Mas o gajo diz claramente que era o amigo dele e que trabalhavam os dois na loja ali ao pé. A não ser que afinal o Farid também fosse policia à paisana. Será?!
Melhor noticia do dia!!!
A PSP usa olheiros para identificar/apanhar carteiristas.
Eh pá, mas queres que eu diga que foi o imigrante que salvou o menino, eu digo.
Foi o imigrante que salvou o menino.
Está bem assim?
100% de acordo, não só neste caso mas no geral, a capacidade de filmar com esta facilidade, tem coisas boas mas também coisas más.
Eu prezo a privacidade destes momentos e não me parece ok para curiosidade ou nos comovermos, familiares/amigos serem confrontados com este tipo de videos.
O jornalismo atualmente é entretenimento, as televisões passam em loop os videos, fazem o jornal com a rua de fundo, videos bizarros e mal feitos em IA que não informam nada, existe uma linha tenue entre o informar e o aproveitar-se da situação.
Até a situação do pai da criança ter morrido mas afinal não morreu mas depois não dava para fazer titulos bonitos:
Depois os pais das pessoas, são confrontados com isto:
Eu não quero que digas nada.
Eu estou a reportar-me a uma entrevista com os 2 envolvidos. Nada ali me diz que são policias. E quem segura o miudo é um português. Qual é a celeuma?!
Tem que haver, mas não há. A contratação pública é um dos maiores cancros que por aí anda. Regime jurídico complexo, em continua mutação e pouco adaptado às realidades dos países. Portugal cumpre directivas europeias, adapta-as, mas depois leva com alguns princípios tugas. Tudo isto tem um problema acrescido que é o facto de os tribunais administrativos (e fiscais) serem os mais lentos do país.
Eu estou de acordo contigo quanto à adopção de princípios de gestão privada na administração pública. Eu sou um acérrimo defensor da “privatização” da administração pública, mas não ao nível que se sugere ou que grande parte dos partidos de direita sugere, i. e., o pegar nas empresas públicas e vendê-las a privados. A “privatização” da administração pública deveria passar por ter o sector público a ser gerido como se fosse um privado. Isto é transversal a vários temas. Contratação de funcionários, aquisição de equipamentos, celebração de contratos com entidades não públicas e prestação de serviços que não se enquadram no escopo do interesse público. O exemplo da TAP é bom, uma vez que a TAP a determinada altura prestava um importante serviço de manutenção externo às aeronaves da TAP e, creio eu, facturava bastante bem. Ou seja, eu não vejo problema absolutamente nenhum que o Estado actue em zonas concorrenciais, como um verdadeiro player no mercado e, no limite, que consiga utilizar essa mesma posição com dois intuitos (1) adquirir financiamento próprio e (2) influenciar o mercado dentro daquilo que são os interesses da população. Já o tinha sugerido diversas vezes no âmbito da habitação.
No que diz respeito aos sindicatos, o pessoal demoniza-os porque a sindicalização em Portugal acaba por ter um funcionamento um bocado tonta. Em primeiro lugar, o facto de os líderes dos sindicatos estarem intimamente ligados a sectores políticos é algo que não ajuda. Depois, o facto de estes construírem uma carreira alicerçada no sindicato e não na sua capacidade num determinado ofício ou numa especial compreensão dos problemas dos colegas… É outro tema de desconfiança. Por fim, os sindicatos acabam por ter uma actuação que é muitas vezes transversal a realidades diferentes. Os problemas dos trabalhadores numa empresa com 10 trabalhadores são normalmente diferentes aos problemas dos trabalhadores numa empresa com 100 e numa empresa com 1000.
Português que pode ser polícia à paisana e amigo ou conhecido do imigrante.
Não há celeuma nenhuma, meu caro, celeuma nenhuma.
Concordo com praticamente tudo o que disseste.
Mas digo-te: a aplicação de principios de gestão privada à esfera pública, com as devidas adaptações, ainda exige mais uma sindicalização maior e mais dinâmica. Convinha também que os sindicatos não andassem a reboque dos partidos politicos. Devia ser era o contrário. Os sindicatos podem ter afiliações, mas devem ser sempre independentes de agendas de partidos politicos.
