[Eleições SCP 2011] O que impede uma união da Oposição?

Isto começou noutro tópico e, mesmo que avesso à multiplicação de tópicos (nunca abri nenhum), tb não quero desviar, pelo menos muito, outros
Acho que chegou o belo dia:

Já tive duas respostas
Sobre esta parecer-me-ia bom que fosse detalhada. Esse é um dos motivos do tópico (e não estar a fazer muito ot no outro)

Sobre esta gostaria de saber o défice de objectivo suficientemente gerador de unidade do lado da oposição. Outro dos motivos do tópico.

1- Vamos admitir que há uma continuidade, uma linhagem que governa o clube há 16 anos.

a) Chamar os bois pelos nomes, não era mau, para sabermos quem são.
Baltazar é continuidade? Brás da Silva, com Abade, era-o? E Alves ou a centúria? Bruno de Carvalho, se tiver na sua lista/apoiantes apelidos Roquetes ou Eduardo Barroso é-o?
Ou então qual a percentagem de continuidade de Dias Ferreira?
A continuidade são caras (quais) ou ideias (quais)?

b) Mas parece-me indiscutível que na continuidade existem divisões ou existiram ao longo do tempo, fosse por causa de caras ou por causa de ideias.
Não é tão uniforme como se possa pensar.
Por exemplo, Soares Franco liquidou Dias da Cunha. Este começou por marcar presença na apresentação da candidatura de PPC.
Dias Ferreira está a concorrer contra Godinho Lopes

c) Diz o Rui que há um cimento, alguém na sombra que manobra e disfarça essas divisões, em nome de objectivos mais altos. Mesmo que leve porrada (resultados futebolísticos péssimos) e haja dissidências, a hidra multiplica-se na boa e levanta novamente a cabeça, mesmo que travestida, com outras roupagens (caras principais ou auxiliares).

c1) Seja a Maçonaria, o Ricciardi, a aliança BES/BCP ou outra coisa qualquer, convenhamos que resulta.
É para ganhar o poder interno (e não perante os rivais), é para ter o Sporting amarrado aos juros da dívida com investimentos/endividamentos baixos (em comparação com os rivais directos), baixam as armas e unem-se na hora da verdade (das eleições e das divisões)

c2) E até conquistam ex-opositores declarados.
Cristóvão aparece ao lado de Guedes e PCF coloca-se ao lado de Freitas.
Mais um sinal de inteligência: para ganhar, vão buscar gajos ao outro lado, tentar neutralizar focos de críticas, muito representativos ou não (isso agora não interessa), contraproducentes ou não (tirem ou não votos tradicionais).

2- E do lado da oposição o que é que a divide?
Boal, Carvalho, Abrantes Mendes, os mais depurados de bactérias continuístas, indo separados vão bater com a cabeça da parede, mesmo que um (Boal) não chegue a votos ou aí reúna menos que aqueles que constam da sua lista. Dividindo, facilitarão o reinado de Godinho ou Dias Ferreira, os quais, por sorte, já estão divididos.
Mas SAM ou BdC estão em roleta russa se, divididos, esperam ganhar com base numa dispersão tão grande de votos GL/DF.
Como é que se explica que a lista de PPC ao Conselho Leonino se tenha abstido na votação sobre a Comércio e Serviços? Para não falar na, alegada, baixa fidelidade de PPC ao ADN anti-continuidade.

3- Depois destas 2 épocas desastrosas e humilhantes, mudar de caras nunca foi tão fácil. É a oportunidade de ouro
Quando o jejum de 17 épocas teve início, as mudanças não tardaram e continuaram ao longo do tempo. Freitas sucedeu a Rocha (vamos dizer continuidade), Gonçalves sucedeu a Amado (ruptura), Cintra sucedeu a Gonçalves (ruptura), Lopes sucedeu a Cintra (ruptura). E depois o caso esteve preto Roquete sucedeu a Lopes, Roquete demitiu-se e voltou atrás e, mesmo quando foi campeão, Roquete começou à cabeçada com Duque e foi-se embora (ou passou para o banco)

a) Por que é que agora não há rupturas de facto?
a1) É só porque os mesmos não se vão embora, como Freitas ou Cintra?
Não! Não se pode estar à espera disso.
E convém não esquecer que Gonçalves não se foi embora. Foi a eleições e perdeu-as contra Cintra.

