Em nome da nossa grandiosa História!

Continuo a pensar que estamos a viver o período mais negro da nossa história. Devem todos vós pensar que estou a hiperbolizar esta minha avaliação, pois já passamos por uma longa e terrível seca de títulos, onde ficámos dezoito inimagináveis anos à espera de um passeio extasiante pelo Marques de Pombal, para que pudéssemos inundar de alegria e felicidade, as ruas do nosso Portugal triste e enfadonho.

No entanto, apesar desse longo período pelo qual todos nós passámos, onde eu, pessoalmente, cresci e aprendi os valores do que é ser Leão, o nosso clube sempre foi capaz de manter a nossa chama acesa e bem viva, em torno do nosso clube, tentando sempre manter o clube perto dos seus adeptos, procurando sempre defender, incondicionalmente, os nossos valores e a nossa história. Porque ser do Sporting é isso mesmo; acima de tudo, é defender a nossa história.

Só que o pior, o impensável aconteceu. Aproveitando a implementação de novas regras de gestão desportiva que, a meu ver, claramente se impunha, tiveram o desplante e o atrevimento de quererem transformar o nosso Sporting num grupo empresarial, suportado num projecto de raízes muito pouco profundas e de copa extraordinariamente megalómana, desprezando completamente as fortes ligações do clube com a sua massa adepta e, principalmente, deixando para segundo e/ou terceiro plano o essencial: a defesa da nossa História.

Para defender a nossa história, não basta construir um museu, onde toda a nossa glória possa ser exibida de um modo inovador, a toda a sociedade; onde os nossos feitos possam ser recordados pelos mais antigos e descobertas pelas novas gerações. Apesar de ser capaz de atribuir todos os méritos aos responsáveis desta obra, considero que defender a nosso história e honrar o nosso nome tem que ser bem mais que isso.

A meu ver, a melhor forma de defender os nossos feitos idos, é dar condições às gerações actuais e futuras para que estas possam honrar os nossos nomes do passado.

E como o Sporting é uma organização de cariz, fundamentalmente, desportivo, é nesse aspecto que me gostaria de focalizar.

Olhando para a actualidade desportiva do nosso clube, apenas consigo vislumbrar um trabalho extraordinariamente positivo, numa única modalidade (das mais relevantes e mediáticas, é claro – que me desculpem as modalidades mais pequenas). Essa modalidade é, claramente, o Atletismo. E este projecto só foi possível, devido ao amor incondicional e ao talento inquestionável de um homem, que todos nós deveríamos, para sempre, recordar: Professor Moniz Pereira.

Apesar de todas as adversidades por que passou, o prof. Moniz Pereira conseguiu sempre elevar bem alto o nome do Sporting Clube de Portugal, quer nacional, quer internacionalmente. Retiraram-lhe uma pista de atletismo com o seu nome e ele retribuiu com títulos e glória. Que generosidade! Para si, caro Professor, o meu muito obrigado.

Nem a perda recente do, quase que crónico, título nacional, mancha o seu percurso glorioso. No entanto, esta derrota, deveria deixar-nos pensativos e pro-activos. A perda deste título nacional surge numa altura em que o professor vai, naturalmente, perdendo a sua influência e em que as condições de treino se vão deteriorando.

É por estas e por outras razões que sou da opinião que o novo pavilhão deveria ser pensado com um conceito de multiusos, onde pudesse ser instalada uma pista coberta de atletismo, a tal que se encontra empacotada por aí e que foi utilizada num determinado campeonato do mundo de pista coberta que se realizou em Lisboa, no Pavilhão Atlântico. Seria, não só uma mais-valia para o clube, como seria também uma mais-valia para Portugal, com claras possibilidades de retorno financeiro, a médio e longo prazo. Paralelamente a isso, defendo a colocação de uma pista de atletismo olímpica nos terrenos de Alcochete, com uma área própria para esta secção que tantas alegrias nos têm dado e que tão esquecida tem sido.

Isto é algo que devemos ao nosso querido Professor Moniz Pereira.

O caso do Futsal também pode ser considerado positivo mas, a meu ver, claramente diferente. Trata-se de uma modalidade nova, ainda pouco implementada, mas em clara ascensão, na qual tem sido feito uma aposta correcta, num período difícil e que tem respondido com títulos nacionais e prestígio internacional. A liderança no futsal nacional é algo que muito orgulha a nação Sportinguista, faltando ainda um título internacional, que penso poder estar para muito próximo. Para que tal aconteça, é preciso manter e, quem sabe, reforçar o investimento. É fácil ser-se campeão, uma ou outra vez, mas construir um projecto forte e coeso é algo mais difícil de se conseguir. Os alicerces estão construídos; agora é preciso não descorar o futuro e continuar a solidificar o percurso hegemónico na modalidade.

Mas tirando o êxito no Atletismo e o sucesso numa nova modalidade (Futsal), todas as outras modalidades, que sempre honraram o ecletismo do Sporting, ou foram enterradas, ou têm sido esquecidas pelos nossos últimos responsáveis.

Em tempos idos, no início deste ciclo que considero desastroso, foi-nos dado a escolher entre o Basquetebol e o Andebol, com se fosse possível, a nós, amantes do clube, escolhermos se preferíamos ser campeão de uma modalidade, em detrimento da outra. Nós queremos é ser campeões e honrar a nossa história com mais títulos. No entanto, disseram-nos que essa escolha teria que ser feita, garantindo-nos que era a única solução para que pudéssemos ser constante e/ou sistematicamente campeões na modalidade escolhida, em opção a termos duas modalidades onde rara e/ou esporadicamente conquistássemos títulos. Mais, foi-nos dito que, para além disto, termos simultaneamente as duas modalidades referidas, estaria a retirar fundos, que seriam fundamentais no reforço da equipa de futebol. Passados todos estes anos, estes argumentos até dariam para rir, se o assunto não fosse tão sério.

