Formação ou Compra de jogadores, que rumo tomar?

Um misto . O futebol na sua macro-estrutura , é uma actividade relativamente inelástica . Um clube que se situa numa zona periférica , com um potencial de receitas baixo , e que pretende ser competitivo a nivel nacional e internacional (até certo ponto) , não tem propriamente um manancial de estratégias. O que difere do Sporting para os outros clubes , são os recursos vindos da nossa formação que podem facilitar e muito o processo de colocar o clube na senda de vitória , com um rácio de despesas e custos mais baixo que o dos rivais.

Quem defende uma aposta total na formação nesta altura (leia-se 10 , 11 jogadores no onze inicial , sem nenhum suporte) promove meramente o continuar da agonia , a desvalorização da marca , os problemas do passivo e acima de tudo arrisca-se pelo meio a dar cabo desses mesmos recursos.

A aposta terá de ser na linha do que outros clubes de sucesso fazem em Portugal , com a condição que em vez de se procurar soluções constantemente no mercado , olhar-se para dentro e perceber o que temos , como podemos rentabiliza-los e exponenciar o seu rendimento. Isto é , colocar sempre a mesma questão quando se compra um jogador…o que vale , quanto custa , o que pode trazer para o clube e comparando o resultado com as soluções internas. A ideia base será a mais óbvia , trazer poucos jogadores de real valia para aumentar a competitividade da equipa , para ajudar a valorizar e a crescer os que cá estão , e tapar falta de soluções em posições especificas. Os jogadores mais jovens precisam de crescer em ambientes competitivos e onde sejam obrigados a lutar por um lugar , e por objectivos específicos.

Com o tempo , poderemos ter uma equipa mesmo totalmente rotinada vinda de dentro (sempre reforçando que o que não existe cá dentro , será sempre necessário repescar lá fora) , onde os jogadores mais consolidados já são os que cresceram pela formação , que são competitivos , que ajudam os mais novos a crescer e que saem para gerar as mais valias financeiras necessárias. Este aspecto é o mais primordial. Os sócios podem não gostar (houve uma altura que se viveu uma autentica paranóia , que escavou o nosso buraco) , mas nós temos de formar para vender. É esta a posição de Portugal no mercado. Só que se o porto é obrigado constantemente a procurar soluções no mercado para valorizar , e o benfica numa estratégia semelhante , o Sporting não precisa de atingir uma quota tão elevada de contratações. Rojos , Joazinhos , Migueis Lopes , Oguchi’s , Bola , Schaars , Jefren , Capeis e caruncho do género…tudo inutil. Tudo errado. Alguns porque são péssimos , e para péssimo punha-se lá um puto , e outros porque são o pior que se pode ter no plantel. Jogador mediano e caro. Repescar demasiado na Europa gera isto. Mercado caro e só aspira a vir para Portugal quem não tem qualidade para se impor em melhores campeonatos. Só isto devia logo fazer acender as sirenes…mas a incompetência no nosso clube é gritante.

Devemos iniciar um ciclo onde o insucesso pontual é meramente a ponte para um periodo de ajustamento do plantel vs os recursos que actualmente saem da formação , para se voltar a encontrar o sucesso.

O desafio óbvio que se põe é , mas como compramos (pouco) se estamos falidos . Ora há dois níveis de problemas financeiros. A falta de liquidez (o mais grave por ser de curto prazo , e que além do problema de salários impossibilita avançar com verbas para iniciar negócios , esta 2a foi a real utilização dos fundos) e o problema do passivo. Ora aí a solução é mesmo simples. O clube precisa de uma injecção de capital , de um parceiro para os negócios , simples. Não é uma boa medida se for feita ás 3 pancadas e á bruta , como se viu no passado com o Godinho , que criou um grave problema. Como se falhou as contratações , criou-se 2 problemas. O aumento de custos , e a necessidade de pagar a rendibilidade associada a estes negócios (que ninguém conhece). Como não se ganhou e os jogadores não se valorizaram , o clube ficou com 2 batatas quentes. Desalavancar dinherio para estas duas situações , que gerou este buraco na tesouraria. Mas fez-se isto a um nivel absurdo , e portanto ou temos um parceiro para nos ajudar no imediato e absover o risco das parcelas de aquisições (a qual poderá obviamente retirar os dividendos) , ou podemos ter uma passagem pelo deserto que também pode trazer consequências brutais. Acho que existe aqui um meio ponto , até porque sempre defendi que uma boa equipa não tem necessariamente de ser toda ela homogénea. É possivel competitividade , especialmente na realidade portuguesa , acertando em 3-4 jogadores. Nunca 30 em 2 anos !!!

