Eleições Europeias

Ultimo deputado ainda nao definido

O PCP não esconde a ninguém que defende uma sociedade semelhante à da ex-URSS e ainda no último congresso reiterou o apoio ao modelo seguido pela Coreia do Norte e por Cuba, por exemplo. Tem necessariamente de ser considerado de extrema-esquerda.

O BE apesar de se afastar publicamente de regimes como o da China ou da ex-URSS, o seu líder Francisco Louçã disse já que admirava a Albânia de Enver Hoxha, e ainda há um mês numa entrevista à revista Sábado o Miguel Portas disse que o objectivo do BE era fazer o país caminhar rumo ao “Marxismo ou Marxismo-Leninismo”. Neste caso também se considerará de extrema-esquerda.

Isto obviamente é perante os padrões comuns do que se costuma classificar de extrema-esquerda. Mas pronto, isto são sempre questões de semântica e cada um usa a que quer, a prová-lo veja-se quando ainda há uns tempos o nosso Ministro dos Assuntos Parlamentares Santos Silva num glorioso momento de inspiração se lembrou de chamar ao BE e PCP “essa extrema-direita” e não fosse bastante o delírio ainda disse que o PS era o único partido de esquerda. :sick: :rotfl:

Quando dizes “Parece que voltamos ao tempo onde quem não era de direita era comunista…” não me parece que assim fosse, era mais ao contrário, era quem não fosse de esquerda era fascista. Veja-se que o próprio PSD para não causar melindre nos anos a seguir ao 25 de Abril tinha escrito no seu programa coisas como “a procura de uma sociedade socialista” e mesmo o Sá Carneiro para não afastar apoio popular a certa altura defendeu a reforma agrária em alguns pontos do Alentejo. No próprio CDS o padreco Freitas do Amaral nos tempos a seguir ao 25 de Abril chegou a dizer em discursos coisas como “somos um partido de centro-esquerda”.

Já agora e porque não nos podemos esquecer dos partidos pequenos:

http://videos.sapo.pt/W9pw4iPf085ofoZvq9sK

;D

Meu caro, o afã em generalizar causa incongruências insanáveis: Comunismo e extrema-esquerda são coisas que não se misturam. Bastava procurar conhecer um pouco da essência e não se produziria tal disparate.

O PCP antes professava o modelo de desenvolvimento soviético. Mais correcto, seria dizer marxista-leninista, com diversas variações.

O actual problema do PCP é o receio de evoluir, dar o passo em frente, e condenar os abusos intoleráveis que validou, e os que actualmente insiste em ignorar. A Coreia do Norte é o exemplo máximo disso.

Mas é o PCP o principal responsável por vivermos actualmente em Liberdade. Ignorar esse facto é rasgar uma página da nossa História contemporânea.

Outro mito urbano: “Francisco Louçã disse já que admirava a Albânia de Enver Hoxha”. Por qualuqre razão, essa dita entrevista nunca ninguém foi capaz de mostrar onde foi publicado. Quando não se sabe o que fazer, nada como largar um boato.

Portas nunca poderia ter dito isso. Se foi publicado, peço que coloques aqui uma digitalização. Só para esclarecer as pessoas, sendo eu incluído.

O discurso é esse mesmo: quem é de esquerda é prontamente etiquetado como um perigoso comuna. A convivência democracia nunca foi o forte de mentes que sonhos com os dias de ontem, e saúdam o salazarismo. Daí se entendem os discursos da ameaça “anti-democrática” dos votos à esquerda do PS. A votação é democrática quando resultado interessa.

Todos os partidos parlamentares validaram e votaram favoravelmente a Constituição de 1974. Não se pode alegar que o fizeram por mero conformismo e oportunismo táctico. Isso seria dizer que essa gente era indigna de representar quem quer que fosse.