Não só abdicamos de uma modalidade vibrante, onde tínhamos pergaminhos a defender e lendas para honrar, como o fizemos em favor de uma outra, também ela recheada de história, com o pretexto de a tornar sequencialmente vitoriosa, quer a nível nacional, quer a nível internacional e que, na realidade, pouco ou nada ganha e que tem sofrido constantes desinvestimentos, mais não fazendo do que arrastar o nosso nome e a nossa história pelos pavilhões deste Portugal. Não posso concordar com algo assim. Ou o Sporting é capaz de honrar o seu nome, através da criação de projectos ganhadores, ou então é melhor viver apenas dos troféus do passado, e para tal, já temos o nosso museu.

Uma outra modalidade que muito nos diz é o Hóquei em Patins. A sua sobrevivência, nos dias de hoje, é devida ao amor pelo clube de uma individualidade: Dr. Bruno de Carvalho. É claro que todos temos que lhe agradecer por esta entrega e dedicação ao clube, não permitindo que se extinga mais uma modalidade que faz parte da nossa cultura desportiva. Mas a história do Hóquei patinado do Sporting merece mais. Merece uma equipa que recupere a hegemonia nacional e internacional na modalidade, algo que é nosso por direito. É nossa obrigação honrar a memória de figuras grandiosas como Jesus Correia e António Livramento, entre outros. Por isso, é imperativo que seja construído um pavilhão onde possa ser implementado um ringue de patinagem.

Para que todas as modalidades sejam potenciadas e floresçam, de forma a honrarem a história do Sporting, é necessário que estas tenham um lar, um espaço, o seu porto de abrigo. Urge a construção de um pavilhão funcional e que albergue todos estes departamentos competitivos, num ambiente salutar e ganhador, de união e de amor por um clube e por uma causa.

Poderia ficar aqui, eternamente, a falar de outras modalidades como o Voleibol, como o Râguebi, como o Ciclismo, que tantas alegrias nos deram e cujo passado merece tanto ser honrado. No entanto, falar do Sporting Clube de Portugal, sem falar de Futebol, a nossa maior paixão, é quase como falar de Portugal sem lembrar Camões, Eça ou Pessoa.

Grandiosa é a nossa herança do Futebol! Como grandiosa é a nossa sede por glórias!

Falar de Futebol, neste momento, é falar num passado recente negro, que nos envergonha a nós e que envergonha o nosso Sporting. No que transformaram o nosso Futebol? Apetece-me perguntar…

Há alguém, apaixonado pelo Sporting, que se reveja no caminho traçado nestes últimos 15 anos? Servir-nos-á de consolo os 2 títulos nacionais conquistados durante este período, ao qual foi possível ir pincelando com alguns troféus de menor nomeada e com uma final europeia? Servir-nos-á de alento o facto de termos uma das melhores formações de futebol do mundo, da qual saíram dois recentes “Bolas de Ouro”? Que benefícios retirámos nós disso tudo? Aliado ao retorno financeiro da venda de formados na nossa academia, não poderia vir acoplado sucesso desportivo? Não teria sido possível potenciar ainda mais esse retorno financeiro, se tivessem sido dadas condições para que os nossos talentos extraordinários tivessem tido sucesso desportivo no nosso clube? São perguntas como estas que inquietam o meu espírito há demasiado tempo. Tanto tempo como têm as sucessivas direcções que mais não fizeram do que humilhar e descredibilizar o nome do Sporting.

A esses senhores, licenciados em economia e gestão, donos de currículos invejáveis na área das finanças, que pensam que descredibilizar o nome do Sporting é não pagar à Banca, a esses eu digo que, descredibilizar o nome do Sporting é também ficar a quarenta (40!) pontos do primeiro classificado.

Aqueles que dizem que este descalabro desportivo por que passamos é devido a um desinvestimento no futebol profissional, ou não conhecem a realidade do clube, ou querem desculpabilizar os constantes maus resultados com falácias, com o objectivo de camuflar as más opções de gestão feitas até hoje. Existe um dito popular que exprime esta atitude: “Deitar areia para os olhos das pessoas”.

Foram contratados enormes quantidades de jogadores, muitos deles com verbas astronómicas, muitos deles sem qualquer qualidade para jogar no Sporting. Pagaram-se exorbitâncias a jogadores em fase descendente das suas potencialidades, que mais não fizeram do que se arrastarem pelos relvados, prolongando penosamente as suas carreiras, em troca de um vencimento principesco, num país privilegiado para se passar férias. Apostou-se sistematicamente em segundas e terceiras escolhas de clubes europeus, que chegam com promessas de querer relançar as suas carreiras e mais não fazem do que encarar o Sporting como um retrocesso nos seus percursos profissionais. Contrataram-se técnicos sem prestígio e sem ambição e, principalmente, incapazes de demonstrarem liderança e capacidade para implementar uma filosofia de jogo digno do Sporting Clube de Portugal.

Estes acontecimentos não foram fruto do acaso. Foram opções tomadas em consciência pelos responsáveis do clube, por pessoas que, em vez de zelarem pelos interesses do clube, utilizaram a imagem do Sporting para se promoverem e para passearem a sua vaidade, colocando esta grandiosa instituição ao serviço de empresários ou até (pasmem-se) ao serviço de clubes rivais. Mais! Ao ponto de colocarem em causa o futuro do nosso Grandioso Sporting!

