Flávio Costa - Diretor de Scouting

Flávio Costa ao pormenor: a descoberta de Hjulmand, os elogios de Amorim e o passado no Benfica

Homem forte do scouting do Sporting será o principal cérebro do clube no mercado

Um nome desconhecido para a maioria dos adeptos não só do Sporting como do futebol em geral, Flávio Costa irá subir na hierarquia dentro do clube de Alvalade a partir da próxima temporada. Com a saída de Hugo Viana para o Manchester City no final de 2024/25, os verdes e brancos já começam a preparar o que vem de 2025/26 em termos da gestão do futebol profissional masculino e, nesse sentido, informaram este sábado que Bernardo Palmeiro passará a ser o diretor geral do futebol, ao passo que Flávio Costa, diretor do scouting, também irá reportar diretamente ao presidente Frederico Varandas.

No fim de contas, existe uma questão a ser colocada e partilhada por vários internautas sportinguistas: quem fará o papel de Hugo Viana a partir da próxima temporada?; e irá o Sporting reforçar-se com o novo diretor desportivo no mercado? Ora, a questão é fácil e curta: nem por isso. O emblema leonino passará a ter Flávio Costa como responsável pela gestão do mercado a partir de 2025/26, numa decisão natural dentro da estrutura, até tendo em conta que o scout de 39 anos é um homem da inteira confiança de Rúben Amorim. Ainda na época passada, o técnico de 39 anos deixou elogios por várias vezes ao scouting leonino e, numa ocasião em particular, chegou a enaltecer em concreto Flávio Costa. Mas o que tem de especial este elemento tão secreto - ao ponto de ser quase inexistente o rasto do ‘chief scout’ na internet… Ora os dados e negócios concretizados falam por si.

Desde logo, Flávio começou como scout ainda no Benfica, no caso concreto na categoria de juniores, antes de rumar ao Estoril. Da Amoreira deu o salto para o Famalicão, onde se notabilizou ao longo de dois anos. Conseguiu fazer negócios-chave e descobriu talentos fora do radar normal, tal como Manuel Ugarte, que ainda chegou mais tarde a ser jogador do Sporting. No que diz respeito a médios, a título de exemplo, acabou por ser o próprio Flávio Costa a aconselhar Amorim a virar o foco para Morten Hjulmand no mercado de verão de 2023, depois do Sporting ter tentado negociar André Trindade com o Fluminense. O preço elevado (25 milhões de euros) pedido pelo emblema tricolor fez os leões mudarem a agulha e, assim sendo, entrou em ação o ‘chief scout’ dos verdes e brancos. Amorim ouviu Flávio, que o aconselhou (e insistiu) a contratar Hjulmand ao Lecce, o que se viria a revelar uma aposta certeira.

Além disso, é evidente a confiança que Amorim deposita no líder do scouting do Sporting. Ainda em 2020/21 foi o treinador dos leões que pediu a aquisição de Flávio Costa para liderar a rede de análise e observação do clube. Foi um pedido feito à direção dos verdes e brancos, que fez Flávio trocar Famalicão por Alvalade em abril de 2021. Na altura, o scout de 39 anos tinha igualmente um convite do Benfica para integrar a estrutura, mas optou por dar o ‘sim’ ao Sporting.

Tido como uma pessoa muito discreta e reservada, o scout dá muita importância ao trabalho, acabando até por ter reuniões com colegas de profissão e scouts que chegam a durar 8 horas. Fechado no seu escritório e com tudo à disposição, o scout fez evoluir de forma clara a maneira como o Sporting tem apostado bem no mercado de transferências, com exemplos claros nas contratações de jogadores como Hjulmand, Diomande, Gyökeres, Ugarte, entre outros.

A seu lado, Flávio Costa tem também um fiel escudeiro: Vicente Portal. O scout de 28 anos foi um pedido de Flávio para o acrescentar à sua equipa de trabalho no Sporting. Vicente coincidiu antes com Costa no Famalicão e rumou mais tarde ao clube de Alvalade. Visto como promessa que já é uma certeza no mundo do scouting português, Portal é especialista no mercado sul-americano e foi lá que descobriu Ugarte, ainda no Uruguai, quando o médio alinhava no Fénix e foi contratado pelo Famalicão.

Quem privou com Flávio Costa destaca o conhecimento do scout. Em abril de 2021, em declarações a Record, Rui Borges, na altura diretor geral do scouting do Famalicão, traçou o perfil do ex-colega com quem também trabalhou no Estoril.

