Descarrilou o Elevador da Glória em Lisboa (pelo menos 15 mortos e alguns feridos graves)

Digo e repito o nosso país vê-se que está a cair aos poucos, as condições que tínhamos estão cada vez piores. Arranjam merdas que não interessa ao menino Jesus e o que têm de arranjar nada.

Põem-se a cortar estradas a fingir que trabalham para não fazer nada entretanto há coisas como esta a acontecer.

“Olha precisamos de fazer manutenção nas linhas mas é caro….já sei vamos cortar as ervas da estrada só para dizer que estamos a fazer alguma coisa.”

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As imagens falam por si próprias.

Se achas que é só a CML…

Um dos maiores e mais transversalmente perniciosos problemas da Função Pública é precisamente a manutenção das infraestruturas/equipamentos. Quem por cá anda conhece sobejamente o panorama da manutenção pública. Desolador nos dias bons, criminoso nos dias maus.
A manutenção preventiva e atempada dos edifícios e equipamentos não dá manchetes de jornal aos políticos. Até à tragédia bater à porta. E aí, a culpa ou morre solteira ou é do desgraçado do blue-collar worker a quem calhou a fava de ser bode respiratório.

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Se fores à Suiça o que não faltam são ascensores e funiculares “históricos” a subir montanhas de 3 mil metros na boa.

É perfeitamente possível manter estes ascensores históricos mas com mecanismos mais modernos, e sobretudo com manutenção. Porque sem manutenção, seja velho ou novo, tudo quebra.

Eu há 2 anos quando estive na Suiça tive o prazer de voltar a experimentar o funicular do Monte Pilatus (já tinha feito esse percurso quando era miudo) e aquela merda em certos locais mete mesmo medo. É o mais inclinado do mundo, comprimento 4ks e tal e 1600m de desnivel positivo. Curiosamente lembro-me de ao longo do percurso ver obras de manutenção em todo o lado.

As carruagens são recentes, mas o original é de 1889.

Não sei bem como funciona este funicular, mas o sistema de roldanas parece bastante fiável.

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Completamente de acordo.
Mas para o caso em questão apenas referi a CML.
A minha irmã é função pública, sei bem.

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It ain´t easy bruv.
:upside_down_face:

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Minha cara, subscrevo.

Venha ao Montijo (que é uma cidade) e veja o estado em que estão as zonas verdes, todas cobertas de lixo.

O próprio clube de futebol tem a sua atividade (com 500 atletas de ambos os géneros) no Campo da Liberdade (que é Municipal) e não há um estacionamento em condições, uma parte da vedação foi semi derrubada pela tempestade Martinho e ainda não foi reparada.

No entanto, a praça de touros foi recentemente intervencionada e há sempre dinheiros para as festas com largadas e garraiadas.

Não há cantoneiros de varredura suficientes, as papeleiras e recipientes para colocar os cócós dos patudos estão semanas sem serem esvaziados.

O trânsito está cada vez mais caótico.

Isto é um município que, com a crise habitacional em Lisboa, tem crescido de dia para dia, com mais imigrantes brasileiros, angolanos e indostânicos do que autóctones, há construção por todo o lado, o IMT deve pingar como nunca nos cofres municipais.

Não há o mínimo investimento em infra-estruturas, em limpeza urbana, o centro da cidade está ao abandono, só lojas fechadas e degradadas, todas grafitadas, o Hospital funciona como um mero centro de saúde, há barbeiros e lojas de estética e baios porta sim, porta sim, mas há dinheiro para construir um mamarracho de homenagem à Liberdade.

Um município que é o perfeito exemplo do que é este triste país à beira mar plantado que só pensa em turismo.

Um município que tem a mesma cor política há décadas.

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É ridículo, deixam andar e não fazem algo que é mesmo preciso ser feito.

É mesmo só atirar areia para os olhos para ver se acreditamos que não há mais que se possa fazer ou que o que se pode fazer já está a ser feito.

É deprimente ver no que nos estamos a tornar.

Como se diz “É só para inglês ver.”

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O Montijo ali ao pé do centro como quem vai para o Nosso Prego é um bocado feio sim. Tirando isso e um bairro onde mora um amigo conheço 0 do Montijo.

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Só para Inglês ver, e só para Inglês consumir.

Uma coisa que não me sai da cabeça desde ontem - um acidente desta magnitude, no centro de Lisboa, num dia de semana às 6 da tarde, com 17 fatalidades… e a única vítima portuguesa é o operador da máquina.
Em pleno coração de Lisboa, o Lisboeta é a maior raridade.

Lisboa neste momento é um parque de diversões para estrangeiros.

(nada do que escrevi pretende diminuir o quão trágica é a situação, sejam portugueses ou não.
Apenas reflectir no quão diferente a cidade se tornou)

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Ninguém disse isso, mas há questões de design inerentes à época de construcção que não se podem ignorar. O elevador pura e simplesmente não está desenhado para um impacto destes, o que é perfeitamente normal. Se fosse desenhada uma alternativa nova no presente, a caixa provavelmente não se dobrava como um bocado de papel.

Para além da manutenção normal, o elevador já devia ter sistema de travagem secundário que seria activado caso o tal cabo se partisse.

O dinheiro público é mais que suficiente para termos boa educação, saúde, transportes… e esses serviços têm de ser públicos, mas também têm de ser geridos com competência num sistema onde impere a meritocracia. Não é com boys e compadrio.

Mas enfim, o dinheiro público esvai-se em PPP, resgates de instituições, impostos baixos para a banca e para os ricos, etc e depois para o essencial parece que nunca há suficiente.

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Isso está confirmado?

Não. Há mais 2 ou 4 pessoas da Santa Casa da Misericórdia.

Se fosse desenhado hoje uma alternativa…não era.

Jamais terias um elevador de 20Ton a passar numa rua pedonal. Pessoas e ferros não combinam.

O que se passa ali é um misto de atracção turística, relíquia centenária, e muita boa fé que aquilo aguenta.

Jamais seria permitido construir um elevador da Bica, Glória, etc… hoje em dia.

Um funicular tem de andar num carril e estar isolado de peões.

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Nao fazia ideia.

Mas isso eram pessoas que estariam na rua?

Penso que não, que estariam a viajar na carruagem. Fazem aquele percurso porque é mais fácil para chegar às instalações da Santa Casa.

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Ontem também foi falado que uma pessoa no passeio da rua tinha sido apanhada pelo elevador.

Só agora ao ouvir as notícias é que indicaram que a PJ investiga, inclusivamente, uma ação criminosa. O que é evidente. E realmente, na maioria dos países, até se poderia intuitivamente culpar uma ação terrorista. Mas em Portugal, todos nós, por intuição, culpámos logo a falta de manutenção. Diz muito do país.

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Sem que deixemos de ser experts em sismologia, também, claro.

É que é muito possível..