a2) E agora a continuidade divide-se.
Dias Ferreira, alegado continuísta, concorre Godinho.
É possível derrotá-la!

b) Qual a razão para não haver união de esforços entre quem está contra o status quo de 16 anos?
Porque é que não se forma uma candidatura única, forte, que baixe a guarda das divergências (duvido que sejam tão fracturantes assim) entre quem pretenda uma ruptura e ainda se assista ao espectáculo de figuras, mais subterrâneas (PCF) ou com algumas projecção no universo leonino (PPC), passarem de lado?

Esta é mesmo uma oportunidade de ouro para acabar com a famosa continuidade.
Porque a continuidade está na sua maior crise de sempre.
Não arranja melhor que JEB e a decepção, com os resultados futebolísticos, é imensa. Já não há 2ºs lugares, já não há taças, já não há uma outra vitória sobre os rivais (os 3 aos fóculporto foram uma gota de água num imenso deserto).
Porque a continuidade está dividida. Dias Ferreira tem projecção mediática e corre ao lado de Godinho Lopes.
Porque a continuidade até se viu obrigada a pescar nas últimas águas que foram a jogo (PPC+PCF)
Se, nestas condições de luxo, só defrontarem divisões (SAM+BdC), ganham e não vale a pena andar sempre chorar sobre o leite derramado ou a lamber feridas causadas por papões

Discordo apenas do “não arranja melhor do que JEB”, pelo contrário, JEB era o melhor que havia na altura, “Eles” tiveram que ir buscar a melhor figura disponível e ainda gastaram tempo e dinheiro a convencê-lo, JEB sem estar “queimado” era hoje o candidato ideal da Continuidade (como foi nas últimas Eleições), GL é um remendo, é um mau candidato, um figura facilmente atacável, com um passado de dirigente altamente discutível, o verdadeiro “golpe de asa” da Candidatura de GL é quem a compõe, gente de todos os quadrantes e composta para ser identificada como uma nova imagem, gente nova, aparentemente capaz, de boas famílias, gente da Oposição, ex-candidatos contra a Continuidade, gente da net (dos blogues), o discurso público de GL vai neste sentido (“continuidade?” - “Só temos 1 elemento da anterior Direcção!”), esta Lista tem de tudo e por isso vai ganhar! :arrow:

Parece-me claro que “eles” sabem-na toda e sabem urdi-la, para os derrotar só há 2 hipóteses, uma figura sólida e consensual do outro lado, ou alguém tão ou mais “sabidola” do que “eles”! :idea:

1- Continuidade no seu real significado são um conjunto de tipos que não defendem qualquer política em concreto mas sim a manutenção de um conjunto de cargos e de regalias. E depois agem em grupo, protegem-se uns aos outros em que se aparecer queimado outro é logo proclamado como a nova “moda” para os assegurar. Claro que depois dentro desses continuistas há aqueles que são roqueteiros e que para lá de querer a manutenção dos cargos ainda tem os esqueletos no armário para manter escondidos…

a)Abade é continuinista (embora agora se tenha armado em rebelde), BdS não é nada, era apenas mais um que iria ser instrumentalizado no caso particular pelo Abade. Essa facção da centúria é complicada de ser definida porque eles acima de tudo são mais de beija-mão ao Rogério Alves e este como todos bem sabemos faz questão de se dar bem com tudo e com todos (embora no fim ceda ao poder vigente).

Quanto ao Dias Ferreira:

Eu tenho uma interpretação muito pessoal para esta posição do Escadinhas.

