Dias da Cunha: Não tenho confiança nenhuma no presidente do Sporting

[b]"Não tenho confiança nenhuma no presidente do Sporting" [/b]

Regressou às reuniões do Conselho Leonino na semana passada, na qualidade de ex-presidente. Não foi por acaso…

Saí da última reunião em que tinha participado convencido de que era absolutamente inútil estar no Conselho. A imensa maioria dos membros estão tão agarrados ao poder ou a quem o tem que não são livres para procurar esclarecimentos. Quando, na reunião, o presidente substituto [Soares Franco] levantou pela primeira vez a questão do buraco financeiro, alegadamente da minha responsabilidade, fiquei pasmado e quis esclarecer o assunto. Fui tratado de tal maneira que percebi que as pessoas não queriam ser esclarecidas. Preferiam que aquele senhor pintasse uma situação falsa sobre a realidade financeira do clube. A partir daí, entendi que seria inútil ir a reuniões de situacionistas.

O que o levou a regressar agora?

Porque tive conhecimento do que se iria debater no CL a reestruturação financeira do clube e uns zunzuns de mais uma venda de património. Achei que o Sporting tinha o direito de me exigir o esforço da comparência e do confronto com aquela gente.

E voltou a ser recebido por situacionistas, como lhes chama?

Exactamente. E para grande espanto meu, até pessoas eleitas pela lista concorrente a agir pelo mesmo diapasão.

A reestruturação financeira de agora em que difere da sua em 2005?

Continua a explorar-se a história do buraco. Tanto quanto me sinto à vontade para afirmar, as contas consolidadas do Sporting, a menos que tenham sido feitos grandes disparates em termos de contratações, continuam semelhantes, com os resultados na ordem de grandeza que serviu em 2005 para fazer a reestruturação com os bancos. De acordo com aquilo que foi dito, há uma melhoria no que respeita ao serviço da dívida, como uma redução dos encargos financeiros e das taxas de juro em diferentes operações. E isso coloca-me uma questão: como é que se explica que tendo os juros subido, o Sporting consiga reduzir a taxa ponderada [de 6,3 para 4,7]. São estes negociadores do Sporting gestores de um outro planeta, uns génios? Ou esta equipa dos bancos é substancialmente menos competente do que a que negociou com o Sporting desde 2005, indo agora contra os interesses patronais? É uma questão que deve interessar à CMVM e ao Banco de Portugal. Eu gostava de perguntar ao Banco de Portugal por que razão foram dadas condições especiais, de verdadeiro favor, ao Sporting.

Vai à próxima Assembleia Geral?

Não sei ainda. E estou a falar agora porque me sinto na obrigação de esclarecer os sócios.

O que é que pode então acontecer ao Sporting se as propostas da direcção forem aprovadas?

Aquilo que foi apresentado é uma operação muito complexa. Em causa está a emissão de um empréstimo obrigacionista de 60 milhões de euros obrigatoriamente convertível em capital. Estamos a falar de 30 milhões de acções, número suficiente para garantir a maioria do capital. Segundo Filipe Soares Franco, se as obrigações continuassem nas mãos dos bancos e estes fizessem a conversão, ficava-se perante a obrigatoriedade de uma OPA. Ou seja, essa operação permitiria que a maioria da SAD deixasse de ser do Sporting.

Soares Franco também disse que esse risco só se concretiza se o Sporting em cinco anos não fizer nada para o contrariar. E ele espera que se faça alguma coisa.

Pois, mas essa esperança não basta.

Não é inevitável que os clubes percam o controlo das SAD?

Só os sócios do Sporting podem decidir. Mas para isso precisam de estar devidamente informados. Precisam de saber que, aprovando este empréstimo obrigacionista, perdem dentro de cinco anos a gestão do futebol. Mas ceder à SAD a posição do Sporting na Academia é igualmente grave.

O clube fica com crédito, suprimentos, por exemplo, que se poderá converter em capital ficando o Sporting com a maioria.

Tudo isso são mais ses. Não, a operação que reduz o preço do endividamento só pode ser aprovada quando tudo estiver preto no branco e quando houver a garantia de que o Sporting não perde a maioria da SAD.

Tal garantia é possível?