Também estas pessoas deveriam constar no museu do nosso clube, num “cantinho da vergonha”, para que sejam sempre recordados e assim, evitarmos que algo de semelhante aconteça no futuro.

É por tudo isto, e por muito mais, que eu digo e continuarei a dizer, que estes últimos 15 anos são o período mais negro da história do nosso clube.

No entanto, quem acaba de ler estas minhas duras e implacáveis palavras, fica com a ideia que eu sou da opinião de que estes tempos acabaram. Por favor, caros amigos! Não confundamos aquilo que eu desejo, com aquilo que eu penso.

Eu, tal como todos vós, quero que esta direcção honre a grandiosa e incomparável história do Sporting. Que saiba elevar bem alto o nosso nome. Mas, os acontecimentos recentes, fazem-me temer o pior.

Apesar da gestão desportiva ter sido iniciada com uma medida, a meu ver, muito positiva, através da contratação do Domingos Paciência, para treinador da equipa de futebol profissional e, por toda a estrutura do futebol estar suportada sobre o enorme “peso” institucional de Luís Duque e por um Carlos Freitas bem mais experiente e conhecedor do mercado, eis que somos todos surpreendidos com um “novo” modelo de contratações, que nos faz recordar temos passados, que me fazem temer pelo continuar destes dias negros que temos vivido.

Quando é bem visível o aumentar da euforia por parte dos adeptos, o que só me deixa satisfeito, pois mostra que o nosso enorme clube está vivo e de boa saúde, aqui apareço eu, como um “Velho do Restelo” a alertar para o facto de devermos todos colocar os pés bem assentes no chão.

Recuemos uns anos. Os suficientes, para chegarmos ao período de gestão de Carlos Freitas, aquando da sua primeira passagem pelo clube. Este administrador, altamente conhecedor do mercado, foi o responsável por cerca de 50 contratações de futebolistas, na sua grande maioria, de qualidade altamente duvidosa. Os resultados foram o que foram. Queremos que esses tempos voltem? Não! Claro que não! Então porque é que o método utilizado me parece tão semelhante?

Carlos Freitas, com pouco mais de três meses de clube, prepara-se para contratar mais de uma dúzia de novos atletas, pois chegou-se à conclusão que o plantel passado não era digno de representar as cores do nosso grandioso clube. Até aqui, tudo bem. Duvido que alguém recriminasse esta atitude, se as injecções de qualidade na equipa fossem indiscutíveis. Serão? Aqui já tenho algumas dúvidas.

Em vez de se contratar jogadores de qualidade indiscutível, opta-se por jogadores jovens, perfeitamente desconhecidos, com margem de progressão e que pouco ou nada mostraram ainda (Carrillo, Turan, Arias, Rubio), jogadores que evoluíram em equipas de menor nomeada (Marcelo, Van Volfswinkel, Aguiar, Rinaudo), jogadores que, apesar de terem qualidade, estão marcados pelas lesões (Schaars, Rodriguez, Bojinov, Onyewu). Isto, naturalmente deixa-me apreensivo. Mas depois vêm os optimistas dizer: “Oh pá! Não achas que estás a dramatizar?” Eu respondo claramente. Estou. É claro que estou a dramatizar. Há aqui jogadores que me deixam com grande espectativa (analisarei brevemente, um a um, todos os jogadores do plantel) mas não consigo ficar 100% descansado com estes responsáveis.

Repito! Desejo muito ser calado! Desejo muito ser desmentido! Como eu desejo que todas estas aquisições se manifestam mais-valias indiscutíveis e que conquistem a glória, para todos nós. No entanto, sempre que assisto a uma conferência de imprensa do Carlos Freitas a apresentar um novo jogador, recordo-me de Farnereuds, Kokes, Nalitzis, Motas e outros que tais…

Na realidade, a maioria dos nomes contratados, pouco ou nada nos dizem. São poucos aqueles que têm conhecimentos futebolísticos suficientes para os avalizar incondicionalmente. Por isso, das duas, uma: ou temos confiança nos conhecimentos do nosso director, ou mantemos uma expectativa atenta e crítica.

Por isso, deixo uma última mensagem aos nossos responsáveis: Honrem o nome do Sporting Clube de Portugal e a nossa grandiosa História!

Para já, os meus parabéns por mais um excelente texto ao grande ZeQueira.

Tenho uns comentários a fazer, fica para daqui a uns dias.

Tentando começar da melhor forma possível uma vez que considero que acabaste de escrever um artigo altamente digno de um verdadeiro Sportinguista do coração e ao qual tenho imensas dificuldades para conseguir estar á altura do mesmo visto que enumera todos os factores mais recentes do Sporting Clube de Portugal e ainda por cima repletos de verdade de honestidade e sentimento, começo então por te agradecer, mas agradecer do fundo do coração, ZeQueira pois só um grande Sportinguista, uma pessoa que respire o Sporting Clube de Portugal, que o viva que o sinta e que sofra pelo mesmo é capaz de escrever tal.

De forma alguma estás a exagerar sobre o facto de este ser o mais negro período do Sporting Clube de Portugal, pois sou daqueles que sofreu os 18 anos seguidos que chorei agarrado ao meu pai e que vi o meu pai chorar agarrado a mim, que sofreu ano após ano, mas tenho que me juntar a ti e admitir nada se compara ao que hoje se passa com o nosso clube, nem ao nosso povo triste de um Portugal pobre, corrupto e sem princípios. Todos os valores que o meu falecido pai me ensinou se perderam, e continuam a perder! Onde vamos parar!