Estou convencido que há uns anos atrás quando ele andava a falar em auditoria e a defendia à 2ª feira o FSF para o calar prometeu dar-lhe apoio como seu sucessor. O Escadinhas deve ter ido no engodo, é um gajo que sempre se colocou em bicos de pés para tentar alcançar esta posição, e a partir daí mudou a sua posição no programa semanal. Se bem nos recordamos foi o próprio a confessar que esteve praticamente tudo certo para ser ele o candidato da continuidade e que quando ele saiu do hotel para ir para mais um programa da SicN era ele o candidato e quando lá voltou já era o JEB.

Conclusão: o Dias Ferreira nunca foi respeitado dentro da continuidade porque toda a gente conhecia as suas ambições pessoais e não sentiam a confiança necessária nele. Provavelmente encenaram aquele número de poder vir a apoiá-lo para depois lhe tirarem o tapete debaixo dos pés. Não nos esqueçamos a forma ressabiada como ele andou durante os tempos naquela campanha, ele sabia perfeitamente que não tinha chance de ganhar as eleições frente ao JEB, e para não passar para a clandestinidade negociou um lugarzito como PMAG daquela lista. Desta vez a situação era diferente. Ele já sabia de antemão que nunca seria o candidato da continuidade, já se perfilava outro nome, e como tal atirou-se para a frente até porque para ele este é o momento do “sim ou sopas”: está já com uma certa idade que não lhe permite adiar muito mais tempo a luta e o candidato da continuidade por muita máquina que tenha por detrás a trabalhar para ele é um rosto mediaticamente fraco.

b)

Não existe. O que existiu entre o FSF e o Dias da cunha é que estes pelos vistos tinham e pelos vistos continuam a ter problemas de ordem pessoal para resolver. Foi com base no pressuposto de que este se candidataria que ele foi inicialmente apoiar o PPC. Aliás, o próprio JEB admitiu a existência de quezílias pessoais entre os diferentes membros só que estes depois chegam à hora e querem é o lugarzinho.

c)
c 2)
Não conquistam nada. Da mesma forma que há indivíduos maus num lado, também os existem no outro e o PPC revelou-se um tipo sem qualquer tipo de pudor que passou de um extremo ao outro aproveitando-se da falta de união e de força mediática da oposição. Se formos a ver o PPC neste último ano e meio foi quando sempre conotado como “A Oposição” e agora tirou proveitos disso para ganhar o seu lugarzinho. Fez pela sua vida.

2. Aí não tenho uma grande opinião definida. Parto do princípio que seja questões de índole de valores partilhados ou não, de vaidade e também tricas pessoais. Como é um espaço menos mediatizado fica mais difícil criar uma opinião sustentada.

3) Tudo isso é verdade mas a máquina está montada e conseguem instrumentalizar a imprensa e até o próprio nome do clube em seu benefício.

Quanto ao resto concordo contigo. A oposição enquanto andar dividida não vai lá. A continuidade na hora da verdade une-se toda em torno de um objectivo comum.

Vou apenas responder à questão:

Existem dois factos que impedem a “oposição” de se unir, sendo que eles até andam de mão dada.

  1. A inexistência de uma figura de “peso”, não necessariamente que tenha estado presente na vida do clube durante estes anos, mas que queira verdadeiramente mudar o rumo do clube.

Uma figura destas, que vá mais além do clube e seja imediatamente reconhecida pela sua actividade na sociedade em geral, e que represente, independentemente das suas ideias renovadoras, uma garantia de “seriedade”, entendendo seriedade como uma postura “de estado”, que obtenha o respeito de quem esteve nos órgãos directivos de forma a tranquilizar os que podem ter razões para se sentir ameaçados por determinadas intenções.

  1. A postura e posicionamento dos elementos mais activos da “oposição”, que apesar de partilharem algumas das ideias estruturantes, não conseguem deixar de lado os egos e, porque não dizer, interesses pessoais que, podendo até ser aceites, não permitem a união de facto.

