Do que tenho lido, algumas luzes se acendem. Parece-me que a aparente modernização e ocidentalização Saudita é apenas uma das faces da moeda, a face que “seduz” o Ocidente e que ao mesmo tempo capta recursos deste ocidente, parte dos quais é posto à disposição de clero radical e daí será convertido em financiamento a estes movimentos radicais.
O financiamento Saudita não é obviamente oficial e haverá até dentro do Reino (até nas elites) quem não goste nada do crescimento desta forma particular de salafismo, no entanto parece-me óbvio que muitos dos milionários sauditas, qataris, kuwatianos, entre outros, são fatia de leão do financiamento destes movimentos, e em particular do IS.
De certa forma, este jogo duplo não é declarado nem oficial, mas resultante essencialmente de uma “aliança” tácita (ou equilíbrio de poder, sinergia, o que se quiser chamar) entre a elite dirigente saudita (baseada na dinastia Al-Saud) que tem interesse em manter-se enquanto poder absoluto do reino e o clero saudita, de tendência marcadamente salafista e ultra-conservadora que há mais de dois séculos se suportam mutuamente (desde que Muhammad ibn Abd al Wahhab se uniu ao clã Al-Saud no século XIII).
Não, os misseis HOT foram produzidas para a França e Alemanha e depois parte das reservas das versões mais antigas foram vendidas a diversos países, portanto as marcações de fabrica mantiveram-se.
Estão no liveleak varias fotos do armamento capturado pelos terroristas na base aérea de Tabqa e podes ver que nas caixas estão as línguas de origem (Inglês,Russo,Alemão etc) dos misseis. Se quiseres eu mando o link por pm .
Não vejo porque a Rússia teria interesse em financiar o ISIS (e depois o IS) visto que é uma histórica aliada de Assad (xiita alauita contra quem o ISIS se enfrenta/ou) para além do que esse facto poderia encorajar os movimentos islâmicos com que se depara a própria Federação Russa, nomeadamente na Tchéchenia (existem inúmeros tchechenos nas fileiras do IS, nomeadamente o seu comandante militar, Omar al-Sishani - o man bué escuro e tipicamente árabe aí de baixo… :twisted: :twisted: :twisted:):
A propósito de Extrema Direita, chamo a atenção para um fenómeno interessante: a mudança de orientação ideológica de muitos desses movimentos que, tradicionalmente, eram antissemitas (no sentido anti-judaico) e agora se afirmam como anti-islamistas.
Como é do conhecimento geral, a Direita Radical, com destaque para o Nazismo, foi uma fervorosa adepta do preconceito anti-judaico.
No contexto da luta contra o Sionismo e a “plutocracia judaica”, a Alemanha hitleriana estabeleceu contactos com dirigentes do mundo árabe, como o Mufti de Jerusalém, Amin al-Husayni, e criou unidades muçulmanas das SS.
No pós-guerra, ao longo de várias décadas, houve cooperação entre movimentos palestinianos que combatiam Israel e a direita radical europeia. Por exemplo, o comando terrorista palestiniano do “Setembro Negro” teve o apoio de neonazis alemães na operação contra os atletas israelitas, durante os Jogos Olímpicos de Munique, em 1972.
Contudo, assiste-se na actualidade a um crescendo da islamofobia, em “substituição” do tradicional ódio anti-judaico. Esses grupos radicais procuram, assim, capitalizar o receio do Ocidente perante os fenómenos do terrorismo e do fundamentalismo islâmicos, assim como da emigração de populações magrebinas e do Médio Oriente para a Europa. Por exemplo, o Partido Nacional Britânico declarou o seu apoio à ofensiva israelita contra a Faixa de Gaza.
Um bom livro, para os interessados. É de 2003, mas, talvez o melhor sobre a questão.
Jihad: The Trail of Political Islam
In recent years, the world order has been rocked by an explosive, unexpected and extraordinary phenomenon: political Islam. Beginning in the early 1970s, militants revolted against the regimes in power across the Muslim world and exacerbated political conflicts internationally. Their jihad - or 'Holy Struggle' - aimed to establish a global Islamic state based solely on a strict interpretation of the Qur'an. "Jihad" is the first comprehensive attempt to follow the history and spread of this new political-religious phenomenon today, from the rise of Al Qaeda to the explosion of support for Hamas, Hezbollah and Islamic Jihad in the wake of the Second Palestinian Intifada. It is the definitive work on what the West has called 'Islamic Fundamentalism', and offers the boldest assessment of its past, its present, and where it might lead in the future. "Jihad" is vital reading for everyone concerned with the state of the world today.
Antes de haver estes novos estados modernos (Iraque, Síria, etc) como sabes era uns Turcos que dominavam o cenário.
O Ocidente tem sido sistematicamente aliado de potências inimigas da própria Europa.