Penso que sim, mas é preciso envolver os bancos desde já e garantir que estão de boa-fé. Um deles, tenho a certeza de que está; o outro não sei se está ou não está. E, mais, é preciso não esquecer onde fica a Academia, em Alcochete…

Está a referir-se à valorização dos terrenos de Alcochete devido ao novo aeroporto?

Claro. Por quanto tempo ficará proibida a construção e alterações na zona? Ad aeternum? Estou de sobreaviso em relação àquele senhor [Filipe Soares Franco] e não acredito que os bancos façam obras de caridade. Que combinações são estas? Se o povo do Sporting acordar, pode impedir esta operação ou exigir garantias.

E alternativas?

O Sporting é solvente, tal como se previu em 2005, mesmo aceitando que já foi empobrecido com os maus negócios da venda de património já efectuado. Aliás, as principais receitas nem provinham do património alienado. Portanto, o Sporting é capaz de continuar a gerar as receitas que lhe permitam assentar a estratégia na reestruturação de 2005.

E faz sentido a Sporting Comércio e Serviços passar para a SAD?

Não. A SAD tem de tratar exclusivamente da gestão do futebol. E não é nada fácil.

Depois da tantas críticas à reestruturação agora proposta, como foram feitos os acordos de 2005?

Tendo em conta as contas de exploração provisional do Sporting clube e das diferentes empresas do grupo ao longo de uma série de anos, durante os quais, assumindo determinados compromissos, se iria libertar o cash necessário, pagar o serviço da dívida e os próprios empréstimos. Estou convencido de que as realidades por detrás das contas dos anos daqui para a frente não se alteraram a não ser num aspecto: venda do património.

Na reestruturação de 2005, também se previa a alienações…

Mas noutros moldes. Fazia parte a alienação de dois dos seus bens: o edifício-sede e o Alvaláxia. Estava subentendido e registado em acta, de que possuo cópia, que não se tratava de alienações puras e duras, mas tão-somente de uma operação em fundos, o que significava o retorno. O clube acabou por vender mais do que devia e por valores abaixo das ofertas que o Sporting tinha com os negócios financeiros. Alguém saiu beneficiado.

Quem?

Não sei e não quero entrar por aí.

Está a dizer que esta direcção não é séria?

Sim. Não tenho confiança nenhuma no presidente e não acredito nele, portanto, não acredito nas pessoas que o acompanham. Não é confiável, aquilo a que chamam de pessoa séria porque não é sério quem quebra compromissos. Ele tinha assumido comigo, por escrito e de viva voz, que nunca seria candidato a presidente do Sporting. Esta é a primeira razão para não o considerar sério. Para ele, os compromissos não querem dizer coisa nenhuma, quebrou-os e nunca me deu uma palavra de explicação. Segunda razão: ter inventado o buraco financeira. Na altura, pedi que fosse feita uma auditoria às contas para as pessoas saberem o que era o buraco. Para aquilo fazer sentido tinha de se ter verificado, em reuniões mensais com o Sporting, um desvio significativo dos orçamentos aprovados pelos bancos.
O que não a aconteceu. Eu tenho as actas.

Guardou-as?

Sim, por mero acaso. Saí do Sporting sem qualquer papel.

Quando diz que este presidente não é sério, está a dizer que prejudica voluntariamente o Sporting em benefício de terceiros?

Não tenho nada que me permita afirmar tal coisa. Mas a venda de património, tendo em conta o que a rodeou, é desonesta. É uma infâmia.

Está arrependido de ter aberto a porta a Filipe Soares Franco?

Sim, completamente. É uma das poucas coisas de que me arrependo na vida.

Quando saiu do Sporting, imaginava que ia ter essa desilusão?

Com a traição de Filipe Soares Franco, confesso que não contava.

E considera-se traído por Ribeiro Teles, que se demitiu em consequência do manifesto [pacto entre Benfica e Sporting, que visava credibilizar o futebol português], ou até por Rui Meireles?

Ribeiro Teles… nem vale a pena falar. O Rui Meireles foi de uma extrema lealdade. Apesar de defender a venda pura e dura, nunca fez nada contra o decidido nas reuniões da Comissão Executiva.

Mas ele calou-se quando Filipe Soares Franco falou no buraco financeiro…

É verdade. Rui Meireles teve dois momentos para falar. Ou me prevenia desse tal buraco como responsável financeiro, e nunca o fez, ou quando o presidente do Sporting falou em buraco tinha a obrigação de repor a verdade. Um dia perguntei-lhe que buraco era aquele que justificasse a venda de património. E ele respondeu-me: “Isso é o Filipe a meter os pés pelas mãos”.

