Com equipa B os empréstimos para fazer evoluir jogadores deixam de fazer tanto sentido, pelo que, vendo as coisas deste prisma
e concordando com ele, aponto a ideia de que os empréstimos devem ter sempre fins mas explícitos do que o crescimento dos jogadores.
Na minha opinião o empréstimo de jogadores jovens, a maioria deles formados no Sporting CP tem tudo para ser útil na seguinte perspectiva que passo a exemplificar de 2 formas.
Precisamos de um trinco. No nosso campeonato temos Caue. Tem dado provas? No Olhanense dá, no Sporting CP não se sabe. O Sporting CP não tem dinheiro para transferências. O R. Neto não tem espaço no plantel, precisa de crescer, precisa de uma realidade competitiva diferente, precisa de jogar, de preferência, na minha opinião, na liga portuguesa.
Sporting CP tem boas relações com o Olhanense. Sporting CP envia R. Neto para o Olhanense por uma época e baixa o preço do Cauê. 1 - Consegue reduzir os custos de um jogador; 2 - Consegue colocar outro numa realidade competitiva que convém às 2 partes (Sporting CP e R. Neto); 3 - Consegue suprimir a necessidade de contratação para uma posição; 4 - Garante um jogador que pode - ou não - vir a ter futuro; 5 - Reforça os laços entre os clubes (parecendo que não, em termos negociais pode ser importante para os clubes.
Sporting CP tem N. Reis. Possivelmente, N. Reis estará na mesma situação que R. Neto. Sporting CP gosta do Roberge, mas, se calhar, não é bem aquele central que precisa, pelo menos, para já. Sporting CP envia N. Reis para o Marítimo. Sporting CP tem 3 opções: garante direito de preferência sobre Roberge; Sporting CP contrata Roberge e, eventualmente, deixa-o lá por uma época; Sporting CP contrata Roberge e suprime outra lacuna no plantel, permitindo ainda a venda de outro activo (dá oportunidade a mais dinheiro). Simultaneamente, o Sporting CP consegue a colocação de novo jogador. Restaura relações com um clube com o qual, nos últimos meses, tem tido situações difíceis. Garante novo jogador. E consegue um clube para o crescimento de N. Reis que convém às duas partes (Sporting CP e N. Reis).
Noutra perspectiva e, agora, com a equipa B já em devido funcionamento. Sporting CP vai formando jogadores, na equipa B alguns vão tendo destaque, todavia, não há vaga no plantel principal. Um clube chega-se à frente e quer o empréstimo do jogador por uma época. Simples: adopta-se o princípio do “quer? paga!”