(séc XV) Hungria ajuda Turquia na tomada de Constantinopla
[i]O canhão que veio a ser conhecido como Bombarda Turca, Basílica, Canhão Real ou Canhão de Mehmed foi na verdade trazido da Hungria. O seu inventor, um engenheiro de nome Orban, apresentou-o ao sultão Mehmed II após uma tentativa falhada junto do então imperador do Império Bizantino, Constantino XI, que a recusou. É esta a grande ironia da História.
Vários destes canhões foram então preparados e colocados em frente às muralhas de Constantinopla. Bastou algumas horas de fogo para que as defesas fossem literalmente desbaratadas e as tropas otomanas tomassem a mítica capital do Império bizantino.[/i]
(séc XIX) Britânicos, Franceses, Italianos e Alemães impedem Rússia de expulsar os Turcos da Europa
[i]A Guerra da Crimeia foi um conflito que se estendeu de 1853 a 1856, na península da Crimeia (no mar Negro, ao sul da atual Ucrânia), no sul da Rússia e nos Bálcãs. Envolveu, de um lado o Império Russo e, de outro, uma coligação integrada pelo Reino Unido, a França, o Reino da Sardenha - formando a Aliança Anglo-Franco-Sarda - e o Império Otomano (actual Turquia). Esta coligação, que contou ainda com o apoio do Império Austríaco, foi formada como reacção às pretensões expansionistas russas.
Em 1853, o czar Nicolau I invocou o direito de proteger os lugares santos dos cristãos em Jerusalém, então parte do Império Otomano. Sob esse pretexto, as suas tropas invadiram os principados otomanos do Danúbio (Moldávia e Valáquia, na atual Roménia). O sultão da Turquia, contando com o apoio do Reino Unido e da França, rejeitou as pretensões do czar, declarando guerra à Rússia. Mediante a declaração de guerra, a frota russa destruiu a frota turca na Batalha de Sinop.
[/i]
(séc XIX e XX) Ocidente emite protestos formais para não prejudicar as relações com os Turcos
[i]Nos anos que precedem a Primeira Guerra Mundial, a decadência do Império Otomano se acelera e o sultão Abdul-Hamid II não hesita em atiçar o ódio religioso a fim de consolidar seu poder. Entre 1894 e 1896, como os armênios reclamavam reformas e uma modernização das instituições, o sultão ordena o massacre de 200 mil a 250 mil armênios com o apoio de curdos das montanhas.
Um milhão de armênios são despojados de seus bens e alguns milhares convertidos à força. Centenas de igrejas cristãs são queimadas ou transformadas em mesquitas. Na região de Van, coração da Armênio histórica, não menos de 350 aldeias são riscadas do mapa.
Esses massacres planejados tinham todas as características de um genocídio. As potências ocidentais se contentaram em emitir protestos formais.[/i]
(séc XX) Ocidente deixa Turquia remodelar as suas fronteiras à custa de Gregos, Arménios e Assírios
[i]Em virtude do Tratado de Lausanne, os turcos recuperaram a plena soberania sobre os estreitos de Bósforo e Dardanelos, sobre Istambul e seu território europeu, bem como a Armênia Ocidental, o Curdistão Ocidental e a costa oriental do mar Egeu (cidades como Smirna e Éfeso). Além disso, a fronteira com o Iraque é traçada de maneira velada para ser confirmada três anos mais tarde pela Sociedade das Nações, que outorgou a título definitivo a região do Mossul ao Iraque.
As Capitulações - estabelecidas em 1536 entre o sultão Soliman, o Magnífico e o rei da França François I e mais tarde estendidas a outros países europeus - são abolidas. Estas convenções outorgavam aos Ocidentais direitos especiais na Turquia, bem como o direito de velar pela sorte dos cristãos desse país.[/i]
(séc XX) Ocidente impede Gregos de reagir à invasão Turca do Chipre
[i]Em 20 de Julho de 1974 tropas turcas invadiram a região norte da ilha de Chipre, numa operação militar relâmpago, que segundo a Turquia se destinava a proteger a população de origem turca da ilha.
Acções da VI esquadra norte-americana
O isolamento internacional do regime grego, tornou qualquer operação de apoio aos cipriotas gregos praticamente impossível. Sabe-se hoje que algumas das acções preparadas pela força aérea grega foram tornadas impossíveis quando o comando da VI esquadra norte-americana no Mediterrâneo ameaçou lançar os caças dos porta-aviões americanos para interceptar os aviões gregos.