O que dizes dos sindicados acontece porque o sector público é ainda aquele que garante mais segurança aos trabalhadores e menos hipoteses de represálias por seres sindicalizado. O sector privado desaconselha totalmente a sindicalização, salvo algumas excepções (como disse a Autoeuropa), porque a promoção da precariedade e da cada vez menor proteção dos direitos dos trabalhadores, desincentiva a sindicalização, que pode ser mal vista e teres consequências por isso.
Voltando aos exemplos dos escandinavos. Não é pela sindicalização ser grande que têm mais greves. Há é uma concertação social mais eficiente e com mais bom senso. Existem mecanismos como na Alemanha, onde empresas de alguma dimensão serem obrigadas por lei a ter um representante dos trabalhadores na board, mas a verdade é que existe alguma paz social no que diz respeito às relações trabalhadores-empregadores-Estado.
Quando ao que dizes do carreirismo nos sindicados, em alguns casos tem mesmo de ser. Um sindicato grande tem de ter gente a trabalhar a tempo inteiro, tem ele mesmo de ter funcionários administrativos e alguns dos seus dirigentes têm de estar a full time. Não há grande volta dar a isso.
O problema é que estamos a falar, aos dias de hoje e com uma maioria de 2/3 na AR de mexer na CRP visando, entre tantas outras coisas, o enfraquecimento (mais ainda) do sindicalismo. Aliás eu considero o sindicalismo uma das maiores forças politicas que os cidadãos comuns têm para pressionar o poder politico e sobretudo para melhorarem as suas condições de vida. É a meu ver um dos vetores funtamentais de uma sociedade democrática. Os sindicatos podem parar um país ou mesmo um continente se o extremo da situação assim o exigir: vejamos o posicionamento dos sindicatos de estivadores italianos relativamente a Israel; a força que têm pode obrigar os hipócritas dos governantes a fazer alguma coisa, e isso é muito relevante. É por isso que o neoliberalismo quis acabar o sindicalismo, e o persegue há 40 anos (com algum sucesso diga-se), basta lembrar o conflito entre os mineiros escoceses e Margareth Tatcher nos anos 80, um episódio sintomático do ódio de morte do neoliberalismo aos trabalhadores e ao unico meio eficiente que têm de ter um leverage semelhante ao que tem o empregador.
Claro que podia, só acho pouco provável ser o caso.
Mas se for, melhor ainda. Temos o melhor dos dois mundos, o imigrante e o policia unidos na tragédia. Dava um filme.
Olha que não é assim tão descabido.
Aquela zona é das mais batidas por carteiristas romenos e o imigrante é dono ou trabalha numa loja de telemóveis que há ali na esquina onde o elevador funciona.
A brigada da PSP que combate o fenómeno, que é das melhores da Europa, usa olheiros, que muitas vezes são estrangeiros, para estarem à coca de ataques a turistas e não só, que avisam quando há roubos em curso para que possam actuar rispidamente e apanhar os/as carteiristas em flagrante.
Eu imagino esses avós (Pais)!!!
“Olhe venha para Portugal que o seu filho morreu, a sua nora está em estado grave e o seu neto sobreviveu”
Chegam cá: “Olhe afinal o seu filho esta vivo".”
“Eu continuo a pedir a demissão de Fernando Medina porque nós na política temos que, de uma vez por todas, ter uma atitude diferente. (…) Vai de certeza abrir um inquérito ou uma auditoria, típico da governação da cidade de Fernando Medina, que não vai dar em nada. Isto é um erro técnico, mas com consequências políticas e no passado muitos políticos, incluindo alguns do PS, quando houve erros técnicos, erros graves, demitiram-se. É bom que Fernando Medina se lembre desses políticos que se demitiram e tomaram as responsabilidades políticas. Hoje em dia isso já não se vê na política e é grave. E quando eu digo que quero fazer política de maneira diferente estou realmente a falar deste tipo de casos.”