E o Freitas, antes um ídolo, é agora o “padreco”, o traidor. A Zé Manel Barroso, o Pacheco Pereira, a Zita Seabra, a Celeste Cardona, esses sãos os inteligentes. Enfim…

O PSD nunca apoiou a reforma agrária. O CDS sempre se afirmou como partido católico e de centro. Só adornou à Direita com Manuel Monteiro, e acentuou essa tendência com Portas. Será também Lucas Pires um padreco? Fico curioso…

Sim, e não esqueçamos o maravilhoso PREC, que também podemos agradecer ao PCP…

Qual é a conexão entre uma coisa e outra? E já agora, o que foi o PREC?

Não votei nestas eleições porque opto sempre por desvalorizar as eleições para o PE, para não contribuir para veleidades federalistas. Mas fiquei muito contente com a vitória do PSD e a subida do CDS. É possível ao centro direita obter um mandato com maioria absoluta nas legislativas. Isto apesar da propaganda e das sondagens viciadas. Há meses que se percebia que os números não batiam certo. Não era possível haver tanto descontentamento no país com este governo e as sondagens apontarem sempre para uma maioria absoluta do PS. O CDS tem razão em sentir-se prejudicado. Há pessoas que podem pensar que votar num partido que tem 3 ou 4% nas sondagens não vale a pena. Mas se as sondagens apontassem para o resultado que o partido costuma ter nas eleições (entre 8 e 9%) é possível que até superasse a votação habitual. Além disso, não esqueço os problemas que as sondagens têm causado a sucessivas lideranças do PSD, quando afinal o partido do governo não tem a popularidade que se pensava. As sondagens podem sem dúvida contribuir para um determinado resultado eleitoral, para além de criar problemas internos na oposição, por isso acho muito bem que se investigue como é que essas empresas trabalham, e se apure se não há manipulação grosseira por detrás disto. A Eurosondagem, por exemplo, é dirigida por um militante do PS. Um tal de Rui Oliveira e Costa… :whistle:

Curiosamente, os partidos que declaradamente assumem a sua posição face à tentativa de imposição do modelo federal na Europa são o CDS-PP, BE e PCP.

Em Portugal não existe centro-direita. Existe uma Direita mal assumida, que tem complexos em assumir-se, dado que apesar de tudo, alimenta-se do Estado sem misericórdia.

Curioso ler que o CDS-PP subiu… Pena não ter sido feito o comparativo, do partido que ficou em… 5.º lugar. E subiu, dizem eles… :rotfl:

O partido ou tem propostas que vão de encontro com os interesses da população ou não. Essa conversa de quem vota é uma “maria vai com as outras” é um insulto e um atestado de imbecilidade a quem vota.

Das sondagens apresentadas, apenas a feita para a TSF/DE deu vitória ao PSD. Nenhuma estatística é infalível, e está sempre dependente das amostras seleccionadas. E já agora, quem dirige as outras? Tudo PS? De sondagens, o Portas é um expert…

Memória curta: reavivar um passado recente que deu péssimos resultados ao país, onde recursos forma saqueados sem piedade.

17-06-2009 - 17:00h [size=13pt][b]Europeias: houve quem votasse duas vezes[/b][/size] Eleitor reconhece que o fez em Leiria. Comissão Nacional de Eleições reconhece que há mais casos

Ainda só é conhecido um caso, mas a Comissão Nacional de Eleições diz que há mais. O jornal «Diário de Leiria» revelou nesta quarta-feira a história de Vítor Manuel Teixeira da Costa Santos, que provou ter votado duas vezes nas últimas europeias

Segundo ele, colocou a cruz no mesmo partido, primeiro na freguesia de Golpilheira, de onde é natural, depois na freguesia de Maceira, onde reside há 28 anos. A história é contada na primeira pessoa: «Há pouco mais de um ano pedi o cartão de cidadão e, depois recebi também uma carta a dizer que a partir de agora votava na Maceira», revelou, dizendo que resolveu testar o sistema e votar nos dois locais, usando o cartão de eleitor e o cartão de cidadão. Conseguiu.