Depois, é preciso sempre perceber, não estamos a falar de partidos nem politica. Por pouco que se goste de determinadas figuras, sobretudo dirigentes ou ex-dirigentes, existe bem lá no fundo a percepção de que estamos todos a lutar pelo Sporting, e isso em si mesmo “condiciona” (para o bem e para o mal) toda esta situação.

Creio que foi em resposta a um post meu que alguém foi buscar uma comparação entre BdE e CDS-PP, defendendo que consensos no Sporting, tal como na politica, não são possíveis… eu acho que não é assim.

Existiram no passado, mesmo recente já com JEB, iniciativas que mostraram a possibilidade de gente com ideias muito diferentes, trabalharem em conjunto para um bem comum, independentemente do cenário em vigor no clube. E foi muito provavelmente isso que levou a que agora, uma lista conotada com a continuidade (e que, para já, antes de mais esclarecimentos, eu considero como tal) se tenha formado com recurso a gente que não pensa toda da mesma forma… e mais alguns ficaram de fora, apesar de terem sido contactados e terem ficado na fronteira para entrar.

Para mim na verdade as coisas são mais simples, porque acho que existirão poucos pontos que realmente dividem a massa associativa, e mesmo esses poderiam ser trabalhados.

Acho que hoje em dia os mais importantes, fundamentais mesmo, são:

  • Auditoria (no sentido de avaliação do que ocorreu num sentido de pacificação, para já, do clube)

  • Questão SAD e sua gestão efectiva, entre um modelo empresarial e um modelo associativo

A partir destas duas questões restam outros assuntos, passíveis de discussão, de disputa, mas bem mais controláveis e geradores até de sinergias interessantes (o Pavilhhão e toda a questão eclética, os estatutos e, apesar do peso que tem, a estratégia desportiva para o futebol profissional).

No entanto, e enquanto os principais actores (que não somos nós aqui no fórum, que isso fique de uma vez por todas claro) olharem mais para o umbigo e menos para o Sporting, mesmo uma questão ridícula como a cor das cadeiras ou o emblema, serão tornados num campo de batalha, onde o que interessa não é chegar a conclusões, mas matar o máximo de inimigos possível.

E assim não vamos lá… :naughty:

Concordo com o Rui, nenhuma das candidaturas tem um nome muito forte e isso dificulta a união.

Mas mais que isso, existe Abrantes, BdC e Boal (?) que possivelmente se poderão unir mas mesmo assim Abrantes Mendes é a figura mais forte dos 3. Depois ainda há Baltazar, com apoio de Eduaro Barroso que lhe dará uma vantagem em relação às listas dos restantes “anónimos”, que bastante possivelmente defenderá uma posição accionista na SAD diferente dos demais (isto imagino eu).

A união destas 4 listas faz tanto sentido como a junção do candidato derrotado das ultimas eleições com Godinho Lopes. União esssa tão criticada.

Depois há os interesses pessoais e muitos existem, porque vamos em quase 10 listas certamente com muita gente sem qualquer valor mas que quer aparecer, que quer formar o próximo bloco dentro do Sporting para possivelmente um dia mais tarde…

Mas GL ficará sempre aquém dos consensos que JEB gerou em 2009. Não estou a falar do resultado eleitoral, mas da reunião de apoios. A profusão de candidatos, que até ao momento estão no terreno, demonstra-o.
GL é tão pouco consensual que muita gente escapou da alçada e dispôs a avançar sozinha, algo que não fizeram em 2009. Pelo contrário DF até estava no papel como o consensual possível, sentiu-se traído porque JEB é que foi, ponderou prosseguir (nº das escadas II), mas retraiu-se e acabou seduzido.

