Para já, os que mais gostei (por esta ordem):
Jessica Pratt - On Your Own Love Again
Não é lo-fi, mas nota-se a “familiaridade” da produção. Arranjos intimistas e bonitos, e fantásticos versos cantados pela J.P. “Back Baby” e “Moon Dude” são impecáveis.
Father John Misty - I Love You, Honeybear
Um tratado. Excelentes canções e bem menos lamechas do que o título poderia fazer prever. “Bored in the USA” e “Holy Shit” são excelentes.
Matthew E. White - Fresh Blood
O tipo que fundou uma editora com banda residente, a trazer a herança da Motown ao Século XXI. Disco bem concebido e incrivelmente bem tocado, intersecção soul e gospel, arranjos grandiosos (sem ser “balofos”).
Sufjan Stevens - Carrie & Lowell
Grande disco, grandes canções. De volta à melhor forma.
Earl Sweatshirt - I don’t like shit, I don’t go outside
Muito mais minimal e expansivo que o do Kendrick, mas com palavras afiadas e esse minimalismo nos beats a resultar muto bem. Grande disco.
Laura Marling - Short Movie
Tal como a Pratt, mestre na arte “fingerpicking”, um disco mais expansivo talvez (momentos mais “rock”, outros mais recatados). Oiçam a sessão dela no site Aquarium Drunkard, excelente.
Kendrick Lamar - To Pimp a Butterfly
Celebração colectiva e ambição no disco. Resultou muito bem.
Courtney Barnett - Sometimes I sit and think, sometimes I just sit
Não fosse uma ou duas canções fracas e seria possivelmente o meu preferido. No seu melhor é imbatível (a beleza intimista de Depreston, o rock a rasgar de Pedestrian at Best e o monumento que é a Small Poppies).
Moon Duo - Shadows of the Sun
Psicadelismo e aqui e ali pitadas kraut, riffs em loop, bela viagem.
Natalie Prass - Natalie Prass
Banda de estúdio da editora do Matthew E. White (e de outros) a tocar também na estreia da Natalie Prass. Muitíssimo bem tocado, e uma voz que ao princípio se estranha mas que depois entranha (tal como a da J. Pratt, diga-se). Oiçam a “Baby don’t understand me”.
Ryley Walker - Primrose green
Guitarrista virtuoso, muito folk americano, com músicos muito bons a tocar com ele. Talvez pudesse ser mais aberto, ter mais momentos de “respiração” e loop.