A exigência por parte dos países da NATO de que os gregos não ingerissem directamente no conflito levou a que algumas operações fossem levadas a cabo sob o mais completo manto de secretismo.[/i]
(séc XX) Diáspora
[i]A Diáspora e as comunidades de refugiados são baseadas na Europa (especialmente Suécia, Grã-Bretanha, Dinamarca, Alemanha e França), América do Norte, Austrália, Nova Zelândia, Líbano, Arménia, Geórgia, sul da Rússia e Jordânia. A emigração foi desencadeada por eventos tais como o Genocídio Assírio, no período da Primeira Guerra Mundial, durante a dissolução do Império Otomano, o massacre Simele no Iraque (1933), a revolução islâmica no Irã (1979) e a Operação Anfal de Saddam Hussein.2
Mais recentemente, a Guerra do Iraque provocou o deslocamento da comunidade assíria da região, pois os seus membros passaram a enfrentar perseguição étnica e religiosa. Segundo a Organização das Nações Unidas, de um milhão (ou mais) de iraquianos que deixaram o Iraque desde a ocupação americana, quase 40% são assírios, embora os assírios representassem apenas 3% da população iraquiana, antes da guerra.[/i]
[i]A Síria é uma arena onde as rivalidades não são apenas políticas, geopolíticas, mas também religiosas. Essa particularidade está no transfondo da luta armada contra o regime de Bashar al-Assad, sustentado pela Rússia e pelo Irã. Aí estão no Great Game os interesses hegemônicos da Turquia, na região, bem como dos Estados Unidos, França, Reino Unido e seus aliados da Liga Árabe.
[glow=greenyellow,2,300]E não existe mais a menor dúvida de que a insurgência contra o regime de Bashar al-Assad é sustentada com armas e dinheiro pelas potências ocidentais e pelos seus aliados do Conselho de Cooperação do Golfo (CCG), as seis monarquias mais retrógradas e absolutistas do Oriente Médio, entre quais a tirania teocrática wahhabista do rei Abdallah bin Abdul Aziz Al-Saud, da Arábia Saudita, e do seu aliado, o emir de Qatar, o xeque Hamad bin Khalifa Al Thani.[/glow][/i]
Cristãos na Síria crucificados por não se converterem ao Islão
Uma religiosa síria denuncia a perseguição a cristãos e faz relatos de torturas grotescas para quem se opõe às tentativas de conversão por parte de grupos islamitas.
23-04-2014 12:12 por Zenit
Combatentes muçulmanos na Síria estão a exigir que os cristãos se convertam ao Islão e, face a recusas, ameaçam-nos de crucificação, como Jesus.
Segundo a religiosa síria que dirigia a escola do Patriarcado Greco-católico de Damasco, irmã Raghida, alguns cristãos já foram mesmo crucificados por se recusaram a converter-se.
A religiosa, que vive, actualmente, em França, afirmou à “Radio Vaticano” que, “tanto nas cidades quanto nos povoados ocupados por extremistas armados, os cristãos são obrigados a converter-se ao Islão ou a morrer" e que, "algumas vezes, eles pedem também um resgate para libertá-los”.
“Alguns deles sofrem o martírio de uma forma extremamente desumana, com uma terrível violência, que não tem nem nome. Em Maaluola, foram crucificados dois jovens cristãos. Um deles foi crucificado diante do pai. Em Abra, uma cidade industrial da província de Damasco, houve casos semelhantes”, relata a irmã Raghida.
Depois dos crimes, militantes chegaram a cortar as cabeças dos cristãos assassinados e a jogar futebol com elas. Mulheres grávidas tiveram seus bebés arrancados do ventre e enforcados em árvores com os próprios cordões umbilicais, declarou ainda a religiosa.
Peço desculpa por ter escolhido artigos em português-brasileiro mas CS portuguesa é mísera e algumas pessoas podem não compreender inglês.
Sobre as agências noticiosas internacionais e o conluio com a política liderada pelo Ocidente:
[…]
As fotos chocantes dos crucificados estavam disponíveis pelas grandes agências de comunicação que, negando sua “lógica de informação” resolveram omiti-las, e apenas as divulgaram como notícias secundárias, quando o papa Francisco confessou ter chorado ao saber da notícia e ver as imagens, durante a homilia da missa que realiza a cada manhã em sua residência no Vaticano. “Eu chorei quando vi nos meios de comunicação a notícia de que cristãos foram crucificados em certo país não cristão”, explicou o papa em referência ao acontecimento durante a guerra civil síria.
Mesmo após a declaração do papa, os principais jornais brasileiros seguiram o padrão internacional, colocando a chocante foto em páginas secundárias e assegurando como foto da manchete principal os incidentes na Ucrânia. A razão é simples: os autores dos crimes na Síria são o principal componente das chamadas “Forças Rebeldes” que lutam contra a ditadura de Bashar Assad. A divulgação traria à tona a crescente hegemonia de grupos fundamentalistas islâmicos na conformação do “Exército Rebelde”, o fornecimento de armas e munições por países aliados aos Estados Unidos e o questionamento aos “lutadores pela liberdade da Síria”. Cenas violentas sobre este conflito devem ser exibidas, mas sempre lançando genericamente a responsabilidade nas forças do governo Assad. Como neste caso não poderiam, optaram pela omissão.
