So gostaria de saber o que tera feito ele pelo nosso pais para ter direito a este tributo .
Esta transladacao so demonstra a classe que tem os politicos portugueses !!
Ja agora porque razao , nao levam para a sua proximidade , o calabote , o arbitro cesar correia ,e facam ja a reserva para mais alguns arbitros , como duarte gomes, lucilio baptista , jacinto paixao , e tantos outros !!
Nao ficaria o ramalhete muito mais bem composto?
Vergonha!!
Aproveitaram o comboio mediático do “choque” da sua morte, conquista do campeonato e um mar de TV sobre TV, jornal sobre jornal, sempre num choradinho ao ponto de enjoar o mais comum dos mortais. Conseguiram rapidamente chegar à conclusão que tinha obrigatoriamente ser transladado para o Panteão Nacional.
Abriram um precedente leviano, qualquer futebolista com sucesso mundial tem lugar garantido. Por esta ordem de razões, quando Ronaldo falecer não passa pela morgue, vai directamente para a Igreja de Santa Engrácia. O melhor será abrir uma ala especial para futebolistas.
No entanto, o Eusébio é provavelmente o melhor jogador português de todos os tempos (talvez o CR7 já o tenha passado). Venceu duas ligas dos campeões (ou equivalente) com o Benfica, foi o expoente máximo de uma das melhores seleções portuguesas e a que obteve o melhor resultado até hoje em mundiais (3º lugar). É considerado internacionalmente como um dos melhores jogadores de sempre. E foi também o primeiro grande futebolista português reconhecido além fronteiras.
Eu sei que custa reconhecer isto como sportinguista, principalmente sabendo da história que o levou a assinar pelo Benfica em vez do Sporting. No entanto, isso não significa que o seu contributo não tenha sido de grande importância para o futebol português e para o próprio país (embora em tempo de ditadura).
Também não entendo a conversa de “à e tal… mas é apenas um jogador da bola”. O que interessa é que se distinguiu na sua profissão de uma forma extraordinária e deu um enorme contributo para o futebol e desporto português em geral. Bem como para o reconhecimento do país lá fora.
É certo que o facto de ter sido o primeiro grande futebolista português reconhecido internacionalmente tem um grande peso. Basta olhar para os nomes presentes no panteão. Foram quase todos os “primeiros grandes” em alguma coisa. Acontece que o Eusébio foi o “primeiro grande” no futebol.
Esqueçam os clubismos e lidem…
ps: Se disse alguma inverdade ou algo errado digam. Como já disse, não vi o Eusébio jogar. Estou na casa dos 20 anos.
Ninguém nega a importância que eusébio teve na cultura portuguesa num período da nossa História, a Amália Rodrigues é em muito, um caso similar.
Mas podemos argumentar igualmente se todas as razões são válidas, por exemplo, a que a mais sustenta, de ser o primeiro grande futebolista; vejamos Peyroteo, teve mais golos em (muito) menos jogos. Estou em crer que apesar de sim, o eusébio ter sido um futebolista de renome, a história terá sido madrasta para quem, se calhar mais cedo, mereceria esta distinção.
Também seria interessante discutir se por ser futebolista podemos considerar isso como algo menor, não me parece sequer o mais importante, mas diria o seguinte: os futebolistas já são endeusados pelos adeptos e se a História e a comunidade assim o quiser, eternizados pelos clubes ou selecção, qualquer grande futebolista tem um passado associado ao clube ou como no caso do eusébio, também pela selecção. Já têm o seu próprio Panteão na história onde a fizeram e para quem os segue, o seu lugar de contemplação.
Podemos acelerar e meter os papéis para a vez do Figo, sempre se atalha caminho. Meu deus ^-^
Em 2011 foi solicitada a trasladação dos restos mortais de Passos Manuel (1801-1862), incontornável figura do ensino, da política portuguesa do século XIX e mentor, afinal, da criação de um Panteão Nacional para Portugal, que acabou por não ocorrer devido a restrições orçamentais.
‘‘A trasladação dos restos mortais foi aprovada por unanimidade no Parlamento a 20 de Fevereiro deste ano. Na altura, apontou-se a cerimónia para antes do Verão mas entretanto surgiram dúvidas sobre se o corpo poderia ser exumado antes de passarem três anos sobre a sua morte, como determina um decreto-lei sobre a inumação e trasladação de cadáveres. No entanto, a Assembleia da República e a Procuradoria-Geral da República concluíram que as regras que regulam as honras do Panteão Nacional se sobrepõem à legislação geral sobre trasladação.’’
O Eusébio até pode ter sido o melhor jogador de sempre de poker, o que ele fez (jogar a bola), nunca é razão para estar no Panteão Nacional ao lado dos nomes que lá descansam em paz. Não me venham com histórinhas da carochinha que foi um ídolo e blablabla.
A mim não me mete impressão, metade das personalidades presentes não têm lugar num panteão que supostamente seria o lugar dos grandes portugueses, portanto mais um menos um é a mesma coisa.
Eu estou a achar uma piada tremenda ao embaraço dos jornalistas e comentadeiros quando tentam justificar esta transladação e vão lançados a recitar a cartilha: “Inzébio, o maior jogador português… do sec.XX”. Aquele nó na garganta mal disfarçado de já não poderem dizer de forma desbocada “o maior jogador de todos os tempos” é qualquer coisa de hilariante (mas ainda o vamos ouvir durante o dia de hoje…garantido). Raios parta o CR7 :lol:
Quanto à figura em questão, uma pequena história: fui educado num ambiente em que era uma verdade inatacável que o mundo do desporto se dividia sobre qual o melhor jogador da história: Pelé ou Inzébio?! Quando era adolesecente tive o privilégio (na altura) de fazer uma viagem pela Europa. Contactei com imensos míudos e graudos de diferentes nacionalidades, muitos deles apaixonados pelo futebol. Para minha completa desilusão, a maior parte das vezes que referenciava o nome do Inzébio, as pessoas tinham de fazer um esforço para se lembrar ou então recordavam apenas alguns dos golos do Mundial de 1966.
A realidade é que Inzébio era o maior apenas neste jardim à beira mar plantado. Lá fora era recordado como um bom jogador (na melhor das hipoteses).
Trazer para o Panteão o ultimo pilar do Salazarismo parece-me de muito mau gosto.