“Ele vai demonstrar toda a sua capacidade. Até podem existir algumas dúvidas porque o Flávio não vai a conferências ou seminários, não costuma aparecer muito, mas a verdade é que tem uma capacidade tremenda. É muito focado e prima pela organização. É um grande profissional e muito exigente com a sua equipa… mas primeiro exige dele mesmo. Não é fácil estar fechado num gabinete durante 8/9 horas, aos fins-de-semana e feriados, mas o Flávio faz isso com uma paixão enorme. No Estoril criou a sua própria dinâmica e fez o mesmo no Famalicão. Tem uma paixão muito grande pelo jogo. A paixão que tem pelo futebol faz de si uma pessoa extremamente dedicada. É pontual, tem um grande espírito de equipa. Tem a sua própria metodologia, mas enquadra-se na perfeição aos vários contextos competitivos. Isso explica o excelente trabalho que fez no Estoril e no Famalicão, que por competir na Primeira Liga teve um reconhecimento maior. No ano transacto, o Famalicão quase foi à Liga Europa e parte do mérito também é dele. E é um profundo conhecedor do mercado… é uma das suas mais-valias”, apontou.

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Sinceramente, começo a perceber onde se encontra grande psrte do sucesso! Este senhor mais a equipa propõem os jogadores a Amorim, a seguir, através do seu discurso fácil convence o jogador do Projeto e só depois vem.o.Hugo Viana e o Financeiro.

Se edte homem também merece a confianca do Amorim (e foi ele que indicou) para a frente Sporting!!

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Supostamente é isso q o Scouting deve fazer, n há nada de revolucionário, acho é q andaram uns anos a dormir nesta matéria comparando com Benfica e Porto, por culpa de quem n sei.

isso é o normal nas grandes equipas de todo o mundo

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Merecido o aumento de responsabilidades ao Flávio. É top

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Se é isso tudo, é darem-lhe as condições para ficar, porque certos interesses vão querer arrancá-lo do Sporting também.

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A minha questão é, com este para que precisamos do Palmeiro? Este ocupava o lugar do Viana e pronto, este sim é um homem do futebol e com currículo no mesmo, não é um borucrata como o outro.

Se escolhe jogadores como Hjulmand que fique com a pasta das aquisições que e bem merecido .
Mostra mm q e top.

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E pq é q n há de haver quem trate da parte jurídica, situações contratuais, etc?

Para esse tipo de assuntos existe um departamento juridico, nao é assunto de Diretor Geral, apesar de ter licenciatura em direito.

Há certamente um departamento jurídico para isso, bem esmiuçado isto começa mas é a parecer o governo, uma data de cargos que se sobrepõem uns aos outros só para dar tachos aos amigos.

Obviamente q n trata só disso.

Penso que o meu comentario nao está confuso e foi bastante esclarecedor. Apenas estava a referir-me à parte do comentário “…parte juridica, situações contratuais…”.
Não me referia à parte do “…etc”.

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E as negociações e tudo relacionado com os negócios e relações com os clubes compradores/vendedores?

N disse q estavas confuso, acho é q esta conversa durante o dia está a ficar um pouco redundante, era preferível estar a falar disto noutra altura da temporada pq n me parece q o problema sejam as pessoas em si mas vou andar sempre a repetir a mesma coisa.

Mas quem é que fazia isso até agora? É mesmo necessário adicionar uma camada extra de prémios e ordenados à estrutura? E o presidente é suposto fazer o que já agora?

Há muita falta de noção.

Flávio Costa é um RA versão scout. Não fala nem intervém com ninguém fora do Sporting.

Mas alguém tem de fechar os negócios, sendo que HV partia pedra a aliciar com o projeto e RA dava (ou tentava dar) a estocada final a convencer o jogador.

Papelada/burocracia é o menos difícil de substituir!

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Penso que é óbvio. O diretor do scouting trata do scouting. O diretor novo trata de negociações, como tratava o Viana.
O importante é sempre que se chegue a boas decisões, como tem acontecido nos últimos anos!

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Só peço que se mantenha a mesma política desportiva que começou a transformar o SCP:

  • Concentração de budget em poucas contratações por ano para aumentar o valor médio do investimento por contratação, reduzir a probabilidade de flops e reduzir a quantidade de mexidas no plantel por época em nome da estabilidade.
  • Contratação de jovens valorizáveis tanto do ponto de vista desportivo, como do ponto de vista financeiro. Evitar exceções a esta regra. No máximo, uma em dez.
  • Aposta real na formação.

E subjacente a tudo isto uma preocupação constante com a melhoria contínua da qualidade do nosso scouting que é o que permite elevar a qualidade como esta política é executada.

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É preciso alguém para liderar as negociações e dar a cara nas mesmas. Não será certamente o responsável do scouting, nem faz sentido ser uma figura inteiramente anónima/sem peso no clube.

Nesse papel prefiro mil vezes alguém como um Bernardo Palmeiro a um Rui Pedro Braz desta vida…