O segundo problema , e que pode ser mais problemático a longo prazo , é bem mais fácil de resolver. Primeiro porque se atingiu um limite para o clube contrair divida (mais pela situação dos bancos , que a nossa , apesar de se ler o contrário) , segundo porque o nosso plano de amortizações , a não ser que venha aí uma coisa que os r/c’s têm escondido , está relativamente controlado e contabilisticamente é muito fácil as novas aquisições terem planos com alguma duração , que permitem ao clube respirar a curto prazo (o nosso problema) , porque a médio vamos recuperar algumas das receitas que desapareceram por mão do jeb e que colocaram o Sporting nesta situação delicada. Dai eu achar que o Godinho não é o unico culpado , longe disso , herdou uma situação dificl e pior consegui ir contra até as suas boas ideias (usar fundos apenas após uma valorização inicial do clube) e fez na minha óptica o seu maior erro…entregar as chaves de 5-6 anos (e não 2 , porque isto vai-nos perseguir) do nosso futebol ao MAIOR INCOMPETENTE da história do Sporting , que literalmente trouxe um camião de entulho. Puro e duro. Pior ainda , alguns adeptos ainda comeram esse entulho.

Tudo passa por uma boa gestão do futebol profissional.

© Ash 28.03.2013

Concordo em absoluto com o que o Ash escreveu.

E digo isso porque o que vinha aqui escrever acaba por estar relacionado com o que o Ash escreveu.

Nos últimos dias tem-se falado de alguns jogadores que podem vir a ingressar no clube e por isso é importante debater se esses nomes se enquadram no pretendido.

Josué - É um jogador que explodiu esta época, na equipa de sub 21 de Portugal nunca demonstrou nada de especial. Na minha modesta opinião não precisamos de reforçar o meio-campo com jogadores jovens de outros clubes porque já temos jogadores com potencial semelhante. Reprovo esta possível contratação.

Vítor - O objectivo de contratar jogadores mais experientes é dotar a equipa de jogadores que façam a diferença e que tragam um pouco de experiência à equipa e que permitam que os jovens jogadores evoluam num contexto mais favorável. Vítor vai acrescentar qualidade substancial ao plantel numa posição que não é das mais deficitárias? É bom jogador mas não me parece. Reprovo esta possível contratação.

Ghilas - A posição de ponta lança é neste momento a posição mais deficitária do plantel. É necessário pelo menos 2 contratações para se juntar aos 3 jovens que compõem a equipa B. Entendo que uma das contratações possa ser um jogador jovem na casa dos 22-23 anos, desde que a outra contratação seja um jogador experiente e de qualidade acima da média. Agrada-me a possível contratação.

Juan Olivera - 32 anos e nunca jogou na Europa! No meu entender seria um autêntico tiro no escuro. Não acredito que o jogador tenha sequer sido equacionado.

Concluindo, os nomes que foram falados não me convencem minimamente, já que mesmo o Ghilas no meu entender seria apenas uma adição ao plantel e não o ponta-lança experiente e de qualidade insuspeita que a equipa precisa.

Na minha opinião se for para contratar por contratar não vale a pena, eu que critiquei muito as contratações de Couceiro obviamente que agora não vou ficar contente com josués e vítores!

Gostei de ler @Ash :great:

E já agora, concordo com tudo o que disseste, tenho a mesma visão da coisa.