Pois eu acho que nem é preciso saber tanto para que “eles” sejam derrotados.
Neste momento fraccionaram-se tanto que é cada vez mais possível.
A GL+DF acresceu Baltazar com Santana, o 1º testa de ferro de Roquete.
Não podem ganhar os 3 e isso só favorece quem aposte numa renovação profundíssima de caras.
Se juntarmos o facto das eleições poderem ser mais participadas (sábado), com votantes de fora de Lisboa, uma única lista sem conotações de tempos recentes poderia ter hipóteses.
Aliás teria cada vez mais hipóteses

farinha,

As eleições anteriores tinham 2 candidatos, estas têm 6, até ver, pelo menos 3 ou 4 muito fortes ou com potencial de fazer pender as mesmas numa ou noutra direcção, GL, DF, SAM e PTB, são contextos totalmente diferentes! :great:

Como isto agora parece calmo, sem bombas de treinadores, nem quebras, vamos ver se dá.

Rui Sampaio, não sei se SAM tem uma candidatura fortíssima.
Noutro contexto já recolheu 25%. Se hoje repetisse esse resultado em % (sei que é difícil), com muitos candidatos (e não 2), podia disputar a vitória. Mesmo sem saber quantos votos teve contra FSF, se agora os aumentasse (e o estado clube favorece-o) disputava a vitória.
Mas o contexto é mesmo muito diferente e não duvido que alguns dos seus votantes se dispersem por BdC e, quiçá, DF.

[hr]

Portanto, tacho e mais tacho. Devo dizer que tenho dificuldade em entender isso. E estas eleições demonstraram que alguns, como DF, Eduardo Barroso ou Abade, partiram a corda que os atava ao tacho. Se se vão atar de novo após as eleições, logo veremos. Mas na hora de disputar o poder estão em lados diferentes da barricada de Godinho.

Não consigo ter essa visão dos bons e dos maus, muito menos dos bons que afinal eram maus.
E recuso-me a aceitar que, afinal, PPC sempre tenha sido continuidade, nos termos em que a definiste. O que aí dizes é quase: mascarou-se em 2009 para em 2012 se atar ao tacho. Não vou por aí.

A minha questão era mesmo essa: que valores dividem. Se forem tricas estamos mal. Se o Sporting não for superior a tricas, é melhor ficarem a brincar às tricas. Recuso-me, e estou a falar muito a sério, a pensar que seja isso

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Acho que, por exemplo, SAM poderia ser essa figura. Aí concordo com o Romero
Mesmo que a justiça tenha má imagem na sociedade, não se conhecem a SAm rabos de palha.
É um homem de dentro do clube, reconhecido. Mesmo o pormenor bigodes foi resolvido. O homem falhou porque o promoveu, mas arrependeu-se, recuperou, actuou como um PMAG deve actuar.
Sobre os egos, já disse o que tinha a dizer

Quanto ao resto concordo contigo. Mesmo essas questões que fracturam os sócios, convenhamos que têm pouco peso eleitoral (não quero dizer pouca importância e até entendo que se inter-relacionam como pescadinha de rabo na boca).
Não deverão existir mais de 500 sócios que dão importância fundamental e têm conhecimento suficiente para auditoria, o modelo associativo/empresarial da SAD.
O ecletismo e o futebol profissional (relacionados com aqueles, mas…) já são bandeiras mais populares e, essas sim, dividirão a restante massa.
Programas perfeitos não existem. E tudo isso, como bem dizes, trabalhável.
E candidatos que agradem a todos tb não existem

Partilho a 100% da tua conclusão

Vamos lá a esclarecer: não vou dizer que 100% dos casos sejam uma mera questão de tachos. Conheço um caso particular de alguém que apoiou o Bettencourt e sei que não o fez por uma questão de interesse pessoal. E como esse admito que possa ter havido mais uns poucos. Mas infelizmente são uma minoria. Há lá gajos como o marreco do Meneses Rodrigues que até se dá ao luxo de telefonar ao Souto (coitado, esse só aparecia no Estoril Open!) a ameaçá-lo caso este se candidatasse… São tipos que estão lá há uma série de anos, alguns até que vem do tempo do João Rocha e que vão dizendo sempre Amen a tudo e ficando por lá!
Como é que se pode vir constantemente vir a público dizer Amen a todos o presidentes, mostrar sintonia e segurar cargos, mesmo quando a conduta deles é tão díspar? É evidente que é uma situação de interesses. Seja tachos, seja uma questão de vaidade e querer ter espaço mediático ou simplesmente querer usufruir das regalias.

