Desculpa estar agora a pegar neste teu comentário. Mas caramba está aqui tudo. Até na questão dos reforços que não vieram porque tínhamos Y (aka Fidalgo) que foi para o Braga e assim sucessivamente.
Ficamos com um treinador a prazo, completamente ultrapassado para mandar embora uma pessoa com ambição dentro da secção.
Espero que enquanto não seja comunicado (se é que vai ser) possam voltar atrás na decisão e reverter a situação.

A escumalha desse blogue só tem o que merece. A grande maioria votou na destituição porque estavam com o cu aos saltos para saltar no ■■■■■■■ do Benedito, agora olha… de joelhos para o tipo da fivela. Gosto de ver, admito.

Ou seja, confirma-se o que parecia inacreditável: mandaram embora a Raquel para ficar lá com o treinador. Daqui a uns tempos ele sai, só que entretanto já se mandou embora o cérebro de toda a estrutura. E pelos vistos para meter lá um Zé qualquer que estava a trabalhar com os putos.

Fantástico. Exemplo perfeito de como não gerir uma organização :clap:

Pois, se calhar dava mais nas vistas a saída do treinador, para além de ser uma decisão potencialmente mais impopular. Assim a corda partiu por quem trabalhava (e bem) na sombra e não se levantam grandes ondas. Mas isso a ser assim significa que se protegeram a eles em vez de proteger os interesses do clube.

O futebol é fácil fácil não é doutor?

Não acredito que seja uma questão meramente Nuno-Raquel.

Se a relação deles não é propriamente boa isso nunca impediu de pelo menos profissionalmente as coisas seguirem o seu rumo.

Deve haver mais coisas por trás da decisão. A Raquel é Sportinguista, lutou muito para fazer do clube a referência nacional, formou toda uma estrutura(tanto na formação como na equipa principal) impecável, ganhou tudo o que havia para ganhar em termos nacionais exceptuando a supertaça deste ano, bateu records de assistências, trouxe as Leoas para Alvalade…

Por muito que a relação dela com o Nuno possa não ser a melhor, acredito que houve muito mais. Esta época não está isenta de “casos”. Perdemos a Matilde Fidalgo e não contratamos ninguém para a posição, Estamos há vários meses sem uma extremo esquerdo que tanto necessitamos, fomos para a Champions praticamente sem pré época…
E obviamente acho que não passa pela cabeça de ninguém que foi a Raquel, que sempre foi ultra competente, que tenha um dia acordado e achado que não eram precisos reforços, não eram precisos jogos de pré época, etc.
Provavelmente as exigências e vontades que tinha não foram autorizadas, é preciso também lembrar que apanhou a comissão de gestão e um clube num turbilhão numa fase decisiva da época e o futebol feminino está na SAD, deve ter ouvido muitos “nãos”, deve ter sofrido muitas desilusões, até que rebentou.

Sinceramente já estava na altura de haver aqui um esclarecimento do clube. E espero que ainda se vá a tempo de emendar. É preciso contextualizar, é preciso entender todos os lados, é preciso entender o momento que o clube atravessa. Se foram cometidos erros e excessos, que sejam resolvidos através do diálogo e a Raquel seja reintegrada. E que a época siga no seu rumo, se possível, com mais um ou dois reforços.

Tudo aquilo que não precisamos é de mandar borda fora uma pessoa competente, Sportinguista, com conhecimento e provas dadas para colocar no seu lugar alguém inexperiente e sem conhecimento.

Nem mais.

As partes que se voltem a sentar e chegam a um entendimento, é benéfico para a Raquel, benéfico para a direção e sobretudo benéfico para o Sporting.

Muito dificilmente encontrámos alguém com a competência e a ambição da Raquel.

Eu não gosto, Adoro :smiley:

Ver as cambalhotas que eles dão é delicioso.

Descansa que não é brincadeira.

Se conseguirá dar conta do recado, só o tempo o dirá.

Eu tambem deixei de comentar naquele antro, é de louvar os que continuam a darem-se ao trabalho de comentar e nao mandar certos elementos (dono do blogue incluido) para a real pqp

Então a ultima cambalhota respeitante à Raquel Sampaio é de louvar, deram a indicação que quem a virá substituir é superior, é com cada coluna a estalar que não sei como é que conseguem andar.

Como nunca mais lá fui não sei isso da Raquel.

Eles apoiam quem dá mais jeito na altura, pode ser que caia alguma migalha.

São parasitas da sociedade, neste caso do Sporting.

https://twitter.com/KukaGR/status/1047780936308457473

E o Vedor percebe alguma coisa de futebol feminino?

Pergunta sincera, porque estou manifestamente preocupado. A Raquel era uma expert no que fazia.

A verdade é que o Inácio no masculino e a Raquel no feminino já foram. Pergunto-me se o Gilberto Borges por exemplo permanecerá muito mais tempo no cargo. Espero que pelo menos na área das modalidades o Albuquerque consiga manter tudo o que está bem. Dá-me alguma tranquilidade saber que é ele que manda por lá.

Resta apoiar.
Não me lembro de uma direcção que tenha feito tantos saneamentos politicos como esta.
Com a agravante de muitas das pessoas saneadas serem técnicos com provas dadas e títulos ganhos.

Next in line?
Gilberto foi à apresentação da candidatura de BdC no hotel VIP Lisboa.

Não tem qualquer experiência no futebol feminino.

E motivos para a saída? Serão explicados ou vamos manter tudo na névoa?

O Gilberto e o Galambas…

É bom que se perceba que entre juvenis, juniores e seniores a secção de futebol feminino foi nos últimos dois anos a secção com maior sucesso do clube, nem o futsal venceu tanto. Foi a direcção da secção mais vitoriosa do clube que no seu primeiro mês de mandato Frederico Varandas resolveu substituir sem que haja qualquer explicação pública para a saída de uma directora de competência comprovada.

O Gilberto Borges estava ontem no andebol. Mas também me cheira que será um dos que tem os dias contados. Veremos.

Uma coisa é certa o Varandas vai correndo com quem tinha proximidade com o anterior presidente. No fundo, apenas está a usar o espelho como inspiração. Refletimos nos outros aquilo que somos e, se ele foi capaz, é normal que pense que outros lhe farão o mesmo.