@Leão de Eiras, o Josué e o Vitor, são jogadores para jogar na posição 10, e a verdade é que não tens praticamente jogadores para aquela posição.

Tens 1, que é o Labyad e tens outros nos B’s/juniores que é o Chaby.

Depois tens o A. Martins que lá pode jogar, mas a sua posição é 8.

Gosto de ambos, tanto do Vitor como do Josué, mas gosto mais do Josué e acho que a melhor contratação seria o Josué. Até porque o acho um 10 mais puro que o Vitor.

Sobre o Ghilas, também acho que pode ser uma solução para equipa. Não digo como o ponta de lança titular indiscutível, acho que aí precisamos de outro ponta de lança, isto porque, o Ricky saiu. Mas como uma 2º opção, parece-me bem.

O Juan Olivera, vi as estatísticas e videos, acho que tem qualidade e pode ser um jogador útil. Mas acho que temos de ver outra opções, nomeadamente no mercado europeu e mais novos.

Concluo com isto, para mim, o Ghilas e o Josué, se o preço for aceitável e com um ordenado aceitável (o que acredito que sim), que venham para equipa na próxima época!

As linhas gerais do projecto para o futebol delineado pelo nosso Presidente, na teoria é o que melhor responde ao momento de crise actual tanto dentro do clube como fora dele, mas é também a melhor forma de respeitar o nosso ADN e de sermos competitivos com os nossos rivais.

Os 3/4/5 jogadores a contratar vão depender muito da entrada de investidores e em que moldes. Na minha opinião parte desses jogadores poderão ser os grandes destaques da Primeira Liga de pequenos clubes e a outra parte jogadores de grande qualidade e experiência internacionais. Os jogadores da academia deverão estar acompanhados de outros de grande craveira para se poderem afirmar e assim retirar a pressão que recai sobre eles.

Numa primeira fase, isto é, nos primeiros anos deste projecto ainda se vão cometer alguns erros pois a estrutura não está afinada e os recursos não são os ideais para trazer grandes estrelas para o clube, daí que nós enquanto adeptos vamos precisar de ter paciência…para a próxima época o que se espera é que haja rigor, coerência e que já tenhamos um esboço interessante daquilo que foi planeado.

Reforço que este é o único caminho sustentável no médio/longo prazo e que nos poderá frustrar um pouco no curto, mas tenho a certeza que dentro de 2/3 anos e por aí adiante nos podemos afirmar como um crónico candidato ao titulo acreditando mesmo que podemos tirar a hegemonia do porto. O facto dos nossos rivais não terem uma formação de excelência e aproveitadora dos poucos recursos de qualidade que gera, aliado a questões económico-financeiras e de aperto cada vez maior poderá torná-los secundários em relação ao Sporting. Com o “simples” pormenor de que uma equipa assente na sua formação trará um bónus de mística e amor à camisola que em alturas determinantes de um jogo ou de uma época poderão pender a balança a nosso favor.

Nós realmente com as pessoas certas no clube, temos uma verdadeira mina de ouro e a oportunidade de criar um novo ciclo que há décadas andamos a precisar, acho que não estou a ser megalómano ao dizer que com as coisas bem feitas poderemos ganhar no futuro vários campeonatos seguidos.

C’um caneco , um gajo tenta sair de colaborador e este grupo de Situacionista(s) atira-me para a redacção :twisted: :lol:

Sir_dinhas , não sei bem ainda o projecto do Bruno de Carvalho , nomeadamente o financiamento. De resto foi um tema estranhamente obtuso ao longo de toda a campanha , e por incrível que pareça até foi o Severino que melhor expos a sua ideia a esse nivel (boa ou má). Se o Godinho foi , e bem , criticado por criar “parcerias” fora de um espaço de escrutínio por parte dos associados , espero que não se vá pelo mesmo caminho. E nesse aspecto não sei a visão do Presidente. Várias vezes falou em investidas minoritárias no capital social (uma injecção de dinheiro do clube não tem de entrar por ai) , o que me parece algo bizarro. Continua a existir a estranha ideia mirífica que o défice estrutural do nosso clube de repente desaparece com a entrada de capital…quando o que aconteceria era que os buracos seriam tapados por esse capital. E como ninguém está disposto a investir num clube para pagar dividas presentes (muito menos passadas) , num clube com um nivel de receitas relativamente estável…não estou bem a ver que tipo de parcerias possam vir por aí. Se toda a gente reconhece que é na valorização de jogadores , em especial na Academia , que se pode rentabilizar dinheiro…ainda menos um parceiro precisa de entrar numa estrutura para acarretar custos , quando pode perfeitamente dirigir-se á fonte…os passes dos jogadores.

Sem perceber isso , é difícil teorizar sobre qual será a forma de actuar no nosso futebol profissional.

(que se passa com o corrector do fórum que me altera palavras :D?)

Talvez o(s) dito(s) parceiro(s) entre(m) com capital no presente para poderem chegar à dita “fonte” (que são os passes dos jogadores) de forma privilegiada no futuro.

Toda a situação dos fundos de jogadores “mexe” demasiado com o futebol e a UEFA pode actuar nesse sentido para inverter a tendência vigente. As ditas “parcerias” poderão ser a maneira encontrada para contornar eventuais problemas. Não sei se o PSG não funcionará já em moldes do género.

Talvez a solução passe por uma mudança de paradigma no funcionamento da Academia, salvaguardando interesses do Sporting de forma mais eficaz no que toca à gestão de talento. Conjuntos de medidas para evitar jogadores a saírem demasiado cedo, demasiado baratos, da Academia?

É de facto importante sabermos como serão feitas as contratações, muito se tem falado da existência ou não de fundos não só nos jogadores do Sporting mas mesmo no futuro do negócio do futebol.

O que é certo é que estes não poderão terminar de um momento para o outro, pois são a base da maior parte das grandes equipas europeias. A extinguir-se haverão com certeza outras formas de contornar a questão, para já creio que poderá ser o futuro imediato dos jogadores que se contratar, pois não temos capacidade financeira para deter 100% dos passes de jogadores de qualidade internacional.

Assim, onde podemos obter reais mais valias será em jovens da academia garantindo e aqui sim a totalidade dos passes do mesmo. É necessário ter em conta que não somos o Barcelona, não podemos segurar os melhores muito tempo, o que temos a obrigação de fazer é e em qualquer dos casos, uma correcta gestão desportiva, não vender abaixo do valor de mercado mas sobretudo não vender abaixo do valor pelo qual se comprou (caso não seja da cantera).

Uma equipa baseada na formação tem de estar preparada para perder 1 a 2 jogadores por ano por valores que tornem o clube sustentável e ao mesmo tempo manter alguns de real valor, até chegarmos a este ponto poderá levar alguns anos e penso que os adeptos têm de estar prontos para esperar, desde que claro a estratégia tenha algum sentido e a gestão de recursos esteja de acordo com as necessidades do modelo imposto e sobretudo do clube. Confesso que estou entusiasmado para ver o que vai acontecer nas próximas épocas.

Sem perder muito tempo e escrevendo no telemóvel, a bota não vai ser fácil de descalçar…
A melhor e mais rápida maneira de encaixar dinheiro é ganhando campeonatos e presenças na champions.
A curto prazo parece me um cenário irrealista.
Mas o Sporting tem uma preciosa ajuda que é o 3o lugar dar acesso à champions.

No que toca ao plantel e acontece em todo o lado, é impossível as fornadas de juniores e bs serem todas boas.
Obviamente que é preciso colmatar isso sendo que há 2 formas:
Ou mercado interno ou externo.
O mercado interno pode ter menos qualidade para clubes que se querem de 1a linha mas os jogadores estão mais identificados com o campeonato e com o que pode significar representar o Sporting.

O mercado externo tem uns problemas acrescidos visto que ou os clubes vendem caro is jogadores ganham mini fortunas.