Como se explica que Rui Meireles tenha feito, em nome do Sporting, um empréstimo, dando os passes de alguns jogadores como garantia, para poder pagar os salários do primeiro mês a seguir à sua saída?

O que eu sei é que nos anos em que eu fui presidente, o Sporting chegava muitas vezes ao final do mês sem dinheiro para pagar salários. O que fazia? Respondia eu próprio pelos financiamentos feitos, e os bancos perante a minha garantia nunca hesitaram. Se o Rui Meireles fez isso é porque quem estava à frente do Sporting não quis, ou não pôde, assumir essa responsabilidade. Mas aqui não estamos a falar de buraco nenhum. Estamos a falar de problemas de tesouraria.

Com a vitória na Taça de Portugal e assegurando o segundo lugar no campeonato, o Sporting salvou a época?

Não sou daqueles que consideram que o Sporting não fez uma boa época. Começou por ganhar a Supertaça e acabou a ganhar a Taça de Portugal depois de perder a Taça da Liga em penáltis. Todavia, ficar em 2.º lugar é muito importante para o Sporting.

Por que razão escolheu Paulo Bento para treinador se sabia que horas depois se ia demitir?

Porque era o que estava em melhores condições para suceder ao professor Peseiro. E não fui eu que falei com ele. Pedi a Rui Meireles que o fizesse, para que o Paulo Bento se sentisse mais confortável para aceitar, sabendo que eu estava de saída.

Se fosse presidente do Sporting, tinha despedido Paulo Bento esta época?

De maneira nenhuma.

Antes de considerar Pinto da Costa uma das caras do sistema, manteve com ele uma relação de amizade…

Pinto da Costa contribuiu muito para o chamado movimento dos presidentes. Durante esse período nunca falhou um compromisso. E por ironia, quem matou esse movimento foi o Benfica, porque recusou sentar-se à mesa com o Estrela da Amadora. Aprendi com Pinto da Costa muito sobre futebol. A nossa relação terminou, por ironia, por causa de umas declarações de Soares Franco sobre papas.

Ricardo Costa [presidente da Comissão Disciplinar da Liga de Clubes] foi corajoso?

Ou se é jurista, ou não. Se se é, tem de se aplicar o direito. Devo dizer, no entanto, que o timing do anúncio foi péssimo. Podia ter influenciado os resultados da final da Taça e do campeonato. Por outro lado, entendo que os castigos deveriam aplicar-se na próxima época.

Conheceu Carolina Salgado?

Nunca conheci.

Fala com Pinto da Costa?

A partir do corte de relações entre o FC Porto e o Sporting, promovido por ele, nunca mais tive ocasião de o encontrar.

Teve oportunidade de entrar no sistema?

Nunca quis entrar.

Mas teve oportunidade?

Recebia informação semanal sobre o árbitro do jogo do Sporting. Lia com cuidado e fazia por me esquecer do que lia.

Nessa matéria, põe as mãos no fogo por Luís Filipe Vieira?

Ponho as mãos no fogo por muita pouca gente e depois de um conhecimento muito directo. Em relação a Luís Filipe Vieira, tenho com ele uma relação que até se intensificou depois do meu afastamento. Sei que Luís Filipe Vieira foi genuíno em relação ao manifesto, tem procurado fazer a guerra relacionada com as exigências desses documento e, portanto, tenho todas as razões para acreditar que o presidente do Benfica quer um futebol limpo. Acredito que ele fez essa escolha.

Depois de ter deixado o Sporting, passou ao Benfica alguma informação sobre o “dossier sistema”?

Não, porque saí sem dossiers , mas falei com Luís Filipe Vieira muitas vezes sobre esse assunto.

Vieira também foi grande amigo de Pinto da Costa…

Sei disso e sei que Vieira fez tudo para ultrapassar a situação. Fez um esforço genuíno para passar por cima disso.

Sendo amigo e pelo que conhece dele, Vieira vai recandidatar-se a mais um mandato à frente do Benfica?

Não sei, mas acho que sim e tem todas as condições para o fazer. Levou para a gestão do Benfica gente boa, competente. Profissionais insuspeitos da banca fizeram-me já as melhores referências à capacidade de gestão de Luís Filipe Vieira.

