Uma vez que este tema vai ser recorrente, aqui fica o tópico para uma discussão mais centrada neste assunto. O DN de hoje dá o mote:
[b]Eleições agitam universo leonino e 'candidatos' já reúnem apoios[/b]
ISAURA ALMEIDA
Sporting. Franco anuncia amanhã a recandidatura e Abrantes já sondou sócios
Dias da Cunha gostava de ver Eduardo Catroga (ex-ministro) a ir a votos
O universo Sporting está em polvorosa com as eleições para a presidência do clube. Segundo o DN apurou, ex-dirigentes, sócios e adeptos ilustres multiplicam-se em contactos e telefonemas para se perfilarem como candidatos, reunir apoios, ou saber quem está ao lado de quem.
Abrantes Mendes é aquele que estará, nesta altura, mais organizado. Mas também Rui Meireles, Paulo de Andrade, Dias da Cunha, Carlos Barbosa, bem como Rogério Alves, Ernesto Ferreira da Silva e até José Eduardo Bettencourt já foram sondados por alguns movimentos de sócios para saber da sua disponibilidade. Até agora, só Abrantes se mostrou disponível.
Abrantes Mendes, que em 2006 foi a votos com Soares Franco (teve 25,3% dos votos), confirmou ao DN que está a pensar seriamente nas eleições: “A recandidatura de Soares Franco é esperada, mas acredito que nem ele terá vontade de continuar como presidente. Há poderes instalados no Sporting que o obrigam a ir a votos.” O juiz desembargador diz no entanto que as eleições são “uma coisa muito séria, que pode mudar o futuro do clube” e , por isso, só avança se tiver apoios financeiros para fazer oposição “à séria” nas urnas. No entanto, segundo o DN apurou, Abrantes Mendes já tomou o pulso aos sócios para se perfilar como candidato e terá em breve uma reunião com uma entidade financeira.
E Soares Franco diz-se tranquilo perante uma eventual candidatura do juiz, mas esclarece que não é pressionável. “Durante 20 anos fui presidente da AG dos Bombeiros do Estoril, mas não tenho cara de bombeiro e nunca me senti assim na minha vida empresarial, nem me sinto bombeiro no Sporting”, afirmou. Uma declaração que complementa o que disse ao DN (há duas semanas): “Não são os bancos que decidem.”
Também Rui Meireles confirmou que já foi abordado por alguns sportinguistas. “Não sou candidato!”, disse, prontamente, o ex-director financeiro do clube, garantindo que já foi convidado para integrar uma lista, “de um ilustre sportinguista”, que só admite apresentar uma candidatura “se o actual Conselho Directivo fizer uma auditoria às contas”. Quem? “Ainda não é a hora para revelar nomes”. Mas aceitou integrar essa possível lista? “Não, mas é uma possibilidade a ter em conta para o futuro.”
Já Carlos Barbosa, confrontado pelo DN, recusou comentar uma possível candidatura. E Dias da Cunha disse que “gostava de ver Eduardo Catroga” a avançar. O DN tentou contactar o ex-ministro das finanças, mas até ao fecho da edição tal não foi possível. - B . P e T. S. P
Carlos Barbosa frequentou antigo cursos dos liceus no Liceu Charles Lepierre. Fez um curso de gestão no GECTI e uma pós-graduação pela AESE da Universidade de Navarra.
O seu percurso profissional foi sempre ligado a projectos editoriais. Foi fundador e administrador do Correio da Manhã, do Semanário, do Independente, das Revistas Kapa e Marie-Claire. Foi presidente dos conselhos de administração da Rádio Comercial e da Rádio Nostalgia, foi presidente da Associação de Imprensa Diária, Vice-Presidente do Clube Português de Imprensa, Vice-director da Federação Internacional de Editores de Jornais e Vice-presidente da Associação Mundial de Jornais.
Actualmente, é presidente do Automóvel Clube de Portugal e do Conselho Geral da Prevenção Rodoviária Portuguesa.
Em 2007, a convite de Carmona Rodrigues, associa-se ao seu projecto político, tendo nas eleições intercalares à Câmara integrado a lista de vereadores independentes “Lisboa com Carmona”.
Já percebi que isto vai ser animado… o mais engraçado é que a facção conotada com o status quo continua a apostar na conversa “como não é apetecível não há alternativas aos tempos difíceis”… Pelos visto, vontade não falta.
A “nova” reestruturação financeira delineada para o
Sporting Clube de Portugal
Como é do conhecimento público, o presidente da Direcção do Sporting Clube de
Portugal apresentou os seus planos para a reestruturação financeira do clube.
Anunciado como um novo plano, importa recordar que em anterior Assembleia-Geral
as medidas agora propostas foram recusadas pelos associados do Sporting Clube de
Portugal. Razão pela qual aparecem de novo, camufladas num “novo” plano de
reestruturação financeira.
O “novo” plano assenta em dois pontos basilares :
Emissão de VMOCs (Valores Mobiliários Obrigatoriamente Convertíveis) no valor de
55 M€, por parte da Sporting, SAD
Passagem dos direitos televisivos da Sporting Comércio e Serviços do clube para a
SAD a troco de 55M€.