Mas tudo passa por uma rede de scouting no que toca a equipa A.
Se esta já existe na formação, nos graúdos ou é inexistente, ou de fraca qualidade ou sub aproveitada…

nomes que me vêm à cabeça rapidamente e que por exemplo nos ultimos anos foram pescados pelos outros 2 grandes:
Quim
Artur
Helton
Maicon
Rolando
Lima
Kleber
Ruben Amorim
Ruben Michael
Fabio Coentrao
Bruno Alves
Bosingwa
Meireles

Actualmente qualquer um tinha lugar no plantel do Sporting. os GR ficam como uma mera nota pois acho que mesmo que Rui Patricio saía, ficamos muito bem servidos com Boeck.

Primeiro que tudo, saúdo o regresso dos comentários de excelente qualidade do @Ash.

Neste em específico, totalmente de acordo.

Há quase dois anos, muito se discutiu do perigo de ter Freitas como homem do mercado na estrutura de futebol do Sporting. Tendo mais meios, a probabilidade de acertar na política de contratações seria maior, mas também maior seria o risco de destruição do património do clube. Deu-se rédea solta, por falta de liderança e competência por parte do responsável máximo, ao menino, havia a ideia que uma vassourada, limpando tudo e de uma vez, era essencial, de forma a apaziguar as frustrações dos adeptos e entrou-se na febre das contratações por atacado e na euforia dos jogadores apresentados sem conhecimento prévio da CS, cada uma delas tratada como se um campeonato tivesse sido ganho.

Espero que haja uma avaliação capaz do talento e condições para singrar de cada um dos jogadores do actual quadro de profissionais.

Espero que não se caia no erro de contratar apenas por uma qualquer fase razoável de um jogador mediano de um clube mediano. Por mais que uma vez, se caiu na tentação de ir buscar um qualquer jogador que deslumbrou num qualquer jogo contra o Sporting ou que teve um momento de carreira atípico pela positiva numa carreira quase sempre obscura.

Espero que se contrate para posições onde haja carência de qualidade e jogadores com características que acrescentem valor e que colmatem as lacunas existentes.

Ao Sporting faltam jogadores capazes na tomada de decisão, principalmente no meio campo ofensivo e no ataque.
Faltam jogadores capazes nas bolas paradas.
Faltam jogadores que não tremam quando as responsabilidades apertem.
Para contratar atletas que não resultem em evidentes mais valias, que se esteja quieto.
Para rechear o banco de suplentes, não vale a pena.

Falta talento e maturidade a esta equipa, faltam jogadores que possam funcionar como referências. Conseguir a sua contratação, num cenário de desastre económico e financeiro, é um desafio tremendo, mas essencial. Penso que será possível, mesmo tendo em conta a conjuntura. Para isto é essencial o alívio de pesos mortos como são vários dos jogadores emprestados que ganham milhões e têm contratos de longa duração e esgotam e ultrapassam o orçamento definido para os próximos anos, mas não só os emprestados. Temos vários jogadores no plantel actual que acrescentam nada e são pagos como o Liedson dos bons tempos, jogador capaz de fazer a diferença. E foi isto que GL e o seu menino Freitas fizeram. Encheram o clube de gente paga a peso de ouro e que vale lata.

Espero que conforme prometido, a reestruturação financeira resulte em meios para fazer face às necessidades de tesouraria, que alive o serviço de divida de forma substancial, que se consigam colocar os excedentários e que haja parcerias na contratações de jogadores, poucos não mais que 4 ou 5, que finalmente consigam concretizar um upgrade de qualidade a este plantel.

