Se a moderação considerar isto uma repetição de tópico, actue em conformidade e, naturalmente, aceite as minhas desculpas. No entanto, a ligeira alteração do título do tópico que proponho é muito mais que uma subtileza.
Lembram-se de algum presidente de um grande clube que, nos últimos 30 anos, tenha sido verdadeiramente consensual e querido pelos seus sócios? Em 16 presidentes, apenas 1 único, o inevitável Pinto da Costa. Ou 2, vá lá, se considerarem o Fernando Martins.
Assim, e ao contrário do que às vezes se quer fazer crer, ser Presidente do Sporting é tudo menos fácil. Muito menos, nesta altura.
Sportinguismo e boa vontade não bastam.
Ser-se contra isto, ou a favor daquilo, também não qualifica ninguém.
É preciso muito mais. Muito mais do que nomes, nesta altura, é talvez mais importante estabelecer um perfil
Lanço algumas características que, na minha opinião, poderiam servir melhor o Sporting.
CONDIÇÕES BÁSICAS
1 - Sportinguista. Que seja inequivocamente Sportinguista, ainda que não tenha qualquer história de participação em anteriores órgãos sociais do Clube ou ligações a esta ou aquela tendência.
2- Um gestor. Um homem que tenha no currículo um passado de boa gestão, COM RESULTADOS, à frente de uma empresa ou de outra qualquer instituição, de preferência numa escala parecida com a que iria encontrar no Sporting.
3 - Um negociante experiente. Alguém que tenha espírito para negociar em nome dos interesses do Sporting e que não tenha medo de o fazer de forma INSTRANSIGENTE e RADICAL. Que não receie ser antipático e menos educado, se a situação o exigir.
CONDIÇÕES PREFERENCIAIS
4 - Que perceba de futebol, não só na vertente técnica mas, sobretudo, que esteja a par de algumas das particularidades do mundo do futebol profissional. Dos bastidores do balneário aos bastidores da Liga, dos caprichos dos jogadores às manhas dos empresários.
5 - Que entenda o significado que as outras modalidades têm para a história e matriz do Sporting e que se empenhe em criar aí uma dinâmica de vitórias mobilizadora.
6 - Que tenha a imagem, carisma e postura junto dos adeptos e comunicação social. Por muito supérfluo que isto possa parecer, cada vez mais me convenço que pode ser determinante. Quer para uma eleição, quer para o exercício de um mandato.
NOTAS:
Muito provavelmente, esqueci um ou outro atributo importante. Venha de lá, então, o vosso contributo.
Se, como é provável, não se encontrar ninguém que corresponda a este perfil, então que se preencha as condições em falta através da integração na respectiva lista de elementos que possuam essas competências.
Uma coisa é certa, se não soubermos O QUE queremos, é muito mais difícil saber QUEM queremos.
Resta agora a parte mais difícil, ou seja, colocar nomes à frente de cada condição.