Sou daqueles que sempre defendeu e defende os nossos, que luto no dia-a-dia por um Sporting dos tempos do meu pai, foi assim que cresci, são esses os valores de ser Leão, foi realmente tudo isso que manteve a esperança e que após tantos anos nos faz ainda acreditar, mas aquele titulo de 1999 foi maravilhoso, mas ao mesmo tempo foi o despoletar de todo o mal que até hoje perdura no nosso clube. Orgulho-me da nossa história, mas parece-me que a estamos a deixar cair aos poucos, onde o último mostrar disso mesmo, foi perder o título masculino de atletismo.

O pior aconteceu quando o clube passou a querer transformar-se numa SAD, ou seja numa empresa, em que se começaram a colocar os interesses financeiros acima de todos os sócios e adeptos, daí até um afundar tremendo em dívidas que não mais param, de interesses de presidentes pagos a peso de ouro, com frases do tipo (ganho menos que o Abel) que tudo se começou a desmoronar!

É mais que claro que não basta construir um museu, nem dois ou até três, não basta querer fazer-se seja o que for que não tenha o coração dos sócios e adeptos presentes e do seu lado, não basta como referes dar aos sócios o escolher de duas modalidades históricas do clube (andebol e basquetebol), não basta dizer somos campeões nacionais e europeus de atletismo. Fomos á final da taça UEFA. Não basta!

Ainda hoje não entendo como foi possível termos construído um estádio sem uma pista de atletismo, mais que merecida por todos os feitos do mesmo, incomparável com todas as outras modalidades dentro do clube e tendo como grande baluarte o Sr. Professor Moniz Pereira. Que sempre deu títulos ao nosso clube que continua a dar e nos faz orgulhar a todos.

Bem sei que os estádios de hoje do futebol moderno como é apelidado por muitos, quase não têm pistas, mas o majestoso estádio Olímpico de Roma tem e não é em nada inferior ao nosso, falo nisso pois não estou a falar de um clube qualquer, estou a falar de uma das maiores potências a nível europeu de atletismo, como tal deveria ter sido acautelado esse facto ou como muito bem referes mesmo tendo sido um erro, pensa-lo de forma a poder ser feito na academia ou no futuro pavilhão.

Quanto á construção do novo pavilhão nem pode ser pensado de outra forma que não seja a de ser um pavilhão multiusos, tudo o que não o seja será mais um desperdiçar de potencialidades para o nosso clube, se no pavilhão poder ser feita uma pista de atletismo para além de ser uma grande obra para o clube será também o reconhecer de toda a obra feita em prol do nosso clube pelo Sr. Professor Moniz Pereira.

O futsal é claramente um desporto em ascensão e que a meu ver tem sido enorme para todos nós pois 10 títulos de campeão nacional em tão poucos anos enchem-nos de orgulho, penso que este ano foi a nossa grande glória e se tivéssemos conseguido o título europeu então teria sido fabuloso, mas acredito como tu que vai estar presente num futuro próximo, claro está assim a direcção aposte forte na modalidade, não pode viver á sombra do êxito alcançado. Nem pensar! Tem que salvaguardar e reforçar o investimento para assim fortalecer o percurso da modalidade que se quer que mantenha por muitos anos a supremacia nacional. Estar a usar o pavilhão de Loures, sem desprimor para com as gentes de Loures é ou deveria ser uma vergonha para todos nós Sportinguistas.

Falando do hóquei em patins já fomos em tempos o orgulho não só dos Sportinguistas, mas também de Portugal, nos dias que correm se luta para que volte a ser uma modalidade de referência no Sporting Clube de Portugal, que quer gostemos quer não tem subido pela mão do Sr. Dr. Bruno de Carvalho, que tem mostrado a todos nós o ser-se Sporting, um homem que embora ainda jovem é de H grande que acima de tudo tem querido estar junto dos sócios e adeptos e que nos faz acreditar num futuro melhor para a modalidade e mesmo não querendo ferir ninguém, quem sabe para o Sporting Clube de Portugal.

Penso que por mais optimistas que possamos estar, por mais que não nos queiramos ferir uns aos outros, por mais que soframos ou que queiramos alegrias, não acredito que ninguém no mais profundo do seu sentimento, bem lá nas entranhas do seu coração, se reveja nestes últimos 15 anos do nosso Sporting Clube de Portugal. Pois como referes termos dois botas de ouro, termos chegado a uma final europeia não pode ser orgulho suficiente para o Sporting Clube de Portugal o qual um dia o seu fundador disse que queria que fosse um dos maiores da europa, temos 106 anos de história não somos um qualquer. Não basta alienar todo o nosso património, encher-nos de empréstimos bancários, uns atrás dos outros e dizer este ano é que vai ser, não basta!

Dizer-se que tudo foi causado por um desinvestimento no futebol profissional, porque foi construído o estádio, porque foram gastos milhões noutras áreas não passa de uma enorme mentira. Fizeram-se N de contratações falhadas, já nem tem conta os jogadores que chegaram ao nosso clube, os treinadores ditos de salvadores que saíram desacreditados do nosso clube, porque sempre esteve á frente de tudo a feira das vaidades dos nossos presidentes e seus colaboradores que tem sido ao longo destes 15 anos nada mais, nada menos, que a vergonha de todos nós.

Se em momento algum ao ler as tuas palavras achasse que o nosso futuro se adivinha melhor não estaria dia a dia a discordar de quase tudo que tem sido feito, não sofreria nem falaria tantas e tantas vezes num dado jogador, pois falo nele com mágoa, mas com a mágoa de alguém que vê e sente que não passa de um querer continuar a prestar de vassalagem a outras gentes que eu enquanto Sportinguista não consigo admitir. Também eu tento acreditar que esta direcção nos consiga voltar a trazer as alegrias porque todos almejamos, mas também eu morro de medo que tal possa não acontecer devido a um enorme chorrilho de mentiras.