Chega de tipos no banco ou na bancada a ganhar milhões. E temos muitos. É o que temos mais, aliás. Custos salariais acima dos 40M em jogadores cujo ordenado é infinitamente superior ao que o seu rendimento merece.

bom tópico.

acho que a política desportiva no futebol sénior não pode ser formação vs adquisições. aliás, essa bipolaridade tem agudizado a crise do SCP. lembro que, durante a era Paulo Bento, e logo após a construção da academia de Alcochete, houve uma obsessão por jogadores formados no clube, aceitando mesmo aqueles sem ponta de qualidade para vestirem a nossa camisola. passado uns tempos, e fartos de Djalós e André Marques, entrámos na Febre Freitas/Duque. agora, como que reacção reflexiva e devido às exibições mais ou menos conseguidas de alguns produtos da academia, já voltámos a embandeirar em arco com a formação. se por um lado é verdade que aumentámos a qualidade do plantel, é igualmente verdade que esse mesmo plantel é dos piores da história do SCP e que estes jovens competem com o Marítimo, Guimarães e pouco mais.

A lógica deve imperar.

nem o Barcelona vive exclusivamente da sua academia. e, para mais, procura por jovens jogadores em todos os cantos do planeta, pagando quantidades exorbitantes e incomportáveis para o SCP.

penso que nem é necessário estabelecer comparações com outros emblemas formadores, basta pesquisar a história recente do SCP: para cada Ronaldo, Nani e Patrício, há também os Djalós, André Marques, Pereirinhas e uma legião que jovens que nunca chegaram à equipa principal e vegetam pelos campeonatos secundários do nosso país. o orgulho inicial de promover um jogador da ‘casa’ desvanece-se a partir do momento que o mesmo não demonstra qualidade para singrar no nosso clube.

a chave é o equilíbrio. e, se já formamos jogadores de qualidade (1 ou 2 por época é um ratio excelente); é chegada a hora de acertar em algumas contratações. é por essa razão que anseio pela tal auditoria de gestão: quero que cada Sportinguista tome consciência do número, qualidade e custo das contratações efectuadas durante a era(s) era(s) Freitas. assim, nenhum clube resiste. o SCP tem sido gerido de forma danosa e amadora.

SL

@Moutinho-Kun

Independentemente de qualquer tipo de avaliação sobre a posição dos jogadores, na minha forma de ver, o Josué e o Vítor seriam 2 contratações despropositadas perante aquilo que é o projeto do Sporting.

De qualquer forma tenho sérias dúvidas sobre o que falaste em relação a esses 2 jogadores. É verdade que eu nesta época tenho visto muito menos campeonato nacional do que noutras épocas mas de qualquer forma mantenho-me informado e ainda recentemente vi o Olhanense - P. Ferreira.

Não me parece sinceramente que o Paços jogue com um nº 10 puro. Pelo que me é dado ver joga habitualmente com um 6 puro (André Leão) e 2 médios de transição (Vítor e Luís Carlos) e com 2 alas (Hurtado, Josué e Manuel José têm-se revezado mas raramente jogaram os 3 em conjunto ) e 1 ponta-lança (Cícero).

Portanto, e assumindo desde já que posso estar equivocado, sendo que o Paços joga em 4-3-3, nem um nem outro têm jogado na posição 10. O Vítor joga lado a lado com o Luís Carlos e o Josué quando começou a jogar foi nas alas.

Aliás o Josué na selecção de sub 21 não lhe vi fazer um único jogo como número 10. Sempre o vi a jogar no meio-campo mas descaído para uma das alas. E vi todos os jogos.

De qualquer maneira sendo os 2 jogadores titulares no Paços logo à partida só um estaria a jogar a 10. Portanto não me parece lógico dizer que o Sporting estaria a contratá-los para fazer a posição 10. E volto a reafirmar, na minha modesta opinião, nenhum deles tem jogado nessa posição ou pode sequer ser considerado um 10 tradicional.

Quanto ao fato do André Martins ser um 8 e não um 10 eu também concordo mas digo desde já que comparando-o com o Josué acho que o A. Martins é muito mais jogador para essa posição.

@Moutinho-Kun e @Leão de Eiras

Eu ponho a questão por outro ponto: o Sporting precisa mesmo de um “número 10”? A resposta é depende. Depende do quê? Do rumo e filosofia que se quiser implementar no futebol profissional e do esquema táctico que a equipa técnica decidir como prioritária para nós. A título de exemplo: benfica, porto e muitas outras equipas jogam sem um “número 10”.