Quanto a esses casos particulares não dá para comparar. O Eduardo Barroso tem uma mentalidade algo…discutível ::slight_smile: mas é indiscutível sportinguista e parece que chegou ao seu limite. Já o caso do Abade é outro. O Abade foi traído pelos seus amiguinhos continuistas que o deixaram na mão quando ele apareceu com a solução Braz. O Braz neste momento está ressabiado e daí este barulho todo contra a continuidade.

Que outra conclusão se pode tirar?

Em 2009 defendia auditoria, era contra passagens da Academia para a SAD, contra as reestruturações financeiras e fazia do pavilhão a sua bandeira. Neste momento abdica disso tudo. A auditoria já não interessa para nada, não se conhece nenhum interesse em reverter o processo da passagem da Academia para a SAD, agora para lá de não ser contra a reestruturação financeira até parece que está numa lista que vai defender mais outra (novo Ovo kinder) e do pavilhão nunca mais se lhe ouviu dizer uma palavra.
Nomes como Nobre Guedes e Carlos Freitas até já são vistos como aliados e a banca outrora vista como um bicho papão atá já passou a ser um aliado do clube.

A minha questão era mesmo essa: que valores dividem. Se forem tricas estamos mal. Se o Sporting não for superior a tricas, é melhor ficarem a brincar às tricas. Recuso-me, e estou a falar muito a sério, a pensar que seja isso
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O problema é que se calhar não dá mesmo para recusar essa possibilidade. É triste mas provavelmente esse problema existe mesmo. Não me esqueço de agora há tempos o Costinha ter proferido um comentário patético sobre o papeplinho do Cintra e ter havido um cromo da oposição (AM?) que por quezílias pessoais ter dito que achava o comentário do Costinha pertinente. Estamos assim, infelizmente!

Sou da opinião que com o debate de hoje há só 4 candidatos na corrida, ZB nunca esteve na corrida e PTB hoje terá dado uma machadada nas suas aspirações (muito mau! ^-^), os outros 4 mantém influência para ganhar ou fazer pender estas Eleições num sentido ou no outro, por isso mantenho a opinião que dei mais acima (trocando PTB por BdC), GL, DF, SAM e BdC estão na corrida e acho que há ainda muito por decidir!

Tenho pena que SAM e BdC não consigam fazer uma Candidatura conjunta, acho que seria muito forte e o mais aproximado possível a um consenso na Oposição, ainda por cima com o DF na corrida a fazer dispersar votos pelo lado da Continuidade, oportunidade de ouro que se pode estar a perder, irremediavelmente a meu ver! >:(

Concordo.
Neste momento a corrida está totalmente em aberto e depende sobretudo da capacidade de Abrantes Mendes em ter capacidade de renunciar. O Bruno Carvalho hoje conseguiu captar a atenção dos sportinguistas, deu-se a verdadeiramente a conhecer em termos mediáticos e fê-lo com estrondo.

Da maneira como as coisas ficaram hoje com o debate, diria que se a eleição fosse amanhã o próximo presidente chamar-se-ia Dias Ferreira. O Escadinhas foi inteligente na forma como geriu o debate mesmo sem dizer coisa nenhuma. Limitou-se a ser um pouco populista e contrariamente ao Godinho Lopes não procurou minimamente criar confusão com o Bruno enquanto este, de uma forma mais racional que o Boal, ia devastando o Godinho Lopes.

Devo estar muito doente. Deixa-me colocar umas setinhas :arrow: :arrow: :arrow:
Depois deste debate, fiquei convencido que Godinho Lopes poderá ter sido um erro tremendo de “casting” (o psilva já o diz há muito) e que estas eleições poderiam ser O momento da mudança pelo qual tanto ansiamos.