O que Vítor Santos provavelmente não sabe é que esta experiência pode custar-lhe caro, porque é crime, segundo explica o porta-voz da Comissão Nacional de Eleições. «A pessoa sabe que votou duas vezes e isso é crime», referiu Nuno Godinho de Matos, podendo levar a uma pena de prisão efectiva entre seis meses e dois anos e uma multa que varia entre os cem e os quinhentos euros.

«Este problema tem que ser resolvido de modo a que, em futuras eleições, não se possa voltar a verificar a circunstância de um eleitor se manter recenseado em dois sítios diferentes do país», frisou o porta-voz à «TSF», considerando que o caso deve ser denunciado à Direcção-Geral da Administração Interna.

Este não terá sido o único caso, mas também não se sabem quantos foram em todo o país, mas a credibilidade das eleições não é posta em causa, dado que será sempre um «número residual». «Terá ocorrido não sei dizer se cinco, se vinte vezes, mas do ponto de vista estatístico não são relevantes. A credibilidade só seria colocada em causa se generalizadamente as pessoas votassem todas duas vezes», frisou Nuno Godinho de Matos.

Entretanto, contactado pela «TSF», Jorge Miguéis, da Direcção-Geral da Administração Interna, revelou o caso do eleitor de Leiria ficou a dever-se à falta de informação no recenseamento anterior, com falhas no cruzamento de dados.

E viva o rigor!
Tendo em conta as declarações do porta-voz da CNE vou assumir que apesar destas irregularidades, o resultado das eleições não poderá ser sequer posto em causa, no entanto acho inacreditável que isto tenha acontecido!

Eu já tenho o Cartão do Cidadão, no entanto, como este não possui o antigo número de eleitor nas costas (só tem o BI, o NIF, o nº da Seg. Social e o do Cartão de Utente), quando fui votar levei tanto o Cartão do Cidadão como o Cartão de Eleitor, sendo que na minha freguesia a única coisa que fizeram foi validar o número do Cartão de Eleitor com o caderno eleitoral (ou seja, na prática, fizeram com o Cartão do Cidadão o mesmo que faziam com o BI. Olharam para a foto, olharam para mim, validaram que era a mesma pessoa e depois puseram o cartão de lado enquanto validavam o número de eleitor).

É claro que em períodos transitórios a probabilidade de ocorrerem erros é maior, no entanto ver que o mesmo cidadão aparece em cadernos eleitorais de freguesias distintas só porque pelo meio decidiu fazer o cartão de cidadão, e ver que esse mesmo cidadão foi notificado institucionalmente de que passava a votar noutra freguesia, leva-me a questionar todo este processo.

Porque raio é que alguém foi avisar o homem de que passava a votar noutro sítio, se não o tinham eliminado previamente dos Cadernos Eleitorais da sua Freguesia anterior?!

Considerando o nível de abstenção nas ultimas eleições, quem teve a paciência de ir votar duas vezes devia receber um prémio.

Esta cena da dupla votação era TÃO ÓBVIA que até faz pena. Basta ver o cenário de 10% (só?) da população portuguesa: recenciados pelo “modelo antigo”, em que estão nos cadernos eleitorais das juntas de freguesias lá da terrinha; contudo mudam de morada para um novo local e entretanto tiram o novo Cartão de Cidadão. A 1ª coisa que dizem logo quando dão o cartão, é que não é preciso recenciarmo-nos porque com o CC votamos automaticamente no local da morada indicada no CC. Ora bem…e quem é que dá baixa nos cadernos eleitorais antigos, feitos à mão??? Ah pois é…

Espanta-me esta situação sinceramente. Mas certamente não será algo significativo.

Espanta-me mais ainda a estupidez (peço desculpa ao senhor mas foi mesmo) de vir dizer que votou duas vezes.