Também eu tenho assistido a um voltar a acreditar por parte dos Sportinguistas, mas sei que existe até aqui em vizinhos meus aqueles que só conseguem ver o chegar de mais este ou aquele jogador novo e não consegue ver mais nada, talvez e muitas vezes me deito a pensar nisso porque sofremos há tantos anos, talvez porque as pessoas têm o direito de acreditar este ano é que vai ser, mas sempre digo a todos quanto conheço, cuidado com as ilusões estes que lá estão já lá estiveram e fomos nós quem os correu falo principalmente de Carlos Freitas.

Não comerei gato por lebre e ao mais pequeno acender de rastilho acredito que desta vez as pessoas não vão perdoar a incompetência de quem quer que seja, pois todos estão acreditados num futuro melhor, que quero e desejo esteja guardado para todos nós, mas do qual continuo com muitas dúvidas e receios.

Pois verdade seja dita pelo menos para mim, á excepção do Americano Onyewu, não conhecia mais nenhum, a não ser claro está Rodriguez e Luís Aguiar, que já eram conhecidos de todos nós, falo de todos os outros que chegaram que são ilustres desconhecidos, aos quais desejo toda a sorte do Mundo, mas aos quais esse meu desejar de sorte de nada servirá, se os mesmos não forem capazes de servir ao mais alto nível o grande Sporting Clube de Portugal.

Para terminar desejo que todos nós possamos estar a celebrar o título de campeões nacionais de 2011/2012, que tudo de bom aconteça à nossa direcção, treinador e jogadores pois a sua glória será a nossa e o terminar de tantos anos de sofrimento.

Que tudo, ZeQueira termine como tu começas ou seja, no culminar com a grandiosidade condizente com a nossa enorme história e o grande nome do Sporting Clube de Portugal!

SL

Parabéns @Zequeira :clap: :clap: :clap:

Só tenho duas notas:

1º Deverias ter dado o mérito do hóquei também, e principalmente, ao Eng. Gilberto Borges.

2º Não acho que estejas a dramatizar. Não temos razões que nos levem a crer que esta passagem do CF pelo SCP deverá ser diferente da última. O plantel deveria ter sido reforçado com valores seguros, e não com promessas (para isso temos os que vêm da academia, excepto para posições defecitárias onde não criamos jogadores de qualidade) e jogadores a “custo zero”, massacrados por lesões.

Percebo o teu pessimismo. Eu também lamento a incapacidade quase doentia do clube para sair do quadrado e trazer novas pessoas em vez de reciclar pela n-ésima vez os mesmos nomes. Vá lá: pelo menos a discussão do treinador saiu do círculo Boloni-Peseiro-Bento….

Por isso, sim, Freitas representa um regresso ao passado e um passado que compreende muito mais fracassos do que sucessos – e que não se vê porque há-de ser diferente desta vez. Mas acho que estás a desprezar uma diferença de contexto importante.

Depois do desvario total que foram os dois anos de JEB, ter o Carlos Freitas a preparar a época é uma espécie de regresso à normalidade, no duplo sentido da palavra. As contratações podem não ser entusiasmantes – raramente o são com o Freitas – mas fazem sentido e são conseguidas com razoável secretismo e alguma capacidade negocial que não seja bater cláusulas de rescisão. É como voltar a ter um profissional - mesmo que apenas mediano - ao volante depois de ter visto amadores a atirarem o carro a toda a hora contra os rails de protecção.

Se calhar, é disto que precisamos, num ano em que vamos partir quase do zero. Trata-se tão-só de recuperar a dignidade perdida e criar um ambiente minimamente estável que permita construir um esqueleto de equipa para depois se começar a pensar em voos mais altos. E, para isso, este perfil de contratações e este profissionalismo mediano na condução das coisas não é desajustado.

O que eu não acredito é que seja com Freitas que consigamos dar o “salto” para sermos novamente um clube vencedor e hegemónico. Na melhor das hipóteses, não antevejo para este Sporting mais do que um regresso a 2005-2007: um outsider certinho que, se tiver sorte e um dos rivais fizer uma má época, pode até chegar ao 2º lugar. E se isso até pode ser suficiente para esta época, pode ser mortífero no longo prazo se for transformado em bitola – como aconteceu com Soares Franco.
Mas para isso, cá estaremos para falar lá para Maio do próximo ano.

“O que eu não acredito é que seja com Freitas que consigamos dar o “salto” para sermos novamente um clube vencedor e hegemónico”

Nas últimas 37 épocas vencemos 4 títulos … ^-^

O Carlos Freitas melhorou comprovadamente a sua capacidade nos últimos anos. E se vamos contratar 13/14 jogadores, inevitável face à terrível época passada, não poderiam ser todos eles de qualidade indiscutível comprovada em boas equipas europeias. Se assim fosse precisávamos de uns 50/60M€.
Mas poderiam ser mais alguns dos que já contratámos!? Sim, mas teria sempre de haver apostas com risco. (por favor deixem de considerar o Schaars como uma opção susceptível a lesões, quando o homem é vice-campeão mundial em 2010 e a lesão foi há mais de 3 anos)

Temos que aguardar que a bola comece a correr, sem ilusões desmedidas, claro
mas para mim com esperança :wink: sempre

Se conseguirmos disputar todos os jogos com vontade e a querer jogar bom futebol será um salto enorme e fundamental para contrariar os últimos anos