O episódio reforça a percepção de que[glow=greenyellow,2,300] toda a estratégia informativa dos grandes meios de comunicação está submetida aos interesses militares e geopolíticos[/glow]. De fato, tornou-se um chavão constatar que [glow=greenyellow,2,300]a grande mídia atua com uma unidade política e ideológica de um verdadeiro partido da classe dominante[/glow]. São os famosos PiG’s (Partidos da Imprensa Golpista), popularizados pelo jornalista Paulo Henrique Amorim. [glow=greenyellow,2,300]Porém, no plano internacional esse funcionamento “partidário” é assegurado pelas grandes agências internacionais, especialmente pelos grupos monopólicos norte-americanos. As imagens e informações produzidas pelo monopólio hegemonizam as publicações, num controle sem precedentes na moderna história das comunicações[/glow].
Basta comparar as manchetes e coberturas dos principais jornais do mundo para constatar as mesmas imagens, mesma abordagem e idêntica pauta. Se um fato, por mais estarrecedor que seja, não convém politicamente é preciso nada menos que o papa chamar a atenção para que seja divulgado secundariamente.
Não fosse a declaração do papa, as imagens teriam sido omitidas completamente, e quando divulgadas, são tratados como um fato menor, preteridas pela cobertura jornalística da Ucrânia onde os editorialistas afirmam ocorrer um conflito entre os interesses do “ocidente” e da Rússia.
A afirmação de que o “Ocidente tem sido sistematicamente aliado de potências inimigas da própria Europa”, baseia-se no pressuposto voluntarista de que o Ocidente é alegadamente uma realidade homogénea e intemporal, que deveria, em nome de uma qualquer pureza de princípios, agir uniformemente contra os “inimigos da própria Europa”.
O próprio conceito de “Ocidente” é uma construção ideológica que sofreu mutações ao longo dos séculos (geográficas, politicas, religiosas…).
Os episódios mencionados devem ser inseridos no contexto específico da época em que tiveram lugar, e interpretados como tal, não legitimando a conclusão de que existe, de forma sistemática, um Ocidente anti-ocidental e um Ocidente pró-ocidental.
Mesmo aceitando essa perspectiva, o conjunto de “provas” factuais sofre de dois equívocos que a comprometem:
omite episódios em que o dito Ocidente se coligou contra potências “externas” (nomeadamente do mundo islâmico), como por exemplo, várias Cruzadas dos séculos XI-XIII; as duas Santas Ligas (1571 e 1684); a Guerra de Independência da Grécia (1821-1832) ou a 1.ª Guerra Balcânica (1912-1913).
desvaloriza o papel das potências ocidentais (na época e até à actualidade) na denúncia dos genocídios cometidos pela Turquia contra arménios, assírios e gregos, no decurso da 1.ª Guerra Mundial e no imediato pós-guerra. Assim, a título de exemplo, ignora a reacção da opinião pública e das chancelarias ocidentais (como a Tripla Entente e os EUA) contra o regime dos “Jovens Turcos”; omite a ocupação militar aliada do território turco na sequência do Armistício de Mudros (1918), que abriu caminho à perseguição judicial dos dirigentes turcos; oculta a forma - no mínimo indulgente - como a justiça europeia (alemã e britânica) tratou os militantes arménios envolvidos na “Operação Némesis” e escamoteia o impacto, nas relações entre a Turquia e vários países ocidentais, do reconhecimento formal dos genocídios (especialmente o arménio).
Leitura interessante, mas tem que haver aí mais qualquer coisa, digo eu. Então no tempo do Saddam o tipo controlava todo o Iraque e conseguiram cortar-lhe a torneira ao ponto do país estar praticamente na miséria e agora os gajos conseguem centenas e centenas de milhões para financiar o seu esforço de guerra nao tendo controlo definitivo sobre os poços petrolíferos (entre outros)? Algo nao bate certo.
Invictus: sim, a definição de Europa como a conhecemos é relativamente recente mas há muito que havia uma conceptualização de um mundo descendente da civilização Greco-Romana: A aliança Franco-Otomana foi na altura muito criticada em pleno século XVI como anti-natura.
Mas é assim mesmo. Nas Grandes Guerras, os Alemães aliaram-se a Turcos, Albaneses, Bósnios, etc. Ao mesmo tempo saquearam a Grécia.
Pois… mas em outras guerras, os Alemães combateram os Turcos e outros povos islamizados e contribuíram para a independência da Grécia, “oferecendo-lhe” o seu primeiro rei (Otão I)…
Em conclusão, devemos evitar generalizações apressadas, sob pena de ignorarmos uma dimensão intrínseca à história humana: o carácter complexo, contraditório e ambíguo das relações de poder.