Se a resposta for sim à pergunta anterior, urge perceber o tipo de jogador pretendido. Temos André Martins e Labyad para fazer essa posição. Reconheço que o primeiro tem pinta para o lugar, mas não sei do que é que o Zakaria é capaz. Não sei porque ainda não consegui perceber se ele é um médio interior de um dos lados, extremo ou “10”. Não sei porque a época não lhe correu bem, não teve quem o trabalhasse bem e tudo correu mal à equipa. Com estes dois valores e com Chaby a despontar, é mesmo necessário contratar um jogador como o Josué que, como foi aqui dito, joga mais descaído na ala do que a “10” ? Se eu fosse responsável pela estrutura do Sporting haveria aqui vários casos a equacionar:

  1. Labyad e André Martins não se encaixam no tipo pretendido. Ok. Nesse caso: quem se encaixa? O que fazer a estes dois valores? Vender Labyad? Vender ou ceder André Martins?

  2. Labyad fica como ala/extremo e ficamos só com a solução André Martins (+ Chaby, que deverá integrar a equipa B)

  3. Labyad fica como ala/extremo e não temos qualquer solução para o lugar. Mais uma vez, volta-se a fazer a pergunta de quem se encaixa.

Se a solução acabasse por ser contratar um novo “número 10” seria preferível trazer um jovem e português, um jogador nacional experiente (p.e. Hugo Viana), um jogador estrangeiro jovem e com potencial, um jogador estrangeiro para relançar a carreira ou um jogador estrangeiro experiente?

Penso que só a futura equipa técnica do Sporting terá a possibilidade de decidir isto e só quando a conhecermos é que poderemos tentar antecipar algum movimento no mercado de Verão :great:

SL

@João

Sem dúvida que se deve fazer essa pergunta. Aliás não fui eu que sugeri que essas supostas contratações fossem para suprir a posição 10.

Eu apenas me limitei a avaliar os jogadores segundo o protótipo que penso ser adequado para reforçar o Sporting. É sabido que o Sporting tem um leque enorme de jogadores jovens e com muito potencial mas que também precisam de jogadores mais experientes para ajudar no seu crescimento e para que a equipa possa ser mais competitiva.

E é nesse âmbito que avaliei a possibilidade de esses jogadores reforçarem o Sporting.

Um é mais um jovem que não me parece ser superior aos que o Sporting tem.
Outro é experiente mas não me parece ser um grande acrescento de qualidade em relação ao que já temos.

Neste momento acho contraditório contratar jogadores jovens ou que não sejam claras mais valias se um dos objetivos estabelecidos como prioritários é integrar os nossos jovens numa base mais sólida!

Sim, é basicamente isto. E, por muito que goste do Paulo Fonseca e da temporada que o Paços está a fazer, não estou a ver ali nenhum jogador que pudesse jogar no Sporting. Quanto muito, poderia ponderar Josué ou André Leão, numa perspectiva de rotatividade e de dar competitividade ao plantel. Contudo, como tu dizes, não sei se trariam algo de novo à equipa.

Por termos levado com refugo de Carlos Freitas & amigos comissionistas anos a fio e com estrangeiros de qualidade duvidosa, não urge contratar tudo o que seja português, por aí :great:

SL

@Leão de Eiras e @joaoqalves:

1º, o Josué é um playmaker, um médio criativo, disso não tenho dúvidas.

É verdade que tem feito vários jogos na sua carreira na ala, incluindo esta época no paços.

Mas as características que ele tem, é de 10, de playmaker. Por menos é o que eu vejo nele, e já li alguns comentários e crónicas, com a mesma opinião, o que significa, que não devo andar a ver coisas que são irreais :mrgreen:

Sobre a táctica do paços, o paços joga com 2 médios mais defensivos, sendo o André Leão o médio mais defensivo digamos assim, e o Luiz Carlos o médio mais de transição, que também ajuda a fechar atrás com o André. Depois têm o Vitor, que joga mais à frente dos 2, que é o jogador que organiza o jogo da equipa.
Isto é o normal do Paços esta época.