Sporting Sempre

Concordo, e faço um apelo a todos os que aqui vêm. Deixem crescer a esperança que está em todos nós e acreditem. Façam uma trégua na análise dos jogadores que vieram com o pouco que estão a observar e acreditem um pouco no projecto desta direcção do Sporting. Também eu estou desejoso de vitórias enormes do nosso clube, e por tudo o que li na comunicação social não discordo de nenhuma contratação pois foram aprovadas também pelo nosso treinador.
Não se massacrem mais, todos nós estamos à espera do D. Sebastião mas quem nos diz que ele já lá não está?
Muitos criticaram o Acosta na primeira época mas todos o saudamos e desejamos ter outro igual por tudo o que fez pelo clube, quem sabe Postiga ou Djalo não se afirmam este ano?
Esperem pelos primeiros jogos da época, por favor, antes de deixarem desvanecer o sonho Sportinguista que este Treinador e esta trabalho da direcção têm trazido.

Também eu tenho pena do novo estádio não ter pista de atletismo, acho a maior desconsideração para com a nossa história. Se o novo pavilhão não tiver uma espero que ao menos em Alcochete construam uma de qualidade olímpica, já dou por menos o facto de não se situar em Alvalade, se, e só se, o novo pavilhão possa albergar em condições as actuais modalidades desportivas e aquelas que desejamos de volta.

Deixem-se sonhar por agora e apoiem o trabalho da equipa pois como se costuma dizer, Deus quer, o homem sonha, a obra nasce. E eu acredito firmemente que se conseguirmos fazer com que os nossos atletas sintam o nosso apoio, a nossa esperança, os nossos desejos depositados neles, sejam de que modalidade sejam, não vão sentir o peso de uma obrigação em cima, mas sim a força da Nação Sportinguista a elevar as suas capacidades. Também eu ainda hoje choro ( pois sei que muitos de vocês também ) ao relembrar o campeonato dos 18 anos do futebol, além do choro, vocês lembram-se de tudo o que fizemos pelo clube?

  • As enchentes nos treinos! ( verdade ou mentira ?)
  • As enchentes no estádio José de Alvalade! ( verdade ou mentira ?)
  • As enchentes nos estádios dos outros clubes! ( verdade ou mentira ?)
  • As horas passadas antes, durante e depois dos jogos a aclamar a equipa de futebol em cânticos de apoio até muitos de nós voltarem para casa roucos! ( verdade ou mentira ?)
  • Não havia nenhum habitual titular que não tivesse um cântico com o seu nome em forma de apoio, e todos nós, sócios, adeptos e membros de claques os sabíamos cantar. ( verdade ou mentira ?) Até obriguei o meu Pai, sportinguista do coração, que nunca tinha ido a um estádio ver um jogo da sua equipa, a ir, ao sair de lá após a vitória do Sporting ( não me lembro ao certo contra quem ) ele saiu a chorar de alegria e disse que nunca tinha sentido nada assim, ele foi para casa a cantar os cânticos comigo.

E ultimamente?.. Quantos de nós têm deixado a vós no estádio? seja dentro ou fora? quantos de nós deixaram de ir assistir aos treinos? Sei que é difícil para alguns ir a Alcochete e que houve muitos treinos à porta fechada mas ainda assim todos nós conseguimos ir pelo menos uma vez no ano.

Deixem-se de choros e de criticar. Dêem o vosso coração pela equipa e eu acredito que eles nos vão responder em uníssono…

CAMPEÕES, CAMPEÕES SOMOS TODOS CAMPEÕES!!!

Achas? Espero que sim ou temos um futuro bem complicado, até por isto:

Não sei se concordo muito com essa inevitabilidade. A renovação e o dualismo quantidade/qualidade são conceitos cuja aplicação em benefício do Sporting comprovar-se-á num futuro próximo. Para já e apesar de alguma esperança, tenho dúvidas.

Estamos todos desejosos de vitórias do clube. O sucesso faz-se com ambição, trabalho, planeamento, competência e meios para tal. O meu sonho é ver isto no clube. Concretizando-se isto, as vitórias acontecerão naturalmente e não por sonharmos com D.Sebastiões ou com a afirmação de um Postiga a entrar nos 29 anos.

O meu coração está com a equipa do SCP. Sempre esteve e sempre estará. Independentemente de quem nos gere… mas todo o afastamento que referes NÃO é da responsabilidade dos adeptos nem mesmo dos resultados ( basta lembrar os 18 anos de seca e o fervor dos adeptos ). É de outra coisa totalmente diferente.

Não vejam o meu comentário como uma crítica nem mesmo como um desacordo. É um desabafo.

A questão do Velho do Restelo, que é nada mais do que um aspecto comportamental, é pertinente, mas não concordo com a mesma quando ela serve de contraste ao optimismo. Ora vejamos: eu estou optimista em relação à nova época, e deve-se dizer que estar optimista, assim sentir-se, não significa definitivamente que um tenha certezas de conquistar o título que todos desejamos e que faz parte dos pergaminhos do clube e da sua identidade: o campeonato nacional. É impossível um sentir-se assim, pelo menos no que diz respeito à realidade.

A minha postura de optimismo serve principalmente em função de a equipa poder contar comigo para vencer os jogos necessários à conquista do campeonato - cantar o nome do clube, assobiar o adversário, marcar presença física onde o Sporting marcar também ele presença. No entanto, sendo esta a atribuição por mim dada ao conceito “optimista”, também devo dizer que jamais eu adoptaria contrário comportamento. O Sporting, mesmo que a minha lógica me transmita que a equipa não é forte, contará sempre comigo, sempre. Somos do Sporting Clube de Portugal, não do Sporting Clube de Portugal-forte, ou aquele que tem uma equipa composta por jogadores que me agradem, ou treinadores, ou presidentes, sendo que este último prisma me tem atormentado há anos e anos.