Carlos Moedas em 2021, a propósito do envio de dados pessoais de três ativistas russos, da CML para a embaixada russa.
Conheço alguns casos, mas, no geral, não é essa a experiência que tenho. Aliás, da parte dos empregadores, por vezes, a relutância que encontro relativamente à actuação dos sindicatos acaba por advir do facto de não terem em conta circunstâncias concretas.
O caso da autoeuropa é paradigmático. Por a autoeuropa adopta um sistema de Comissão de Trabalhadores, típico do ordenamento jurídico alemão e que funciona muito melhor que este “esquema sindical” típico do ordenamento jurídico francês. Este sistema sindical não se ajusta aqui e leva aos problemas que indicas aqui:
O funcionamento mais próximo da empresa ou de empresas semelhantes a negociar com trabalhadores, acaba por ter um acolhimento melhor lá - e sim, não é por isso que existem mais greves, bem pelo contrário.
Acho que a visão que temos do problema não é assim tão distante quanto isso. As diferenças acabam por ser nas expressões e não no objectivo final. O que acaba por ser engraçado e sintomático de um dos problemas actualmente em Portugal. Tu há uns posts apresentaste-te como sendo claramente de esquerda. Eu sou conotado como sendo alguém CLARAMENTE de direita. Mas facilmente conseguimos encontrar entendimento na maior parte das matérias… É pena que quem faça política perpetue discussões da treta sem ligar a estes pontos de contacto para fazer evoluir o país. É aí que a mentalidade nórdica acaba por avançar consideravelmente em relação à nossa.
A questão da contratação pública é paradigmática.
Quem lida com ela sabe do que falo. Trata-se de um processo administrativo que descaracteriza completamente a finalidade da compra. Foi criada em Bruxelas por tecnocratas sem experiência nem noção das especificidades de cada país tentando aplicar uma receita única que abarque todas as idiossincrasias da união europeia. Como é óbvio é extremamente difícil de aplicar e se fizermos uma análise custo/benefício está suposta transparência e equidade na comprras públicas custa uma fortuna aos países. Neste contexto fica comprometida a agilidade nas compras e muita vezes não assegura em tempo útil o propósito da mesma.
É tudo horrível no processo de contratação pública. Mas está implantado, e para mudar…
Pois, não consigo imaginar um cenário em que a Carris será ilibada de culpas, nesta situação toda.
Mas a nossa justiça tb consegue ser tão imprevisível.
Este era o ponto exacto em que focava a minha argumentação, e que parece toda a gente ter palas nos olhos (ou fingem).
É óbvio que existe uma clara tentativa de sabotagem dos serviços públicos, (por parte das políticas de direita), para que daqui por meia dúzia de anos não exista outra solução a não ser a privatização.
Isto nem sequer é uma invenção nossa, é recorrente pelo mundo fora.
Eu sei que a culpa vai morrer solteira…e na pior das hipóteses vai ser o inocente que preencheu as check-lists/poka yokes estas que na teoria servem para certificar que está tudo conforme quando na pratica é para desresponsabilizar superiores, e quem trabalha com isso sabe bem do que estou a falar.
Basta um chico esperto arranjar um fornecedor mais barato, ou com qualquer peça fora de especificação secretamente, e vai dar ao “ele confirmou que estava bem…“
Eu sei que isto do privado vs publico é para dar folclore ao caso, se fosse comigo optava por uma abordagem de querer resolver o problema.
Quando o presidente da carris é um boy e advogado… gostava de saber se os responsaveis da empresa contratada (privada), já trabalharam em cargos de relevo onde onde o presidente da carrís esteve, se calhar temos dados mais engraçados….
É um problema que claramente se resolve a montante para jusante, o resto é treta.
E faça-se justiça a quem perdeu/estragou a vida de famílias com isto.
Este trecho do teu post, no fundo demonstra bem que nunca estiveste interessado em nada mais do que vir aqui incendiar a conversa.
Visto teres algumas competências no (bom e saudável) funcionamento do Fórum, só diz muito da pessoa que és.
Fica-te bem.