É crucial para o futuro do Sporting Clube de Portugal que todos entendam o que está
em causa, antes de criticarem ou manifestarem apoio a estas medidas.
A figura das VMOCs obriga o emitente – Sporting SAD, no caso – a proceder ao
reembolso do valor em espécie, na data de vencimento. No caso, propõe-se que o
reembolso seja efectuado através da entrega de acções da Sporting SAD. Se for tido
em conta o valor actual do capital social da Sporting SAD – 40M€, facilmente se
percebe que o Sporting deixará de ter qualquer hipótese de ter a maioria do capital
da SAD após o vencimento das VMOCs.
A emissão de VMOCs foi objecto de decisão na Assembleia Geral de Maio de 2008, ou
seja, há menos de um ano.
Aliada a esta operação, surge a “venda” dos direitos televisivos da Sporting Comércio
e Serviços à Sporting SAD no valor de 55M€. Valor este utilizado, posteriormente,
para abater o passivo do clube. É ainda de realçar que um dos accionistas da Sporting
SAD detém o monopólio de negociação dos direitos televisivos nos campeonatos
profissionais portugueses.
Mais uma vez, esta deliberação foi levada à consideração dos associados do Sporting
na assembleia magna de Maio de 2008. A direcção do clube pretende colocar
novamente a votos esta mesma medida. E, mais uma vez, se impõe a pergunta:
porquê nova deliberação quando esta já foi a votos?
Paralelamente, prepara-se um Congresso Leonino onde um dos temas em análise é
precisamente o “Modelo de Sustentabilidade Financeira do clube”.
Não será legítimo que os associados pretendam dar valor a esse mesmo Congresso e
adiar eventuais medidas desta dimensão para depois do Congresso? Não será de
esperar moções interessantes por parte dos diversos associados que permita outro
tipo de plano de reestruturação financeira para o Sporting Clube de Portugal?
Não será também legítimo respeitar as decisões anteriormente tomadas em
Assembleia-Geral do clube (o orgão máximo do Sporting Clube de Portugal) pelos
sócios ?
Nós, na AAS, exigimos que tal orgão estatutário seja respeitado e não sejam
tomadas, pelo menos até final deste mandato, medidas hipotecárias do futuro do
Sporting Clube de Portugal.
Nós, na AAS, não nos revemos num clube-empresa onde os associados se tornam
meros consumidores com as nefastas consequências que daí advêm : 27.000 sócios
efectivos com as quotas em dia e uma grave crise de “militância”. Com as dramáticas
situações que outros clubes-empresa atravessam nos dias de hoje – Chelsea à venda,
Newcastle United abandonado por anterior dono, por exemplo. Veja-se o exemplo do
Hamburger SV. Clube que compete na exigente Liga alemã mas que, evitando a
“entrada do negócio no seu futebol”, se mantém hoje apenas como uma Associação e
compete pelos primeiros lugares da I Liga Alemã – está actualmente a apenas dois
pontos do I classificado.
Nós, na AAS, vemos as SADs como uma imposição legal como forma de aumentar o
rigor e a transparência na gestão dos clubes em Portugal e não o contrário.
“Porque o futebol deve ser um desporto de alta-competição gerido como um negócio
e não o contrário” – Andy Durnham, Secretário de Estado do Desporto em Inglaterra.
Declaração emitida em Londres, no Congresso da organização Supporters Direct para
a qual a AAS foi convidada.
Foi lá que o futebol nasceu. Foi lá que algumas destas situações se manifestaram
pela primeira vez. Aprendamos, de vez, com os erros dos outros.
Pelo presente, e sobretudo pelo futuro do Sporting Clube de Portugal!
Comité Executivo
Associação de Adeptos Sportinguistas, AAS http://www.aasporting.com
De um modo geral, creio que o trabalho do FSF tem sido positivo, superando as minhas expectativas. Se não houver outra proposta credível, não tenho dúvidas que este tem de continuar a ser o presidente do clube.
O Sporting, mais do que nunca, precisa de pragmatismo, realismo e colocar de parte a megalomania e exuberância que caracterizava um pouco o clube nas eras anteriores a Sousa Cintra, incluindo este.
Construir uma equipa competitiva gradualmente, com este treinador, creio ser o passo certo para a evolução do clube.
Acredito que a maior parte preferisse uma gestão à benfica, com a contratação de nomes sonantes, mas com consequencias prejudiciais ao clube, nomeadamente produção sofrivel. interessa adequar a grandeza e actual estado do clube, com a realidade.
E que tal alterar a realidade e actual estado para a adequar à grandeza do clube?
Pensava que o Sporting tinha bons gestores. Se têm de adequar o Clube à realidade actual (somos o 2o com mais adeptos, o 3o a nível de sócios pagantes, o 3o a nível de orcamento no futebol, o único dos grandes sem pavilhão para as modalidades) então estamos feitos - nunca mais vamos passar do 2o ou 3o lugar em tudo. :eh:
para chegar a esse lugar, o primeiro, é preciso tempo. A realidade actual do clube resume-se ao estado financeiro do clube, pelo que a prioridade talvez seja corrigir as contas, ao mesmo tempo que torna a equipa de futebol mais competitiva.