Eu desprezo quem adora, de forma a demonstrar que, aparentemente, sabe de futebol, repetir vezes sem conta que o Sporting é isto, que o Sporting é aquilo. O primeiro baluarte de defesa do Sporting Clube de Portugal, do que este representa e do que este deve ser (vencer tudo e todos), somos nós, e certamente, ainda por cima de forma asquerosa, que outros não nos respeitarão se virem em nós um grupo de desmotivados.

O Sportinguista é um adepto estranho, singular ao ponto de nem sequer haver em Portugal algo minimamente parecido, para o bem, essencialmente, e para o mal, sendo que este último se tem tornado cada vez mais premente nos últimos anos: o Sportinguismo tem sido desvirtuado de ano para ano, e por culpa de quem, dizem, o sente. O Sportinguista ora mobiliza números fantásticos, que em si dignificam a grandeza deste clube, ora se comporta de forma pessimista e pouco participante, de forma nervosa, embora esta última ocorrência por várias vezes se tenha repetido da pior forma possível: como diz a famosa e tão explicita frase, morrer na praia. O Sportinguista tem no seu repertório histórico os mais fantásticos ambientes futebolísticos realizados em Portugal, não só na modalidade futebol, como nas restantes modalidades, como recentemente aconteceu no jogo do título frente ao Benfica, porque não foram raras as vezes em que elementos não-Sportinguistas admitiram que o ambiente nesse dia proporcionado por nós foi fantástico, nunca antes visto ou sentido em Portugal. O melhor deste fabuloso feito, que nos é tão próprio quanto o verde que nos identifica, é que ele, mesmo único em características e vivências, é facilmente reprodutível por nós.

O Sportinguista, o melhor dele, é isto:

Nós repetimos o que os outros nem alcançam. Nós criamos, os outros falham na sua tentativa de emulação.

Eu vou até ao fim do mundo pelo Sporting: faltar ao trabalho, incorrendo em possíveis problemas; faltar a exames; apanhar um comboio qualquer; levar, e já levei, da polícia para que outros, principalmente no chão, não levem; marcar presença num jogo há muito decidido (Bayern, na Alemanha). Aliás, “eu” nem existe nos jogos do Sporting. Está lá apenas mais um elemento que respira e pratica Sportinguismo. Verde a 100%! O Sportinguismo é um corpo, eu sou apenas uma célula entre milhões de outras.

Comentarei mais tarde outros aspectos enunciados pelo ZeQueira, que eu aproveito para elogiar sua presença neste fórum, cuja qualidade argumentativa, e próprio Sportinguismo, não vivencia os seus melhores dias.

Epá , lavei a minha alma SPORTINGUISTA , ao ler o texto e os comentários feitos até aqui , vou acrescentar só isto : acho que existe , neste momento , qualquer coisa diferente , qualquer sensação de que algo vai acontecer de bom para nós este ano , pode ser só talvez o facto de querer tanto ganhar que me leva a ter esta ideia mas EU ACREDITO !!! VIVA O SPORTING !!!

Essa coisa é o efeito Paciência…
Parabéns pelo texto, Zequeira! Espetaste aí muitas verdades e só tenho pena que os que lá estão não tenham um amor tão grande como o teu, o meu e o da maior parte dos sportinguistas que aqui andam.

???

Por isso é que digo sermos novamente. É porque não somos neste momento nem já há bastante tempo.

Aliás, acho que esta discussão sobre o que queremos que o Sporting seja - se um ‘outsider’ que ganha um troféu de vez em quando, se um clube hegemónico - ainda está por fazer. Quando digo queremos, não é só manifestar intenções e puxar pelos galões da história. É desenhar uma estratégia, um plano concreto com metas e objectivos e como lá chegar.

Onde? No seu brilhante percurso no Panathinaikos? ::slight_smile:

Concordo. Aliás, foi isso que escrevi. Acho que o Freitas é suficiente para esta época. Tenho é muitas dúvidas para lá disso . Daí volto à minha questão sobre o que queremos que o Sporting seja.

(e olha acho que o Schaars é capaz de ter sido uma das melhores contratações do Sporting dos últimos tempos, como também já escrevi por aí)

O problema não era a vontade dos jogadores nos últimos. Era mesmo a falta de qualidade.

Petrovich

Claro que compreendo, agora melhor, e subscrevo as tuas dúvidas sobre se Carlos Freitas será o director desportivo certo para um projecto que harmonize a melhoria competitiva no imediato com o crescimento sustentado do futebol do Sporting. (Mas os últimos anos do Braga têm também muito de Carlos Freitas e da sua capacidade, mesmo no último ano foi ele que construiu o plantel, só saiu no início de época, e era a este período no Braga a que me referia)
Realmente o problema é a distancia enorme que separa o sermos um “outsider certinho” para passarmos a ser um clube hegemónico. E exigirá, claramente, muito mais do que o “conhecimento do mercado”.

"É desenhar uma estratégia, um plano concreto com metas e objectivos e como lá chegar.
Petrovich"

Partilho, claro, essa preocupação com a falta de organização e de um projecto que nos possa fazer passar a barreira da vitória ser um episódio esporádico para ser parte do carácter e definição da equipa principal de futebol do Sporting.

Como tantas vezes dito, mas sem uma realidade prática e planificada que acompanhe o discurso, a nossa grande diferenciação para os outros clubes terá de ser a juventude da Academia. E passará por conseguirmos um real grande equilíbrio entre experiência e juventude.