No entanto, e apesar de depender unicamente da oposição, toda a estratégia de lutar por uma mudança ruirá sobre a própria oposição. Enquanto a continuidade está concentrada numa lista (e dispersa um pouco no Dias Ferreira, mas esse é um mestre na dissimulação), a dita oposição está extremamente fragmentada. Quem está realmente farto da continuidade vai dispersar-se pelas restantes candidaturas consoante o perfil de cada uma, porque todas elas têm um perfil diferente. Não existe uma figura que consiga congregar todos os descontentes.

Estando o Bruno de Carvalho, aparentemente, à frente na preparação da candidatura, Abrantes Mendes deveria abdicar ou, a melhor hipótese, juntar-se, por exemplo, como PMAG.
Zeferino Boal deverá (espero bem que sim) abdicar, mas mesmo que vá a votos, não irá roubar votos a ninguém.

Bottom line, as perspectivas de mudança efectiva estão totalmente do lado da oposição. Tem aqui a oportunidade de ouro. Resta saber se a quer aproveitar.

O principal entrave a uma união de candidaturas que representam a oposição é Futre e Rijkaard. Tendo estes dois nomes confirmados, e quando Futre é um rosto que em nada dignifica o Sporting Clube de Portugal, é extremamente difícil unir os projectos de Bruno Carvalho e Dias Ferreira.

Qualquer união minimamente capaz de competir com a nojenta e oca candidatura de Godinho Lopes terá de contar com Dias Ferreira, nome que por si só possui credibilidade junto de determinada falange de sócios, a tal que, ao longo dos últimos actos eleitorais, tem votado sistematicamente em quem se encontra próximo da banca e da linha Roquete.

Outro factor importante, este de ordem somente mediática, é o possível envolvimento de João Rocha, podendo colocar-se de lado desta ou daquela candidatura. O filho poderá ser um trunfo, creio. A Vice-Presidente, por exemplo, seria uma escolha interessante.

Existem outros nomes, acredito.

Em relação ao Futre, seria trapezismo puro Dias Ferreira retirá-lo do seu projecto, ou, por outro lado, Bruno Carvalho aceitar este como seu DD, dado que tal destruiria qualquer argumento que vise um Sporting renovado e 100% Sportinguista.

Creio que Godinho Lopes nunca terá menos de 20% dos votos, pelo que duvido da capacidade de o Sporting sair plenamente unido após o acto eleitoral - penso que o risco de total balcanização é real. Bruno Carvalho é o candidato ideal para os que votaram no Ser Sporting; Dias Ferreira compete pelos apoiantes de Godinho Lopes; Godinho Lopes contará com o voto dos indefectíveis, os tais que apostam cegamente em quem provém da tal linha; Abrantes Mendes terá certamente o voto de alguns Sportinguistas de idade considerável; Zeferino Boal contará com os votos de amigos e familiares; Pedro Baltazar, sem dúvida a decepção destas eleições, poderá inclusive ser o grande perdedor na noite de 26 de Março.

Num clube com padrão mínimo de exigência, Baltazar desistiria amanhã, assim como Godinho, ou a linha Roquete, não marcaria presença no acto eleitoral.

Depois de tudo o que já li sobre o debate de ontem, parece-me quase evidente que BdC e SAM separados podem facilitar a vitória de GL (que só não é garantida por causa de DF)
Tenho até sérias dúvidas sobre a capacidade dos 2 (se separados) constituírem 2 equipas sólidas e credíveis (o universo leonino não é ilimitado e tipos com qualidade e disponíveis para trabalhar no Sporting não existem aí ao virar de cada esquina)
Com uma convergência, até os pontos fracos de cada um poderiam ser supridos
E os pontos fortes complementar-se-iam em favor do produto final, que assumiria uma forma bastante atraente

BdC (programa e energia executiva)+SAM (sportinguismo dos velhos tempos)+DF (populismo) seria sonhar muito alto
Não me venham com metáforas da ginástica, de culinária ou do interior de armários de cozinha, porque o que está em causa (o Sporting) justifica muita capacidade negocial, cedência e promoção do bom que cada um encerra. Isto não é altura de cortar a direito ou de lutar contra tudo e contra todos, fazendo finca pé de princípios virtuais ou de umbiguismos sem lógica.