Mas em certos jogos que o Vitor não podia jogar ou não jogou, jogou o Josué (que normalmente tem jogado na ala) na tal posição de organizador, à frente do André e do Luiz Carlos.

Eu como já disse, gosto de ambos os jogadores, mas acho que tendo em conta principalmente a idade de cada um, a margem de progressão, acho que faria mais sentido contratar o Josué. Que para mim tem qualidade e características para ser um bom 10 no futuro.

Sobre se precisamos realmente ou não de um 10, eu deixo essa questão para o treinador. Porque depende também de como avalia o Labyad e o A. Martins.

O A. Martins para mim é um 8, e é nessa posição que deverá ser aposta. Mas também acho que tem características para jogar na posição 10.

O Labyad para mim é um 10, ponto. Precisa de ganhar mais maturidade e experiência, e com uma equipa estabilizada tacticamente e também filosoficamente, acho que pode dar grandes cartas no Sporting e no Futebol em si. Acho que poderá ser uma estrela do futebol.

Por isso, se o Labyad for o único 10 da equipa, apostando-se no A. Martins como 8, obrigatoriamente tem-se de ir buscar outro 10.

Eu não estou a dizer que devemos contratar o Josué ou o Vitor, mas, dentro das opções que temos no mercado nacional, e também a um custo baixo, acho que o Josué principalmente, podia ser uma boa contratação.

Mas se quiserem falar de outro 10 no mercado nacional, e que provavelmente eu gostaria ainda mais de contratar, era o Mossoró. Mesmo tendo o problema do Vitor (já não caminha para novo), além que é mais caro, acho que o Mossoró podia ser uma bela contratação, é um jogador que já provou indiscutivelmente mais que o Vitor, que já tem experiência na champions, etc

Muito se discutiu a posição “10” no último defeso.

Não é tão relevante, como a grande lacuna, ou uma das grandes lacunas que temos, que não passa propriamente pela falta de um “10”, mas sim de jogadores capazes nos desequilíbrios, na ligação com o ataque, fortes nos momentos de definição ( passe e último passe, por exemplo ).

O benfica jogou muitos anos com um “10”. O porto há muito tempo que não. Mas o que os rivais têm tido e nós decidamente não tempos, são ou médio verticais e com poder de fogo e/ou extremos ligados ao jogo, capazes no jogo interior e que marcam golos.

O Sporting está pejado de médios centro de ligação sem grande valências ofensivas.
Extremos inconsequentes, de 1x1, que assentam o seu jogo em fogachos individuais e com pouco critério.

E é isto que entendo que o Sporting precisa de resolver em primeiro lugar. Ter inteligência e maturidade no último terço.

Para mim, claramente um misto.
Devemos montar uma espinha dorsal da equipa com jogadores experientes, mesmo que não sejam para ter rendimento em termos financeiros, mas que dêem estabilidade à equipa.
E ao mesmo tempo, aproveitar os recursos quase inesgotáveis que a Academia nos fornece.
Só assim conseguiremos ter uma equipa capaz de lutar por títulos a meu ver.

Também vou pela opção “misto.”

Temos que ter jogadores de referência com experiência internacional para “passar” essa experiência para os mais novos.

Eventualmente, o ideal será chegar a um ponto em que os jogadores de referência com experiência internacional adquiriram-na ao longo de anos nos séniores do Sporting, o que nos permitirá nessa altura contratar jovens muito promissores, que nessa altura para além de adquirirem os ensinamentos dos mais velhos, adquirem mística Leonina ao serem acolhidos no seio de um Grupo.

Opçao misto naturalmente.

Mas numa primeira fase com um inclinaçao para a formaçao.

Tem que ser uma junção das duas. Se optarmos só pela formação não temos uma equipa competitiva e o desenvolvimento dos putos fica comprometido, se formos só pelas contratações vamos à falência.