Concordo também, completamente, que não era a vontade o problema na época passada.
e tornando mais justa a frase:
Conseguirmos disputar todos os jogos a jogar (bom) futebol será uma evolução enorme e fundamental para o presente e futuro do Sporting.

Saudações Leoninas

Sporting Sempre

O problema não é carlos freitas ou luis duque, o problema é a cultura “Sporting”, ou pelo menos a cultura que se instalou à muitas décadas no clube, desde os anos 50 para cá, para ser mais exacto, no início dos anos 60 eramos o clube com mais títulos do futebol português, depois começamos a ganhar um trofeu de 4 em quatro anos, com o aparecimento do porto, tudo piorou, os rivais começaram a dividir entre si a hegemonia do futebol.

Somos demasiado sérios, temos demasiados preconceitos, temos demasiado medo, temos não sei se é medo ou vergonha de ser grandes.

Discordo em absoluto. Foi-nos prometido que iriam atacar o mercado vigorosamente para lutar pelo título. Não me venham com histórias do ano zero, que de “anos a zero” já estou eu farto. Tentam chamar imbecis aos Sportinguistas! Lembro-me perfeitamente daquilo que prometeram, do cardápio de futebolistas já “contratados” ( um menú deveras sensaborão, em que o único nome de verdadeira qualidade acabou na casa do inimigo) e da suposta agressividade no mercado! Bullshit. Continua tudo igualzinho; sem chama, sem aquele laivo de genialidade/loucura que caracteriza os grandes lideres. Continuamos nesta madorna, nesta incultura que nos levará à subjugação permanente aos nojentos do norte, como ficou devidamente esclarecido com o negócio-“maçã-podre”. Da minha parte terão vigilância e desassossego.

O próximo seja o ano 2011/2012 - regresso a jogar bom futebol

agressividade no mercado?? é com 2 ou 3 jogadores de 10 milhões que resolvemos os problemas do futebol do Sporting ?? :whistle:

nota-se muito é a carga de facções eleitorais em pré-juízos pouco sustentados na realidade e sem dar tempo para avaliar resultados
(a mim dizem-me pouco estes resquícios eleitoralistas, para merecer a minha adesão teriam que ser muito melhores)

o que é melhor para o Sporting?

semear, construir, trabalhar, fazer uma equipa, um projecto para o presente e futuro :great: é uma vontade, não estou a identificar a actualidade do nosso clube

a glória não chega antes do esforço, da dedicação e da devoção :mais:

Sporting Sempre

A questão das facções copm resquícios eleitoralistas é redutora.

A insatisfação de muitos com a forma como o SCP tem sido governado, prende-se muito mais com uma determinada forma de pensar o clube e precede em muito o 26 de Março.

Não vou desenvolver porque não é a altura para tal.

Agradeço todas as palavras elogiosas e as menos elogiosas também :slight_smile:

Eu sempre fui da opinião que é discutindo as questões que contribuímos para um processo evolutivo, seja do que for.

No entanto há uma coisa que terei que referir. E terei que falar directamente para o caro Miguel Furtado.

Se pensa que este texto surge apenas como um resquício eleitoralista, completamente fora de contexto, deveria estar mais atento. Pois esse seu juízo de valor é desadequado e até poderei considera-lo ofensivo . Por outro lado, este é apenas um texto de opinião. Nada mais que isso. É a minha visão das coisas e, felizmente, tenho direito a ela, sem ter que ser catalogado de frustrado eleitoral ou de terrorista ideológico.

O problema do Sporting e de todos nós, adeptos do clube, é que nos esquecemos facilmente dos momentos maus, quando estamos por cima. É precisamente nesse contexto e com esse objectivo que este texto é construído.

É claro para mim que está a ser construído um projecto - alias, que muito está a agradar os adeptos. No entanto, este projecto não é muito diferente do que foi construído nos últimos anos. Vem dinheiro da banca, estoira-se esse dinheiro em enormes quantidades de jogadores (alguns deles de qualidade duvidosa), aumenta-se o passivo e o sucesso desportivo é nulo. Destes quatro pontos, três estão confirmados. O dinheiro chega da banca e com isso, aumenta-se o passivo. Compram-se enormes quantidades de jogadores (e nem todos terão sucesso). Resta esperar para saber se teremos resultados desportivos positivos. Se sim, o passivo poderá ser reduzido e a alegria poderá inundar a nação sportinguista. Se não os tivermos, será mais do mesmo.

No entanto, há duas pessoas que me dão garantias de sucesso: uma é Luís Duque, outra é Domingos Paciência. Tudo o resto, para mim, é mais do mesmo.

Obrigado por me lerem e por me deixarem dar a minha opinião.

SL

ZeQueira

Bem @ZeQueira.

Oportunamente deitas água na fervura do empolamento (habitual) nesta fase de arranque da época futebolistica, com as suas farândolas de aquisições que excitam a nossa sede de vitórias, tão natural mas prematura.

Caro ZeQueira agradeço-te, sinceramente, os teus valorosos contributos e a transmissão e partilha de sentimento sportinguista. :great:

Com essa expressão “resquícios eleitoralistas” estava longe de querer tocar o teu texto, apenas reparava em alguns comentários que no fórum manifestam um pessimismo e maldizer feroz para com esta direcção por partirem de um ponto de extrema desconfiança.

A crítica é fundamental, mas se a racionalidade e a emoção, que a fazem, forem mais equilibradas, irão torná-la mais frutuosa e positiva para a discussão e contacto dos nossos pontos de vista e para a vitalidade do que nos une … [move]Ser Sporting[/move] :wink:

SL

Sporting Sempre