Domigos Soares de Oliveira é um desses bons reforços?

Por exemplo. O Benfica, graças a Vieira, levou uma volta muito grande na sua situação económico-financeira.

Nunca foi assediado por um árbitro?

Nunca.

Nem por interposta pessoa?

Nunca chegou um pedido ao Sporting e, aliás, não era assim que funcionava. Era ao contrário.

Algum dirigente do Sporting foi tentado?

Não. Se isso tivesse acontecido só teria uma palavra - rua.

Foi ouvido nos processos “Apito Final” e “Apito Dourado”?

Na Liga [“Apito Final”], não, no outro, sim.


http://dn.sapo.pt/2008/05/23/dnsport/nao_tenho_confianca_nenhuma_presiden.html
http://dn.sapo.pt/2008/05/23/dnsport/acredito_luis_filipe_vieira_quer_fut.html

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Soa a ressabiamento. :arrow:

A mim quer-me parecer que actual equipa directiva do Sporting é substancialmente mais competente do que a equipa a que tu pertencias ó Senil da Cunha!
Este homem bate sempre na mesma tecla, a situação financeira do Sporting é excelente, e o buraco foi inventado pelo FSF.
Claro que a situação que o Senil da Cunha considera excelente obrigaria o Sporting a manter a equipa de futebol em baixo até 2030. O FSF prefere vender património, do que ser sistematicamente obrigado a desinvestir no futebol. Eu estou completamente de acordo, prefiro ficar sem estádio a ficar sem o Moutinho!

O Sporting perdeu Figo, Ronaldo, Quaresma, acabaram os 5 violinos, acabou Damas e Manuel Fernandes e o Sporting não acabou.
O SPORTING é, na sua força os seus sócios e os seus adeptos.
A questão de Dias da Cunha é pertinente.
E sim, também gostava de perguntar como conseguiram que os bancos baixassem os juros, numa altura em que as taxas crescem, a unica solução plausivel é aumento do tempo do financiamento, o que vai levar a que pagas mais e por mais tempo os juros, sendo que a renda baixe. Não é necessário ser um génio

Mas ele calou-se quando Filipe Soares Franco falou no buraco financeiro…

É verdade. Rui Meireles teve dois momentos para falar. Ou me prevenia desse tal buraco como responsável financeiro, e nunca o fez, ou quando o presidente do Sporting falou em buraco tinha a obrigação de repor a verdade. Um dia perguntei-lhe que buraco era aquele que justificasse a venda de património. E ele respondeu-me: “Isso é o Filipe a meter os pés pelas mãos”.

Também acho que a questão seja pertinente. O aumento do prazo de financiamento implica uma amortização mais baixa. Daí a ‘suavização’ dos encargos. Apesar de no final do contrato, tudo somado, pagares mais, por via do aumento do prazo.

Agora, isto nunca implica uma baixa na taxa de juro.

Se ela se verificar, é por contrapartida de benefícios a curto ou médio prazo com razoável grau de certeza (para os bancos).

O que será ??? Qual será o Guaraná ???

Em terra de cegos, quem tem um olho é rei …

[b]Nessa matéria, põe as mãos no fogo por Luís Filipe Vieira?[/b]

Ponho as mãos no fogo por muita pouca gente e depois de um conhecimento muito directo. Em relação a Luís Filipe Vieira, tenho com ele uma relação que até se intensificou depois do meu afastamento. Sei que Luís Filipe Vieira foi genuíno em relação ao manifesto, tem procurado fazer a guerra relacionada com as exigências desses documento e, portanto, tenho todas as razões para acreditar que o presidente do Benfica quer um futebol limpo. Acredito que ele fez essa escolha.

:rotfl: :rotfl: :rotfl: :rotfl:

a frase do ano…

Dias da Cunha é um Sportinguista genuíno.

Mas tem um problema, para mim inexplicável - É DEMASIADO CRÉDULO ! Crédulo com os adversários e com os que julgava serem ‘amigos’.

Com a idade que tem, chego a pensar se não será mais Ingenuidade congénita.

Talvez não, de outro modo nao teria feito metade do que conseguiu na sua vida empresarial.

É um ‘case study’ !

Dias da Cunha…Elogios a pinto da costa? :cartao:
Será que é por FSF estar a fazer um bom papel, e este mesmo tenha “apenas” aberto o dossier SISTEMA?