Infelizmente já é assim desde o tempo do João Rocha (na altura do seu ultimo mandato, com o Porto a ultrapassar claramente o Sporting), se calhar estamos agora mais perto dos nossos rivais do que nessa altura.
Concordo, é preciso tempo. Discordo, o estado financeiro do clube ninguém o sabe, o estado financeiro da SAD é relativamente bom desde há alguns anos… e além disso, resumir a realidade actual do clube ao estado financeiro é a “alteracão da realidade feita por FSF”, porque esse não é nem nunca foi o objectivo do SCP (ter como objectivo número um o seu estado financeiro).
Corrigir as contas não dá, infelizmente, um rumo ao Clube, não o levanta, não lhe acrescenta nada, não o valoriza. Corrigir as contas é uma medida de gestão básica efectuada por qualquer gestor numa actividade comercial, porque o objectivo do Sporting não é corrigir as suas contas, mas sim afirmar-se como um grande clube português que procura conquistar títulos (sendo o Campeonato o mais importante).
Exacto, mas vê lá se o Pinto da Costa não consegiu “alterar a realidade” do Porto, passando-o de terceira para primeira potência futebolística nacional? E não, não estamos mais perto, já que temos menos adeptos e maior diferenca para os rivais nos títulos importantes ganhos no futebol e nas modalidades.
No caso de considerarmos todas as modalidades, a situação agora é ainda mais vantajosa do que no tempo do João Rocha. Tambem acho que estão a dourar a pilula demasiado no tempo do João Rocha. Já no tempo dele só no andebol é que eramos o clube com mais titulos (o que mantemos), quer no hoquei, volei e basket nunca fomos o clube com mais titulos. No hoquei tivemos um bom periodo e depois o Porto surgiu em força e só passado alguns anos é que conseguimos uma excelente equipa e promissora (Paulo Alves, Pedro Alves, Paulo Almeida, Vitor Fortunato) só que era o tempo do Jorge Gonçalves e não havia dinheiro para nada e todos estes jogadores foram se embora. No basket, vivemos um periodo aureo com o Rui Pinheiro, Nelson Serra e Lisboa, mas deixamos fugir o Lisboa (na altura o FSF ainda devia estar na ABVE) e foi por aí abaixo até descermos à 2ª divisão (Sousa Cintra). O volei foi um fogacho durante alguns anos com a aposta no Miguel Maia (grande sportinguista), mas que nunca teve consistência. Culpar o projecto ou FSF da extinção destas modalidades é não conhecer a história do Sporting. A situação das modalidades de pavilhão começou a detriorar-se com a abolição do pavilhão por causa da estação do metro e isso ainda foi no tempo do João Rocha.
Moura, chega de falar dos antigos presidentes, estamos a falar só deste, Filipe Soares Franco. A pergunta que se faz é: nestes 3 anos de mandato de Soares Franco o clube melhorou? Piorou? Ambos? Mas qual o saldo final? É disso que se fala.
Mas penso que estamos de acordo se se disser que algo tem de ser feito para alterar a situação
Creio que mais interessante que andar a localizar o ponto no tempo onde certas Modalidades foram extintas ou começou o declínio, é falar no que pode ser feito pelas Modalidades actuais e não nas que não existem. (foram extintas, estão extintas até que existam condições para as reabilitar). As Modalidades precisam de:
[+] Um Pavilhão mesmo que modesto, coisa que não vai acontecer com FSF, prometa ele o que prometer (se quisesse mesmo, já tinha cumprido ou a coisa ia adiantada)
[+] Ser promovidas correctamente junto dos Sportinguistas
[+] Ser ‘acarinhadas’ pelo Clube em vez de serem tratadas como o parente pobre
[+] Ter investimentos à altura da competição (ou seja, é preciso procurar primeiro e só aceitar um menor investimento caso isso signifique orçamentos estapafúrdios ou que comprometam o equilíbrio global das contas do SCP).
ainda é muito cedo para se ter uma posição firme nesta matéria, mas nenhum dos nomes avançados creio que tenha hipóteses contra franco. não votarei em nenhum deles, portanto votarei em branco, se apenas as figuras mencionadas avançarem.
rui meireles, como já foi dito, só pode ser anedota.
Apenas tenho um comentário a fazer, que aliás já mencionei no tópico do FSF.
Enquanto não for permitido a todo e qualquer candidato jogar com armas iguais, considerarei Filipe Soares Franco como um DITADOR e pessoa que não é SÉRIA!
Jogar com armas iguais significará que todos os eventuais candidatos à presidência do Sporting Clube de Portugal, bem como os Sócios e Adeptos possam conhecer a verdadeira realidade financeira do clube e da SAD através de uma AUDITORIA rigorosa e independente.
Caso isto não seja feito, apelarei e concentrarei esforços no sentido de BOICOTAR a campanha de FSF, o Congresso e o Processo Eleitoral.