Neste caso posso falar com conhecimento de causa porque trabalho numa Junta. O que aconteceu nesse caso em particular foi uma de duas coisas:

  • ou houve erro informático no STAPE e o nome não foi automaticamente apagado da anterior freguesia aquando da solicitação do cartão do cidadão

  • ou ura e simplesmente o nome já não existia nos cadernos eleitorais da anterior freguesia, mas devido a uma vergonhosa negligência dos membros da mesa de voto (nada surpreendente num ambiente de pequena aldeia como era o caso) e talvez o tenham deixado votar até porque ele era um tipo porreiro lá da aldeia que os membros da mesa provavelmente já conheciam de ir lá votar anteriormente.

Alemid, quanto aos cadernos eleitorais antigos “feitos à mão” eles não existem. Já há pelo menos meia dúzia de anos que todas as Juntas de Freguesia foram obrigadas a colocar um programa informático fornecido pelo STAPE (a autoridade que trata dos recenseamentos), onde eram feitas as inscrições e já era impossível que o nome de um cidadão estivesse em cadernos eleitorais de duas freguesias diferentes, porque mesmo que uma pessoa tentasse inscrever-se em dois lados ao mesmo tempo (mesmo que as juntas lhes passassem um cartão), de imediato o sistema central reportava uma transferência ou então reportava que nova inscrição tinha sido anulada devido a irregularidade.

Desde que entrou em vigor o cartão de cidadão, as juntas deixaram de ter qualquer intervenção no assunto, e é tudo feito automaticamente pelo sistema informático central do STAPE. E todos os cadernos eleitorais são impressos através da base de dados nacional fornecida pelo STAPE.

Por isso, a não ser que o sistema informático esteja com erros não anulando anteriores inscrições (pelo meu conhecimento na minha freguesia, acho pouco provável, porque as alterações apareceram todas discriminadas), não se trata de problema informático. Por isso depreendo mesmo que foi um simples caso de negligência atroz dos membros das mesa que confiando num companheiro de aldeia deixaram-no votar meteram a pata na poça e depois riscaram um nome qualquer nos cadernos (acreditem, isto em ambiente de aldeia em que todos se conhecem, acontece mesmo). É um caso de autêntica labreguice nacional: um pato bravo que não se sabe comportar e dá-lhe para experimentações, e outros, patos bravos igualmente que num local de responsabilidade a servir a população, pagos e com o compromisso de honra de garantir o cumprimento das leis nas eleições levam aquilo na desportiva.

Os problemas que surgiram com os cartões de cidadão aquando das eleições foram:

  • as pessoas que ao aderir ao cartão de cidadão viram o seu recenseamento automaticamente transferido para a freguesia/posto referente à morada que indicaram no registo civil. Foram com certeza notificadas por carta da transferência do recenseamento, mas não perceberam ou não ligaram nenhuma e chegaram ao dias das eleições e apresentaram-se para votar como habitualmente na anterior freguesia/posto, mas chegaram lá e não os deixaram votar porque o nome já não constava daqueles cadernos eleitorais.

  • ao contrário do que acontecia até aqui, as juntas desta vez não tiveram acesso a cadernos eleitorais por ordem alfabética, apenas por ordem numérica. Portanto, as pessoas que agora apenas levaram o BI ou cartão de cidadão para votar (a única coisa que é precisa), provavelmente chegaram às mesas de voto e não sabendo o número de eleitor (que dá para consultar na net, por telefone, ou por sms), deixaram os membros das mesas às aranhas não sabendo eles como procurar o nome da pessoa nos cadernos. No caso da minha junta, eu mesmo me encarreguei de fazer por iniciativa própria umas listagens por ordem alfabética para prevenir chatices. Aqui, só há uma coisa a fazer: nas próximas eleições, o STAPE tem forçosamente que fornecer às juntas cadernos eleitorais por ordem alfabética como antes acontecia, senão haverá novamente balbúrdia. Eu próprio já fiz essa reclamação junto deles.

Obrigado pelo esclarecimento :great: , já acredito tão pouco na eficiência dos serviços públicos que às vezes cometo estas injustiças, e na verdade nos últimos anos a melhoria tem sido enorme.