Outra coisa, eu já conheci a Carolina Salgado…o Dias da Cunha não… :rotfl:

Continuem a malhar no Dias da Cunha. :cartao:

O FSF é que é bom para vocês , aproveitem para lhe bater palmas agora que pode ser que no futuro ainda venham a chorar por isso.

Não é por um ser mau que o outro tem de ser necessariamente bom… mesmo quando diz mal do primeiro.

Quem te diz que não conheceu? Pergunta ao DC se não conhecia a prima da Carolina que veio do mesmo bar…

Meu Deus… e ainda há quem assobie para o lado… ler esta entrevista de DdC até me deu um arrepio na espinha…

O que eu sei é que nos anos em que eu fui presidente, o Sporting chegava muitas vezes ao final do mês sem dinheiro para pagar salários. O que fazia? Respondia eu próprio pelos financiamentos feitos, e os bancos perante a minha garantia nunca hesitaram. Se o Rui Meireles fez isso é porque quem estava à frente do Sporting não quis, ou não pôde, assumir essa responsabilidade. Mas aqui não estamos a falar de buraco nenhum. Estamos a falar de problemas de tesouraria.

De tudo o que o DC diz isto para mim é o mais importante e ao mesmo tempo mais grave.

É a prova provada que a gestão Roquette / DC foi um desastre e uma mentira. Um clube onde o presidente tem de avalizar o pagamento de salários é a maior prova da incompetencia que se vivia. Como é possivel dizer que não deixou nenhum buraco Financeiro ???

O project-finance quem o assinou foi Meireles na qualidade de director financeiro na Gestão de Dias da Cunha. Ele sabia bem qual a dimensão da divida. Os 234 Milhoes de Euros não nasceram de geração expontanea, querer sacudir a agua do capote é algo que não esperava dele.

verdade.

Como se explica que Rui Meireles tenha feito, em nome do Sporting, um empréstimo, dando os passes de alguns jogadores como garantia, para poder pagar os salários do primeiro mês a seguir à sua saída?

O que eu sei é que nos anos em que eu fui presidente, o Sporting chegava muitas vezes ao final do mês sem dinheiro para pagar salários. O que fazia? Respondia eu próprio pelos financiamentos feitos, e os bancos perante a minha garantia nunca hesitaram. Se o Rui Meireles fez isso é porque quem estava à frente do Sporting não quis, ou não pôde, assumir essa responsabilidade. Mas aqui não estamos a falar de buraco nenhum. Estamos a falar de problemas de tesouraria.

Meus caros, só não vê quem não quer que o agudizar da situação com os bancos tem tudo a ver com a saída de Dias da Cunha. Saiu o homem do dinheiro, o avalista, entrou o empregado do BES, e o Sporting lixou-se com um F grande. Claro que isto reflecte o falhanço do projecto Roquette, porque nunca como agora o clube precisava tanto de um mecenas. No entanto, Dias da Cunha tem toda a razão quando lança dúvidas sobre o carácter de Soares Franco e do risco desta operação ser aprovada.

:o :o :o
Como é que é possível que alguem ponha um jogador, seja ele qual for, à frente da casa do Sporting… E pelo simbolo, tambem trocavas?
Tu, pra ti, bastava-te teres o Moutinho a jogar no teu quintal não?

Lionheart, discordo por completo, o Sporting não se lixou com “F” grande com a saida do DC, já estava lixado há muito, estava era escondido !!

O DC andou a esconder uma realidade muito grave, tem algum cabimento andar um presidente a avalizar salarios ?? Foi justamente para acabar com os presidentes mecenas que surgiu José Roquette e o seu modelo de governação para o Sporting.

Nem o FSF nem qualquer outro presidente tem de andar a pagar do bolso o quer que seja. Com a saida do DC, descobriu-se que havia gato escondido com o rabo de fora, e sinceramente nem sei como ele diz estas coisas com tanta ligeireza.

Ó amigo o João Moutinho conheço-o há 5 anos, adepto do Sporting sou há 22…

É ele que o diz…nunca conheceu Carolina Salgado. E que aprendeu muito com o pintinho… >:(

PS: Atenção que nunca pus em causa o trabalho de DC! Só que dizer mal do seu substituto, fica mal! Penso eu…