Daniel Bragança

A jogar de 2 em 2 meses é complicado…

merecia bem mais minutos de facto, o matheus teve muito tempo em subrendimento.
mas quando joga tem condições para ganhar muito mais duelos e recuperar muito mais bolas. há espaço para crescer nesse sentido.
se o fizer vai ter mais minutos certamente( e não me parece que se trate de pedir ao daniel algo que ele não sabe; o que ele tem é que mais dificilmente se ensina. trata-se de crescer como jogador se quiser que a sua carreira tenha a dimensão que merece ter).
a comparação com o vitinha foi mesmo pelo facto do vitinha do início desta época ser averso a defender e ter pouca intensidade e de ter crescido enormidades nesse capítulo, a jogar num meio campo a 2 também, ainda que bem diferente( eventualmente tem uma melhor morfologia e mais velocidade de deslocamento mas não explica tudo).

Se mantivermos este sistema tático talvez fosse melhor emprestar a um clube onde fosse provável a evolução dele como titular. Saíam todos a ganhar…

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Também ajuda ao Vitinha ter um outro médio que ajuda a fechar por dentro transformando em muito momentos do jogo um trio. No Sporting o miolo é muito trabalho a dois e pouco a três. Contudo, o Daniel pode ser a agressividade, a intensidade, precisa é de jogar e somar muitos minutos.

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Eu nem acho que o problema do Bragança seja esse, propriamente dito. O problema dele é a falta de mobilidade. E as distâncias que os médios do Sporting fazem com e sem bola são muito longas.
O Daniel até recupera bastantes bolas e é agressivo quando há perda de bola. A questão é mesmo a velocidade de deslocamento e a mobilidade.

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Exato. E quando não é uma quadra

Não terá, de facto. Mas o que é certo é que o Vitinha evoluiu barbaridades nesse aspecto do jogo desde que foi emprestado ao Wolverhampton, regressou e se afirmou.

Há um grande enfoque no que somos menos bons. Obviamente que tem de se melhorar. Negligencia-se, muitas vezes, aquilo em que somos bons. Ao invés de potenciar estamos preocupados com o menos bom.

Isto para dizer que o Daniel tem excelentes valências que podem já ser aproveitadas. Ficar à espera que seja intenso ou aumente rotação…e um erro. Não vejo qualquer mudança neste capítulo desde os juvenis. Pura e simplesmente não tem características físicas para tal (não é falta de click e foco). A questão é que olho para o jogador e vejo-o mais talhado para um sistema de 3 ao meio.

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Esta parte do meio-campo a 3 é que devia ser o plano B, até para potenciar um Jogador como o Bragança. Eu apostaria num 3-5-2 em alguns jogos para o ano.

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Os treinadores podem e devem ter as suas ideias e certamente devem aplicar isso na altura das contratações só contratando quem encaixa no perfil pretendido, mas eu diria que num clube com um ADN formador como nós somos também deveria haver capacidade de o treinador se adaptar ao talento que é formado, principalmente quando falamos de um talento como o Bragança, por mais que ainda tenha muito que evoluir e aprender.

Mas não parece ser esse o caso, não parece haver grande vontade disso, e depois no limite desperdiçamos talentos para ir gastar dinheiro em jogadores que nem são nada de especial (Morita por exemplo). E se for preciso amanhã vem outro treinador que muda as ideias e afinal o jogador A ou B já encaixaria, mas entretanto já foi.

Só quem está pronto (quando ainda está em formação…) é que parece ter realmente oportunidades, quem não encaixa ao milímetro na ideia pretendida parece que só vai fazendo uns minutos mas no fundo não conta mesmo. Para mim isso não faz grande sentido.

A questão do Daniel parece-me um ciclo meio vicioso. Se o jogador não joga não soma minutos e por isso não evolui, mas se o jogador não revela no treino e nas oportunidades que lhe vão dando que tem capacidade para ser aposta mais frequente não vai ter minutos.

Veja-se o exemplo do Matheus na época passada, não era opção titular mas sempre que entrava demonstrava que podia ser aposta regular com alguma confiança.
Este ano constatou-se precisamente isso, apesar das críticas de baixa no rendimento temos que perceber que é um miúdo que de um ano para o outro somou mais do dobro dos minutos de jogo.

Voltando ao Daniel, concordo com o problema da composição do nosso meio campo. Mas parece-me que vai um bocado mais longe que isso. Acho que há falta de atitude, falta de garra e parece-me que rótulo de predestinado que sempre se colou a este miúdo está a ter peso agora. Este é na verdade um problema que afecta os jovens hoje em dia, as expectativas.

Não sei se o melhor para ele não seria o empréstimo, pois o talento está lá, só precisa de se habituar a ir à luta e a ter que se afirmar sem medo de errar.

SL

Discordo na falta vontade. Antes pelo contrário! Não tem e características para dar a rotação e intensidade pretendidas. Não num 3-4-3 (pelo menos de forma consistente).

Totalmente contra eventual dispensa do Bragança, como a subutilização que teve.

Compreendo q tenha algumas características q não o enquadram no modelo, mas o próprio modelo tem e teve flutuações durante a época, mudando o perfil do jogadores escolhidos.

O Daniel tem capacidades com bola que outros não têm e essa capacidade é potencialmente muito útil. Como foi várias vezes.

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Obviamente que é útil. A questão é querer sair por vontade própria porque tem muito talento e precisa de jogar de forma regular.

Para nós e obviamente mau mas não fará sentido fechar as portas de uma eventual saída do jogador para este estar a ter uma utilização pouco constante. O jogador não merece e também terá as suas vontades.

Pois, pessoalmente discordo. Acho que tem evoluído significativamente nesse aspecto desde que foi rodar, sim. E não acho que o físico o “condene” a nada - o que não faltam são jogadores do seu tamanho com uma enorme rotação em campo. O resto é trabalho.

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Há jogadores com menos 10cm com mais rotação que o Daniel. Não é pelo tamanho seguramente :slight_smile:

Bato na mesma tecla. Muito talentoso; tem caracteristicas impares no plantel. Não lhe peçam é coisas que não pode dar. Que se aproveite o muito que tem de bom.

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Então é pelo quê?

Voltamos sempre à conversa do tamanho vs intensidade. Já muitos falaram disto aqui. Não vale a pena entrar em loop.

Podes encontrar as explicações mais acima.

Vale, vale.

Que não é pelo tamanho que se é mais ou menos intenso sei eu.

Que precisamente por causa disso é perfeitamente possível trabalhar esse aspecto do jogo é a conclusão óbvia. Se fossem os cms ou algum atributo físico que não pudesse ser alterado a tirar ao jogador capacidade para percorrer mais metros, a coisa era diferente. Não sendo…

E o Vitinha é um bom exemplo. É verdade que sempre teve mais intensidade do que o Bragança, mas é notório que há uns 2 anos não corria sem bola nem remotamente perto do que corre hoje. Ou seja, evoluiu muito nesse aspecto. Porque não pode o Daniel evoluir mais significativamente nesse aspecto do jogo? Quando para mim até o tem vindo a fazer, lembro-me bem dele antes de ser emprestado (nos juvenis, juniores e sub-23) e era um jogador muitíssimo pouco móvel, que jogava com bem mais pezinhos de lã, bem menos agressivo. Era um “regista”, que girava a bola e pautava o jogo. Agora já o vês a pressionar mais à frente e a acelerar o jogo.

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