O que me irrita é que SAM apareceu tarde e depois de andar a falar com candidatos. Pelo menos com Godinho falou. Escapou-me se o fez com BdC. Se o fez e mesmo assim avançou sózinho, é porque a possibilidade convergência já borrou.

Não me parece que a união de BC e AM garanta seja o que for. Como disse, a chave é mesmo Dias Ferreira.

Calma!
O SAM ainda não tem nada montado a não ser o baluarte Carlos Lopes. Duvido sequer que aquela ladainha dos 3 treinadores de ontem seja verdade (assim como da veracidade da colagem de discurso que o Boal aproveitou para fazer).

O SAM pode parecer um lírico mas também é rata sabida e conhece a forma como o pessoal votante olha para os candidatos. Ele ao andar em reuniões com este e com aquele passa a mensagem de pessoa interessada em ouvir, em colaborar, em ajudar. Tudo sempre em prol do clube.

Aos “candidatos” de ontem interessava sobretudo ir a debate. Por diferentes motivações, todos queriam ir a este debate. Penso que é consensual que por exemplo Boal não é candidato a nada e que apenas foi lá para alertar as pessoas para os erros do passado. É o chamado trabalho sujo mas tinha de ser feito. Será uma questão de tempo até sair de cena. O próprio Baltazar ontem queimou-se fortemente com a história do futsal e para alguém que está, como é o caso dele, a querer dar a conhecer-se aos sócios isso foi fatal. Mesmo o resto da sua participação foi um fiasco.

Portanto dos 6 automaticamente passou-se a ter ainda 4 candidatos. Creio igualmente que o SAM partiu para isto completamente atrasado na corrida e ontem apesar de ter falado bem e ter apelado ao coração dos sportinguistas não conseguiu fazer a diferença e elevar-se como A OPÇÂO de ruptura. Quem conseguiu isso foi o Bruno. Eles que se sentem a uma mesa e negoceiem condições.

Quanto ao Dias Ferreira é mais difícil de engolir. O Escadinhas partiu para esta eleição apenas com uma intenção: ser presidente. Seja como, com quem, contra quem e com que programa for. O homem sonhou a vida inteira com isto, todas as 2ªs feiras à noite ele ia para a Sic a pensar nisto e como tal não o vejo a ceder no que quer que seja já que ele neste momento já impõe duas condições primárias de negociação: ele ser o presidente e Futre ser o seu DD. Do lado do Bruno já existe o Inácio e não sei até que ponto este se encaixaria com o Futre. Uma coisa é certa: Futre tem muitos contactos internacionais e o Inácio é uma rata velha do nosso futebol. Não seria por aí que eles não se encaixavam. Existe é a questão dos egos…

Concordo plenamente, fora a inclusão de Futre na lista de BdC. Este quer um corte com o passado e quem o apoia sabe que ninguém da lista pertenceu à continuidade, é o seu trinfo, forte ou não. Futre nunca pertenceu mas é pessoa no grata e como tal duvido que o BdC o engula, perdia apoiantes decerto. DF está a solo e vai continuar.

Volto a dizer que BdC me pareceu bastante próximo de DF, tanto em estilo como em “amizade aparente”.

Eu diria que eo BdC te pareceu próximo do DF porque de facto era a pessoa que estava ao lado dele na mesa. 8)

De uma coisa estou certo: ontem o BdC ganhou o debate mas amanhã se houvesse eleições quem as ganharia seria o DF muito por culpa do desempenho do Bruno. Para o Dias Ferreira a actuação do BdC foi mel, foi uma espécie de amigo de debate que ajudou a fraccionar ainda mais o eleitorado de Godinho Lopes.

Neste momento não vejo porque é que o DF devia ponderar aliar-se a outro/os candidato/os, acho que se está a safar muito bem sozinho! :inde: